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quinta-feira, março 11, 2010

Mulheres que consomem bebida alcoólica com moderação ganham menos peso que as que não bebem, indica estudo

A bebida alcoólica tem alto teor calórico e é esperado que seu consumo regular seja um fator de risco para obesidade. Entretanto, as pesquisas realizadas até o momento para demonstrar essa associação têm mostrado resultados conflitantes, e uma das razões para essa discordância é a inclusão de indivíduos com sobrepeso ou obesidade já no início das pesquisas. O presente estudo é o primeiro a avaliar por um longo período o efeito do álcool sobre o peso de indivíduos com peso normal.

Pesquisadores de Boston nos Estados Unidos acompanharam 20 mil mulheres com 39 anos ou mais e com índice de massa corporal dentro dos limites normais (18.5 a 25). No início do estudo, 38% das mulheres não faziam uso de álcool, e as que bebiam usavam em sua maioria até 30 gramas diários de álcool. Durante um acompanhamento de 13 anos em média, as mulheres ganharam peso progressivamente e 41% delas passaram a ser classificadas como tendo sobrepeso ou obesidade.

Já as mulheres que não faziam uso de álcool foram as que ganharam mais peso (3.63 kg). Aquelas que consumiam de 15 a 30 gramas de álcool por dia foram as que menos engordaram, 30% menos do que aquelas que não bebiam. Os vinhos tinto e branco, cerveja e licor, todos tiveram esse efeito no controle de peso, sendo que o vinho tinto foi a bebida que teve efeitos mais expressivos. E o que seria 15 a 30 gramas de álcool? Uma taça de vinho de 150 ml tem cerca de 14.5 gramas de álcool e uma latinha de cerveja de 350 ml tem 16.5 gramas.
Álcool influencia peso de homens e mulheres de forma distinta.

Vale lembrar que só mulheres foram estudadas nesta pesquisa e que os resultados podem ser diferentes entre os homens. Existem evidências de que o álcool influencia o peso de homens e mulheres de forma distinta, especialmente porque as mulheres que consomem bebidas alcoólicas costumam reduzir a ingesta de alguns alimentos calóricos (ex: menos carboidratos), enquanto os homens simplesmente adicionam a bebida à sua dieta habitual. Essa tendência foi observada no presente estudo, mas existem também diferenças do metabolismo do álcool entre homens e mulheres que fazem com que os homens tenham mais chance de engordar com o álcool.

Esses resultados devem ser vistos com muita cautela, já que não existe nenhuma justificativa até o momento para se indicar o consumo de álcool por potencias efeitos medicinais, mesmo que em doses moderadas. A atual recomendação é que os médicos não indiquem o uso de álcool como se fosse um suplemento alimentar para prevenir doenças, muito menos para ajudar a controlar o peso. Devem recomendar às pessoas que não bebem que continuem sem beber, e às pessoas que já têm o hábito de beber, que não ultrapassem os limites de duas doses diárias para os homens e uma no caso das mulheres. Mas isso também está mudando.

Já é bem reconhecido que o consumo leve a moderado de álcool reduz o risco de doenças como o infarto do coração, derrame cerebral e a doença de Alzheimer. Do outro lado da moeda está o risco de câncer. Estudos recentes têm demonstrado que não existe dose segura para o consumo regular de álcool. Mesmo o consumo leve a moderado está associado a um maior risco de diferentes tipos de câncer como o de mama, reto e fígado. Não se deve pensar no álcool como um elemento promotor da saúde da população, pois muitas pessoas atravessarão a barreira entre o consumo moderado e o consumo exagerado. Esse consumo exagerado é responsável por uma em cada 25 mortes no mundo, e como se não bastasse as mais de cem doenças secundárias ao álcool, ainda temos os enormes problemas sociais que estão associados ao seu consumo.
Publicado em Clique Saúde.
Ricardo Teixeira é doutor em neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp. Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília e é o autor do Blog "ConsCiência no Dia-a-Dia" - www.consciencianodiaadia.com.br.

quarta-feira, março 10, 2010

Cursos sobre gestão do mercado de vinhos ainda são escassos Cresce a demanda por profissionais especializados no setor

Apesar de não ser um produtor tradicional de vinhos, o Brasil começa a despontar como um mercado de consumo em potencial, especialmente no que se refere aos vinhos finos, que englobam as categorias tinto, rose, branco e espumantes.

Com isso, as oportunidades de trabalho nesse setor se abrem generosamente, demandando profissionais especializados e com conhecimentos específicos sobre o negócio do vinho.
“Esse mercado está ligado à comercialização de vinhos finos em bares, restaurantes, importadoras, lojas de vinho, entre outras possibilidades”, afirma Valdiney Ferreira, coordenador do curso Wine Business: o negócio do vinho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, que abre a sua primeira turma neste ano.

O sommelier Paulo Nicolay, um dos professores do curso da FGV, destaca que esse mercado cresce cerca de 5% ao ano. “O Brasil hoje é o terceiro país do mundo em diversidade de rótulos, só ficando atrás dos Estados Unidos e da Inglaterra”, afirma.

Mas o otimismo deve ser levado com cautela, uma vez que para ter um lugar garantido nesse setor, qualificação e especialização são fundamentais, aponta Juliana Trombeta Reis, coordenadora de desenvolvimento de cursos de bebidas, serviços e gestão de gastronomia do Senac São Paulo, que criou a primeira pós-graduação em Administração de Negócios do Vinho do Brasil.

“Percebo que o mercado de vinho está carente de profissionais qualificados sobre a gestão propriamente dita, como planejamento estratégico, marketing e comunicação para fazer com que o produto final, que é o vinho, esteja adequado”, explica.
Juliana conta que um dos desafios do curso é, além de desmistificar a bebida, ensinar como posicionar o produto em mercados específico, com logística, legislação, entre outras ferramentas para que o vinho seja trabalhado de maneira competitiva.

Confira algumas instituições que ministram cursos nessa área:
Senac São Paulo Pós-graduação sobre Administração de Negócios do Vinho Início do curso: As aulas já começaram. Interessados podem contatar a escola para saber se há vagas remanescentes Preço: 15 parcelas de R$ 750

Fundação Getulio Vargas – Rio de Janeiro Especialização Wine Business: negócios do vinho Início do curso: 15 de marçoPreço: R$ 6,5 mil

Associação Brasileira de Sommeliers Curso de Profissionais - módulo de ServiçoInício do curso: 20 de abrilPreço: 4 parcelas de R$ 300

No exterior: - Institute of Masters of Wine – Inglaterra
Wine MBA da Bordeaux Management School
Wines of Uruguay
Maria Carolina Nomura, iG São Paulo

quarta-feira, março 03, 2010

Expand lança primeiro app brasileiro sobre vinhos

A Expand inova e é a primeira enoteca brasileira a trazer o mundo do vinho ao alcance dos dedos. No app, que acaba de ser publicado na iTunes Store, um catálogo de vinhos da Expand, com fichas técnicas dos rótulos, endereços das 40 lojas pelo Brasil e um link que dá a localização da loja mais próxima via Google Maps.

O aplicativo traz ainda uma seção de notícias e outra de harmonização. Em “notícias” estão listados os eventos, os wine dinners, as inaugurações de lojas e até curiosidades do mundo do vinho, como pontuação de rótulos, história de produtores, informações sobre as vinícolas etc. Em “harmonização”, um serviço que dá dicas de quais uvas combinam com um determinado prato. Um app bastante completo e que propicia uma boa experiência para os amantes no vinhos e ligados no mundo mobile.
Publicado por Renato Gosling

Terremoto atingiu 'coração' da vinicultura do Chile, diz Concha y Toro

SANTIAGO - A produtora chilena de vinhos Viña Concha y Toro suspendeu as operações por pelo menos uma semana, por causa dos danos provocados pelo forte terremoto que atingiu o Chile no sábado, 27, informou a empresa em comunicado.

"A área mais atingida é o centro sul do país, o coração da indústria vinícola no Chile", disse a Concha y Toro. "Nossa empresa, junto ao resto da indústria, foi gravemente atingida por essa catástrofe".

A empresa disse que sofreu "sérios danos" em uma das suas principais unidades, que significaram a perda de vinho e da capacidade de produção. "A exata magnitude das perdas ainda está sendo avaliada", disse a Concha y Toro. As informações são da Dow Jones.