Autora norte-americana compara uvas com peças do vestuário feminino
Leslie Sbrocco, crítica de vinhos, autora do livro Wine for Women: A Guide to Buying, Pairing, and Sharing Wine e colaboradora de jornais, revistas e programas de televisão nos Estados Unidos faz uma interessante e divertida comparação entre as principais uvas viníferas e peças essenciais de um guarda-roupa feminino.
É uma brincadeira, mas o paralelo pode fazer algum sentido. As mulheres que o digam !!!!
Recebi este artigo por e-mail, tendo sido originalmente publicado no Jornal do Vinho.
Vejam as idéias de Leslie:
Uvas Brancas:
Chardonnay: versátil, popular e capaz de gerar vinhos de vários estilos. Seria equivalente a um vestido clássico da cor preta, o famoso pretinho básico.
Sauvignon Blanc: com boa acidez, sabores de frutas e ervas frescas, a uva é "equivalente a uma camisa branca de algodão recém-lavada".
Pinot Grigio: é como vestir seu jeans favorito no final de um longo dia, é relaxante e confortável.
Riesling: uva leve e vibrante, com sabores arredondados de fruta e alguma doçura às vezes. "Esse vinho é como um vestido de primavera numa garrafa".
Uva Tintas:
Cabernet Sauvigon: nunca sai de moda, os vinhos feitos com essa uva são como um "terninho clássico".
Merlot: para essa uva macia, sedosa, a comparação é inevitável. Merlot é como uma roupa de cashmere.
Syrah: uva quente, que adiciona uma pitada de "sex appeal em qualquer refeição". Como uma bolsa vermelha adornando uma mulher.
Pinot Noir: uva elegante, clássica e glamorosa, que lembra um vestido de gala, feito de seda.
Parabés a todas as mulheres pelo dia de hoje!!!
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quinta-feira, março 08, 2007
sexta-feira, março 02, 2007
As Mulheres de Baco
Em homenagem ao dia Internacional da Mulher (próximo dia o8) resolvi nesta e na próxima semana falar um pouco sobre a participação das mulheres no mundo do vinho, que sempre foi tradicionalmente um mercado masculino: seja colocando o vinho na garrafa (enólogos) ou o tirando (sommeliers).
Na história do vinho, houve mulheres fortes que deixaram a sua marca em num meio tradicionalmente dominado por homens.
Um exemplo clássico e já bastante conhecido é o caso de Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin (a veuve Clicquot) que, viúva aos 27 anos e mãe de uma filha de três anos, revolucionou a casa de champanhe da família no início do século 19 e ficou conhecida como a inventora do remuage, procedimento destinado a retirar as borras de levedura das garrafas de champanhe.
Mas a (viúva) veuve Clicquot e outras mulheres de fibra do passado sempre foram exceções.
No entanto, nas últimas duas décadas, como em quase todas as profissões, mais e mais mulheres passaram a elaborar tintos e brancos. Seja para manter a tradição da família ou por escolha profissional, é cada vez maior a participação da mulher nas escolas de enologia e em vinícolas de todo o mundo.
Na Universidade da Califórnia, em Davis, EUA, o maior centro de conhecimento em enologia das Américas, há alguns anos predominam as alunas nos cursos da área. Todas são absorvidas pela poderosa indústria californiana e colocam sua arte a serviço do vinho. Na América do Sul, há bom número de enólogas em serviço nas vinhas chilenas e argentinas. No Brasil, a Escola de Enologia do Cefet de Bento Gonçalves tem formado nossas enólogas, que atuam em diversas vinícolas da Serra Gaúcha.
Vinho de Mulher? Isso existe?
Será que os vinhos elaborados por mulheres são sempre femininos, macios, elegantes? Ou podem ser vinhos masculinos, robustos e encorpados?
Esta pergunta foi feita há algumas semanas a uma grande enóloga chilena, Cecília Torres (da vinícola Santa Rita) em uma degustação dirigida de seus vinhos, realizada na Grand Cru, no Rio de Janeiro, e ela respondeu categoricamente que NÃO. Um bom enólogo (ou enóloga) está acima do sexo, fazendo bons vinhos, sejam eles mais encorpados (um Shiraz ou um Cabernet Sauvignon) ou um vinho mais delicado (um Merlot ou um Rose).
As Sommeliers no Brasil
Fazer o serviço do vinho e escolher a bebida mais indicada para um cliente são tarefas comumente exercidas por mãos masculinas. Isso pode ser explicado, talvez, porque ao surgirem os primeiros restaurantes os homens eram encarregados do salão, e as mulheres cuidavam do preparo dos pratos na cozinha. Como o sommelier é o garçom responsável pelos vinhos, o cargo foi direcionado a funcionários do salão.
Atualmente, entretanto, além de disputar tarefas entre as panelas ou no salão, já é possível (ainda que raro) ver mulheres selecionando o vinho adequado para uma clientela cada vez mais exigente. A baixa incidência feminina no cargo de sommelier pode ser temporária: há muitas mulheres mostrando seu interesse pelo mundo de Baco. Cito algumas que atuam no mercado paulista: Alexandra Corvo, Carina Cooper, Alice Magot e Rogéria Dias (todas jovens entre 26 e 40 anos). No Rio, Deise Novakoski (do Eça) e Marlene Alves (Quadrifoglio).
Um brinde as mulheres do vinho !!!! E até a próxima semana com mais informações sobre elas.
Na história do vinho, houve mulheres fortes que deixaram a sua marca em num meio tradicionalmente dominado por homens.
Um exemplo clássico e já bastante conhecido é o caso de Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin (a veuve Clicquot) que, viúva aos 27 anos e mãe de uma filha de três anos, revolucionou a casa de champanhe da família no início do século 19 e ficou conhecida como a inventora do remuage, procedimento destinado a retirar as borras de levedura das garrafas de champanhe.
Mas a (viúva) veuve Clicquot e outras mulheres de fibra do passado sempre foram exceções.
No entanto, nas últimas duas décadas, como em quase todas as profissões, mais e mais mulheres passaram a elaborar tintos e brancos. Seja para manter a tradição da família ou por escolha profissional, é cada vez maior a participação da mulher nas escolas de enologia e em vinícolas de todo o mundo.
Na Universidade da Califórnia, em Davis, EUA, o maior centro de conhecimento em enologia das Américas, há alguns anos predominam as alunas nos cursos da área. Todas são absorvidas pela poderosa indústria californiana e colocam sua arte a serviço do vinho. Na América do Sul, há bom número de enólogas em serviço nas vinhas chilenas e argentinas. No Brasil, a Escola de Enologia do Cefet de Bento Gonçalves tem formado nossas enólogas, que atuam em diversas vinícolas da Serra Gaúcha.
Vinho de Mulher? Isso existe?
Será que os vinhos elaborados por mulheres são sempre femininos, macios, elegantes? Ou podem ser vinhos masculinos, robustos e encorpados?
Esta pergunta foi feita há algumas semanas a uma grande enóloga chilena, Cecília Torres (da vinícola Santa Rita) em uma degustação dirigida de seus vinhos, realizada na Grand Cru, no Rio de Janeiro, e ela respondeu categoricamente que NÃO. Um bom enólogo (ou enóloga) está acima do sexo, fazendo bons vinhos, sejam eles mais encorpados (um Shiraz ou um Cabernet Sauvignon) ou um vinho mais delicado (um Merlot ou um Rose).
As Sommeliers no Brasil
Fazer o serviço do vinho e escolher a bebida mais indicada para um cliente são tarefas comumente exercidas por mãos masculinas. Isso pode ser explicado, talvez, porque ao surgirem os primeiros restaurantes os homens eram encarregados do salão, e as mulheres cuidavam do preparo dos pratos na cozinha. Como o sommelier é o garçom responsável pelos vinhos, o cargo foi direcionado a funcionários do salão.
Atualmente, entretanto, além de disputar tarefas entre as panelas ou no salão, já é possível (ainda que raro) ver mulheres selecionando o vinho adequado para uma clientela cada vez mais exigente. A baixa incidência feminina no cargo de sommelier pode ser temporária: há muitas mulheres mostrando seu interesse pelo mundo de Baco. Cito algumas que atuam no mercado paulista: Alexandra Corvo, Carina Cooper, Alice Magot e Rogéria Dias (todas jovens entre 26 e 40 anos). No Rio, Deise Novakoski (do Eça) e Marlene Alves (Quadrifoglio).
Um brinde as mulheres do vinho !!!! E até a próxima semana com mais informações sobre elas.
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