Segundo um relatório elaborado pelo International Wine and Spirits (IWSR) a pedido do Observatório Espanhol do Mercado do Vinho (OeMv), o Brasil está entre os países com maior possibilidade de crescimento do consumo de vinhos espanhóis.
Apresentada na quinta-feira passada (21), em Madrid, a pesquisa mostrou que os mercados das nações pertencentes ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são os que possuem as maiores tendências de aumento no comércio de vinhos, graças ao crescimento da demanda e do poder aquisitivo de suas populações.
Apesar das bebidas espanholas representarem apenas 0,4% do mercado brasileiro, a estabilidade chama investimentos. Da mesma maneira, o desenvolvimento de uma cultura gastronômica e a alta demanda por vinhos com preços entre 10 e 18 dólares (o equivalente a 17 e 30 reais), valor médio das bebidas ibéricas, são fatores a se levar em conta.
Na Rússia, o estudo mostrou que desde 2005 os vinhos espanhóis têm tido um crescimento contínuo de 37% no consumo, principalmente por seus preços. Já a Índia se mostrou como um mercado mais complexo, onde os planos de exportação devem ser feitos em longo prazo. A crise econômica mundial interrompeu o crescimento das importações, além disso, outros fatores, como as diferentes legislações em cada um dos 31 estados indianos, os altos impostos e a proibição de publicidade direta desse produto exigem estratégias muito mais cuidadosas.
Quanto à China, o estudo da IWSR concluiu que a história e herança das vinícolas, assim como os benefícios que o vinho pode trazer à saúde, são os fatores mais levados em conta pelos consumidores chineses. Prêmios e pontuações são igualmente importantes.
ADEGA - 28/Outubro/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário