O Enoturismo é um ramo combinado das indústrias vitivinícola e turística que continua consolidando-se rapidamente no mundo. Em nosso país, Los Caminos del Vino -ATEU, a Associação de Turismo Enologico do Uruguai- está atingindo um alto nível e lança uma grande campanha para atrair turistas nos países vizinhos. Visitar vinícolas uruguaias se tornará cada vez menos um passeio de fim de semana quase exclusivo para os uruguaios.
Alto de la Ballena.
Com visitas ocasionais de turistas estrangeiros, principalmente da Argentina e do Brasil, o enoturismo nas adegas nacionais desde há vários anos tem evoluído como uma atividade crescente. Tendo alcançado mais ou menos um nível estável nos serviços, e alinhado as suas propostas organicamente com a realização de quatro festivais anuais (a Vindima, o Cordeiro e Tannat, a Poda, e o Vinho e as Artes), os que podem acrescentar também tendo em conta o Dia do Patrimônio, quando todas elas permanecer abertas aos visitantes, há vinícolas que adicionam propostas particulares com o objetivo de somar visitantes.
Isso significa que os produtores de vinho reconhecem o turismo do vinho como um negócio? Porque é assim em países de grande desenvolvimento vitivinícola como a Espanha, os Estados Unidos, Argentina e Chile. Aqui não é assim. Ou era, pelo menos, até muito recentemente. Los Caminos del Vino com grande esforço e magro orçamento vinha se mantendo à tona com um único propósito: levar os consumidores às instalações de processamento para promover seus produtos, ou seja, tentar manter um posicionamento comercial de marca diante a invasão de produtos estrangeiros.
Há mais por trás dessa atividade. A indústria do vinho em nosso país é um negócio de família, e cada família vive com grande orgulho o que ela faz. Abrir as portas da sua casa, mostrar seu trabalho, é um jeito de gratificação que recebem pelo trabalho duro, e quando alguém visita à sua loja pela primeira vez e sai com uma caixa de garrafas de vinho debaixo do braço, provavelmente prevalece a satisfação por acima do benefício econômico.
Algumas vinícolas têm uma estrutura mais corporativa, mais profissional, e se lançaram sobre o turismo enológico a partir de um ponto de vista um pouco diferente. Bouza Bodega Boutique implementou o modelo do restaurante na vinícola, aberto diariamente. Establecimiento Juanicó também possui um serviço de atendimento turístico permanente. Finca Narbona é pioneira no fornecimento de hospedaria e também tem um restaurante aberto todos os dias. Atrás deles se alinham outras vinícolas que compõem a Associação observando um padrão de exigências do Ministério do Turismo e Esportes para realizar essas atividades, mas não conseguem sequer sair do caráter ocasional ou da concertação da visita com antecedência. No entanto, elas têm planos que prometem desenvolver.
Viña Varela Zarranz.
Desde o INAVI está-se promovendo uma revolução muito esperada: o lançamento definitivo do Uruguai como um país vitivinícola. Novos ventos estão soprando, a partir de uma condução que analisa cada situação e segue de perto os resultados de cada ação levada a efeito, as que até agora têm dado resultados muito positivos tendo em conta os esforços realizados. Um dos últimos passos tem sido a aliança celebrada com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas e o Ministério do Turismo e Esporte: inserir nos rótulos para as garrafas de vinho nacional o logotipo que é o lema distintivo do país: Uruguay Natural. Assim, a indústria do vinho uruguaio vai-se mostrar ao mundo e se identificar com o seu turismo.
No marco de tais esforços conjuntos também nasceu um primeiro Fam Press de jornalistas argentinos, que desde uma iniciativa de Bodegas del Uruguay apresentada no ano passado no Ministério do Turismo e Esporte, conseguiu unir os esforços dele com o Cluster de Turismo de Montevidéu e Los Caminos del Vino. Por quatro dias, as quatro entidades fomos anfitriões dos cinco jornalistas do país vizinho que visitaram quase a metade das adegas associadas na ATEU. Empresários privados aderiram ao evento, oferecendo seus serviços: os hotéis My Suites e Lafayette, e os restaurantes Corchos, Francis e Walrus abriram suas portas para acolher esta ilustre delegação.
Um mês depois da visita, continua a ter impacto na mídia argentina. O objetivo foi mais do que alcançado: um país como a Argentina, com um grande número de consumidores e amantes do vinho, de espírito turista (basta ver como se movem milhões de argentinos durante os feriadões apenas a partir da cidade de Buenos Aires para viajar até os pontos turísticos), e agora está alerta para esta nova convocação: Conhecer as vinícolas turísticas do Uruguai, experimentar os seus renovados produtos, andar pelas vinhas, deixar-se seduzir pelos sabores, tão diferentes dos próprios. Missão cumprida?
Na verdade, parte da missão está cumprida. Uruguai precisa de continuar a investir no seu próprio turismo enológico para manter essa vertente turística. As entidades que trabalharam nestes quatro dias deverão continuar a apoiar com ações concretas. As vinícolas deverão continuar trabalhando para melhorar e acrescentar as atrações. E Bodegas del Uruguay deverá seguir, como faz desde há mais de três anos, com a comunicação de tudo o que acontece neste país, falando em vinho.
Das ações executadas, o enoturismo no Uruguai deixará de ser errático para ser levado muito a sério. Mais vinícolas vão-se associar no Los Caminos del Vino, e cada uma delas vai desenvolver o seu produto turístico de acordo com a sua capacidade. Mas vamos estar em um caminho de crescimento, que não terá como voltar atrás.
Fonte:Vinículas do Uruguai - Newsletter # 51
Um comentário:
Olá Paulo, tudo bem? Meu nome é Karla e gostaria de email e telefone pra contato. Por favor me envie no contato@solmarear.com.br
Obrigada desde já.
Att, Karla
Postar um comentário