Com artigo recém publicados no Human Molecular Genetics, Dr Charls Eng e colegas do Cleveland Clinic Lerner Research Institute, revelam como um componente do vinho tinto, resveratrol, inibe o crescimento de células do câncer de próstata, inclusive aqueles que são resistentes a tratamentos.
O Dr. Eng, juntamente com seus colegas, indica que a ativação dos receptores androgênicos, ou seja proteínas que interagem com hormônios de andrógeno para promover o crescimento do tumor, diminuía a efetividade de uma molécula, PTEN, que suprime o tumor. Estudos revelaram que resveratrol inibe a atividade dos receptores androgênicos, aumentando a efetividade das moléculas PTEN em sua função de suprimir o tumor. Isso explicaria como o vinho tinto pode vir a ajudar na luta contra a proliferação das células de câncer de próstata.
Estudos também mostraram que resveratrol tem um efeito direto na supressão do tumor, independentemente do receptor androgênico e seu efeito na PTEN. Juntos estes resultados nos providenciam novas, plausíveis, direções para o tratamento do câncer de próstata, tão necessitado.
Como tumores na próstata são inicialmente dependentes de hormônios androgênicos, terapia anti- androgênica é normalmente administrada. Porem, os tumores normalmente desenvolvem uma resistência a esta terapia, se tornando independentes de andrógeno. Estes tumores refratários a hormônio atualmente não possuem opções viáveis de tratamento. Neste estudo o time do Dr Eng demonstrou que resveratrol age de forma a inibir o crescimento do câncer de próstata, sendo este refratário a hormônio ou não, o que significa um grande potencial para o desenvolvimento de futures terapias.
Resveratrol, um componente do vinho tinto e outros alimentos como amendoim, uvas e frutas vermelhas, já vem sendo discutido como um possível diminuidor do risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, apesar de ainda não se saber como ele leva a esses benefícios. O estudo do Dr Eng agora providenciou fortes evidencias que revelaram o mecanismo interno da substância, providenciando assim uma plataforma para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer de próstata.
Fonte: www.lerner.ccf.org
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