De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes aos primeiros cinco meses de 2010, o Vinho Verde exportou mais 1,2 milhões de euros (mais de 453 mil litros) do que em período homólogo de 2009. Se nos primeiros cinco meses de 2009 foram exportados cerca de 5,907 milhões de litros de Vinho Verde (mais de 13,476 milhões de euros), este ano, as vendas para os mercados externos ascenderam aos 6,361 milhões de litros (cerca de 14,680 milhões euros).
Entre os principais países importadores de Vinho Verde destacam-se os Estados Unidos da América, cujo consumo tem vindo a aumentar consideravelmente, evidenciando-se como líder do mercado internacional. 1,733 milhões de litros de Vinho Verde (equivalente a mais de 3,7 milhões de euros) foi a quantidade de Vinho Verde exportada para os EUA durante os cinco primeiros meses de 2010. São mais 415 mil e 642 litros de Vinho Verde comparativamente a período homólogo de 2009.
Os dados apresentados reafirmam França, Brasil e Reino Unido como alguns dos principais mercados externos. Em França, com o aumento de mais de 65 mil litros de vinho adquiridos este ano, os valores ultrapassaram os 712 mil litros. Para o Brasil, o crescimento foi de 121.160 litros de Vinho Verde, passando para cerca de 320 mil litros, em 2010. Relativamente ao Reino Unido, no ano passado, o consumo entre Janeiro e Maio rondava os 163.659 litros (cerca de 293.388 de euros). Com um aumento de quase 74 mil litros, o Reino Unido passou a consumir 237.363 litros de Vinho Verde, em igual período de 2010.
De referir que a Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) desenvolve, anualmente, um programa de promoção que compreende cerca de 100 acções, num investimento que ronda o milhão e meio de euros, direccionado especificamente para os mercados externos.
Em entrevista ao Jornal Hipersuper (ver edição 261, de 20 de Maio de 2010), Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, admitia que “o Vinho Verde de hoje nada tem a ver com os Verdes que se produziam há 15 anos” e que o sucesso se deve “a uma revolução silenciosa de renovação de vinhas, adegas, profissionalismo e enológica”.
Na altura, Manuel Pinheiro admitia, também, que teria de existir “um novo perfil de Vinho Verde porque o consumidor mudou”, deixando o recado de que “a pessoa mais importante na produção de vinho é o consumidor”.
Por Victor Jorge
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