Acabo de chegar de Portugal, onde a convite da CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, passei quatro dias visitando vinícolas em companhia de jornalistas do Rio de Janeiro e de Angola.
Tendo como anfitriões a simpática e competente Maria Amélia Vaz da Silva e Tiago Caravana, do departamento de marketing, visitei oito vinícolas, provei quase uma centena de vinhos e desfrutei da maravilhosa culinária alentejana. Dentre vinhos de elaboração em talhas de terracota, como eram feitos os vinhos na época dos romanos, até elaborações modernas, com a ajuda de robôs, tive a oportunidade de conhecer dois Alentejos, o tradicional e o moderno.
A CVRA foi criada em 1989 e tem como objetivo certificar os vinhos da região em “DOC Alentejo” e “Vinho Regional Alentejano”. É responsável pela promoção dos Vinhos do Alentejo no mercado português e em mercados internacionais. A sua atividade é financiada por meio da venda dos selos de certificação que integram os contrarrótulos dos Vinhos do Alentejo.
• DOC - Denominação de Origem Controlada: Designação atribuída a vinhos de qualidade produzidos em regiões geograficamente limitadas, que cumprem um conjunto de regras que definem as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico, tempo de estágio, etc
• Vinho Regional: Classificação dada a vinhos de mesa com indicação da região de origem. São vinhos produzidos na região específica cujo nome adotam, elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes da mesma região, de castas autorizadas
Região produtora de elevada qualidade de vinhos, o plantio da vinha nesta região remonta ao período romano, como atestam vestígios datados dessa época, nomeadamente grainhas de uvas descobertas nas ruínas de São Cucufate, perto da Vidigueira, e alguns lagares romanos.
A utilização de talhas de terracota, destinadas à fermentação do mosto e ao armazenamento do vinho, ainda é encontrada em algumas das suas adegas.
Situado na zona sul do país, o Alentejo é uma região essencialmente plana, evidenciando alguns acidentes de relevo, não muito elevados, mas que o influenciam de forma marcante.
Caracteriza-se por condições climáticas acentuadamente mediterrânicas, apresentando, no entanto, várias zonas de microclima continental. As temperaturas médias do ano variam de 15 a 17,5º, observando-se igualmente a existência de grandes amplitudes térmicas e a ocorrência de Verões excessivamente quentes e secos. A precipitação média varia de 500 a 800mm.
Os solos caracterizam-se pela sua diversidade, variando entre os graníticos de "Portalegre", os derivados de calcários cristalinos de "Borba", os mediterrânicos pardos e vermelhos de "Évora", "Granja/Amareleja" e "Moura", e os xistosos de "Redondo", "Reguengos" e "Vidigueira". A DOC "Alentejo" compreende as oito Sub-Regiões mencionadas.
Presidida atualmente por Dora Simões, a CVRA tem feito um excelente trabalho de promoção e divulgação dos Vinhos do Alentejo. Angola e Brasil são hoje os países que lideram as importações de seus vinhos.
HERDADE DO MOUCHÃO
Adquirida no final do século XIX pelo inglês John Reynolds, a propriedade de 900ha , denominada Herdade do Mouchão, dando seguimento à atividade corticeira iniciada pelo seu avô, adicionou a produção de vinhos. Plantaram-se várias vinhas e, em 1901, construiu-se uma adega tradicional, de grossas e brancas paredes de adobe e um elevado pé direito, coberto por um magnífico telhado de telhas portuguesas. Foi também por iniciativa de John que as primeiras plantas da casta Alicante Bouschet foram trazidas da França e introduzidas na região. Atualmente são 38ha de vinhas, sendo que as mais antigas são aquelas onde estão as Alicante Bouschet.
Atualmente tendo como enólogo o competente Paulo Laureano, produz os seguintes vinhos: Dom Rafael Tinto e Branco, Ponte das Canas Tinto, Mouchão, Mouchão Colheitas Antigas, Mouchão Tonel 3-4 e um licoroso. Produz também um excelente azeite de Oliva. São trazidos para o Brasil pela importadora Adega Alentejana.
O Mouchão é um clássico entre os clássicos, vinhos intemporais que, ano após ano, expressam de forma direta e transparente o terroir. O Mouchão Tonel 3-4, elaborado apenas em anos especiais, é, para mim, um dos melhores vinhos tintos de Portugal e do mundo.
Vinhos degustados:
• Dom Rafael Branco 2010 – Castas: Antão Vaz, Arinto e Perrum. Vinificação em inox, sem madeira. Verdeal, com notas de fruta tropical fresca, alguma mineralidade e ligero floral. Leve fresco e elegante.
• Dom Rafael Tinto 2009 – Castas: Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonez. Vinificação em Lagar, estágio de 12 meses em barricas de 225l e seis meses em garrafa. Cor granada com aromas de frutas silvestres, alguma menta e especiarias. Bom corpo, fresco e com taninos densos.
• Ponte Das Canas 2008 – Castas: Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Toriga Franca e Shiraz. Vinificação em Lagar, estágio de 18 meses em barricas novas de 225l de carvalho francês e americano e doze meses em garrafa. Cor granada intenso, com aromas florais e frutas silvestres, alguma menta, especiarias e tostados. Encorpado, elegante e persistente.
• Mouchão 2006 – Castas: Alicante Bouschet e Trincadeira. Vinificação em Lagar, estagio de 24 meses em tonéis grandes de carvalho português, macacauba e mogno e 24 meses em garrafa. Cor granada intenso, com aromas de eucalipto, menta, frutas silvestres em compota e especiarias. Encorpado, elegante complexo e persistente, tudo que se espera de um grande vinho.
• Mouchão Vinho Licoroso 2006 – Castas: Alicante Bouschet e Trincadeira. Vinificação em Lagar, estágio de 48 meses em tonéis de 1000l de carvalho português e dois meses em garrafas. Elaborado pelo mesmo processo dos vinhos do Porto, possui cor granada intenso, com aromas de ameixa e frutas silvestres maduras. Estilo Porto LBV, não me empolgou.
HERDADE DAS SERVAS
A família Serrano Mira zela por um património vinícola de 200 hectares em Estremoz, dividido em três vinhas: Azinhal , Judia e Servas . As idades das vinhas estão compreendidas entre os 20 e 60 anos, exceto a Vinha das Servas, plantada em Janeiro de 2007.
Plantam atualmente: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Castelão, Merlot, Petit Verdot, Sangiovese, Syrah, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira e Vinhão, nas tintas e Alvarinho, Antão Vaz, Arinto, Encruzado, Rabo de Ovelha, Roupeiro, Semillon, Verdelho e Viognier, nas brancas.
As vinhas são seguidas por uma equipe de viticultura, liderada por Carlos Mira e assessorado pelo Prof. Yvon Bugaret, especialista em doenças na vinha e professor na Universidade de Bordeaux, que faz um acompanhamento permanente através da estação meteorológica. A vinificação fica por conta dos enólogos Tiago Garcia e Luís Mira. Vinhos modernos, homogêneos, consistentes e fáceis de beber, mesmo jovens.
Elaboram três linhas de vinhos: Herdade das Servas, Monte das Servas e Vinha das Servas.
Vinhos degustados:
• Monte das Servas Escolha Branco 2010 – Castas: Roupeiro (70%), Antão Vaz (30%). Vinificado em inox, sem madeira. Bem aromático. Frutado, com notas de maracujá e limão. Toques de mel. Bom corpo, boa acidez, fácil de beber.
• Herdade das Servas Branco 2010 – Castas: Roupeiro (50%), Viognier (25%), Verdelho (25%). Vinificado em inox, com estágio parcial em madeira. Frutado. Toques de abacaxi. Boca fresca, untuoso e persistente. Muito Bom!
• Monte das Servas Escolha Tinto 2010 – Castas: Aragonez, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet. Vinificado em inox, sem madeira. Frutas vermelhas frescas. Macio, boa acidez, fácil de beber.
• Monte das Servas Colheita Selecionada Tinto 2009 - Castas: Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez. Vinificado em inox, 50% do vinho passa em madeira. Frutas de bosque frescas, toques de ameixa. Madeira bem equilibrada, taninos macios, bom corpo e acidez.
• Herdade das Servas Tinto 2009 - Castas: Aragonez, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Syrah. Vinificado em inox. Afinamento durante 8 meses em barricas usadas de carvalho francês (70%) e americano (30%). Estagia 6 meses em garrafa. Cor ruby escuro, aroma de frutos vermelhos maduros, bem integrados com a madeira, na boca é redondo, concentrado, com um final agradável e persistente.
• Herdade das Servas Touriga Nacional 2008 - Castas: 100% Touriga Nacional. Vinificado em inox. Afinamento durante 8 meses em barricas usadas de carvalho francês (70%) e americano (30%). Estagia 6 meses em garrafa. Cor violeta escuro, aromas florais sugerindo violetas e flor de laranjeira, integrados com frutos pretos bem maduros, madeira no ponto, sabor intenso, macio, bastante elegante, com taninos robustos que lhe garante uma boa longevidade.
• Herdade das Servas Syrah /Touriga Nacional 2008 - Castas: Syrah (70%), Touriga Nacional (30%). Após maceração pré-fermentativa a 8-10º, a fermentação alcoólica ocorre em lagares de inox à temperatura de 26-28º, com remontagens mecânicas do robot pisador/imersor. Afinamento durante 8 meses em barricas usadas de carvalho francês (70%) e americano (30%). Estagia 6 meses em garrafa. Cor violeta escuro, aromas florais sugerindo violetas integrados com frutos vermelhos bem maduros e algumas notas de especiarias e menta. Complexo e aveludado, bastante elegante, com taninos robustos e redondos que lhe garante uma boa longevidade.
• Herdade das Servas Reserva 2008 - Castas: Alicante Bouschet (50%), Touriga Nacional (25%), Syrah (25%). Após maceração pré-fermentativa a 8-10º, a fermentação alcoólica ocorre em lagares de inox à temperatura de 26-28º, com remontagens mecânicas do robot pisador/imersor. Afinamento durante 14 meses em barricas de carvalho francês (70%) e americano (30%). Estagia 16 meses em garrafa. Cor ruby escuro, aroma de frutos de bosque bem maduros, sugerindo compotas, integrados com algumas especiarias, complexo e aveludado, com taninos redondos e robustos.
• Herdade das Servas Reserva 2006 – Idêntico ao anterior. Mais complexo e evoluído que o 2008. Muito bom!..é este que encontra-se à venda no Brasil atualmente.
ADEGA COOPERATIVA DE REDONDO
No século XIX, devido ao aparecimento catastrófico do oído, míldio e filoxera, os viticultores viram-se obrigados a realizar consorciações para sobreviver. Mas no século XX, a criação de adegas cooperativas veio-lhes dar novo ânimo e fazer renascer a cultura da vinha e do vinho. É neste contexto que a AcR é fundada, em 1956, por um grupo de 14 viticultores.
O potencial vínico do Alentejo foi cabalmente confirmado na década de 80, época em que a AcR iniciou uma franca expansão, visível no aumento da produção e estruturas a ela associadas. De acordo com essa filosofia de mudança, foram investidos várias centenas de milhar de euros nos setores de recepção de uva, sua transformação e armazenamento, bem como enologia, que vieram dar novo alento à Adega.
Atualmente, a produção dos vinhos Real Lavrador, Terra d'Ossa, Porta da Ravessa, Anta da Serra, Monte Ferra, Chardonnay AcR e Reserva AcR é feita em modernas instalações, permitindo a produção de 12 mil garrafas por hora.
A concessão sem limite de licenças de plantio de vinha, que tem levado a uma expansão desmesurada da vinha no Alentejo, sem haver garantia de colocação da produção no mercado, preocupa a AcR. Teme-se que a enorme quantidade de vinhos produzidos afete a qualidade reconhecida dos vinhos do Alentejo.
Esta é apenas uma das razões que leva a direção da AcR a procurar novos desafios. Tendo já conquistado o mercado nacional, há que estudar novos horizontes no mercado internacional e embora o Brasil continue a ser o país que mais consome vinhos produzidos no Alentejo, a Adega quer explorar as possibilidades abertas pelo mercado comunitário do Velho Continente, diversificando assim a origem da clientela.
Além desta aposta, a AcR tem já na manga a reformulação do vinho topo de gama, a introdução no mercado de novos produtos, bem como o reforço das vendas da generalidade das marcas. Todas estas mudanças inserem-se já na filosofia de perpetuação do bom nome da AcR, com quase 50 anos de história.
Hoje, a Adega é um dos maiores produtores de vinho da Região do Alentejo, congregando cerca de duas centenas de viticultores, cerca de 98% da sub-região do Redondo. O enólogo responsável é o competente Pedro Hipólito.
Alguns de seus vinhos encontram-se no Brasil através da Importadora Barrinhas, do Rio de Janeiro.
Vinhos degustados:
• Real Lavrador Branco 2010 – Castas: Roupeiro e Rabo de Ovelha. Vinificado em inox, sem madeira. Bem aromático. Frutado, leve de corpo, boa acidez, fácil de beber.
• Porta da Ravessa Branco 2010 – Castas: Roupeiro, Arinto e Fernão Pires. Vinificado em inox, sem madeira. Bem aromático. Frutado, toques de mel, leve de corpo, boa acidez, cítrico na boca.
• Porta da Ravessa Reserva Branco 2010 – Castas: Roupeiro, Arinto e Fernão Pires. Vinificado em inox, sem madeira. Frutado, toques de mel, médio corpo, boa acidez, mais untuoso e elegante que o anterior.
• Porta da Ravessa Rosé 2011 – Castas: 100% Aragonez. Vinificado em inox, sem madeira. Cor Cereja. Bem aromático. Frutado, tutti-frutti, leve de corpo, boa acidez.
• Real Lavrador Tinto 2010 – Castas: Basicamente Castelão. Vinificado em inox, sem madeira. Bem aromático. Frutado, leve de corpo, boa acidez, fácil de beber.
• Porta da Ravessa Tinto 2010 – Castas: Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet. Vinificado em inox, sem madeira. Frutado, bom corpo, boa acidez, taninos macios.
• Porta da Ravessa Reserva Tinto 2008 – Castas: Castas: Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet. Vinificado em inox, pequena passagem por madeira. Nariz elegante, fruta boa, toques de madeira, bom corpo, boa acidez, taninos macios.
• Vinificado em inox, pequena passagem por madeira. Nariz elegante, fruta boa, toques de madeira, bom corpo, boa acidez, taninos macios.
• Reserva ACR 2009 - Castas: Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet. Vinificado em inox. Estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e americano e 6 meses em garrafa. Nariz elegante, fruta madura, toques de madeira, chocolate, bom corpo, boa acidez, taninos macios.
• 100% Touriga Nacional 2009 – Vai ser lançado em breve, ainda não tem nome. Estagio em barricas francesas. Elegante, floral, caixa de chá preto, mineral. Bom corpo e taninos finos. Bom vinho!
• Premium 2009 – Vai ser lançado em breve. Base de Touriga Nacional. Estagio em barricas francesas. Ruby profundo, bem concentrado. Elegante, floral, toques de ameixa e especiariasl. Bom corpo e taninos finos. Bom vinho!
HERDADE DA MINGORRA
Nas terras quentes do Baixo Alentejo, a poucos quilómetros da cidade de Beja, existe uma das mais antigas culturas vitícolas da região. São vinhas com décadas de história que Henrique Uva preserva e rentabiliza há anos e as quais sempre quis valorizar como produtor independente.
Em 2004 concretizou-se o sonho, com o projeto Henrique Uva / Herdade da Mingorra. A Adega está devidamente enquadrada nos 1.400 ha de uma paisagem que chega a ser exuberante, tal é a diversidade de culturas e fauna, com várias bacias hidrográficas que funcionam como autênticos oásis. Um espaço onde a modernidade e a funcionalidade convivem, de forma indelével, com as técnicas mais tradicionais.
O resultado só podia ser vinhos de grande qualidade, consistentes, alguns deles até inovadores e com uma excelente relação qualidade / preço.
Recentemente lançaram a nova linha "M" Mingorra Gourmet, que consite em um vinho branco doce, elaborado a partir de uvas sobreamaduras da casta Semillon - Talhão 5, vindimadas à mão, no final de outubro e afetadas pela Botrytis Cinérea. Produzem também um excelente azeite de oliva.
No total são 1.400 ha de área, referentes às três propriedades: Herdade da Mingorra, Sociedade Agrícola do Barrinho e Herdade dos Pelados. Além dos 135 ha relativos à vinha, 325 ha são de oliveiras e os restantes de cultura tradicional e floresta. A exploração cinegética é, também, uma atividade com grande dinâmica, a caça de salto às perdizes, e está sendo estudada a construção de uma unidade de turismo rural.
Exteriormente surpreende pela forma como se enquadra na imensa planície e interiormente pela modernidade e funcionalidade. Aliás, estes foram os princípios fundamentais que nortearam o desenvolvimento do projeto por parte do arquiteto Vítor Vaz, com a indispensável colaboração do enólogo Pedro Hipólito.
Situada em plena Herdade da Mingorra, a Adega tem uma área de 2.000 m2, apenas vinifica uvas próprias e trabalha com processos de vinificação de vários níveis. No total, o investimento foi superior a dois milhões e meio de euros, sendo estudado de modo a preservar as técnicas tradicionais, com perfeita consonância com a mais alta tecnologia.
Vinhos degustados:
• Espumante Bruto Método Clássico 2009 – Castas: Antão Vaz, Arinto , Verdelho. Pouco aromático, perlage fina, boa acidez, bom corpo, média persistência.
• Terras d’Uva Branco 2010 – Castas: Antão Vaz, Arinto , Verdelho. Vinificado em inox, sem madeira. Verdeal, frutado, , médio corpo, boa acidez e persistência. Bom!
• Alfaraz Colheita Selecionada Branco 2010 - Castas: Antão Vaz, Verdelho. Fermentação em barricas novas de carvalho francês, em câmara frigorifica, seguida de batonnage durante 3 meses. Frutado, toques de mel, untuoso bom corpo, boa acidez e persistência. Muito Bom!
• Terras d’Uva Rosé 2010 – Castas: Aragonez. Ligeira maceração pré-fermentativa, seguida de fermentação a baixa temperatura. Cor cereja, frutado, groselha, médio corpo, boa acidez e persistência, sem amargor. Bom!
• Alfaraz Reserva Branco 2010 - Castas: Antão Vaz. Ligeira fermentação em barricas novas de carvalho francês, em câmara frigorífica, seguida de batonnage durante 6 meses. Nariz muito elegante, frutas secas, toques de mel. Untuoso, bom corpo, mineral, boa acidez e persistência. Excelente!
• Terras d’Uva Tinto 2010 – Castas: Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet. Vinificado em inox, sem madeira. Ligeira maceração a frio; fermentação tradicional a 26ºC; maceração prolongada durante 15 a 20 dias. Frutas vermelhas maduras, médio corpo, fresco e macio, boa persistência. Bom!
• Alfaraz Reserva Tinto 2008 - Castas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional. Ligeira maceração a frio, fermentação tradicional em lagares com temperatura controlada; 12 meses em carvalho francês. Ruby profundo. Frutas maduras, chocolate, tabaco. Untuoso e macio. Muito bom!
• Alfaraz Touriga Nacional 2008 - Castas: 100% Touriga Nacional. Ligeira maceração a frio, fermentação tradicional em lagares com temperatura controlada; 12 meses em carvalho francês. Ruby profundo. Frutas maduras, ameixa, ligeiro cedro, chocolate. Untuoso e macio. Muito bom!
• Uvas Castas Tinto 2005 - Castas: 50% Alentejo (Aragonez, Alfrocheiro, Alicante Bouschet), 50% Douro (Tinta Barroca, Tinta Roriz). Ligeira maceração a frio, fermentação tradicional em lagares com temperatura controlada; 18 meses em carvalho francês. Ruby profundo. Nariz de After-eight e frutas pretas. Muito intenso e untuoso. Muito interessante!
• Vinhas da Ira 2006 - Castas: Talhão 25: (Alfrocheiro, Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional). Ligeira maceração a frio, fermentação tradicional em lagares com temperatura controlada; 18 meses em carvalho francês. Ruby profundo, frutas bem maduras. Muito intenso e untuoso, boa acidez e persistência. Muito Bom!
• Amostra de Casco Fortificado – Castas: Touriga Nacional e Souzão. 12 meses de barrica. Lembra um Vintage. O melhor fortificado do Alentejo que já bebi!
Continuação em Breve.
Paulo Nicolay
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