Vinhos envelhecidos no fundo do mar é uma experiência científica que pode vir a seduzir os apreciadores.
Um grupo de cientistas e produtores vinícolas do País Basco está a promover uma investigação inovadora: o Projecto Plentzia é o primeiro laboratório submarino de vinhos mundial.
O objectivo é saber se há alterações na qualidade do vinho conservado no fundo do oceano, avança o site Euronews. À superfície, os cientistas analisam as amostras para compreender o processo de envelhecimento.
Na Baia de Plentzia, no País Basco espanhol, foi colocado no leito marinho uma estrutura chamada “Módulo de Envelhecimento Controlado”(MEC). Localizados a uma profundidade de 15 metros, os módulos têm uma estrutura que permite que as correntes marinhas circulem por seu interior. Várias câmaras controlam o processo permanentemente.
Iñaki Etaio, um dos investigadores do Projeto Plentzia, explica que “cada garrafa no oceano tem uma irmã gémea na cave o que permite comparar e saber se há diferenças resultantes das condições de conservação”.
Os primeiros resultados já permitem tirar conclusões: "O vinho é mais redondo, mais expressivo com mais carácter e estrutura”, considera o enólogo.
Várias vinícolas espanholas aceitaram participar gratuitamente da experiência e vão realizar degustações mensais para avaliar como evoluem seus vinhos.