Pesquisar este blog

sábado, novembro 13, 2010

Pinot Gris e Grigio: uma boa opção para o verão

Com a proximidade do verão, é interessante conhecer algumas opções de vinhos refrescantes que se adaptem muito bem como aperitivo e também para acompanhar pratos mais leves. Uma dessas alternativas é o Pinot Gris ou Pinot Grigio, como é conhecido na Itália.

Por ser um vinho leve e frutado, muito agradável, de custo acessível e muito fácil de beber, ele se tornou mania nos Estados Unidos nos últimos anos e está entre os vinhos mais importados daquele país.

Esta moda ainda não chegou ao Brasil, por isso, achei interessante dedicar uma coluna para falar um pouco sobre esse delicioso vinho.

Então, vamos conhecer um pouco sobre a uva e o vinho.

Acredita-se que a uva Pinot Gris, seja uma mutação da Pinot Noir, pois ela tem uma casca mais escura que o normal para uma uva branca.

A cor dos vinhos produzidos com Pinot Gris é geralmente mais carregada que a maioria dos vinhos bancos. Uma exceção acontece com a versão italiana, a Pinot Grigio, que faz vinhos bem mais claros.

Essa variedade de uva é cultivada na Itália, Alemanha – onde é conhecida por Ruländer or Grauburgunder - França, Nova Zelândia, Estados Unidos e em muitos outros países.

Na Itália, as melhores expressões da uva Pinot Grigio estão no nordeste, desde o Trentino, Alto-Adige, passando pelo Veneto, até Friuli.

Um bom Pinot Grigio deve ser leve e refrescante – característica que o está ajudando a se tornar muito conhecido nos últimos anos.

Os vinhos Pinot Gris/Pinot Grigio têm aroma delicado, levemente floral, com notas cítricas de limão. Dependendo do estado de maturação da uva e da técnica de vinificação, o vinho Pinot Gris pode ser de leve a muito rico, redondo e encorpado.

Quando é feito num estilo apropriado, pode até envelhecer bem, mas, no geral, é um vinho para se tomar ainda jovem.
Vale a pena ressaltar que, devido à alta produção de Pinot Grigio na Itália, sua qualidade pode variar bastante. Dessa forma dê preferência aos produtores renomados da região de Friuli e do Trentino, que dedicam uma atenção especial na sua vinificação.

Outras regiões que merecem destaque são:

• Alsácia, na França - onde se faz um Pinot Gris bem interessante, mais pesado e escuro que os exemplares italianos e que podem ser guardados entre cinco e oito anos, período em que adquirem uma riqueza defumada e condimentada.

• Nova Zelândia - onde se produz um vinho bem frutado e com um caráter mineral que o torna inconfundível. Seu sabor é mais fresco que o do Pinot Gris da Alsácia, apesar de terem a mesma textura viscosa.

Existem vinícolas nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, que estão dedicando esforços crescentes para produzir bons Pinot Gris. Muitas vinícolas do Oregon também tiveram resultados satisfatórios e estão aumentando a produção de Pinot Gris. Desta forma, podem-se esperar bons vinhos vindos dessas regiões nos próximos anos.

Em termos de harmonização enogastronômica, os vinhos Pinot Grigio italianos vão bem como aperitivo e para acompanhar pratos leves, principalmente à base de peixe.

O Pinot Gris da Nova Zelândia fica excelente tanto sozinho quanto com pratos leves, como uma massa com molho de tomate e manjericão. Também é uma boa alternativa ao saquê, para acompanhar sushi e sashimi.

O Pinot Gris da Alsácia, que é um pouco mais encorpado, combina com peixes, carnes brancas, pratos à base de trufas e com fígado de ganso.


Vinhos Indicados

Seguem algumas sugestões de vinhos:

• Mezzacorona Pinot Grigio Trentino Riserva DOC 2007 - Itália
• Moenchberg Pinot Gris Grand Cru "Le Moine" 2005 da Domaine Marc Kreydenweiss – França
• Isabel Estate Pinot Gris 2007 - Nova Zelândia
Vinhos e Muito Mais, por Adriana Grasso , Colunista ONNE

Nenhum comentário: