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domingo, abril 15, 2012

Europeus prometem reagir a barreiras ao vinho estrangeiro no Brasil

O governo pode aumentar impostos ou limitar entrada do vinho estrangeiro ; medida não afetaria Mercosul

Os produtores de vinhos europeus consideram que a eventual adoção, pelo governo brasileiro, de medidas de salvaguarda ao produto nacional seria "inaceitável" e afirmam que farão "tudo" para proteger os interesses comerciais das vinícolas do continente.

O governo brasileiro estuda a possibilidade de aumentar os impostos de importação de vinhos (que têm atualmente alíquota de 27%) ou limitar sua entrada no país por meio de cotas.

A possível adoção da medida "é totalmente injustificável", disse à BBC Brasil José Ramón Fernandez, secretário-geral do Comitê Europeu das Empresas de Vinho (CEEV), que diz representar 90% das exportações europeias da bebida.

"Estamos em contato com as autoridades europeias e faremos todo o necessário para impedir que o Brasil adote ações protecionistas", completa.

A Secretaria de Comércio Exterior abriu, em 15 de março, uma investigação para avaliar se o vinho brasileiro estaria ameaçado pela concorrência dos importados, que se tornaram mais competitivos com a valorização do real.

"O Brasil precisa ser sério e pensar duas vezes se deseja construir relações sérias com seus parceiros comerciais", diz o representante do CEEV, se referindo às negociações – que existem há anos - para a criação de uma área de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Mercosul

Caso aplicadas, as medidas de salvaguarda do setor não afetariam os países do Mercosul por conta de acordos firmados, afirma o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Chile continua na liderança no ranking dos maiores exportadores da bebida ao Brasil, com 26,7 milhões de litros vendidos em 2011.

O Chile e a Argentina (com 17,7 milhões de litros) representam sozinhos mais da metade do mercado de vinhos importados vendidos no Brasil em 2011, que foi de 77,6 milhões de litros.

Europa

Os produtores europeus, que também têm uma participação expressiva nas vendas de vinhos no Brasil, seriam os principais penalizados pela eventual medida.

Itália, Portugal, França e Espanha estão, respectivamente, no terceiro ao sexto lugar no ranking dos principais países exportadores de vinhos estrangeiros para o Brasil, segundo a Ibravin.

A Itália exportou 13,1 milhões de litros de vinho ao Brasil em 2011. Portugal totalizou 8,6 milhões de litros, com aumento de 6,2% no volume no ano passado.

Já a França e a Espanha tiveram um crescimento significativo em termos de volume em 2011: as vendas de vinhos franceses, que totalizaram 5,1 milhões de litros, aumentaram 20,4% e, a dos espanhóis (2,8 milhões de litros), subiram 31,7%, diz a Ibravin.

França

Os vinhos franceses, considerados mais prestigiosos, são os mais caros do mercado brasileiro, diz um estudo do Comitê Europeu do Vinho.

Em termos de faturamento, as vendas de vinhos franceses no Brasil, incluindo champanhes e outros espumantes, cresceram 161% entre 2002 e 2011, afirma Benoît Stenne, diretor-adjunto da Federação de Exportadores de Vinhos e Destilados (FEVS, na sigla em francês).

As vendas de vinhos franceses (incluindo champanhes) passaram de 14,2 milhões de euros em 2002 para 37,2 milhões de euros no ano passado, segundo a federação.

O mercado brasileiro ainda é minúsculo na comparação com as vendas globais de vinhos franceses (é apenas o 29° mercado do produto) mas "há um grande interesse das vinícolas da França em relação ao Brasil", afirma Stenne.

O porta-voz da entidade ressalta que o Brasil "é um dos países que registram maior crescimento nas vendas nos últimos anos".

As medidas em estudo pelo governo provocaram reações também no Brasil, com propostas de boicote ao vinho nacional para protestar contra as eventuais salvaguardas aos importados
Daniela Fernandes de Paris para a BBC Brasil

segunda-feira, abril 09, 2012

Colheita de uvas deve chegar a 150 toneladas na Villa Francioni

A vinícola catarinense, Villa Francioni, iniciou a colheita da safra 2012, no último dia 30 de março, em São Joaquim. Para este ano serão colhidas dez variedades de uvas tintas e brancas, com previsão estimada de 150 toneladas de uva. A influência do fenômeno La Niña é considerada positiva para a produção, já que as chuvas são menores do que a normalidade.

Segundo o enólogo da Villa Francioni, Orgalindo Bettú, “o tempo seco e as noites frias são muito bem quistas na viticultura, estamos nos encaminhando para mais uma ótima safra.” A uva colhida no vinhedo próprio da Villa Francioni, serve de base para a produção de três linhas de produtos comercializados pela empresa: Linha VF, Linha Joaquim e Linha Aparados.

Ainda neste mês, durante a Expovinis Brasil 2012 que acontecerá em São Paulo, a vinícola irá realizar o pré-lançamento de mais um rótulo: o Licoroso VF Tinto, safra 2004. O vinho de sobremesa passou por 8 anos em barricas francesas novas e foi elaborado através da desidratação das uvas em ambiente fechado. Serão comercializadas 1.360 garrafas de 500ml.

Para quem tem interesse em visitar a Villa Francioni na serra catarinense pode agendar uma visita. Elas acontecem todos os dias em três horários. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone: (49) 32338200 ou pelo site: www.villafrancioni.com.br .

segunda-feira, abril 02, 2012

Sotheby realiza o segundo maior leilão de vinhos da sua história


O leilão feito no último dia 21, pela loja de vinhos inglesa Sotheby, foi o segundo maior de sua história. As vendas atingiram 2,76 milhões de euros com 97% dos itens vendidos.

Os vinhos da região de Borgonha foram os lotes mais disputados, especialmente os de Domaine de la Romanée-Conti e Henri Jayer, com compradores online e por telefone de 21 países diferentes atingindo preços muito acima dos estimados.

O lote principal eram três garrafas de Cros Parantoux 1990, de Henri Jayer Vosne-Romanée, vendidas para um comprador asiático por 42.300 euros, 14 mil euros acima do esperado.

“Estamos particularmente felizes que essa coleção tenha atraído muitos compradores ao redor do mundo, incluindo novos clientes que amaram a qualidade e diversidade da nossa adega”, disse a presidente da loja e Master of Wine, Serena Sutcliffe.
Fonte: Vivendo a Vida

Gráfico mostra índices do consumo de vinho por país

Russos, chineses e norte-americanos encabeçam o aumento do consumo de vinho pelo mundo

Os norte-americanos entornaram mais vinhos, tanto espumantes como normais, do que qualquer outro país no ano passado. Eles encabeçam, junto com russos e chineses, o aumento do consumo de vinho global, que aumentou em 3,5 % desde2007. Somente os chineses beberam em 2011 20% a mais do que em 2010, usurpando o quinto lugar de consumo mundial de vinho da Inglaterra. Os consumidores chineses beberam 156 milhões de caixas de vinho em 2011 (uma caixa contém 12 garrafas de 0,75 litro), apesar de que isso representa pouco mais de um litro por pessoa para cada habitante com idade para ingerir bebidas alcoólicas legalmente.

Os maiores enófilos continuam sendo os franceses e italianos, mas eles têm diminuído o consumo nos últimos anos. Junto aos espanhóis, este grupo responde pela metade da produção mundial de vinho e tem se beneficiado de um aumento nas exportações – mais de uma em cada quatro garrafas de vinho são importadas. Os US$ 8,4 bilhões de exportações da França em 2010 foram as maiores em valor; enquanto os 243 milhões de caixas exportadas pela Itália (um aumento de 43% em relação a 2007) foram as maiores exportações de vinho em volume.
Fonte : Opinião e Notícia