Pela primeira vez, os vinhos do Brasil serão vendidos no México e na Venezuela
As sete vinícolas brasileiras presentes na Vinexpo 2011, em Bordeaux, na França, encerram sua participação no evento comemorando sua entrada em dez novos países, além da ampliação das vendas em mercados que já importavam seus produtos. Diante dos ótimos resultados obtidos, a previsão é de que, neste ano, o Brasil ultrapasse a meta inicial de aumentar em 90% suas exportações de vinhos em relação ao ano passado.
Com os negócios fechados na Vinexpo, oito países passam a contar com novas vinícolas brasileiras em seus mercados: China, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Luxemburgo, Estônia e Canadá. Além disso, pela primeira vez, os vinhos do Brasil serão vendidos no México e na Venezuela, aumentando de 27 para 29 o total de países para onde a produção brasileira é exportada.
A feira em Bordeaux também foi importante para que as vinícolas Boscato, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato, Salton e Vinibrasil ampliassem suas vendas em países onde já estão presentes, como, por exemplo, os Estados Unidos, a China, a Grã-Bretanha, a Holanda e a própria França, anfitriã da Vinexpo.
Os franceses em breve já poderão comprar mais vinhos e espumantes da Miolo e conhecer os tintos da Casa Valduga, que até agora comercializava no país apenas sua linha de espumantes. Além disso, a famosa loja de vinhos Lavinia fará uma degustação exclusiva de rótulos brasileiros de 6 a 11 de novembro de 2011, em sua sede no bairro de Madeleine, em Paris.
“Aumentar nossa presença no mercado francês é uma conquista fundamental para os vinhos brasileiros, pois se trata de um país onde os rótulos importados competem em um nicho pequeno e onde o consumidor é altamente exigente”, explica Andreia Gentilini Milan, gerente de exportações do projeto Wines of Brasil, uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção e Exportação (Apex-Brasil).
Com os resultados obtidos pelas vinícolas brasileiras na Vinexpo, o projeto Wines of Brasil estima que as exportações de vinhos do país superem a expectativa inicial de aumentar 90% em relação ao ano passado, quando o faturamento alcançou US$ 2,3 milhões. “Está é a melhor feira de que já participamos. Os vinhos do Brasil não são mais vistos como uma curiosidade exótica e, sim, como produtos de qualidade, preparados para atender os mercados mais competitivos do mundo”, afirma Milan.
Para ela, a marca “Brasil” também é um grande atrativo que não deve ser esquecido. “Nosso país está vivendo um grande crescimento econômico, será sede da Copa do Mundo em 2014 e terá a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. Este bom momento do Brasil dá credibilidade aos nossos vinhos”, reforça.
Os expositores brasileiros notaram uma presença maior de grandes importadoras e distribuidoras europeias, americanas, canadenses e asiáticas no stand do Wines of Brasil. “Até pouco tempo atrás, éramos nós que íamos bater à porta delas, mas agora são elas que estão nos procurando. Vou guardar em um cofre os cartões dos contatos da feira deste ano”, afirma Morgana Miolo, gerente de exportações da Miolo.
No primeiro trimestre deste ano, as exportações de vinhos engarrafados do Brasil cresceram 144% em relação ao mesmo período de 2010. Além disso, no ano passado, o Reino Unido passou a ser o maior importador dos vinhos brasileiros, em transações que movimentaram 385% a mais do que no ano anterior. Também em 2010, o valor médio por litro exportado pelas empresas que lideram o ranking das exportações brasileiras cresceu 63%, o que indica que o Brasil está vendendo produtos de maior valor agregado.
Otimismo nas exportações
Seguindo uma grande tendência mundial no setor, o Wines of Brasil também está concentrado em expandir suas exportações no mercado asiático, principalmente em Hong Kong, um de seus oito mercados-alvo. Como parte da estratégia brasileira naquele continente, seis vinícolas irão ao Hong Kong International Wine Fair, em novembro. Os vinhos brasileiros também estarão, ainda este ano, em importantes eventos de degustação e promoção nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Finlândia e Cingapura.
por Globo Rural Online
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