Na tribuna do Senado, a senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou alterações na MP 690/2015, que aumenta o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a produção de vinhos e espumantes brasileiros. A MP propõe cobrança de 10% sobre o valor do produto na saída da indústria.
Uma garrada de vinho de R$ 40, por exemplo, passará a ser taxada em R$ 4. Antes, era cobrado R$ 0,73 por garrafa. A parlamentar gaúcha pediu ao relator da MP, senador Humberto Costa (PT-PE), que altere o texto para evitar a elevação do tributo à produção nacional de vinhos e espumantes.
Ana Amélia teme que o aumento do preço ao consumidor aprofunde as dificuldades da vitivinicultura nacional. A senadora ressaltou a importância da produção do vinho para o estado do Rio Grande do Sul. Contou que há dez anos, 90% do espumante consumido no Brasil eram importados. Hoje, 95% têm origem no país.
Não podemos sacrificar esse setor, que é extremamente importante para a economia do Rio Grande do Sul e do país, com alto valor agregado. São milhares de famílias que trabalham e dependem dessa atividade — ressaltou.
A parlamentar destacou reunião que teve nesta terça-feira (13) com o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Helio Luiz Marchioro, o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Dirceu Scottá, e a presidente-executiva da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), Raquel de Almeida Salgado. Na ocasião, foi apresentado o quadro preocupante do setor, caso o aumento na tributação realmente entre em vigor a partir de 1º de dezembro.
Essa medida retira a competitividade do setor. Em vez de estimular a cadeia produtiva nacional, a MP vai na mão contrária — declarou Ana Amélia.
Fonte : RPI
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