Bordeaux vai abrir a "La Cité du Vin", um mundo dedicado à cultura do vinho, ao qual muitos já chamam “o Guggenheim do vinho”. Custou mais de 80 milhões de euros mas espera gerar receitas anuais indiretas acima dos 40 milhões.
A Cité du Vin tem abertura oficial marcada para o dia 1 de Junho próximo mas a partir de agora já pode comprar (ou candidatar-se a ganhar) bilhetes para visitar o espaço no facebook.
O projecto está situado nas margens do Rio Garonne, em plena cidade de Bordéus. Trata-se de um complexo futurístico, composto maioritariamente por painéis em vidro e alumínio, em forma de decanter, que ocupa uma área superior a 13.350 m², divididos por dez andares. O último piso a uma altura de 55 metros. A Cité permite uma vista inigualável sobre a cidade e toda a região envolvente e foi desenhada pelo atelier de arquitectura francês XT-U, em conjunto com a casa de design de interiores inglesa Casson Mann e cada detalhe, interior ou exterior, evoca a alma do vinho.
O espaço irá oferecer exibições permanentes e temporárias, espectáculos, conferências e ‘workshops’ sobre o vinho e sua história. Para principiantes ou conhecedores, estes workshops podem versar a enologia do vinho, o food pairing ou mesmo a prova de vinhos raros. Um laboratório emerge mesmo os visitantes numa experiência tridimensional, acrescentando à prova luzes, sons e aromas.
E se os vinhos da região de Bordéus ocupam naturalmente o centro das atenções, o projecto está aberto ao mundo: o restaurante Le7 irá oferecer uma carta de vinhos com mais de 500 entradas provenientes de 50 países diferentes, e o wine bar Latitude20 suplanta ainda essa oferta, com 800 entradas de 80 países. O espaço inclui ainda uma boutique e uma enoteca.
A Cité du Vin foi financiado com dinheiros públicos, na sua esmagadora maioria da cidade de Bordéus e de outras entidades regionais mas também recorreu ao mecenato, que financiou cerca de 20% da obra. Neste caso, sobretudo pelas principais casas de vinho de Bordéus e por uma liga de amigos norte-americanos. Não será por acaso que um dos embaixadores é o crítico de vinhos Robert Parker.
Com um orçamento anual de 12 milhões de euros, a maioria das receitas será gerada pela própria “cidade”, com a venda de entradas e a exploração dos espaços. Isto porque são esperados cerca de 450 mil visitantes ano (e cada entrada tem um custo de 20 euros) que deverão além disso gerar receitas indirectas para a cidade e região na ordem dos 40 milhões de euros. O que nos faz pensar se um projecto semelhante não seria uma excelente ideia para uma das nossas regiões vínicas?
14:15 Bruno Lobo, Fora de Série
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quinta-feira, abril 14, 2016
quarta-feira, março 16, 2016
Bacalhôa: tradição e modernidade
Uma quinta histórica, cujo nome identifica também uma das mais inovadoras empresas vinícolas do país. O crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva, escreve sobre três vinhos da Bacalhôa
Catarina, Má Partilha e Quinta da Bacalhôa são marcas de vinhos portugueses com história e com prestígio, que foram criadas pela empresa J.P. Vinhos, entre os fins dos anos 70 e princípios dos anos 80 do século passado, e que hoje integram o extenso portefólio da Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A., do Comendador Joe Berardo. O Catarina, muito apreciado por este empresário, terá sido determinante para o levar a investir no sector dos vinhos, diz ele. Hoje, a Bacalhôa é uma das maiores e mais inovadoras empresas vinícolas em Portugal com presença em 7 regiões vitícolas: Alentejo, Península de Setúbal, Lisboa, Beiras, Bairrada, Douro e Vinhos Verdes, 40 quintas, 1200ha de vinhas e quatro adegas - Azeitão, onde tem a sede, Aliança Vinhos de Portugal, Quinta do Carmo e Quinta dos Loridos -, com uma capacidade total de 20 milhões de litros.
Cada vinho tem a sua história, que convém conhecer, para melhor o compreender e apreciar. Desta vez escolhemos três vinhos do mesmo produtor e da mesma região, mas com perfis muito diferentes, todos bem marcados, e com histórias exemplares.
O Catarina nasceu com a colheita de 1981 e foi, provavelmente, o primeiro vinho branco português a fermentar parcialmente em barricas de madeira nova. Trouxe um novo estilo de vinho branco e convenceu.
O Má Partilha, criado em 1986 com uvas de vinhas de plantadas nas encostas de Azeitão à maneira de Pomerol, de onde vieram, foi o primeiro Merlot português. Muito atrativo, rapidamente se tornou um sucesso com prémios internacionais a testemunha-lo.
O Quinta da Bacalhôa deve o nome à quinta onde nasceu, em 1979, e foi o primeiro Cabernet Sauvignon português. Totalmente vinificado em barricas de carvalho novo, representou um conceito inovador na enologia portuguesa e ganhou grande prestígio, que mantém.
Catarina 2015 Feito de uvas das castas Fernão Pires, Chardonnay e Arinto, produzidas nas encostas de Azeitão, apresenta-se com bela cor amarela pálida, aroma elegante e paladar fresco com boas notas frutadas e minerais. Tem inegável aptidão gastronómica e uma excelente relação entre a qualidade e o preço. €4,79
Má Partilha 2011 Cem por cento Merlot, tem cor vermelha intensa, aroma concentrado a frutos vermelhos com notas de chocolate, paladar cheio com fruta bem madura, taninos firmes, elegantes, bem integrados, que lhe garantem grande potencial de envelhecimento em garrafa. Ótimo pata acompanhar pratos de carne e de caça ou queijos. €14,99
Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 As castas de que é feito são 90 por cento Cabernet Sauvignon e 10 por cento Merlot. Concentrado na cor, ainda um pouco fechado no aroma, mas com boas notas de fruta bem madura e de especiarias, paladar cheio com taninos bem presentes e finos a garantirem boa estrutura e prometerem longevidade. Apto, já, para acompanhar bons pratos de carnes vermelhas e de caça. €16,99
Catarina, Má Partilha e Quinta da Bacalhôa são marcas de vinhos portugueses com história e com prestígio, que foram criadas pela empresa J.P. Vinhos, entre os fins dos anos 70 e princípios dos anos 80 do século passado, e que hoje integram o extenso portefólio da Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A., do Comendador Joe Berardo. O Catarina, muito apreciado por este empresário, terá sido determinante para o levar a investir no sector dos vinhos, diz ele. Hoje, a Bacalhôa é uma das maiores e mais inovadoras empresas vinícolas em Portugal com presença em 7 regiões vitícolas: Alentejo, Península de Setúbal, Lisboa, Beiras, Bairrada, Douro e Vinhos Verdes, 40 quintas, 1200ha de vinhas e quatro adegas - Azeitão, onde tem a sede, Aliança Vinhos de Portugal, Quinta do Carmo e Quinta dos Loridos -, com uma capacidade total de 20 milhões de litros.
Cada vinho tem a sua história, que convém conhecer, para melhor o compreender e apreciar. Desta vez escolhemos três vinhos do mesmo produtor e da mesma região, mas com perfis muito diferentes, todos bem marcados, e com histórias exemplares.
O Catarina nasceu com a colheita de 1981 e foi, provavelmente, o primeiro vinho branco português a fermentar parcialmente em barricas de madeira nova. Trouxe um novo estilo de vinho branco e convenceu.
O Má Partilha, criado em 1986 com uvas de vinhas de plantadas nas encostas de Azeitão à maneira de Pomerol, de onde vieram, foi o primeiro Merlot português. Muito atrativo, rapidamente se tornou um sucesso com prémios internacionais a testemunha-lo.
O Quinta da Bacalhôa deve o nome à quinta onde nasceu, em 1979, e foi o primeiro Cabernet Sauvignon português. Totalmente vinificado em barricas de carvalho novo, representou um conceito inovador na enologia portuguesa e ganhou grande prestígio, que mantém.
Catarina 2015 Feito de uvas das castas Fernão Pires, Chardonnay e Arinto, produzidas nas encostas de Azeitão, apresenta-se com bela cor amarela pálida, aroma elegante e paladar fresco com boas notas frutadas e minerais. Tem inegável aptidão gastronómica e uma excelente relação entre a qualidade e o preço. €4,79
Má Partilha 2011 Cem por cento Merlot, tem cor vermelha intensa, aroma concentrado a frutos vermelhos com notas de chocolate, paladar cheio com fruta bem madura, taninos firmes, elegantes, bem integrados, que lhe garantem grande potencial de envelhecimento em garrafa. Ótimo pata acompanhar pratos de carne e de caça ou queijos. €14,99
Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 As castas de que é feito são 90 por cento Cabernet Sauvignon e 10 por cento Merlot. Concentrado na cor, ainda um pouco fechado no aroma, mas com boas notas de fruta bem madura e de especiarias, paladar cheio com taninos bem presentes e finos a garantirem boa estrutura e prometerem longevidade. Apto, já, para acompanhar bons pratos de carnes vermelhas e de caça. €16,99
Rotas dos vinhos de altitude levam riqueza para a Serra de Santa Catarina
Com 35 vinícolas de altitude que cultivam mais de 600 hectares de vinhedos, elaboram 180 rótulos, produzem 1,2 milhão de garrafas por ano e oferecem mais de 2 mil empregos entre diretos e indiretos, a Serra Catarinense avançou rápido na vitivinicultura e segue atraindo investimentos de empresários e executivos de renome. A qualidade dos vinhos e a expansão do enoturismo garantiram clima de otimismo na abertura oficial da 3ª Vindima de Altitude, sexta à noite, quando dezenas de autoridades marcaram presença no salão do Centro de São Joaquim. Maior polo do setor em SC, o município conta com 20 vinícolas já produzindo e mais quatro em fase de implantação.
O governador Raimundo Colombo, que participou da inauguração da vinícola Leone di Venezia e no evento oficial, afirmou que o setor está conseguindo agregar valor, imagem, qualidade e parceiros importantes.
O ambiente que a gente encontra é o melhor possível. Tudo está pronto para termos um grande crescimento do setor. A gente só vê pessoas animadas e empresários de conceito muito forte da sociedade catarinense se integrando ao projeto. Eu não tenho dúvidas de que teremos muito orgulho do que estamos fazendo. Nosso produto vai ganhar mercado agregando valor – me disse o governador, acrescentando que o turismo na serra de SC será tão forte quanto os de Gramado (RS) e Petrópolis (RJ).
Em pouco mais de 15 anos, a Serra catarinense conseguiu um avanço na produção de vinhos que muitas regiões viníferas do mundo só alcançaram após 100 anos, ressaltou o presidente da Vinhos de Altitude SA, a associação do setor, Acari Amorim. Participam da Vindima as vinícolas D¿Alture, Kranz, Pericó, Villa Francioni, Leone di Venezia, Sanjo, Villaggio Grando, Agreu Garcia, será Nevada, Monte Agudo, Quinta da Neve, Suzin, Villaggio Bassetti, Urupema e Hiragami.
Entre as autoridades presentes, também estiveram prefeito de São Joaquim, Humberto Brighenti, o secretário adjunto de Agricultura, Airton Spies; o presidente da Cidasc; Enori Barbieri, o presidente do Ciasc, Roberto Amaram, a diretora regional de São Joaquim, Solange Pagani e o coordenador do projeto de desenvolvimento de São Joaquim, Vicente Donini. Na foto, lideranças presentes brindam a festa.
Colombo presidente
Animado com a série de investimentos públicos (especialmente do Estado) e privados na Serra, o presidente da Vinhos de Altitude SA, Acari Amorim, afirmou no discurso de abertura da 3ª Vindima que o governador Raimundo Colombo, pela gestão que vem fazendo, seria um "grande presidente para o Brasil. Transformaria o país numa Santa Catarina".
Fonte : Estela Benetti
O governador Raimundo Colombo, que participou da inauguração da vinícola Leone di Venezia e no evento oficial, afirmou que o setor está conseguindo agregar valor, imagem, qualidade e parceiros importantes.
O ambiente que a gente encontra é o melhor possível. Tudo está pronto para termos um grande crescimento do setor. A gente só vê pessoas animadas e empresários de conceito muito forte da sociedade catarinense se integrando ao projeto. Eu não tenho dúvidas de que teremos muito orgulho do que estamos fazendo. Nosso produto vai ganhar mercado agregando valor – me disse o governador, acrescentando que o turismo na serra de SC será tão forte quanto os de Gramado (RS) e Petrópolis (RJ).
Em pouco mais de 15 anos, a Serra catarinense conseguiu um avanço na produção de vinhos que muitas regiões viníferas do mundo só alcançaram após 100 anos, ressaltou o presidente da Vinhos de Altitude SA, a associação do setor, Acari Amorim. Participam da Vindima as vinícolas D¿Alture, Kranz, Pericó, Villa Francioni, Leone di Venezia, Sanjo, Villaggio Grando, Agreu Garcia, será Nevada, Monte Agudo, Quinta da Neve, Suzin, Villaggio Bassetti, Urupema e Hiragami.
Entre as autoridades presentes, também estiveram prefeito de São Joaquim, Humberto Brighenti, o secretário adjunto de Agricultura, Airton Spies; o presidente da Cidasc; Enori Barbieri, o presidente do Ciasc, Roberto Amaram, a diretora regional de São Joaquim, Solange Pagani e o coordenador do projeto de desenvolvimento de São Joaquim, Vicente Donini. Na foto, lideranças presentes brindam a festa.
Colombo presidente
Animado com a série de investimentos públicos (especialmente do Estado) e privados na Serra, o presidente da Vinhos de Altitude SA, Acari Amorim, afirmou no discurso de abertura da 3ª Vindima que o governador Raimundo Colombo, pela gestão que vem fazendo, seria um "grande presidente para o Brasil. Transformaria o país numa Santa Catarina".
Fonte : Estela Benetti
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