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quinta-feira, outubro 29, 2009

Vinho tinto só com carne vermelha ?...A ciência explica a causa


Não é só a etiqueta culinária que casa o vinho tinto com a carne vermelha, e não com peixe ou pescados. Recentemente, um grupo japonês descobriu uma explicação científica para isso.

O pesquisador Takayuki Tamura e seus colegas do laboratório de pesquisa de desenvolvimento de produtos da Mercian Corpo (vinícola japonesa) descobriram que os conhecedores de vinho estabeleceram a regra de ouro por causa do choque entre o sabor do vinho e o dos peixes.

Até agora, ninguém poderia prever de forma consistente que os vinhos poderiam desencadear um sabor de peixe, devido à falta de conhecimento a respeito.

Mas Tamura e sua equipe descobriram que um desagradável sabor de peixe, perceptível após beber vinho tinto com peixe, ocorre devido à presença natural de ferro no vinho tinto, considerando também que há vinhos que têm mais ferro do que outros.

“Foi encontrada uma forte correlação positiva entre a intensidade do sabor de peixe e a concentração total de ferro e a de íon ferroso”, disseram os pesquisadores em um relatório.

O estudo, publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry (Jornal de Química Agrícola e Alimentar, em tradução livre) da Sociedade Americana de Química, foi baseado na análise de 38 vinhos tintos comerciais de vários países, 26 vinhos brancos, dois xerezes, e um de cada dos seguintes vinhos: do Porto, Madeira e Botrytized.

Os componentes de todos os vinhos foram analisados e, em seguida, provadores de vinho testaram, então, as bebidas enquanto comiam moluscos.

“Eles descobriram que vinhos com altas quantidades de ferro tiveram um gosto de peixe mais intenso. Esse sabor de peixe, no entanto, diminuiu quando os pesquisadores adicionaram uma substância que se liga ao ferro”, disseram os cientistas.

Eles disseram que as descobertas indicam que o ferro é o fator-chave desse gosto de peixe no casamento entre vinho e frutos do mar, mas isso também quer dizer que vinhos tintos com baixo teor de ferro podem ser um bom acompanhamento para frutos do mar, quebrando um pouco com o que diz a etiqueta. [MSNBC]

terça-feira, outubro 27, 2009

Safra 2009 em Bordeaux promete vinhos excepcionais e caros


Agora é oficial. Após as provas de amostras que a Union des Grans Crus de Bordeaux - entidade que reúne os principais produtores da região - promoveu nesta semana em Londres, os vinhateiros de Bordeaux e a imprensa especializada comemoram a safra 2009 como uma das mais perfeitas da história. As condições climáticas beiraram o ideal, o que inclui longos períodos de seca durante as fases mais importantes de maturação e colheita das uvas. Essa perfeição, todavia, leva a dois desafios. O primeiro, conforme matéria publicada no site da revista britânica Decanter, a vinificação, ou seja, condição de clima ideal, com alto grau de maturação das uvas, facilmente eleva o grau alcoólico da bebida. São esperados vinhos com até 15% de álcool. Isso demanda cuidados especiais nessa etapa para que o excesso de maturação das uvas não esconda sua acidez e o excesso de álcool não cause problemas na sua fermentação, o que poderia gerar vinhos desequilibrados.

Esse é um fato conhecido também dos vinhateiros brasileiros. Guardadas as proporções, pois Brasil não é França e nem Vale dos Vinhedos é Bordeaux, a safra 2005 no Vale também foi anunciada como uma das melhores até então. A surpresa é que alguns exemplares dessa safra apresentam aromas pouco comuns, com uma nota exagerada de silagem e um excesso de maturidade na fruta que chega a ser um pouco enjoativo. Ao menos dois enólogos do Vale dos Vinhedos, que não querem ter seus nomes revelados, apontaram que a qualidade da safra trouxe um produto à cantina que muitas vezes não foi vinificado de forma adequada ¿ principalmente porque em alguns casos sua fermentação teria sido espontânea e precocemente interrompida.

Voltando aos vinhos europeus, o outro desafio estará nas prateleiras. Historicamente, o anúncio de grandes safras vem acompanhado de altos preços para o consumidor final. Quem não se lembra da chegada ao mercado dos Bordeaux da safra 2005? Em junho de 2008, uma caixa de Château Pétrus 2005, por exemplo, chegou a ser negociada por mais de U$ 67 mil, ou algo como U$ 5,6 mil a garrafa. A alta dos preços da safra 2005 já era prevista desde sua compra en primeur (sistema pelo qual se compra o vinho antes de sua chegada ao mercado).

Em artigo para a revista Decanter, em março de 2007, o especialista Steven Spurrier fez uma comparação entre as safras 2004 e 2005, concluindo que a última estava com preços inflados, enquanto a do ano anterior, considerada por ele uma safra de vinhos clássicos, teve seus preços refreados principalmente pela sombra que a fama da safra seguinte lançou sobre ela. Conclusão de Spurrier: os vinhos de 2004 eram uma melhor compra quando levado em conta a relação entre preço e qualidade - a despeito do fato de que muitos do ramo do vinho não veem com bons olhos o uso de expressões que relacionam custo e benefício ou preço e qualidade, para o consumidor final essa é uma relação importante.

O que muitos não previam para a safra 2005 era a crise econômica mundial que estava por vir. Nos 12 meses seguintes ao ápice do preço da caixa de Pétrus 2005, sua cotação já havia despencado quase 30%, caindo ainda mais até setembro de 2009. Mesmo assim, para o consumidor comum ainda não é o que se poderia chamar de uma barganha. Embora negada por muitos, ao que tudo indica o efeito da crise atingiu o mercado dos vinhos que são caçados por colecionadores e pelos que podem dispor de pequenas fortunas por uma garrafa.

O que esperar da safra 2009?


A safra 2009 pode contar uma história diferente. Como exercício especulativo, é bem provável que essa safra chegue ao mercado em um momento de ascensão econômica importante, o que daria margem para maior crescimento antes que uma próxima crise mundial se apresente. Ao contrário de 2005, que chegou ao mercado em um período de prosperidade econômica e festa nas instituições financeiras, para depois ser apanhada pelo revés da crise. Os Bordeaux de 2009 surgem com uma diferente conjunção de fatores que pode novamente alavancar de forma significativa o valor das garrafas, talvez até em patamares mais elevados que os vinhos de 2005. Os principais fatores que conspiram para a alta dos preços são a provável procura pelos vinhos de uma safra privilegiada e a recuperação econômica mundial, que já pode ser sentida no arrefecimento da recessão em muitos países e nos polpudos bônus que já começam a ter sua distribuição anunciada entre altos executivos. Obviamente estes são potenciais clientes dos grandes Châteaux.

É esperar para ver. Mas, aparentemente a boa notícia para os vinicultores pode ser sinal de maiores gastos por garrafa para os aficionados. A regra é simples: a demanda em alta e a abundância financeira elevam os preços. Já aos consumidores comuns, que são maioria, se o preço for proibitivo, o melhor a fazer será optar por comprar outra safra ou mudar de produtor e até mesmo de região vinícola, preferindo vinhos que sejam menos afetados pelas leis de um mercado tão sensível e cheio de humores.

Carlos Alberto Barbosa

Conheça Mario Geisse, referência em espumantes nacionais


A cidade de Pedra Azul, no Espírito Santo, sediou na semana passada o Encontro Internacional do Vinho, em que só participam aqueles que se propõem a pagar R$ 2,5 mil por sete sessões dirigidas por especialista. Dentro desse universo de sofisticação, dois vinhos brasileiros estiveram presentes: um espumante da Cave Geisse (Pinto Bandeira - Bento Gonçalves/RS) e um vinho da Vila Francionni (São Joaquim/SC).

No distrito de Pinto Bandeira, o enólogo chileno Mario Geisse contou que há 30 anos fincou ali suas vinhas e tornou-se referência nacional na produção de espumantes. Por quase quatro horas caminhamos entre vinhedos, provamos vinho base para espumantes, visitamos as caves da propriedade e tentamos acompanhar o ritmo frenético de Mario Geisse. Difícil não sair de sua companhia sem ser afetado pela sua paixão em buscar sempre o melhor, sua disposição em dialogar e estabelecer estratégias para aprimorar sua produção e seu incontrolável vigor em fazer planos e concretizá-los. Dessa conversa foi fácil sair com a clara idéia de que Mario Geisse, seus filhos e equipe não fazem somente espumantes, mas realizam sonhos. Leia a seguir alguns trechos de nossa conversa.

Quando e sob quais circunstâncias o senhor chegou ao Brasil?
Geisse - Eu vim para cá porque a Möet Chandon me contratou para ser responsável pelo projeto da Chandon quando era uma sociedade entre o grupo brasileiro Monteiro Aranha, a Cinzano do Brasil e Möet Chandon da França. Isso foi em janeiro de 1977. Na época, eu tinha 30 anos e já trabalhava no Chile com a família Rabal, que mais tarde seriam sócios do Clos Apalta (Casa La Postolle e Clos Apalta Winery).

Na sua chegada, a idéia já era se fixar na região?
Geisse - Não. Eu pensava em ficar dois ou três anos, mas quando conheci a região decidi comprar uma área para produzir a melhor uva possível. No princípio, eu não pensava em fazer espumantes. Pensava em produzir uvas de alta qualidade e ser um exemplo na produção de uvas vendidas para a Chandon.

E como se deu a mudança de planos e iniciou a produção de espumantes?
Geisse - Um dia, eu resolvi fazer um ensaio e verificar que qualidade de espumante seria possível fazer com essas uvas a partir do método champenoise, que é um método mais artesanal. O resultado foi tão extraordinário que resolvi partir para o meu próprio negócio.

Quais são essas características de solo que tanto o atraiu?
Geisse - Veja, este solo é composto por camadas de argila e rochas em decomposição que dão a mineralidade e as características que queremos em nossos espumantes. Conheço muitos lugares no mundo, mas ao comparar com esse solo, penso que sou um afortunado.

E como o senhor chegou a esse local especificamente?
Geisse - Bem, primeiro um conceito que sempre achei que era fundamental: uva se planta em local certo, que corresponde a ela. Se não é adequado, não se planta uva. Então, nós fizemos um estudo de todo o solo da região e chegamos aqui.

Qual o tamanho da área plantada?
Geisse - Aqui temos 72 hectares no total, 36 nossos e o restante de um vizinho com quem mantemos acordo e plantamos em sua propriedade. Nessa área existem três tipos de solo, mas só plantamos em um deles, que é a parte que garante as características que desejamos para nossos espumantes, como mineralidade. Então, dos 72 hectares somente 24 são plantados. São os melhores 24 hectares da propriedade. Para a elaboração do Cave Geisse só trabalhamos com uvas próprias. Temos um compromisso com esse terroir.

Nesses 24 hectares só se planta Chardonnay e Pinot Noir?
Geisse - Sim, só Chardonnay e Pinot Noir.

Além das características de solo, como é feito o trato dos vinhedos?
Geisse - Só para você ter uma idéia, nós não usamos nenhum produto químico nos vinhedos. Todo tratamento de pragas é feito por Thermal Pest Control (TPC), uma máquina de jato de ar quente que sai a 200 km/h a 130ºC. É o que há de mais moderno no tratamento de uvas.

Bem, os vinhedos são a matéria-prima dos espumantes. É onde tudo começa, não é?
Geisse - Sim e eu dou uma importância fundamental à matéria-prima. O visitante quando chega quer ver as caves, as instalações. Bem, para isso se contrata um arquiteto, uma empresa construtora e se resolve uma vinícola em um ano e meio, dois anos. Construção pode-se fazer em qualquer lugar. Vinhedo tem de ser feito no local correto e de forma adequada. É algo que para mim é o mais importante. Estamos em um local para se fazer espumantes.

Para cada terroir um projeto...
Geisse - Sim, nós agora estamos com o projeto El Sueño. É um projeto em que produzimos o que há de melhor em diferentes partes do mundo. Se dissermos que o melhor lugar do mundo para produzir espumantes é aqui, nessa região, muito bem, já estamos aqui. Agora, estamos produzindo Carmenère no melhor lugar para se produzir essa espécie, no Chile, em uma região onde eu comprei uma área já há algum tempo. Estamos produzindo pequenas quantidades de Carmenère, da forma como achamos que deve ser o espírito. O mesmo nós fazemos com a Malbec, na Argentina, e a Tempranillo, na Espanha. No ano passado, também iniciamos uma pequena coisa na França, em Champagne. São pequenas coisas para agregar e transformar a vinícola em uma verdadeira boutique de vinhos feitos nos melhores lugares do mundo.

Em todas essas regiões o senhor já está produzindo?
Geisse - Sim, mas não estão todos engarrafados. Os Champagnes já estão em processo de autólise (período em que o espumante fica na própria garrafa em contato com as leveduras). Os Malbec argentinos estão engarrafados, mas ainda não passaram tempo suficiente em cave antes de serem comercializados. Os vinhos da uva Carmenère já são comercializados no Brasil (pela importadora Vinhos do Mundo).

Que importância tem esse projeto para o senhor?
Geisse - Capricho de velho (risadas). Capricho familiar. Na verdade, tudo isso faz parte de uma filosofia de procurar fazer sempre o melhor. Não fazer o melhor, não é o meu jeito.

O senhor falou em pequena produção. Em uma boutique de vinhos. Quantas garrafas de Cave Geisse por ano são produzidas?
Geisse - Noventa mil garrafas de Cave Geisse, dependendo da safra.

Há planos para aumento de produção?
Geisse - Não podemos e nem queremos crescer. Somos uma empresa de estabilidade mais do que de crescimento. Temos uma produção de uvas maior do que precisamos. Se você pensar, temos 24 hectares a uma média de nove mil quilos por hectare, o que dá para produzir 150 mil garrafas por ano, mas produzimos algo como 120 mil entre Cave Geisse e Amadeu. Me sinto tão orgulhoso de há trinta anos ter acreditado nessa região. Fiz desse lugar meu segundo país, estou contente de ter escolhido aqui para jogar minha energia e meu capital. Estou contente por duas coisas: primeiro com o sucesso que teve nosso produto. Sempre pensei que aqui se poderia fazer o melhor espumante da América do Sul. Mesmo produzindo na região de Champagne, na França, eu te digo o seguinte: se colocarmos a relação preço/qualidade ele (espumante Cave Geisse) bate muito champagne por aí.
Carlos Alberto Barbosa - Direto de Pinto Bandeira (RS)

terça-feira, outubro 20, 2009

Romanée-Conti amplia área de produção

Por Jacques Trefois, especial para o Estado

Dar notícia sobre a mística Domaine Romanée-Conti, a produtora de vinhos mais famosa do mundo, é sempre fascinante. Ela acaba de fazer um contrato “en fermage” com os Príncipes de Merode, um importante produtor da região de Corton. Essa região é famosa pelo vinho branco Corton Charlemagne.

Trata-se de uma locação das vinhas por prazo longo, geralmente dezoito anos. Cerca de 30% da produção anual fica com o dono das vinhas.
A Romanée-Conti vai trabalhar as vinhas e vinificar os grand crus
-1,19 hectare de Corton-Bressandes, com vinhas de 50 anos
-0,57 hectare de Corton Clos-du-Roi: 35 anos
-0,50 hectare de Corton-Renardes, com vinhas de 53 anos

Por que mencionar a idade das vinhas? A explicação é fácil. Quando perguntei a um grande amigo meu, antigo e fantástico vinificador, como se faz um grande vinho, ele simplesmente respondeu: ”Plantando vinhas velhas”. É que elas sofrem mais com as intempéries, produzem menos uvas, mas de sabor mais concentrado, das quais se extrai um suco com mais matéria, mais açúcar.

As vendas da produção combinada devem começar em 2012. Não duvido que Aubert de Villaine e Henri-Frederic Roch vinificarão vinhos maravilhosos.

Sem dúvida a Domaine de Romanée-Conti é a mais importante da Borgonha (quiçá do mundo), e detém hoje 6 grandes regiões produtoras. Vale recapitular:
-a menor (e melhor) área: 1,81 hectare de Romanée-Conti, (Monópole), com vinhas de 49 anos
-6,06 hectares de La Tache (Monopole), de vinhas de 44 anos
-3,51 hectares de Richebourg, com vinhas de 44 anos
-4,67 hectares de Echezeaux, com vinhas de aproximadamente 36 anos
-3,52 hectares de Grands Echezeaux; vinhas de 35 anos
-5,28 hectares de Romanée Saint-Vivant; vinhas 35 anos

São todos “grand cru” produzindo vinhos tintos.
Dependendo da safra, e usando suas vinhas mais novas de até 10-12 anos, ela também produz um Vosne Romanée 1er cru.
E ainda há os brancos...
-0,67 hectare de Montrachet. Vinhedo de 52 anos produzindo vinho branco
-0,17 hectare de Batart-Montrachet. São as vinhas mais antigas, com média de 75 anos, produzindo vinho branco nunca comercializado. Esse vinho fica na Domaine, e às vezes uma garrafa é aberta para ser degustada e bebida por visitantes.

Tive a oportunidade e a honra quando a visitei, de poder experimentar um par de vezes o Batard Montrachet. É um vinho realmente sublime, completo em todos os sentidos, perfumado, elegante, profundo e longo. Pareceu-me até mais complexo que seu irmão mais importante, o Montrachet. Será que por que são vinhas ainda mais velhas?

sexta-feira, outubro 16, 2009

Alemanha já é o 3º maior importador mundial de vinho brasileiro

Vinho brasileiro conquista consumidor pela curiosidade e vai ganhando espaço no mercado europeu com a campanha "Abra e se abra. Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil" e já tem na Alemanha seu terceiro maior comprador mundial. Com um saca-rolhas verde e amarelo e uma campanha que convida os consumidores a provar novos sabores sem preconceito, os vinhos brasileiros vão conquistando prateleiras no mercado europeu. A Alemanha, que era o 7º maior comprador do país em 2007, chegou à terceira posição este ano, atrás de Rússia e Estados Unidos.

"Na primeira vez que viemos aqui, as pessoas ficaram surpresas por descobrirem que o Brasil produzia vinho. Este ano, a surpresa é por perceberem que temos um padrão de qualidade constante", diz o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani. Dos oito vinhos levados para o concurso da Anuga, sete foram premiados. Foram duas medalhas de prata e cinco de bronze.

Altos investimentos em tecnologia e melhoramentos ao longo dos últimos 15 anos deram aos vinhos brasileiros cerca de 1.800 prêmios internacionais. Em 2008, foram produzidos 350 milhões de litros, dos quais 3,74 milhões de litros foram exportados.

A ideia é "abrir a cabeça das pessoas para experimentar os vinhos brasileiros, e a experiência comprova que a aceitação é consequência direta da degustação sem preconceito dos produtos", diz Paviani.

CRESCIMENTO ACELERADO

O volume exportado para a Alemanha no ano passado foi 120% superior a 2007, chegando a 271,1 mil litros. As exportações brasileiras saltaram dos US$ 248,2 mil em 2007 para US$ 450,9 mil em 2008. Este ano, só no primeiro semestre o volume exportado superou os 150 mil litros e atingiu um faturamento de US$ 186,3 mil. A expectativa, segundo Paviani, é fechar 2009 com 300 mil litros vendidos para a Alemanha.

As vinícolas Vinícola Aurora, Boscato, Casa Valduga, Vinícola Irmãos Basso, Miolo e Salton fazem parte do estande coletivo do Projeto Setorial Wines from Brazil na Anuga 2009. Juntas, elas conquistam mercados a passos largos. Em 2002, exportaram US$ 200 mil em todo o mundo. Em 2008, a cifra passou dos US$ 5 milhões.

Paviani explica que a imagem do Brasil no setor é de um país que produz uma grande variedade de vinhos e com preços competitivos. Segundo ele, o vinho brasileiro se diferencia do chileno e do argentino em vários aspectos e é mais caracterizado por ser um vinho mais fresco, frutado, jovem e de menor teor alcoólico.

O Brasil pega carona em uma tendência positiva para o mercado. De acordo com dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), 32% dos vinhos vendidos no mundo são importados. Há dez anos, essa taxa era de apenas 17%. "Como a tendência é de um mercado cada vez mais globalizado, temos que produzir vinhos de padrão internacional para competir até no quintal de casa", destaca Paviani.

FONTE

Deutsche Welle
Autora: Francis França
Revisão: Rodrigo Rimon

quinta-feira, outubro 15, 2009

Australiano Knappstein Hand Picked é a dica do dia


Knappstein Hand Picked Riesling 2007 (Knappstein)
Região: Clare Valley (Austrália)

A região de Clare Valley, na Austrália, tem originado vinhos da uva Riesling muito interessantes. O Hand Picked da Knappstein é elegante, com boa presença na boca e no olfato. De coloração palha esverdeada, apresenta aromas cítricos, notas florais e minerais. Na boca, seco com acidez persistente, o que garante um ótimo frescor. Bom preço para um Riesling dessa qualidade.

Preço: R$ 64
Onde: Wine Society (11) 2539.2920
Dica de Carlos Alberto Barbosa