Embora a China tenha uma crescente produção interna de vinho, peritos do setor dizem que está mais na moda beber o produto importado
Depois da explosão na demanda por bolsas de estilistas, ternos italianos e carros velozes, os vinhos caros franceses e italianos estão prestes a se tornarem o próximo acessório fundamental para todo consumidor chinês rico.
Vinherias estão se espalhando rapidamente por Xangai, a reluzente capital financeira do país, onde jovens profissionais chineses se reúnem depois do trabalho e costumam gastar cerca de 1.000 iuans (152 dólares) em uma garrafa de vinho.
"O povo chinês tem muitas ambições e é muito materialista, portanto, tão logo tenha comprado a melhor marca local eles começam a procurar algo melhor e mais caro", disse Ch'ng Poh Tiong, colunista especializado em vinhos e editor da revista The Wine Review, que tem como base o Sudeste Asiático, Hong Kong e China continental.
Embora a China tenha uma crescente produção interna de vinho, peritos do setor dizem que está mais na moda beber o produto importado. Eles prevêem que o consumo vá dobrar nos próximos cinco anos.
Os favoritos incluem rótulos de vinícolas francesas como o Chateau Lafite Rothschild, cujo preço inicial é de 1.000 dólares uma garrafa, e o Chateau Latour.
"Há pelo menos duas camadas de apreciação de vinho na China. Se uma pessoas está comprando e servindo o vinho para agradecer muito a alguém que lhe fez um favor, então há uma classificação social que significa que ela vai oferecer o vinho caro", disse Ch'ng.
"Mas você tem também a mesma pessoa bebendo com amigos e família, e aí não há mais status ligado à garrafa".
Aficcionados por vinho dizem que o consumo na China continental cresceu na base de dois dígitos nos últimos dez anos, resultando em forte incentivo para vinícolas e empresas que visam o lucrativo mercado chinês, o qual deve superar fortemente a demanda no Ocidente nos próximos anos.
O Chateau Lafite Rothschild incorporou o caracter chinês do número 8 nas garrafas de sua safra 2008, que deverá ser colocada no mercado em 2011.
Para ampliar as vendas, a vinícola não só usou o auspicioso número "oito", mas também a cor vermelha, considerada um símbolo da sorte na tradição chinesa.
O Chateau Mouton Rothschild usou um design do artista chinês Xu Lei para sua garrafa vintage 2008.
Em cidades cosmopolitas como Xangai e Pequim, há também robusto apetite por vinho como investimento de classe.
GAZETA Maringá
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