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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Como combinar os vinhos com o sabor dos pratos natalinos

Presentes em ocasiões especiais, os vinhos costumam ser ótimos acompanhamentos para os mais variados pratos, já que têm o poder de realçar o sabor dos alimentos.
E durante as festas natalinas, uma preocupação que não pode faltar é a escolha do vinho certo para acompanhar os quitutes típicos da data. Mas como fazer essa combinação? A seguir, oferecemos algumas dicas de especialistas que podem lhe ajudar. Confira!

Peru e Chester - Para acompanhar aves do grupo de carne macia e delicada, a sugestão são os tintos de médio corpo ou brancos bem encorpados. Para ocasiões mais festivas como o Natal, a recomendação é servir algo especial, como um Borgonha branco ou um Bordeaux tinto.

Tender - Um dos mais tradicionais na mesa de Natal, o tender é um prato saboroso e defumado, geralmente acompanhado de um molho doce. Por isso, pede um tinto leve.

Panetone - Tanto para os bolos com frutas cristalizadas e uvas-passas quanto para aqueles com gotas de chocolate, a melhor opção são os vinhos delicados e levemente doces.

Frutas Secas - Também de consumo obrigatória nas festas de fim de ano, as frutas secas como uvas passas, damascos ou castanhas são muito nutritivas. E ficam ainda mais deliciosas quando combinadas ao término do jantar com um vinho madeira doce ou branco doce.
Publicado em Homens Modernos

terça-feira, dezembro 08, 2009

Restaurante parisiense La Tour d'Argent leiloa vinhos raros

O restaurante parisiense La Tour d'Argent colocou à venda na segunda-feira 18 mil garrafas de vinho de sua imensa adega, uma oportunidade rara de adquirir tesouros de uma das melhores coleções do mundo. É a primeira vez nos 427 anos de história do restaurante que ele abre mão de alguns dos vinhos, champanhes e destilados cuidadosamente selecionados por gerações de sommeliers para agradar aos paladares de convidados que vão de monarcas a estrelas de cinema.
"Algumas pessoas talvez comprem para colecionar, mas espero que muitas comprem apenas para desfrutar o vinho", disse David Ridgway, sommelier chefe do Tour d'Argent há 28 anos, em entrevista concedida à Reuters antes do leilão. O restaurante à margem do rio Sena, que proporciona a seus convidados uma visão belíssima da catedral de Notre Dame, espera levantar pelo menos 1 milhão de euros (1,5 milhão de dólares) com o leilão, dinheiro que pretende gastar com projetos de renovação e a aquisição de novos vinhos.

É uma estimativa muito aproximada, já que algumas das garrafas oferecidas são tão raras que ninguém sabe quanto podem render. Os itens mais antigos disponíveis são três garrafas do conhaque Clos du Griffier de 1788, cujo lance inicial é 2.500 euros cada. Mas a maioria das garrafas à venda é muito mais recente, e algumas terão preços iniciais de apenas 10 euros.

SABOR DE HISTÓRIA O leilão vai abranger apenas uma pequena parte da imensa coleção de vinhos armazenados num labirinto de corredores escuros e estreitos sob o restaurante. A adega é repleta do chão até o teto com cerca de 450 mil garrafas de vinhos tintos e brancos, champanhes e destilados. O proprietário do Tour d'Argent, Andre Terrail, fez questão de observar que o restaurante não quer se desfazer de nenhum vinho específico. A adega vai continuar com garrafas de todos os vinhos que estão sendo postos à venda. "Não são garrafas que não queremos mais - muito pelo contrário", disse ele à Reuters. "Temos muito orgulho de todas as garrafas que vamos vender. É apenas uma maneira de ajustar nosso estoque e criar espaço para enriquecer nossa coleção com novas safras. Não faz sentido guardarmos 48 ou 60 garrafas de um mesmo vinho, quando poderíamos guardar apenas seis, 12 ou 18".

La Tour d'Argent fascina as pessoas não apenas por seu prato mais famoso, o pato prensado servido em seu próprio sangue, mas também por seu passado cheio de história e lista de frequentadores célebres, desde o falecido presidente norte-americano John Kennedy até o jogador de futebol Ronaldo. Fundado em 1582, o restaurante foi frequentado por sucessivos reis franceses e saqueado durante a Revolução. Nos anos 1800 passou para o controle do chef pessoal de Napoleão, antes de ser adquirido pela família Terrail em 1911. Em incidente que ficou famoso, Claude Terrail, o pai do proprietário atual, ergueu paredes fechando a adega durante a 2a Guerra Mundial para não ser obrigado a servir vinhos finos aos ocupantes nazistas de Paris.

O catálogo de vinhos à venda pode ser visto no endereço www.piasa-latourdargent.fr.
Por Estelle Shirbon PARIS (Reuters Life)