Perfeição. Essa é a palavra que define esse Corton do Domaine Prince Florent de Merod. Não é por acaso que o Domaine de La Romanée-Conti arrendou três parcelas desse produtor (Clos du Roi com 0,57 Ha, Bressandes 1,19 Ha e Renardes 0,58 Há) e a partir da safra 2009 os vinhos serão etiquetados como DRC.
O vinho tomado foi o Corton Clos du Roi safra 2004. Límpido, com uma cor já um pouco evoluída, mas bem brilhante. Leve aroma de couro e bastante morango amassado. Mais tarde mostrou café e floral, mas sem perder o morango. Corpo leve, macio, sem tanino algum para incomodar e ótima acidez. No auge ao extremo. Uma elegância rara. Como é bom abrir um vinho nesse estágio. Os vinhos deveriam vir com um dispositivo que avisasse seu auge.
A Romanée-Conti chega pela primeira vez em Côte de Beaune para produzir tintos (ali já produz o irretocável Montrachet) e não poderia fazer escolha melhor. Desde novembro de 2008 eles estão em Aloxe Corton e os vinhos com a etiqueta DRC serão comercializados a partir de 2012. Pena que não dará mais para tomar.
Fonte : Decantando a Vida
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terça-feira, maio 31, 2011
sexta-feira, maio 27, 2011
Um vinho sem Fronteiras
Este vinho tinto recebeu uma das notas mais elevadas do painel da famosa revista Wine & Spirits.
Wine & Spirits, revista especializada de referência em todo o mundo, acaba de atribuir 95 pontos (em 100 possíveis) a este Fronteira Reserva 2008, entre um conjunto de 157 vinhos tintos portugueses.
A Quinta da Fronteira, com cerca de 77 hectares de vinhas plantadas de onde saem as uvas para a elaboração deste tinto, está inserida no Parque Natural do Douro Internacional, na sub-região do Douro Superior, junto a Barca d’Alva, e foi recentemente adquirida por Miguel Pais do Amaral.
Assinado pelos enólogos João Corrêa e Jorge Serôdio Borges, este Fronteira Reserva 2008 nasceu da combinação das castas mais relevantes da região, plantadas nos patamares de xisto da Quinta. Depois de um estágio de 20 meses em barricas novas e usadas de carvalho francês, este tinto apresenta uma cor vermelho rubi e um aroma complexo com notas de madeira, frutos pretos, esteva e pimenta. O seu paladar é intenso e os taninos são sedosos, dando-lhe uma estrutura que o permite envelhecer durante muitos anos. O seu final de boca é muito persistente.
Com um teor alcoólico de 13,95%, este vinho tinto Fronteira Reserva 2008 é recomendado para o acompanhamento de pratos de caça, carnes grelhadas e queijos curados.
Deve ser bebido à temperatura de 16ºC, mas aconselhamos a sua guarda para mais tarde, podendo consumi-lo até ao ano de 2025. Para isso, tenha em atenção que a garrafa deve ser conservada deitada, ao abrigo da luz e a uma temperatura constante de 15ºC. l
jose.moroso@sol.pt
segunda-feira, maio 09, 2011
Expansão da classe C puxa alta do consumo de vinhos
O consumidor baiano tem bebido cada vez mais vinho, seja tinto, branco, rosé ou espumante. A constatação é das vinícolas nacionais ouvidas pela reportagem de A TARDE no Rio Grande do Sul (RS), de onde saem quase 100% dos vinhos nacionais que chegam às prateleiras de mercados, restaurantes e lojas especializadas no Estado. Num cálculo simples dos índices de crescimento dessas vinícolas no Estado, na média, baianos bebedores de vinho têm consumido 40% a mais por ano.
As explicações apontadas pelos produtores são, basicamente, o maior poder aquisitivo da classe C, foco em eventos e festas, mais informação entre a população sobre os vinhos (o consumidor de cerveja migrando para o vinho), a cultura de que o vinho é bebida que empresta status a quem o degusta. Eventos de turismo e de carnaval permitem também a penetração dos vinhos. Por esse motivo, os produtores do Rio Grande do Sul, maior polo de vinhos do País, apostam no mercado da Bahia, que começa a aparecer timidamente mas de forma progressiva nas estatísticas. Somente em 2010, movimentou no País cerca de R$ 2 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Índices - Os donos de vinhedos e vinícolas, quase todos filhos ou netos de italianos, não costumam responder quando questionados sobre o faturamento de seus negócios com o vinho, preferindo fazer piada ou mudando de assunto. Nem o Ibravin soube dizer de quanto é a fatia baiana, em valores. Mas o crescimento apontado pelas vinícolas pode dar uma ideia disso.
Uma das grandes desse segmento no País, a Cooperativa Vinícola Garibaldi, que completa 80 anos em 2011, registrou nos últimos dois anos o crescimento de 35% ao ano na venda de espumantes no Estado. A projeção para 2011 é um crescimento de 30% nesse tipo de bebida. “O mercado da Bahia está crescendo, está em franca expansão. Estamos procurando novos mercados que antes não estavam sendo explorados, como casas de eventos, lojas especializadas e outros pontos de venda, o nosso sempre foi o varejo, os supermercados e o atacado. Isso tem dado resultado”, diz a gerência da vinícola.
Outras vinícolas também apontam crescimento similar ou superior. A gigante vinícola Aurora afirma que, entre 2005 e 2010, houve um crescimento de 54% na venda de vinhos para o mercado baiano, com perspectiva de crescimento de 10% em 2011. Outro exemplo é a vinícola Perini, que registrou um crescimento de 300% de 2005 para 2010, tanto em vinhos quanto em espumantes e sucos. Para completar o quadro, os espumantes da Casa Valduga tiveram crescimento de 75% por aqui entre 2008 e 2010. Os chamados vinhos tranquilos desta vinícola (vinhos que não contêm gás carbônico) cresceram 30%.
A gigante e bem-estruturada Miolo aposta numa perspectiva de venda para a Bahia em 2011 de aproximadamente 25 mil litros de vinhos e espumantes, o que representa um crescimento de 10% em relação a 2010. “O consumo de vinhos na Bahia está crescendo de forma consistente e empolgante. É um mercado de grandes oportunidades. Ainda há muito a ser feito por parte da indústria brasileira, mas o consumidor baiano já está valorizando e reconhecendo a qualidade dos nacionais”, diz Marcos Vitale, gerente regional da Miolo Wine Group.
Por Regina Bochicchio
As explicações apontadas pelos produtores são, basicamente, o maior poder aquisitivo da classe C, foco em eventos e festas, mais informação entre a população sobre os vinhos (o consumidor de cerveja migrando para o vinho), a cultura de que o vinho é bebida que empresta status a quem o degusta. Eventos de turismo e de carnaval permitem também a penetração dos vinhos. Por esse motivo, os produtores do Rio Grande do Sul, maior polo de vinhos do País, apostam no mercado da Bahia, que começa a aparecer timidamente mas de forma progressiva nas estatísticas. Somente em 2010, movimentou no País cerca de R$ 2 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Índices - Os donos de vinhedos e vinícolas, quase todos filhos ou netos de italianos, não costumam responder quando questionados sobre o faturamento de seus negócios com o vinho, preferindo fazer piada ou mudando de assunto. Nem o Ibravin soube dizer de quanto é a fatia baiana, em valores. Mas o crescimento apontado pelas vinícolas pode dar uma ideia disso.
Uma das grandes desse segmento no País, a Cooperativa Vinícola Garibaldi, que completa 80 anos em 2011, registrou nos últimos dois anos o crescimento de 35% ao ano na venda de espumantes no Estado. A projeção para 2011 é um crescimento de 30% nesse tipo de bebida. “O mercado da Bahia está crescendo, está em franca expansão. Estamos procurando novos mercados que antes não estavam sendo explorados, como casas de eventos, lojas especializadas e outros pontos de venda, o nosso sempre foi o varejo, os supermercados e o atacado. Isso tem dado resultado”, diz a gerência da vinícola.
Outras vinícolas também apontam crescimento similar ou superior. A gigante vinícola Aurora afirma que, entre 2005 e 2010, houve um crescimento de 54% na venda de vinhos para o mercado baiano, com perspectiva de crescimento de 10% em 2011. Outro exemplo é a vinícola Perini, que registrou um crescimento de 300% de 2005 para 2010, tanto em vinhos quanto em espumantes e sucos. Para completar o quadro, os espumantes da Casa Valduga tiveram crescimento de 75% por aqui entre 2008 e 2010. Os chamados vinhos tranquilos desta vinícola (vinhos que não contêm gás carbônico) cresceram 30%.
A gigante e bem-estruturada Miolo aposta numa perspectiva de venda para a Bahia em 2011 de aproximadamente 25 mil litros de vinhos e espumantes, o que representa um crescimento de 10% em relação a 2010. “O consumo de vinhos na Bahia está crescendo de forma consistente e empolgante. É um mercado de grandes oportunidades. Ainda há muito a ser feito por parte da indústria brasileira, mas o consumidor baiano já está valorizando e reconhecendo a qualidade dos nacionais”, diz Marcos Vitale, gerente regional da Miolo Wine Group.
Por Regina Bochicchio
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