Pesquisar este blog

terça-feira, agosto 19, 2008

Os Douro Boys - Uma revolução no Douro

Os Douro Boys estão celebrando seis anos de sucesso. Juntaram-se em 2002 com o objetivo de colocar o Douro, tradicional produtor de vinhos do Porto, no mapa dos vinhos não fortificados. E, de fato, esse objetivo foi alcançado! Provavelmente é hoje a região mais inebriante de Portugal e, quem sabe, do mundo: é aquela de onde surgem novidades a cada momento, de todos os tipos e preços.

Mas quem são os Douro Boys? Pois bem, é um grupo de pessoas essencialmente bem-dispostas com uma enorme capacidade de trabalho e, sobretudo com uma visão inovadora para com o vinho da região do Douro. É deste grupo que saem vinhos tintos badalados, como C.V., Batuta, Vale Meão, Charme, Vinha da Ponte, Vinha Maria Teresa, Vallado Reserva e os brancos Tiara, Redoma Reserva, Quinta do Vallado Reserva, VZ, etc.

À frente destes vinhos estão Francisco Olazabal (Quinta do Vale Meão) Francisco Ferreira (Quinta do Vallado), Tomás Roquette (Quinta do Crasto), Dirk Niepoort (Niepoort) e Cristiano Van Zeller (Quinta do Vale D. Maria). Todos eles com quintas espalhadas pelo Douro.

E para comemorar a união do grupo, lançaram um vinho, o Douro Boys Cuvée 2005, com uma produção de apenas 712 garrafas em tamanho Magnum (1,5 litros), onde o vinho é feito com uma mistura das melhores barricas de cada produtor. Este vinho foi vendido apenas em leilão.

Quinta do Vale Meão

É uma das mais famosas Quintas do Douro, tendo sido o berço do famoso vinho Barca Velha. Situada no Alto Douro, em Vila Nova de Foz Côa, a Quinta iniciou a sua produção vinícola em 1887 pelas mãos da lendária D. Antônia Adelaide Ferreira (historicamente conhecida como a Ferreirinha), fazendo parte do seu enorme patrimônio no Douro. Hoje a propriedade é gerida por Francisco Olazabal (descendente de Dona Antônia), que iniciou o atual projeto em 1999.

Atualmente são produzidos três vinhos: o Meandro, o maravilhoso Quinta do Vale Meão (considerado o Barca Nova, uma vez que é produzido com uvas dos mesmos vinhedos onde eram produzidos os Barca Velhas), e o Quinta do Vale Meão Vintage. Importados para o Brasil pela Mistral.

Quinta do Vallado

Em pleno coração do Douro, perto de Peso da Régua, a Quinta do Vallado tem referências que datam de 1716. Também pertenceu à lendária Dona Antonia Adelaide Ferreira, empresária que dedicou a sua vida à produção de vinho, no Douro. A propriedade tem se mantido na família até hoje, estando já na sua sexta geração, sendo gerida por Francisco Ferreira (gestão agrícola e administrativa), com o apoio do enólogo Francisco Olazabal. Com eles, a Quinta alcançou um patamar de elevada qualidade, reconhecida pelos excelentes vinhos produzidos. Importados para o Brasil pela Expand.

Quinta do Crasto

As primeiras referências conhecidas referindo-se à Quinta do Crasto datam de 1615, tendo sido posteriormente incluída na primeira Feitoria juntamente com as Quintas mais importantes do Douro. Um marco de Marques de Pompal, datado de 1758, pode ser visto na Quinta. Hoje, o Douro Boy Miguel Roquette produz maravilhas, como os tintos Vinha da Ponte, Vinha Maria Teresa e Quinta do Crasto Touriga Nacional. Importados para o Brasil pela Qualimpor.

Niepoort

Casa de Vinho do Porto que continua em família desde sua fundação em 1842. O enólogo, o talentoso Dirk Niepoort, representante da 5ª geração, mudou os rumos da empresa, produzindo alguns dos melhores tintos e brancos de Portugal, tais como o Vertente, o Redoma Branco, considerado por muitos como o melhor branco de Portugal, o cultuado e raro Batuta e o extraordinário Charme. Importados para o Brasil pela Mistral.

Quinta do Vale Dona Maria

Quinta muito antiga, com vinhas velhas com mais de 50 anos, está situada no coração da Região Demarcada do Douro. Documentos oficiais mencionam que, em 1868, foi registrada no nome do trisavô da atual proprietária, José António Teixeira de Carvalho Vaz e Sousa. Hoje, das mãos do competente Cristiano van Zeller, saem maravilhas como os tintos CV e o ícone Quinta do Vale D Maria. Importados para o Brasil pela Expand.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Olimpíadas do Vinho

O pódio da produção vinícola mundial sofrerá alterações num futuro próximo. Tudo indica que a França será superada pela Espanha em volume de litros fabricados em 2015, em função de uma contínua queda no consumo interno na terra dos Bordeaux, além de uma redução nas exportações francesas.

Nos próximos sete anos, a produção vinícola da França alcançará 4,39 bilhões de litros, o que significa uma diminuição de 20% em comparação à média de 5,28 bilhões de litros do período 2000-2004. Os dados foram divulgados pela associação Vignerons Indépendants (Viticultores Independientes) al Centre de Recherche pour l'Étude et l'Observation des Conditions de Vie (Credoc).

Atualmente, a medalha de ouro entre os produtores mundiais é da Itália, com 6 bilhões de litros por ano. A Espanha ocupa a terceira posição do ranking, com 4,5 bilhões de litros.
Enoblog - 17/08/2008