Pesquisar este blog

quarta-feira, março 16, 2016

Bacalhôa: tradição e modernidade

Uma quinta histórica, cujo nome identifica também uma das mais inovadoras empresas vinícolas do país. O crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva, escreve sobre três vinhos da Bacalhôa

Catarina, Má Partilha e Quinta da Bacalhôa são marcas de vinhos portugueses com história e com prestígio, que foram criadas pela empresa J.P. Vinhos, entre os fins dos anos 70 e princípios dos anos 80 do século passado, e que hoje integram o extenso portefólio da Bacalhôa Vinhos de Portugal, S.A., do Comendador Joe Berardo. O Catarina, muito apreciado por este empresário, terá sido determinante para o levar a investir no sector dos vinhos, diz ele. Hoje, a Bacalhôa é uma das maiores e mais inovadoras empresas vinícolas em Portugal com presença em 7 regiões vitícolas: Alentejo, Península de Setúbal, Lisboa, Beiras, Bairrada, Douro e Vinhos Verdes, 40 quintas, 1200ha de vinhas e quatro adegas - Azeitão, onde tem a sede, Aliança Vinhos de Portugal, Quinta do Carmo e Quinta dos Loridos -, com uma capacidade total de 20 milhões de litros.

Cada vinho tem a sua história, que convém conhecer, para melhor o compreender e apreciar. Desta vez escolhemos três vinhos do mesmo produtor e da mesma região, mas com perfis muito diferentes, todos bem marcados, e com histórias exemplares.

O Catarina nasceu com a colheita de 1981 e foi, provavelmente, o primeiro vinho branco português a fermentar parcialmente em barricas de madeira nova. Trouxe um novo estilo de vinho branco e convenceu.

O Má Partilha, criado em 1986 com uvas de vinhas de plantadas nas encostas de Azeitão à maneira de Pomerol, de onde vieram, foi o primeiro Merlot português. Muito atrativo, rapidamente se tornou um sucesso com prémios internacionais a testemunha-lo.

O Quinta da Bacalhôa deve o nome à quinta onde nasceu, em 1979, e foi o primeiro Cabernet Sauvignon português. Totalmente vinificado em barricas de carvalho novo, representou um conceito inovador na enologia portuguesa e ganhou grande prestígio, que mantém.

Catarina 2015 Feito de uvas das castas Fernão Pires, Chardonnay e Arinto, produzidas nas encostas de Azeitão, apresenta-se com bela cor amarela pálida, aroma elegante e paladar fresco com boas notas frutadas e minerais. Tem inegável aptidão gastronómica e uma excelente relação entre a qualidade e o preço. €4,79

Má Partilha 2011 Cem por cento Merlot, tem cor vermelha intensa, aroma concentrado a frutos vermelhos com notas de chocolate, paladar cheio com fruta bem madura, taninos firmes, elegantes, bem integrados, que lhe garantem grande potencial de envelhecimento em garrafa. Ótimo pata acompanhar pratos de carne e de caça ou queijos. €14,99


Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 As castas de que é feito são 90 por cento Cabernet Sauvignon e 10 por cento Merlot. Concentrado na cor, ainda um pouco fechado no aroma, mas com boas notas de fruta bem madura e de especiarias, paladar cheio com taninos bem presentes e finos a garantirem boa estrutura e prometerem longevidade. Apto, já, para acompanhar bons pratos de carnes vermelhas e de caça. €16,99

Nenhum comentário: