Os franceses estão comprando menos vinho - em quantidade - mas aumenta o consumo dos produtos mais caros. Elodie Le Dréan, responsável pelo Departamento de Vinho de Sud de France, concorda que os mais abastados perderam menos com a crise econômica. Mas vê uma razão mais psicológica pela preferência pelo produto de maior valor. Em um momento de crise, as pessoas desejam manter o status, ou pelo menos afagar o próprio ego e consumir um vinho mais caro. Na França, nos últimos dez anos, o consumo de vinhos caiu quase pela metade.
Terra do sol
A especialista francesa em vinhos está no Brasil para promover a região do Sul da França, especialmente a localidade de Languedoc. Ela revelou a esta coluna que está nos planos a abertura de um escritório de promoção em nosso país até 2013, provavelmente em São Paulo. A Sud de France Export tem instalações em Londres, Nova York e Xangai.
Na China, a venda de vinhos de Languedoc cresceu 60% de 2009 para 2010. Se mantiver este ritmo, empata ainda em 2011 com o Canadá como principal destino dos vinhos da localidade fora da Europa e se aproxima do líder no continente, a Alemanha.
O crescimento das vendas no Brasil é ainda mais impressionante em termos percentuais (143% de 2009 para 2010), mas o valor - 309 mil euros - representa cerca de 3% do consumo chinês. Na Europa, as exportações de vinho de Languedoc vêm caindo - ou desabando, como no caso da Suécia, queda de 34%.
O objetivo da comitiva do Sul da França é divulgar a qualidade de seus vinhos a partir dos predicados da região, como as paisagens, o patrimônio histórico e a variada cozinha, explica Elodie Le Dréan.
Fonte: Monitor Mercantil Digital
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