Pesquisar este blog

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sugestão da Semana – Floresta Sauvignon Blanc 2006

A sugestão desta semana é o Floresta Sauvignin Blanc 2006, da Bodega chilena Santa Rita. É um vinho muito agradável de ser bebido nestes dias quentes e abafados de verão. É fresco e possui uma ótima acidez, com toques de frutas cítricas, arruda e vegatais. Combina muito bem com mariscos, peixes e frutos do mar. Parceiro ideal também com queijos à base de leite de cabra.

E quem quiser degustar este Floresta na companhia da enóloga que o elabora, Cecilia Torres, considerada uma das melhores do Chile, a oportunidade é esta semana. Na próxima quinta-feira, dia primeiro, ela estará apresentando alguns de seus vinhos na Grand Cru, no Rio de Janeiro.

Onde Encontrar: Grand Cru (21) 2511-7045
Preço Sugerido: R$ 85,00




A Vinícola Santa Rita e os vinhos disponíveis no Brasil:

Fundada em 1880 por Domingo Fernández Concha, destacado empresário da época, as terras da Bodega Santa Rita estão situadas principalmente em Alto Jahuel, o melhor solo do Valle del Maipo, a 40 km ao sul de Santiago. Também possui vinhedos próprios em outros cinco vales: Casablanca, Leyda, Rapel, Apalta e Curicó.

No Brasil estão disponíveis as seguintes linhas:

Linha "120" - Sauvignon Blanc, Chardonnay, Merlot, Carménère, Cabernet Sauvignon e Carménère/Cabernet Franc/Cabernet Sauvignon. Vinhos frutados, praticamente sem madeira, para serem bebidos jóvens.

Linha Gran Hacienda - Sauvignon Blanc, Chardonnay, Riesling, Viognier, Merlot, Carménère, Cabernet Sauvignon, Merlot/Syrah, Petit Syrah/Syrah e Cabernet Sauvignon/Carménère/Cabernet Franc. Os tintos são parcialmente envelhecidos em carvalho (4 meses) e os brancos não passam por madeira. Vinhos macios e elegantes com ótima relação qualidade/preço.

Linha Reserva - Sauvignon Blanc, Chardonnay, Merlot, Syrah, Carménère e Cabernet Sauvignon. Os tintos são envelhecidos em carvalho por cerca de 11 meses e o Chardonnay por 6 meses . Vinhos mais complexos, elegantes e mais concentrados, também com ótima relação qualidade/preço.

Linha Medalla Real - Sauvignon Blanc, Chardonnay e Cabernet Sauvignon. O Cabernet é envelhecidos em carvalho por cerca de 12 meses e o Chardonnay por 7 meses . Vinhos mais complexos, elegantes e mais concentrados, também com ótima relação qualidade/preço. Produzidos com uvas de vinhedos com mais de 30 anos de idade, resulta em vinhos de ótima concentração.

Linha Floresta - Sauvignon Blanc, Chardonnay, Cabernet Sauvignon/Syrahe Cabernet Sauvignon/Syrah. Resultado do melhor Terroir Chileno, o Chardonnay passa 8 meses em carvalho, o Cabernet Sauvignon/Syrah, 12 meses e o Cabernet Sauvignon , 18 meses. Vinhos encorpados e elegantes, com a madeira muito bem equilibrada.

Linha Casa Real - Cabernet Sauvignon. Vinho Premium da vinícola, produzido com uvas de parreiras com mais de 50 anos. Envelhecido em barricas de carvalho francês por um período entre 15 e 18 meses. Elegante e sofisticado, é considerado como um dos melhores vinhos chilenos.

Vinho de Sobremesa - Late Harvest 2005 - Semillon/Gewurztraminner/Riesling. Vinho doce de colheita tardia com bom corpo, boa acidez e frescor.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Curso de Vinhos no Espaço Grand Cru

Inciando a agenda de 2007

No início de fevereiro (dias 5, 6 e 7) estou fazendo o primeiro curso de vinhos de 2007 no Espaço Grand Cru, no Jardim Botânico. É uma viagem ao mundo do vinho, às regiões produtoras, ao processo de fabricação e, porque não, uma viagem ao prazer (de degustar, de descobrir e identificar aromas, cores ...).

Difundir a cultura do vinho, sua história e seus segredos é mais do que popularizar o seu consumo - trata-se de cultivar uma arte milenar e cheia de prazeres, que não só faz bem à saúde (lembrando que os polifenóis, componentes do vinho, são sabidamente responsáveis pela proteção arterial) como combina muito bem com encontros, comemorações e rodas de amigos.

O curso é realizado em três aulas (3 horas de duração por aula) com apostila e em cada aula são realizadas degustações:

na primeira: degustação de brancos e tintos

na segunda: degustação de espumantes

  • na terceira: degustação de vinhos de sobremesa e portos

Maiores Informações na Grand Cru (2511-7045) Rua Lopes Quintas, 180 – Jardim Botânico

“Nenhuma palavra combina tanto (harmoniza talvez seja o termo mais apropriado) com um bom vinho quanto prazer. Prazer em saborear. Prazer em produzir. Prazer em se relacionar. Prazer em conquistar aquilo que se deseja” (Exame Edição Especial Vinhos)

segunda-feira, janeiro 08, 2007

A Pinot Noir

Da Borgonha para o Novo Mundo

Na última semana dei uma entrevista para a Revista Programa do Jornal do Brasil sobre a uva Pinot Noir, abordando a sua adaptação ou não a outras regiões do mundo – fora de sua terra natal, com foco especial ao seu cultivo na África do Sul. Aproveito então para falar um pouco mais sobre este uva tão apreciada, sensível e delicada.

A Pinot Noir é uma uva de difícil sucesso quando plantada fora da sua terra natal, a Borgonha, na França, onde produz os míticos vinhos desta região, como o Romanée-Conti. São grandes vinhos, com aromas excepcionais e elegantes e taninos agradáveis. Mas chegar a bons resultados com esta cepa não é uma tarefa fácil. A Pinot Noir deve ser cultivada em climas mais frios, em pequena e controlada produção. Frágil, a cepa sofre muito com as mudanças ambientais e as alternâncias climáticas.

Apesar das dificuldades, percebo que a Pinot Noir atualmente vem produzindo alguns bons resultados em alguns países do novo mundo. Um clone de Pinot Noir, usado na região de Champagne, vem se adaptando bem em alguns países e produzindo vinhos que podem até apresentar (ou lembrar) a tipicidade da Borgonha.

Temos alguns exemplos na Califórnia (cujo cultivo iniciou-se no fim dos anos 80); na Nova Zelândia (resultando em vinhos de bom corpo e muita fruta); e também na Austrália, Chile, Argentina e Brasil.

Na África do Sul, a Pinot ainda é muito pouco plantada (apenas 0,5 % da área total), mas já está produzindo alguns vinhos interessantes. Gosto muito de dois Pinot Noir Sul-africanos, um que mantém a tipicidade da Borgonha e outro bem estilo novo mundo:

MEERLUST PINOT NOIR 2001

Produzido pela vinícola de mesmo nome, no distrito de Stellenbosch, a 40 km da Cidade do Cabo. Possui um toque de amoras maduras na boca, elegante e com um ótimo corpo. Mesmo com um estágio de 15 meses em barricas francesas, apresenta nuances que lembram um Borgonha.
É comercializado pela Importadora Paralelo 35.

GLEN CARLOU PINOT NOIR 2004

A vinícola Glen Carlou situa-se no coração da África do Sul, no PearlValley, distrito de Paarl. Encorpado, com toques de frutas silvestres maduras e chocolate. Este Pinot Noir passa 11 meses em barricas de carvalho francês, o que lhe confere alguns aromas tostados bem estilo Novo Mundo.
É comercializado pela Importadora Grand Cru.