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domingo, abril 25, 2010

Feira brasileira de vinho está entre as dez mais importantes do mundo

De 27 a 29 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo, acontece a edição 2010 do maior evento internacional de vinhos da América Latina, o ExpoVinis. Ao longo destes dias, importadoras e produtores nacionais e estrangeiros mostram seus produtos e oferecem degustações para profissionais da área e para o público amante de vinhos. Os visitantes podem ainda, durante estes três intensos e aguardados dias, participar de uma série de degustações especiais e palestras em torno do tema vinho.

O evento foi adquirido em 2003 pelo grupo português Exponor, que conta com mais de 160 anos de tradição em salões, feiras e exposições. Desde 2005, quem comanda o ExpoVinis no Brasil é Domingos Meirelles, um português simpático, que marca bem o sotaque de sua terra natal quando fala com paixão e orgulho do evento que conduz em direção ao crescimento ano após ano. Desde a aquisição pelo grupo, Meirelles viu o salão quintuplicar de tamanho e figurar na lista dos dez eventos de vinho mais importantes do mundo, segundo sua avaliação. Estes e outros dados sobre o setor foram tema de sua conversa com o Terra. Leia a seguir os momentos mais importantes da entrevista com Domingos Meirelles:

O ExpoVinis está em sua 14ª edição. O senhor sempre esteve à frente do evento?
Não, nós compramos o evento em 2003. Antigamente, chamava-se Viva Vinho, e era propriedade de uma revista que ainda existe no mercado. Eles queriam se dedicar mais ao core da própria revista, e então compramos. Fazemos feiras em Portugal, no Brasil e na África. A Exponor Portugal é uma empresa com mais de 160 anos, que fez sua primeira feira há mais de 150 anos.

Desde 2003, como tem sido a evolução do ExpoVinis?
Desde que compramos, até os dias de hoje, ele cresceu muito. Muito mesmo. No mínimo, multiplicou por cinco ou seis vezes o seu tamanho. Quando pegamos, havia de 30 a 40 expositores; para a edição deste ano, temos cerca de 150. No seu início, tínhamos cerca de 2 mil visitantes; hoje contamos com cerca de 15 mil.

Ele superou o crescimento do mercado de vinhos?
Sim. Se você me perguntar se o mercado de vinhos cresceu cinco ou seis vezes, obviamente não cresceu, mas foi crescendo a cada ano.

Quais são as novidades da feira para este ano?
Ela deve crescer um pouco mais (comparativamente à edição de 2009). Deve crescer sobretudo o número de expositores brasileiros e internacionais diretos (aqueles que não estão abrigados dentro de estandes de importadores)
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O ExpoVinis gera negócios direto? O senhor tem ideia do quanto ela gera?
Eu tenho muita dificuldade em afirmar números de negócios em feiras. Se eu disser que gera 10 bilhões, quem vai dizer que não? Não há como medir esses números. Agora, o que eu posso garantir é que muitos dos negócios de vinhos fechados durante o ano aqui no Brasil começam no ExpoVinis. Isso eu posso garantir, por que do contrário o expositor não voltaria lá, como faz todos os anos, e nós não teríamos tanto comprador esperando pelo ExpoVinis para lançar produtos.

Há compradores de fora do país que vêm ao evento?
Alguns. Lembro que no ano passado estiveram aqui compradores da Angola e da China. Mas o forte aqui é o contrário, muito produtor internacional tentando vender para o Brasil. Também há muita empresa que, apesar de ter importador, acredita tanto na importância do mercado brasileiro que quer manter uma presença direta.

Em termos mundiais, como o senhor avalia o posicionamento do Expovinis?
Com certeza ela está entre as dez feiras mais importantes do mundo. Temos a Vinexpo de Bordeaux (França), a Vinitaly (Itália), a ProWein (Alemanha) e a London International Wine Fair (Inglaterra). A partir daí, já fica difícil dizer qual a mais importante. Talvez uma feira para o mercado asiático. Mas não estaremos exagerando se colocarmos o ExpoVinis do Brasil entre as dez mais importantes do mundo.

Como o senhor avalia a imagem do mercado brasileiro no exterior?
Acho que o mercado brasileiro hoje é visto mais pelo seu potencial que pelo seu real. Ele é importante porque o consumo de vinho está crescendo no Brasil. Como o consumo per capita é muito reduzido mas a população é muito grande, isto faz com que, dentro do panorama internacional, o Brasil venha ganhando muita importância. Veja a organização da França que vem aqui à feira este ano, eu duvido que eles participem com tanta força em muito mais feiras (vinhos de produtores de 10 diferentes regiões da França estarão presentes no ExpoVinis 2010).

No mesmo espaço, também ocorre o Brasil Cachaça 2010 e a Epicure 2010 (voltada para o universo dos tabacos)? Como andam estes outros eventos?
Eles não têm tido o mesmo crescimento que a feira do vinho. Especialmente a Epicure tem sido mais difícil. Antes, tínhamos degustações na feira, mas com a legislação atual isto não é mais possível. A cachaça tem crescido, mas ainda é difícil. É um setor que ainda não passou por uma organização, como passa a área vitivinícola no Brasil. No vinho há, por exemplo, o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), que consegue lutar como um todo pelo vinho, enquanto eu não assisti a isso ainda na cachaça.

ExpoVinis 2010
Data: 27 a 29 de abril (dia 27 apenas para profissionais)
Horário: 14h às 22h profissionais - 19h às 22h consumidor final
Local: Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho (São Paulo/SP)
Ingresso: R$ 40,00 (incluindo taça de degustação) ou R$ 30,00 (sem taça)
(Material produzido a partir de conteúdo fornecido ao canal bebidas do site Terra)
Postado por Carlos Alberto Barbosa às 11:20 Marcadores: ,

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