Pesquisar este blog

quarta-feira, abril 19, 2017

Portugal é o país com maior consumo de vinho por habitante

Portugal é um dos 10 maiores países exportadores de vinho do mundo.

Portugal foi o nono maior exportador de vinho, tendo vendido 2,8 milhões de hectolitros para o estrangeiro e que valeram 734 milhões de euros.

Portugal ocupa um “lugar muito especial” no mundo dos vinhos. A procura de vinho aumentou apenas 0,4% a nível mundial, em 2016, para os 242 milhões de hectolitros, em linha com a estagnação verificada desde a crise de 2008, sendo Portugal o país com maior consumo por habitante. No seu relatório anual de conjuntura, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) indica que as maiores taxas de progressão do consumo de vinho se registaram na China (um aumento de 6,9% para 17,3 milhões de hectolitros), em Itália (uma subida de 5,3% para os 22,5 milhões de hectolitros) e, nos Estados Unidos (um crescimento de 2,5% para os 31,8 milhões de hectolitros).

Olhando para o consumo por habitante, Portugal está no topo da lista, com um consumo de 54 litros por pessoa e por ano, seguindo-se França (51,8 litros), Itália (41,5 litros) Suécia (41 litros), Suíça (40,3 litros), Bélgica e Argentina (31,6 litros em cada país), Alemanha (29,3 litros) e Austrália (27 litros). Espanha é o oitavo país com maior consumo por habitante (25,4 litros), seguida de dois países onde não se cultivam vinhas: a Holanda (24,5 litros) e o Reino Unido (24 litros). A produção de vinho caiu 3% para os 267 milhões de hectolitros em 2016, devido sobretudo a condições climáticas pouco favoráveis em alguns dos principais países produtores, sobretudo no hemisfério sul, como no Chile, na Argentina ou no Brasil, segundo a OIV.
No relatório anual de conjuntura, a OIV refere que os três maiores produtores continuam a ser Itália (50,9 milhões de hectolitros, um aumento de 2%), França (43,5 milhões, uma queda de 7%) e Espanha (39,3 milhões, uma subida de 4%). Os Estados Unidos reforçaram a sua posição, produzindo 23,9 milhões de hectolitros em 2016 (+10%), bem como a Austrália que produziu 13 milhões de hectolitros (+9%). Por outro lado, a produção na China caiu 1% (para os 11,4 milhões de hectolitros), na África do Sul recuou 6% (para os 10,5 milhões de hectolitros), no Chile recuou 21% (10,1 milhões de hectolitros) e na Argentina caiu 29% (9,4 milhões de hectolitros).

Portugal entre os maiores exportadores

O comércio internacional de vinho caiu 1,2% em 2016, situando-se nos 104 milhões de hectolitros, mas em valor subiu 2% para os 29 mil milhões de euros. Espanha voltou a ser o maior exportador em quantidade, com 22,3 milhões de hectolitros, mas boa parte das suas vendas para o exterior são a granel e a baixo preço, tendo representado 2.644 milhões de euros, muito abaixo dos 8.255 milhões de euros que França arrecadou com as exportações de vinho, que atingiram os 14,1 milhões de hectolitros no ano passado. Portugal foi o nono maior exportador de vinho, tendo vendido 2,8 milhões de hectolitros para o estrangeiro, o que totalizou os 734 milhões de euros, segundo a OIV. A superfície de vinha em todo o mundo manteve-se estável em 2016, com 7,5 milhões de hectares, apesar de se terem verificado movimentos significativos em alguns países. Na China, em particular, a área de vinha aumentou em 17 mil hectares em 2016, totalizando os 847 mil hectares, consolidando a sua segunda posição, atrás de Espanha, com 975 mil hectares.

Segredos do vinho: as leveduras

Frequentemente, quando visito um produtor, ouço-o dizer que só utiliza leveduras indígenas para a fermentação espontânea dos mostos. Daqui se depreende que essas são melhores e que “nesta casa só se trabalha com seriedade”. Como o tema se presta a equívocos e é mais um que enche a pobre cabeça dos winefreaks, sempre mais preocupados em gostar de tudo o que está fora do baralho, vale a pena pensar um pouco no assunto.

As leveduras são microrganismos que existem no ambiente e que se depositam na parte exterior dos bagos de uva. Há muitas variedades, umas boas, outras más. Para se ter uma ideia, a equipa técnica da Sogrape já isolou nas suas propriedades em várias zonas do país mais de 720 estirpes de leveduras. São estas leveduras que irão transformar o açúcar das uvas em álcool, durante um processo a que chamamos fermentação. Atualmente, usam-se, por norma, leveduras que foram selecionadas em laboratório.

Desta forma garante-se uma fermentação sem riscos, sem que se gerem maus aromas ou problemas de acidez volátil. Estas “selecionadas” seriam como que as más da fita, as que carregam a marca industrial que perturba os amantes dos vinhos naturais, dos vinhos da terra e por aí fora. Mais uma confusão. As leveduras podem ser selecionadas e serem da região.

Foi isso que se fez no Dão (tintos) com uma levedura que não retira cor aos tintos (o que acontece com outras), nos vinhos verdes (brancos) e na Bairrada (brancos). Há leveduras dessas regiões comercializadas pela Proenol, uma empresa portuguesa líder no mercado. A levedura QA 23 (as letras remetem para a Quinta de Azevedo, onde o estudo foi feito) está atualmente no top 10 mundial para vinhos brancos. Porquê? Porque não induz aromas e dessa forma permite que os aromas naturais das castas e da região melhor se exprimam.

A Quinta dos Carvalhais já isolou duas para uso próprio, e o Colheita branco é feito com uma delas. Assim sendo, estamos a falar de leveduras selecionadas, ainda que dentro da própria região, o que faz todo o sentido. A dicotomia será então entre fermentação espontânea (com as leveduras que vêm com as uvas) e fermentação com leveduras selecionadas. De novo se coloca a questão de apenas ao pequeno produtor ser permitido correr os riscos da fermentação espontânea (arranque tardio, paragem da fermentação, não desdobramento de todo o açúcar, ácido acético, etc.); tudo pode correr bem, mas há uma forte probabilidade de acabar mal, risco que a maior parte dos produtores prefere não correr. Curiosamente, ainda não existe, pelo menos comercializada, uma levedura para o vinho do Porto. Já houve várias tentativas, mas os estudos foram inconclusivos. Quer António Graça (Sogrape) quer Maria de Fátima Teixeira (Proenol) nos confirmaram isto. Neste como noutros temas do campo da microbiologia, os esforços continuam, e Portugal, Espanha e França são os países onde esses estudos mais se têm desenvolvido.
João Paulo Martins

sábado, abril 01, 2017

Top 10 maiores exportadores de vinhos do mundo

Em termos de quantidades, a exportação aumentou por aproximadamente 1.9 milhões de hectolitros (1 hectolitro equivale a 100 litros). Os dados mais recentes da Organização Internacional de Vinha e Vinho mostram que houve um declínio contínuo em área sob videira.
Apesar da retração global na área sob videira, a produção de uva tem estado em crescimento devido à maior produção e condições climáticas favoráveis. Para esta seleção foram considerados dados da International Wine Central. As quantidades apresentadas representam as estimativas da organização para 2015.

10°Argentina – Exportação 2.700.000 hectolitros

Por um longo tempo, a Argentina se focou exclusivamente em produzir vinho para o mercado interno. A mudança surgiu na década de 1990, quando o país começou a investir e produzir vinho de melhor qualidade que poderia se tornar competitivo no mercado internacional.

9°Portugal – Exportação 2.800.000 hectolitros
portugal entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
Portugal não tem apenas uma longa história de produção de vinho, mas é também um dos primeiros países que começaram a vender o produto fora de suas fronteiras. O país embarcou vinho para o Império Romano, enquanto o comércio moderno começava no início do século 18.
O primeiro país que comprou vinho português foi Inglaterra, e manteve-se um dos principais importadores de vinho de Portugal. Nos últimos 5 anos, o valor do vinho português exportado para o Reino Unido aumentou por 19%.

8°Alemanha – Exportação 3.600.000 hectolitros

alemanha entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
Comparada com Portugal, a Alemanha produz menos quantidades da bebida, mas exporta e consome mais. Uma das características distintivas da produção de vinho na Alemanha é que muitos produtores de vinho dependem da agricultura orgânica.

7°Estados Unidos – Exportação 4.200.000 hectolitros
estados unidos entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
Os Estados Unidos são o quarto maior produtor de vinho. Em 2015, 22, 140hl da bebida foram produzidos. A maior quota, cerca de 90% veio da Califórnia, que é também o estado com maiores números de vinícolas, 3.782. Como outros países não europeus nesta seleção, os EUA registrou um aumento contínuo em exportação nos últimos anos.

6°África do Sul – Exportação 4.200.000 hectolitros
africa do sul entre os maiores exportadores de vinhos do mundo

A África do Sul é décimo segundo maior produtor de vinho e a área ao redor da Cidade do Cabo é o epicentro da vinificação. WOSA estima que um pouco menos de 100.000 hectares estão sob videira, enquanto a maior parte da colheita anual de uvas, em torno de 80%, é usada para produção do vinho.
A indústria emprega cerca de 300.000 pessoas, e é uma importante contribuinte para as receitas totais de exportação do país, que é sexta posição nesta seleção.

5°Austrália – Exportação 7.400.000 hectolitros
australia entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
No ultimo ano, a Austrália registrou o maior aumento na exportação de vinho. O valor das remessas aumentou em 7.8%, enquanto as quantidades exportadas subiram 4.9% comparado com o ano anterior.
O vinho australiano foi vendido em 123 países, entre os quais 78 importaram mais bebida em 2015, do que um ano atrás. Além disso, 5 mercados valorizaram mais do que 100 milhões de dólares australianos.

4°Chile – Exportação 8.800.000 hectolitros
chile entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
O Chile é um dos países que não apenas aumentou a área sob videira, mas também fez uma série de melhorias no processo de produção que resultou em qualidade superior do vinho e maior competitividade no mercado internacional. Nos últimos anos, a exportação de vinho do Chile quadruplicou.

3°França – Exportação 14.000.000 hectolitros
franca entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
Em 2015, o país embarcou 14.000 hl que foi uma queda pelo terceiro ano consecutivo. Apesar de exportar menos vinho, o país classifica como primeiro, em termos de valor de remessas.
No último ano, o valor das exportações atingiu 8.2 bilhões de euros, que foi 6.7% de aumento em relação ao ano anterior. Os fatores que influenciaram o aumento foram o euro enfraquecido, crescimento significativo de exportação para China, e aumento de venda do champanhe.

2°Itália – Exportação 20.000.000 hectolitros
italia entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
A vinificação tem uma longa tradição na Itália, que remonta a 800 a.C., a época quando os colonizadores gregos introduziram a vinicultura para Sicília. No ano passado, o país produziu as maiores quantidades de vinho no mundo.
O volume de 49.5 milhões de hectolitros, que representou 18% da produção global de vinho, permitiu a Itália a recuperar o primeiro lugar entre os produtores mais importantes do mundo. Além de ser o maior produtor e o segundo maior exportador de vinho, o país está também entre os principais países consumidores.

1°Espanha – Exportação 24.000.000 hectolitros
espanha entre os maiores exportadores de vinhos do mundo
As remessas geraram a receita de 2.6 bilhões de euros, o que determina o país no terceiro lugar entre os principais exportadores do mundo, atrás da França, que ganhou 8 bilhões de euros, e Itália cujas remessas de vinho valeram 5 bilhões de euros. Atualmente, os principais importadores do vinho espanhol foram França, Alemanha e Itália.
Adriano Lucas 29 de março de 2017
Fonte: http://top10mais.org/top-10-maiores-exportadores-de-vinhos-do-mundo/#ixzz4d1j6qazL

GNR recupera 136 garrafas de Vinho do Porto avaliadas em meio milhão de euros

Unidade Fiscal da Guarda apreendeu garrafas furtadas da Casa do Douro, referentes à colheita de 1934 e engarrafadas em 1967. Foi ainda apreendido vinho de mesa e aguardente

A Unidade Fiscal da GNR apreendeu nesta quarta-feira, em Santa Marta de Penaguião e Peso da Régua, bebidas alcoólicas avaliadas em meio milhão de euros por introdução fraudulenta no consumo.

O Destacamento de Ação Fiscal do Porto desencadeou uma investigação que levou à realização de três buscas domiciliárias e três não domiciliárias, duas das quais a estabelecimentos de restauração e bebidas.

A GNR esclareceu, em comunicado, que durante estas buscas foram apreendidos 15.900 litros de vinho de mesa, 210 litros de aguardente e 5.100 litros de vinho do Porto, no valor total de 48.400 euros, dos quais mais de 14 mil euros correspondem ao valor de prestação tributária em dívida.

Segundo a fonte, foram ainda recuperadas 136 garrafas de vinho do Porto, referentes à colheita de 1934, engarrafadas em 1967 e que possuem um valor unitário estimado de 3.300 euros, que perfazem um valor total de 448.800 euros.

Estas garrafas de vinho do Porto foram, segundo a Unidade Fiscal, furtadas da Casa do Douro, situada no Peso da Régua.

No comunicado, a GNR indicou que a operação decorreu “já com todos os intervenientes identificados”, não especificando, no entanto, quantas pessoas estão envolvidas neste processo.
Fonte : iOL