Se a crise que assustou o EUA nos últimos anos acendeu um sinal de alerta em todo o mercado, inclusive para os produtores de vinho, uma notícia divulgada esta semana tratou de animar o setor vitivinícola. Segundo divulgou o diário norte-americano San Francisco Chronicle, o país começa a apresentar bons números de vendas de vinhos acima de 20 dólares, após mostrar um período de queda após o início da crise de 2008.
E a boa notícia já começa a valer na prática. Ao mesmo jornal, a sommellier Amy Currens, do restaurante Prospect, de São Francisco, ressaltou o aumento das vendas no final do ano passado. “Durante as festas vendemos muito mais champanhe francês. As pessoas estão voltando a gastar dinheiro, ao invés de segurar totalmente as verbas como no ano passado”, comentou a norte-americana.
E a impressão não se resume à Califórnia. Esta é uma tendência em todo o país, onde já começa a se notar um maior otimismo econômico em todas as áreas. As vendas de vinhos nos EUA subiram 4,1%, totalizando 9.320 milhões de dólares em um ano (dezembro de 2009 a 11 de dezembro de 2010), segundo um estudo da Nielsen, uma das maiores empresas de pesquisas do mundo.
Dentre este crescimento, o setor que apresentou a maior evolução foi o dos vinhos de mais de 20 dólares, com uma subida de 11%. Os de menos de 3 dólares, que cresceram muito durante a crise, caíram em 0,6%.
Já entre os países com maior procura pelos norte-americanos, destacaram-se Argentina e Nova Zelândia, ambos com crescimento de 24% durante este período. Destaque também para os vinhos australianos, com crescimento de 7,3%, e os franceses, com 6,4%. Já entre os tipos de uva, subiram em 9% o consumo de pinot noir, riesling e sauvignon Blanc, enquanto caíram em 8,3% os syrah/Shiraz e 5,5% os vinhos italianos de Chianti.
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