As importações de vinho fino devem somar 68,1 milhões de litros neste ano, volume 19% acima do registrado em 2009.
O valor dessas importações poderá atingir R$ 231 milhões, acima dos US$ 195,1 milhões de 2009. Os dados são da importadora Ravin.
Somadas as importações com as vendas nacionais, o consumo total brasileiro de vinhos finos deverá ficar próximo de 85 milhões de litros neste ano.
Rogério D'Avila, proprietário da Ravin, diz que o grande destaque do ano foi o Chile. O país deverá colocar 25,4 milhões de litros no mercado brasileiro, 16% mais do que no ano passado.
Preços competitivos, qualidade do produto e agilidade fizeram a diferença, mantendo o país no topo da lista. Outro destaque fica para a vizinha Argentina, cujas exportações para o Brasil deverão somar 16,2 milhões de litros neste ano, 11% mais do que em 2009.
Após as lideranças dos dois países da América do Sul, aparecem quatro europeus (França, Itália, Portugal e Espanha), cujas exportações para o Brasil devem somar 29,6 milhões de litros.
O caso da Itália é específico. Enquanto 10% do vinho exportado para o Brasil custa acima de US$ 20 por caixa (nove litros), outros 67% chegam por valores de até US$ 5.
Os preços médios do vinho importado em 2010 ficam em US$ 30,50 por caixa de nove litros (US$ 3,40 por litro).
D'Avila destaca a participação do dólar fraco nessa evolução das importações brasileiras. Segundo ele, a desvalorização da moeda norte-americana incentiva a abertura de novas importadoras, elevando a oferta de vinho estrangeiro no mercado interno.
A melhora da economia brasileira também incentiva o consumo de vinho, mas o consumidor tem optado por produto de melhor qualidade, diz D'Avila.
A queda do dólar provocou uma mudança de tendência no setor de espumantes e de champanhes. Em queda nos anos anteriores, as importações desses produtos voltaram a crescer, segundo dados da União Brasileira de Vitivinicultura.
Até novembro deste ano, o país importou 3,5 milhões de litros desses produtos, 27% mais do que em igual período do ano passado.
AGORA o Jornal do Sul
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