A Sotheby´s Internacional é a atual detentora do recorde mundial para a venda de uma única garrafa de vinho, depois de ter leiloado uma garrafa de Château Lafite de 1869 por 175 mil euros.
Além do recorde de garrafa única, a leiloeira assinalou, em leilões de vinhos em 2010, um total de 69.7 milhões de euros, que representa mais do dobro dos valores de 2009, sendo este o melhor ano na área, em quatro décadas de atividade da empresa.
Registou-se este ano «uma grande procura» por parte de coleccionadores asiáticos, refere ainda a Sotheby´s.
Fonte: Diário Digital
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domingo, dezembro 26, 2010
Como combater a ressaca
Não deveria acontecer, mas acontece – é uma daquelas transgressões cheias de culpa. Às vezes, o dia seguinte é trágico. Lógico que o bom bebedor, o apreciador de vinhos, raramente tem ressaca. Mas acontece, algumas vezes fruto da empolgação de certas comemorações. Segundo pesquisa encomendada pelo site do canal Discovery Health, nos Estados Unidos, 75% de quem toma álcool já experimentou a ressaca pelo menos uma vez na vida e 15% deles a enfrentam pelo menos uma vez por mês – o que, convenhamos, é bastante.
Hangover, como a chamam os ingleses. Ressaca (quando o mar tempestuoso invade a praia e revira a costa), como é conhecida no Brasil. Avoir la guele de bois, como a descrevem os franceses, algo como ficar com a goela de madeira. É o mesmo que veisalgia, nome clínico da síndrome que ataca quem perde a temperança e, em termos populares, chuta o balde.
O dia seguinte frequentemente traz os mais diversos problemas, como alguma depressão, queda de humor, perda de apetite, ansiedade, dificuldade para dormir e sensação de fraqueza, que pode ser agravada por tremores nas mãos. Dor de cabeça, nem se fala, é o pior dos sintomas, ao lado de náuseas, sensibilidade à luz e sons altos, eventual diarreia, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea, além de desidratação. Nem todos estamos igualmente sujeitos aos efeitos tóxicos do álcool. A presença de gordura corporal, por exemplo, ajuda a dissipar o etanol, absorvendo apenas parte dele.
Alguns dos tratamentos populares podem piorar a situação, como tomar analgésico à base de ácido acetilsalicílico, que irrita ainda mais a parede do estômago e pode precipitar problemas gástricos. Ressaca não tem tratamento: é uma intoxicação alimentar e vai acabar por ser vencida pelo próprio organismo, que se encarrega de eliminar as toxinas e purificar o sangue. O corpo processa, a grosso modo, cerca de 15 ml de álcool puro por hora. Isso significa que você vai precisar de uma hora de abstinência para cada taça de vinho de cerca de 100 ml que tomar, para eliminar qualquer vestígio do álcool no organismo.
Bem, se a comemoração o levar ao excesso, nem tudo está perdido. Algumas coisas podem ser feitas. A principal é aplicar o bom senso: jamais dirigir, aborrecer-se ou tomar decisões sob o efeito da bebida. O álcool ataca primeiro o córtex cerebral, afetando a percepção, o julgamento e a verbalização.
O velho truque de tomar uma gotinha de álcool pela manhã pode de fato aliviar alguns dos sintomas (hotéis em regiões vinícolas oferecem vinho espumante no café da manhã e muito cervejeiros tomam um pouquinho de cerveja misturada com soda limonada ou suco), mas inflinge uma pesada cota extra de sofrimento ao seu organismo – que vai se manifestar em algum ponto do futuro, com as consequências previsíveis, além de induzir ao alcoolismo.
Veja, a seguir, algumas medidas práticas que podem ser úteis:
SÓ PIORA
- Beber de estômago vazio
- Dançar ou praticar exercícios enquanto bebe (acelera o processo)
- Beber e tomar qualquer medicação
- Beber se estiver fazendo dieta restritiva de calorias (para emagrecimento)
- Pouco sono antes ou depois
- Fumar (mesmo charuto)
- Misturar bebidas (o álcool é sempre o etílico, etanol, mas há outros componentes que podem agravar a intoxicação)
- Comer comidas pesadas que exijam mais do fígado
- Tomar leite, comer manteiga ou queijos cremosos
AJUDA
- Beber bons vinhos, com sobriedade
- Comer antes, durante e depois da ingestão de bebida
- Ingerir alimentos de fácil digestão, com carboidratos refinados e gordura vegetal
- Beber água abundantemente, antes, durante e depois
- Decantar o vinho (ajuda a evanescer os sulfitos)
- Comer doces com açúcar ou mel
- Tomar suco de fruta adoçado antes de dormir
- Café preto não adianta nada, apenas mantém o bêbado acordado
O QUE REMEDIA
- Hidratar-se com água, sucos de frutas, refrigerantes, chá
- Café da manhã com frutas ricas em potássio, como banana e kiwi
- Doces com calda ou mel, carboidrato de rápida absorção
- Adotar uma dieta sem gordura animal
- Comer ovos (a proteína cisteína combate o acetaldeído, toxina do álcool)
- Beber energéticos e isotônicos para repor sais minerais
Por Eduardo Viotti
Hangover, como a chamam os ingleses. Ressaca (quando o mar tempestuoso invade a praia e revira a costa), como é conhecida no Brasil. Avoir la guele de bois, como a descrevem os franceses, algo como ficar com a goela de madeira. É o mesmo que veisalgia, nome clínico da síndrome que ataca quem perde a temperança e, em termos populares, chuta o balde.
O dia seguinte frequentemente traz os mais diversos problemas, como alguma depressão, queda de humor, perda de apetite, ansiedade, dificuldade para dormir e sensação de fraqueza, que pode ser agravada por tremores nas mãos. Dor de cabeça, nem se fala, é o pior dos sintomas, ao lado de náuseas, sensibilidade à luz e sons altos, eventual diarreia, aumento dos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea, além de desidratação. Nem todos estamos igualmente sujeitos aos efeitos tóxicos do álcool. A presença de gordura corporal, por exemplo, ajuda a dissipar o etanol, absorvendo apenas parte dele.
Alguns dos tratamentos populares podem piorar a situação, como tomar analgésico à base de ácido acetilsalicílico, que irrita ainda mais a parede do estômago e pode precipitar problemas gástricos. Ressaca não tem tratamento: é uma intoxicação alimentar e vai acabar por ser vencida pelo próprio organismo, que se encarrega de eliminar as toxinas e purificar o sangue. O corpo processa, a grosso modo, cerca de 15 ml de álcool puro por hora. Isso significa que você vai precisar de uma hora de abstinência para cada taça de vinho de cerca de 100 ml que tomar, para eliminar qualquer vestígio do álcool no organismo.
Bem, se a comemoração o levar ao excesso, nem tudo está perdido. Algumas coisas podem ser feitas. A principal é aplicar o bom senso: jamais dirigir, aborrecer-se ou tomar decisões sob o efeito da bebida. O álcool ataca primeiro o córtex cerebral, afetando a percepção, o julgamento e a verbalização.
O velho truque de tomar uma gotinha de álcool pela manhã pode de fato aliviar alguns dos sintomas (hotéis em regiões vinícolas oferecem vinho espumante no café da manhã e muito cervejeiros tomam um pouquinho de cerveja misturada com soda limonada ou suco), mas inflinge uma pesada cota extra de sofrimento ao seu organismo – que vai se manifestar em algum ponto do futuro, com as consequências previsíveis, além de induzir ao alcoolismo.
Veja, a seguir, algumas medidas práticas que podem ser úteis:
SÓ PIORA
- Beber de estômago vazio
- Dançar ou praticar exercícios enquanto bebe (acelera o processo)
- Beber e tomar qualquer medicação
- Beber se estiver fazendo dieta restritiva de calorias (para emagrecimento)
- Pouco sono antes ou depois
- Fumar (mesmo charuto)
- Misturar bebidas (o álcool é sempre o etílico, etanol, mas há outros componentes que podem agravar a intoxicação)
- Comer comidas pesadas que exijam mais do fígado
- Tomar leite, comer manteiga ou queijos cremosos
AJUDA
- Beber bons vinhos, com sobriedade
- Comer antes, durante e depois da ingestão de bebida
- Ingerir alimentos de fácil digestão, com carboidratos refinados e gordura vegetal
- Beber água abundantemente, antes, durante e depois
- Decantar o vinho (ajuda a evanescer os sulfitos)
- Comer doces com açúcar ou mel
- Tomar suco de fruta adoçado antes de dormir
- Café preto não adianta nada, apenas mantém o bêbado acordado
O QUE REMEDIA
- Hidratar-se com água, sucos de frutas, refrigerantes, chá
- Café da manhã com frutas ricas em potássio, como banana e kiwi
- Doces com calda ou mel, carboidrato de rápida absorção
- Adotar uma dieta sem gordura animal
- Comer ovos (a proteína cisteína combate o acetaldeído, toxina do álcool)
- Beber energéticos e isotônicos para repor sais minerais
Por Eduardo Viotti
Vinhos na posse de Dilma Roussef
Dia 1° de janeiro sai Lula e entra Dilma como Presidente da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu que nos eventos oficiais do governo federal deve-se servir vinhos brasileiros.
Há várias exigências para o vinho estar nesses eventos como, por exemplo, os tintos tem que ficar um tempo em barricas de carvalho, exclusvidade do método champenoise para os espumantes, número de premiações internacionais, etc.
A festa de posse de Dilma Roussef, no primeiro dia do ano, que ocorrerá no terceiro andar do Palácio do Itamaraty, com a presença de 2 mil convidados, entre eles Hillary Clinton, será regada por vinhos da Casa Valduga!!! São eles:
Casa Valduga Gran Reserva Chardonnay
Espumante Casa Valduga Brut Premium
Casa Valduga Cabernet Sauvignon Gran Reserva
Storia Merlot (ícone da vínicola gaúcha)
Fonte : Sil-Vinhas
quinta-feira, dezembro 23, 2010
Crasto produz um dos 100 melhores vinhos do mundo
Tomás Roquette, administrador da Quinta do Crasto, foi dos primeiros a chegar ao ‘novo’ Douro, há cerca de 15 anos.
A empresa de Leonor e Jorge Roquette apostou cedo nos vinhos do Douro e sempre nas categorias superiores.
Desde a primeira hora que a duriense Quinta do Crasto - projecto vitivinícola da família de Leonor e Jorge Roquette - desenhou uma estratégia de mercado assente na qualidade - vinhos premium e super-premium - e na produção de pequenos volumes. Sem nunca abandonar a produção de Vinho do Porto, que está na génese da quinta, apercebeu-se que o futuro do Douro passava pelos vinhos de mesa e foi essa a sua aposta. Hoje os vinhos da Quinta do Crasto marcam presença em mais de 30 mercados e as vendas seguem a crescer.
"Era claro para nós que o ‘terroir' era único, com características distintas e muito potencial. O Douro oferecia a possibilidade de fazer algo diferente, um produto que fosse reconhecido a nível nacional e internacional", diz Tomás Roquette, administrador da Quinta do Crasto. Se em meados da década de 90, quando entraram no mercado do vinho de mesa, respondiam por 40 mil garrafas, este ano a Quinta do Crasto vinificou mais de um milhão de garrafas.
Sónia Santos Pereira
Importações de vinho crescem 19% neste ano
As importações de vinho fino devem somar 68,1 milhões de litros neste ano, volume 19% acima do registrado em 2009.
O valor dessas importações poderá atingir R$ 231 milhões, acima dos US$ 195,1 milhões de 2009. Os dados são da importadora Ravin.
Somadas as importações com as vendas nacionais, o consumo total brasileiro de vinhos finos deverá ficar próximo de 85 milhões de litros neste ano.
Rogério D'Avila, proprietário da Ravin, diz que o grande destaque do ano foi o Chile. O país deverá colocar 25,4 milhões de litros no mercado brasileiro, 16% mais do que no ano passado.
Preços competitivos, qualidade do produto e agilidade fizeram a diferença, mantendo o país no topo da lista. Outro destaque fica para a vizinha Argentina, cujas exportações para o Brasil deverão somar 16,2 milhões de litros neste ano, 11% mais do que em 2009.
Após as lideranças dos dois países da América do Sul, aparecem quatro europeus (França, Itália, Portugal e Espanha), cujas exportações para o Brasil devem somar 29,6 milhões de litros.
O caso da Itália é específico. Enquanto 10% do vinho exportado para o Brasil custa acima de US$ 20 por caixa (nove litros), outros 67% chegam por valores de até US$ 5.
Os preços médios do vinho importado em 2010 ficam em US$ 30,50 por caixa de nove litros (US$ 3,40 por litro).
D'Avila destaca a participação do dólar fraco nessa evolução das importações brasileiras. Segundo ele, a desvalorização da moeda norte-americana incentiva a abertura de novas importadoras, elevando a oferta de vinho estrangeiro no mercado interno.
A melhora da economia brasileira também incentiva o consumo de vinho, mas o consumidor tem optado por produto de melhor qualidade, diz D'Avila.
A queda do dólar provocou uma mudança de tendência no setor de espumantes e de champanhes. Em queda nos anos anteriores, as importações desses produtos voltaram a crescer, segundo dados da União Brasileira de Vitivinicultura.
Até novembro deste ano, o país importou 3,5 milhões de litros desses produtos, 27% mais do que em igual período do ano passado.
AGORA o Jornal do Sul
O valor dessas importações poderá atingir R$ 231 milhões, acima dos US$ 195,1 milhões de 2009. Os dados são da importadora Ravin.
Somadas as importações com as vendas nacionais, o consumo total brasileiro de vinhos finos deverá ficar próximo de 85 milhões de litros neste ano.
Rogério D'Avila, proprietário da Ravin, diz que o grande destaque do ano foi o Chile. O país deverá colocar 25,4 milhões de litros no mercado brasileiro, 16% mais do que no ano passado.
Preços competitivos, qualidade do produto e agilidade fizeram a diferença, mantendo o país no topo da lista. Outro destaque fica para a vizinha Argentina, cujas exportações para o Brasil deverão somar 16,2 milhões de litros neste ano, 11% mais do que em 2009.
Após as lideranças dos dois países da América do Sul, aparecem quatro europeus (França, Itália, Portugal e Espanha), cujas exportações para o Brasil devem somar 29,6 milhões de litros.
O caso da Itália é específico. Enquanto 10% do vinho exportado para o Brasil custa acima de US$ 20 por caixa (nove litros), outros 67% chegam por valores de até US$ 5.
Os preços médios do vinho importado em 2010 ficam em US$ 30,50 por caixa de nove litros (US$ 3,40 por litro).
D'Avila destaca a participação do dólar fraco nessa evolução das importações brasileiras. Segundo ele, a desvalorização da moeda norte-americana incentiva a abertura de novas importadoras, elevando a oferta de vinho estrangeiro no mercado interno.
A melhora da economia brasileira também incentiva o consumo de vinho, mas o consumidor tem optado por produto de melhor qualidade, diz D'Avila.
A queda do dólar provocou uma mudança de tendência no setor de espumantes e de champanhes. Em queda nos anos anteriores, as importações desses produtos voltaram a crescer, segundo dados da União Brasileira de Vitivinicultura.
Até novembro deste ano, o país importou 3,5 milhões de litros desses produtos, 27% mais do que em igual período do ano passado.
AGORA o Jornal do Sul
terça-feira, dezembro 21, 2010
Exportações de vinho do Porto para o Brasil aumentam 43%
As exportações de Vinho do Porto para o Brasil aumentaram 43%. Os números, mais altos desde 2005, são relativos ao período de janeiro a outubro deste ano. De acordo com Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), isso significa um volume de vendas no valor de 4,47 milhões de euros.
Em comunicado, o IVDP destacou que se trata de uma evolução bem acima da subida geral do valor das vendas de Vinho do Porto, que foi de 6,2%.
Atualmente, o Brasil ocupa a 10ª posição entre os principais países consumidores daquele tipo de vinho. A França ocupa a liderança, com 24,4%, seguida de Portugal, com 13,3%.
Por Fabiana Gonçalves
Em comunicado, o IVDP destacou que se trata de uma evolução bem acima da subida geral do valor das vendas de Vinho do Porto, que foi de 6,2%.
Atualmente, o Brasil ocupa a 10ª posição entre os principais países consumidores daquele tipo de vinho. A França ocupa a liderança, com 24,4%, seguida de Portugal, com 13,3%.
Por Fabiana Gonçalves
terça-feira, dezembro 07, 2010
Resveratrol, substancia do vinho tinto, aponta para novos tratamentos para o câncer de próstata
Com artigo recém publicados no Human Molecular Genetics, Dr Charls Eng e colegas do Cleveland Clinic Lerner Research Institute, revelam como um componente do vinho tinto, resveratrol, inibe o crescimento de células do câncer de próstata, inclusive aqueles que são resistentes a tratamentos.
O Dr. Eng, juntamente com seus colegas, indica que a ativação dos receptores androgênicos, ou seja proteínas que interagem com hormônios de andrógeno para promover o crescimento do tumor, diminuía a efetividade de uma molécula, PTEN, que suprime o tumor. Estudos revelaram que resveratrol inibe a atividade dos receptores androgênicos, aumentando a efetividade das moléculas PTEN em sua função de suprimir o tumor. Isso explicaria como o vinho tinto pode vir a ajudar na luta contra a proliferação das células de câncer de próstata.
Estudos também mostraram que resveratrol tem um efeito direto na supressão do tumor, independentemente do receptor androgênico e seu efeito na PTEN. Juntos estes resultados nos providenciam novas, plausíveis, direções para o tratamento do câncer de próstata, tão necessitado.
Como tumores na próstata são inicialmente dependentes de hormônios androgênicos, terapia anti- androgênica é normalmente administrada. Porem, os tumores normalmente desenvolvem uma resistência a esta terapia, se tornando independentes de andrógeno. Estes tumores refratários a hormônio atualmente não possuem opções viáveis de tratamento. Neste estudo o time do Dr Eng demonstrou que resveratrol age de forma a inibir o crescimento do câncer de próstata, sendo este refratário a hormônio ou não, o que significa um grande potencial para o desenvolvimento de futures terapias.
Resveratrol, um componente do vinho tinto e outros alimentos como amendoim, uvas e frutas vermelhas, já vem sendo discutido como um possível diminuidor do risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, apesar de ainda não se saber como ele leva a esses benefícios. O estudo do Dr Eng agora providenciou fortes evidencias que revelaram o mecanismo interno da substância, providenciando assim uma plataforma para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer de próstata.
Fonte: www.lerner.ccf.org
O Dr. Eng, juntamente com seus colegas, indica que a ativação dos receptores androgênicos, ou seja proteínas que interagem com hormônios de andrógeno para promover o crescimento do tumor, diminuía a efetividade de uma molécula, PTEN, que suprime o tumor. Estudos revelaram que resveratrol inibe a atividade dos receptores androgênicos, aumentando a efetividade das moléculas PTEN em sua função de suprimir o tumor. Isso explicaria como o vinho tinto pode vir a ajudar na luta contra a proliferação das células de câncer de próstata.
Estudos também mostraram que resveratrol tem um efeito direto na supressão do tumor, independentemente do receptor androgênico e seu efeito na PTEN. Juntos estes resultados nos providenciam novas, plausíveis, direções para o tratamento do câncer de próstata, tão necessitado.
Como tumores na próstata são inicialmente dependentes de hormônios androgênicos, terapia anti- androgênica é normalmente administrada. Porem, os tumores normalmente desenvolvem uma resistência a esta terapia, se tornando independentes de andrógeno. Estes tumores refratários a hormônio atualmente não possuem opções viáveis de tratamento. Neste estudo o time do Dr Eng demonstrou que resveratrol age de forma a inibir o crescimento do câncer de próstata, sendo este refratário a hormônio ou não, o que significa um grande potencial para o desenvolvimento de futures terapias.
Resveratrol, um componente do vinho tinto e outros alimentos como amendoim, uvas e frutas vermelhas, já vem sendo discutido como um possível diminuidor do risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, apesar de ainda não se saber como ele leva a esses benefícios. O estudo do Dr Eng agora providenciou fortes evidencias que revelaram o mecanismo interno da substância, providenciando assim uma plataforma para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer de próstata.
Fonte: www.lerner.ccf.org
terça-feira, novembro 23, 2010
Não há crise que ganhe dos vinhos argentinos
Estados Unidos já é o principal destino das exportações dessa bebida
Se há um ditado que todo mundo já cansou de escutar nos últimos anos foi que, para os chineses, a palavra “crise” é representada pelo mesmo ideograma que “oportunidade”. Mas apesar de ser repetida milhões de vezes, são muito poucos os que conseguiram converter a sentença em algo além de uma frase feita. Uma das exceções é a indústria de vinhos argentinos. No final de 2008, o banco norte-americano Lehman Brothers se declarou falido e desencadeou um fenomenal desastre em todo o sistema financeiro global, e se dava como certo que todas as empresas que exportavam para o mercado norte-americano iam sofrer o impacto, em especial as que trabalhavam com produtos mais sofisticados, como o vinho. No entanto, nestes últimos anos, as vinícolas locais não somente não viram cair suas vendas para os Estados Unidos como acabaram aumentando suas exportações em volume e em dólares, e além disso, estão ganhando participação de mercado às custas dos vinhos da Califórnia e do resto do mundo. Segundo um estudo da consultora Caucasia, desde que a crise nos Estados Unidos se desencadeou, em setembro de 2008, as exportações argentinas de vinhos cresceram 55% e o país se consolidou como o principal comprador para as vinícolas locais e o segundo no mercado em preço de garrafa, atrás somente do Canadá. “Os Estados Unidos é o principal mercado para a Argentina, e entre janeiro e setembro cresceu 20% em relação ao ano passado, enquanto que no caso pontual de nossa vinícola, chegou a crescer 25%”, explicou Guillermo Barzi, diretor comercial da vinícola rionegrina Humberto Canale.
Preço/ qualidade
Nos Estados Unidos, o mercado está mais concentrado nas duas costas e em algumas grandes cidades como Chicago e Miami, onde a opção dos vinhos argentinos aparece como uma boa combinação de preço e qualidade. “O segmento que mais cresce nos Estados Unidos é o dos vinhos que custam entre 10 e 20 dólares, porque pela crise, muitos consumidores se viram obrigados a baixar de categoria e nessa transição estão descobrindo os vinhos argentinos”, explicou Jean-Edouard de Rochebouët, diretor geral da vinícola Atamisque, de Mendonza.
O novo malbec
Como acontece em praticamente todas as regiões, o malbec é a principal carta de entrada da Argentina no mercado vitivinícola. “O malbec, que até pouco tempo era desconhecido nos Estados Unidos, é o que está abrindo os caminhos, embora esperamos poder ver mais cabernet sauvignon, petit verdot e até algum bonarda argentino na mesa de alguns restaurantes”, disse Ricardo Valero, gerente de exportações da Ruca Malen. O potencial do bonarda argentino é dividido com a vinícola Dante Robino. “No nosso caso, o varietal bonarda tem crescido notavelmente nos Estados Unidos e este ano lançamos um torrontés exclusivo para esse mercado”, explicam na vinícola.
Concorrência trasandina
No início, o vinho argentino cresce às custas dos produtos provenientes da zona euro – como as marcas espanholas e francesas, embora a avançada zona de Mendonza também estão sofrendo com os competidores do Novo Mundo. “Nos Estados Unidos já concorremos com produtores como o Chile; já superamos o Canadá”, destacou Jimena Molina, diretora comercial da Finca Flichman, a vinícola de Mendoza do grupo Sogrape, que aproveita a plataforma de distribuição que seu acionista majoritário tem, o grupo Sogrape, para comercializar os vinhos de suas distintas empresas nas regiões importantes como a de Nova Iorque.
La Nacion - Tradução Portal Agrolink
Autor: Alfredo Sainz
Se há um ditado que todo mundo já cansou de escutar nos últimos anos foi que, para os chineses, a palavra “crise” é representada pelo mesmo ideograma que “oportunidade”. Mas apesar de ser repetida milhões de vezes, são muito poucos os que conseguiram converter a sentença em algo além de uma frase feita. Uma das exceções é a indústria de vinhos argentinos. No final de 2008, o banco norte-americano Lehman Brothers se declarou falido e desencadeou um fenomenal desastre em todo o sistema financeiro global, e se dava como certo que todas as empresas que exportavam para o mercado norte-americano iam sofrer o impacto, em especial as que trabalhavam com produtos mais sofisticados, como o vinho. No entanto, nestes últimos anos, as vinícolas locais não somente não viram cair suas vendas para os Estados Unidos como acabaram aumentando suas exportações em volume e em dólares, e além disso, estão ganhando participação de mercado às custas dos vinhos da Califórnia e do resto do mundo. Segundo um estudo da consultora Caucasia, desde que a crise nos Estados Unidos se desencadeou, em setembro de 2008, as exportações argentinas de vinhos cresceram 55% e o país se consolidou como o principal comprador para as vinícolas locais e o segundo no mercado em preço de garrafa, atrás somente do Canadá. “Os Estados Unidos é o principal mercado para a Argentina, e entre janeiro e setembro cresceu 20% em relação ao ano passado, enquanto que no caso pontual de nossa vinícola, chegou a crescer 25%”, explicou Guillermo Barzi, diretor comercial da vinícola rionegrina Humberto Canale.
Preço/ qualidade
Nos Estados Unidos, o mercado está mais concentrado nas duas costas e em algumas grandes cidades como Chicago e Miami, onde a opção dos vinhos argentinos aparece como uma boa combinação de preço e qualidade. “O segmento que mais cresce nos Estados Unidos é o dos vinhos que custam entre 10 e 20 dólares, porque pela crise, muitos consumidores se viram obrigados a baixar de categoria e nessa transição estão descobrindo os vinhos argentinos”, explicou Jean-Edouard de Rochebouët, diretor geral da vinícola Atamisque, de Mendonza.
O novo malbec
Como acontece em praticamente todas as regiões, o malbec é a principal carta de entrada da Argentina no mercado vitivinícola. “O malbec, que até pouco tempo era desconhecido nos Estados Unidos, é o que está abrindo os caminhos, embora esperamos poder ver mais cabernet sauvignon, petit verdot e até algum bonarda argentino na mesa de alguns restaurantes”, disse Ricardo Valero, gerente de exportações da Ruca Malen. O potencial do bonarda argentino é dividido com a vinícola Dante Robino. “No nosso caso, o varietal bonarda tem crescido notavelmente nos Estados Unidos e este ano lançamos um torrontés exclusivo para esse mercado”, explicam na vinícola.
Concorrência trasandina
No início, o vinho argentino cresce às custas dos produtos provenientes da zona euro – como as marcas espanholas e francesas, embora a avançada zona de Mendonza também estão sofrendo com os competidores do Novo Mundo. “Nos Estados Unidos já concorremos com produtores como o Chile; já superamos o Canadá”, destacou Jimena Molina, diretora comercial da Finca Flichman, a vinícola de Mendoza do grupo Sogrape, que aproveita a plataforma de distribuição que seu acionista majoritário tem, o grupo Sogrape, para comercializar os vinhos de suas distintas empresas nas regiões importantes como a de Nova Iorque.
La Nacion - Tradução Portal Agrolink
Autor: Alfredo Sainz
domingo, novembro 21, 2010
A dieta mediterrânea
“Se tu vires um homem comer sozinho, sem companhia nenhuma, podes apostar que ele perdeu metade de sua vida” (Athenaios, gastrônomo grego do IIº séc. d.C.).
A recente inclusão da dieta (1) mediterrânea no Patrimônio Mundial Imaterial da Humanidade (2) ratifica uma prática alimentar e social que para muitos representa o “ideal” à mesa. O Mediterrâneo pode ser considerado o berço da civilização moderna. Este valor mitológico, fundador, foi percebido e explorado por Ancel Keys (3) o “inventor” ou “descobridor” da dieta mediterrânea, em 1952, após o surgimento de pesquisas feitas em Nápoles e desenvolvidas em sete países, que associavam riscos coronarianos e dietas. Ele desenhou esse mediterrâneo puramente europeu, greco-romano e ocidental, como detentor de uma cultura tradicional ao qual corresponderia uma “dieta” que, no seu modo de ver, seria responsável pela baixa taxa de doenças coronarianas na região. Essa associação que Ancel Keys estabeleceu ainda se valeu de pesquisas realizadas em Creta (Grécia), em 1948, por norte-americanos da Fundação Rockfeller.
O que, porém, efetivamente favoreceu a divulgação da dieta mediterrânea de Keys foram as pesquisas francesas dos anos 1980, que revelaram o famoso paradoxo francês: os franceses consomem muito mais gordura animal do que os anglo-saxões e, no entanto, apresentam uma taxa muito menor de doenças coronarianas. Uma das explicações ensaiadas para isso seria o maior consumo de vinho, associado ao consumo de gordura animal. A dieta mediterrânea, então, se converteu na utopia de uma “dieta prudente” universal, em que a vigilância de cada um é substituída pela prescrição de um grande universo de produtos de origem mediterrânea. Uma das conseqüências do confronto desse ideal de dieta com os hábitos dos povos de outras regiões tem sido, como se sabe, um ambiente altamente favorável ao maior consumo de azeite e de vinhos. Isso tem impulsionado a indústria do vinho como tem permitido o enorme desenvolvimento da produção de azeites por meio de varietais e de processamentos.
Como bem dizia o gastrônomo grego, o importante não é somente o que se come, mas como isso se faz: em sua nota a UNESCO reconhece que “...a dieta mediterrânea não compreende apenas a alimentação, já que é um elemento cultural que propicia a interação social”. A saúde e o convívio agradecem.
1- Dieta: vocábulo de origem grega que significa estilo de vida. Quando
ouvimos a palavra dieta imediatamente pensamos em privação, renúncia,
quando na verdade em sua origem, o termo dieta expressa a ligação entre o
homem e o ambiente ao seu redor.
2 - Depois de uma longa discussão a o comitê intergovernamental da
UNESCO proclamou na terça-feira 16 de novembro o macarrão com tomate,
azeite e manjericão, e o conjunto de práticas alimentares, sociais e
culturais que representam a dieta mediterrânea patrimônio cultural
imaterial da humanidade. A votação aconteceu em Nairóbi (Quênia) e
obteve a unanimidade entre os 166 representantes dos estados membros.
3 - Ao desembarcar em Salerno (no sudoeste italiano, próximo à Costa
Amalfitana), em 1945, Keys constatou que as doenças cardiovasculares,
tão comuns em seu país, ali eram muito reduzidas. Entre 1958 e 1964,
analisou alguns fatores de risco cardiovascular em 13.000 homens de 40 a
59 anos distribuídos em 16 regiões pertencentes a 7 países: Finlândia,
Estados Unidos, Japão, Holanda e três países mediterrâneos: Grécia,
Itália e Iugoslávia.
Salada grega com pão sírio
Rendimento: 4 pessoas
INGREDIENTES:
200g de queijo grego feta
100g de azeitona pretas, tipo azapa;
4 tomates maduros;
4 pães sírio;
1 cebola roxa;
1 pepino;
1 pimentão verde;
Orégano
Azeite de oliva extra virgem;
Alho
Sal
Pimenta do reino
MODO DE PREPARO:
Corte o pepino e os tomates em pedaços de 1-2 cm e coloque em uma
saladeira grande. Limpe os pimentões, corte em tiras finas e ponha na
saladeira. Corte a cebola em rodelas e junte às azeitonas. Tempere a
gosto com sal, orégano e pimenta-do-reino moída na hora. Regue a salada
com o azeite e mistures com cuidado. Esfregue 4 pães sírios com 1 dente
de alho descascado, besunte-os com azeite, tempere com sal e leve ao
forno pré-aquecido a 190ºC por 4-5 minutos, até ficarem crocantes.
Quebre os pães grosseiramente em pedaços. Disponha em tigelas
individuais, distribua um pouco de queijo feta cortado em cubinhos em
cada uma e sirva com o pão.
Publicação: 21 de Novembro de 2010 - Tribuna do Norte
A recente inclusão da dieta (1) mediterrânea no Patrimônio Mundial Imaterial da Humanidade (2) ratifica uma prática alimentar e social que para muitos representa o “ideal” à mesa. O Mediterrâneo pode ser considerado o berço da civilização moderna. Este valor mitológico, fundador, foi percebido e explorado por Ancel Keys (3) o “inventor” ou “descobridor” da dieta mediterrânea, em 1952, após o surgimento de pesquisas feitas em Nápoles e desenvolvidas em sete países, que associavam riscos coronarianos e dietas. Ele desenhou esse mediterrâneo puramente europeu, greco-romano e ocidental, como detentor de uma cultura tradicional ao qual corresponderia uma “dieta” que, no seu modo de ver, seria responsável pela baixa taxa de doenças coronarianas na região. Essa associação que Ancel Keys estabeleceu ainda se valeu de pesquisas realizadas em Creta (Grécia), em 1948, por norte-americanos da Fundação Rockfeller.
O que, porém, efetivamente favoreceu a divulgação da dieta mediterrânea de Keys foram as pesquisas francesas dos anos 1980, que revelaram o famoso paradoxo francês: os franceses consomem muito mais gordura animal do que os anglo-saxões e, no entanto, apresentam uma taxa muito menor de doenças coronarianas. Uma das explicações ensaiadas para isso seria o maior consumo de vinho, associado ao consumo de gordura animal. A dieta mediterrânea, então, se converteu na utopia de uma “dieta prudente” universal, em que a vigilância de cada um é substituída pela prescrição de um grande universo de produtos de origem mediterrânea. Uma das conseqüências do confronto desse ideal de dieta com os hábitos dos povos de outras regiões tem sido, como se sabe, um ambiente altamente favorável ao maior consumo de azeite e de vinhos. Isso tem impulsionado a indústria do vinho como tem permitido o enorme desenvolvimento da produção de azeites por meio de varietais e de processamentos.
Como bem dizia o gastrônomo grego, o importante não é somente o que se come, mas como isso se faz: em sua nota a UNESCO reconhece que “...a dieta mediterrânea não compreende apenas a alimentação, já que é um elemento cultural que propicia a interação social”. A saúde e o convívio agradecem.
1- Dieta: vocábulo de origem grega que significa estilo de vida. Quando
ouvimos a palavra dieta imediatamente pensamos em privação, renúncia,
quando na verdade em sua origem, o termo dieta expressa a ligação entre o
homem e o ambiente ao seu redor.
2 - Depois de uma longa discussão a o comitê intergovernamental da
UNESCO proclamou na terça-feira 16 de novembro o macarrão com tomate,
azeite e manjericão, e o conjunto de práticas alimentares, sociais e
culturais que representam a dieta mediterrânea patrimônio cultural
imaterial da humanidade. A votação aconteceu em Nairóbi (Quênia) e
obteve a unanimidade entre os 166 representantes dos estados membros.
3 - Ao desembarcar em Salerno (no sudoeste italiano, próximo à Costa
Amalfitana), em 1945, Keys constatou que as doenças cardiovasculares,
tão comuns em seu país, ali eram muito reduzidas. Entre 1958 e 1964,
analisou alguns fatores de risco cardiovascular em 13.000 homens de 40 a
59 anos distribuídos em 16 regiões pertencentes a 7 países: Finlândia,
Estados Unidos, Japão, Holanda e três países mediterrâneos: Grécia,
Itália e Iugoslávia.
Salada grega com pão sírio
Rendimento: 4 pessoas
INGREDIENTES:
200g de queijo grego feta
100g de azeitona pretas, tipo azapa;
4 tomates maduros;
4 pães sírio;
1 cebola roxa;
1 pepino;
1 pimentão verde;
Orégano
Azeite de oliva extra virgem;
Alho
Sal
Pimenta do reino
MODO DE PREPARO:
Corte o pepino e os tomates em pedaços de 1-2 cm e coloque em uma
saladeira grande. Limpe os pimentões, corte em tiras finas e ponha na
saladeira. Corte a cebola em rodelas e junte às azeitonas. Tempere a
gosto com sal, orégano e pimenta-do-reino moída na hora. Regue a salada
com o azeite e mistures com cuidado. Esfregue 4 pães sírios com 1 dente
de alho descascado, besunte-os com azeite, tempere com sal e leve ao
forno pré-aquecido a 190ºC por 4-5 minutos, até ficarem crocantes.
Quebre os pães grosseiramente em pedaços. Disponha em tigelas
individuais, distribua um pouco de queijo feta cortado em cubinhos em
cada uma e sirva com o pão.
Publicação: 21 de Novembro de 2010 - Tribuna do Norte
terça-feira, novembro 16, 2010
Trufa italiana gigante arrematada por mais de 144.000 dólares
ALBA, Itália — Uma trufa branca gigantesca foi arrematada neste domingo por um comprador de Hong Kong por 105.000 euros (cerca de 144.000 dólares), num leilão perto da cidade de Alba, norte da Itália, disseram os organizadores.
A trufa, um cogumelo subterrâneo, da família das entuberáceas, que produz corpos esporíferos tuberosos, comestíveis pelo sabor e pelo aroma agradáveis, pesava 900 gramas. O leilão foi realizado no medieval Castello di Grinzane, numa região da Itália famosa por seus vinhos e trufas.
Os lucros com o leilão serão aplicados em bolsas de estudo concedidas a estudantes italianos, assim como em obras de caridade em Alba e em Hong Kong.
Fonte - AFP – há 2 dias
Rosés: Sedução além da cor
Infelizmente, o consumo de vinhos em nosso país é ditado pelos tintos, a despeito dos pratos escolhidos ou da época do ano. Os brancos ficam à margem do consumo e os rosés, nem se fala. Para piorar a situação, rotularam estes vinhos como vinhos de segunda categoria, que não têm personalidade, e vai por aí afora.
Se você não tem preconceitos, posso afirmar que está perdendo uma bela oportunidade para ampliar seus horizontes enogastronômicos. Primeiramente, vamos elucidar abaixo os processos de elaboração dos verdadeiros rosés, que estão muito longe de simplesmente misturar vinho branco com vinho tinto:
Pressurage
Termo francês que designa uma prensagem suave de uvas tintas antes da fermentação alcoólica, com controle de temperatura. As uvas são prensadas por um breve espaço de tempo (normalmente de 12 a 24 horas) dentro de um tanque, extraindo cor das cascas de maneira bem delicada. Após esta maceração, as cascas são separadas do mosto e dá-se a fermentação, a exemplo de um vinho branco. A cor deste tipo de rosé lembra o salmão, e é muito característica dos vinhos da Provence (região francesa mundialmente reputada pelos seus rosés). São os rosés mais delicados, com ótimo frescor e muito gastronômicos.
Dois belos rosés de estilos distintos
Saignée
Termo francês que designa sangria, ou seja, o mosto de uvas tintas com as cascas começa a fermentar, com uma crescente extração de cor. Passado algum tempo (normalmente de 24 a 48 horas), o mosto é drenado pelo fundo da cuba de fermentação e transferido para outro tanque, onde dá-se a fementação com controle de temperatura, agora sem o contato das cascas. Este tipo de rosé apresenta cor mais acentuada, lembrando cerejas. É mais encorpado, frutado e intenso (tanto aromática, como gustativamente).
No restaurante Cucina Piemontese em Alphaville, tenho os dois rosés exemplificados na foto acima. O rótulo à esquerda, Domaine Sorin Terra Amata, é um típico provençal, de corpo médio, aromas delicados lembrando flores, frutas cítiricas, ervas e especiarias. Já o rótulo à direita, Julián Chivite Gran Feudo, é um dos melhores rosés de Navarra (região espanhola vizinha à Rioja), com boa intensidade de fruta, mais encorpado, mais macio porém, sem perder o frescor.
Domaine Sorin (Decanter) – www.decanter.com.br
Julián Chivite (Mistral) – www.mistral.com.br
Cucina Piemontese – www.lacucinapiemontese.com.br
Próximo post: Rosés da Provence
Por Vinho Sem Segredo
Se você não tem preconceitos, posso afirmar que está perdendo uma bela oportunidade para ampliar seus horizontes enogastronômicos. Primeiramente, vamos elucidar abaixo os processos de elaboração dos verdadeiros rosés, que estão muito longe de simplesmente misturar vinho branco com vinho tinto:
Pressurage
Termo francês que designa uma prensagem suave de uvas tintas antes da fermentação alcoólica, com controle de temperatura. As uvas são prensadas por um breve espaço de tempo (normalmente de 12 a 24 horas) dentro de um tanque, extraindo cor das cascas de maneira bem delicada. Após esta maceração, as cascas são separadas do mosto e dá-se a fermentação, a exemplo de um vinho branco. A cor deste tipo de rosé lembra o salmão, e é muito característica dos vinhos da Provence (região francesa mundialmente reputada pelos seus rosés). São os rosés mais delicados, com ótimo frescor e muito gastronômicos.
Dois belos rosés de estilos distintos
Saignée
Termo francês que designa sangria, ou seja, o mosto de uvas tintas com as cascas começa a fermentar, com uma crescente extração de cor. Passado algum tempo (normalmente de 24 a 48 horas), o mosto é drenado pelo fundo da cuba de fermentação e transferido para outro tanque, onde dá-se a fementação com controle de temperatura, agora sem o contato das cascas. Este tipo de rosé apresenta cor mais acentuada, lembrando cerejas. É mais encorpado, frutado e intenso (tanto aromática, como gustativamente).
No restaurante Cucina Piemontese em Alphaville, tenho os dois rosés exemplificados na foto acima. O rótulo à esquerda, Domaine Sorin Terra Amata, é um típico provençal, de corpo médio, aromas delicados lembrando flores, frutas cítiricas, ervas e especiarias. Já o rótulo à direita, Julián Chivite Gran Feudo, é um dos melhores rosés de Navarra (região espanhola vizinha à Rioja), com boa intensidade de fruta, mais encorpado, mais macio porém, sem perder o frescor.
Domaine Sorin (Decanter) – www.decanter.com.br
Julián Chivite (Mistral) – www.mistral.com.br
Cucina Piemontese – www.lacucinapiemontese.com.br
Próximo post: Rosés da Provence
Por Vinho Sem Segredo
Vinho Tinto x Libido Feminina
Uma pesquisa de uma universidade italiana afirma que o consumo moderado de vinho tinto pode aumentar a libido sexual feminina.
O estudo da Universidade de Florença foi feito com 798 mulheres italianas entre 18 e 50 anos na região de Chianti, na Toscana.
Elas foram classificadas em três grupos conforme o hábito diário de consumo de vinho: as que consomem entre uma ou duas taças de vinho, as que não consomem vinho e as que bebem mais de duas taças.
As mulheres – todas consideradas sexualmente saudáveis – responderam questionários com 19 perguntas sobre sexualidade. Os questionários medem o índice FSFI (Female Sexual Function Index, em inglês), uma medida usada em outros estudos científicos sobre sexualidade feminina.
O grupo que apresentou os maiores índices de desejo sexual, de acordo com as respostas dos questionários, foram as mulheres que consomem uma ou duas taças de vinho por dia.
Os pesquisadores do estudo fazem duas ressalvas sobre o estudo.
“Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos em relação à incitação, satisfação, dor e orgasmo”, afirmam os cientistas no artigo publicado na revista científica Journal of Sexual Medicine.
“Enquanto este resultado precisa ser interpretado com cautela, devido ao pequeno número da amostragem [...] e pela falta de dados de exames de laboratório, ainda assim o estudo sugere potencialmente uma correlação entre o consumo de vinho tinto e melhor sexualidade.”
Publicado em : Espaço Magistral
O estudo da Universidade de Florença foi feito com 798 mulheres italianas entre 18 e 50 anos na região de Chianti, na Toscana.
Elas foram classificadas em três grupos conforme o hábito diário de consumo de vinho: as que consomem entre uma ou duas taças de vinho, as que não consomem vinho e as que bebem mais de duas taças.
As mulheres – todas consideradas sexualmente saudáveis – responderam questionários com 19 perguntas sobre sexualidade. Os questionários medem o índice FSFI (Female Sexual Function Index, em inglês), uma medida usada em outros estudos científicos sobre sexualidade feminina.
O grupo que apresentou os maiores índices de desejo sexual, de acordo com as respostas dos questionários, foram as mulheres que consomem uma ou duas taças de vinho por dia.
Os pesquisadores do estudo fazem duas ressalvas sobre o estudo.
“Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos em relação à incitação, satisfação, dor e orgasmo”, afirmam os cientistas no artigo publicado na revista científica Journal of Sexual Medicine.
“Enquanto este resultado precisa ser interpretado com cautela, devido ao pequeno número da amostragem [...] e pela falta de dados de exames de laboratório, ainda assim o estudo sugere potencialmente uma correlação entre o consumo de vinho tinto e melhor sexualidade.”
Publicado em : Espaço Magistral
segunda-feira, novembro 15, 2010
Orquestrando sabores - um jantar
Semana passada tive mais uma vez o privilégio de harmonizar um jantar elaborado pela famosa chef e minha querida amiga Flávia Quaresma, para o pré-lançamento de um belíssimo automóvel da Fiat. Como não poderia deixar de ser, os vinhos tinham que ser todos italianos e à altura do evento. Dentre os ilustres participantes, um era a Jornalista e aspirante a escritora (como ela se auto denomina), Glória Paiva, que nas horas vagas (poucas), gosta de cozinhar e dançar, e tem um blog intitulado "Comer e andar por aí". Glória documentou e fotografou tudo e nos brinda com a excelente matéria publicada no seu blog ( http://comereandar.blogspot.com), que reproduzo a seguir:
"Na última semana, por um destes tropeços deliciosos do destino - a que chamamos de sorte - tive a oportunidade de participar de um jantar inesquecível e de apurar um pouquinho mais meu paladar para comidas e vinhos italianos. É que, trabalhando em um evento em Campinas, acabei por sentar-me à mesa com o sommelier Paulo Nicolay e a chef Flávia Quaresma, para uma sinfonia de pratos harmonizados com garrafas italianas que não encontramos por aí todos os dias. Melhor dizendo: a chef, infelizmente, não conseguiu sentar-se assim, no sentido da palavra, e relaxar, ocupada que estava com a orquestragem de delícias que iam e vinham da cozinha. Ossos do ofício.
Paulo, por sua vez, sentou-se conosco e foi destilando boas histórias a cada encher de taças. Ele, descobri, é um dos corajosos que deixou a sisudez de uma profissão inicialmente escolhida para dar voz a um chamado do coração - assim passou de Engenheiro a sommelier, na década de 90, quando o termo sommelier sequer era conhecido.
O fato é que refastelei-me e fui dormir macia e alegre, depois de a alma flutuar por tantos aromas e sabores combinados e inesperados. Desculpem o excesso de poesia, mas uma boa comida não é quase isso? Descrevo aqui a sequência do que foi.
Começamos por um Amuse-bouche de foie gras com pera ao balsâmico e avelãs. O patê de foie, acompanhado de finas fatias de pera cozida e a acidez do balsâmico criaram uma combinação delicada e surpreendente, se nos arriscássemos a buscar um pouquinho das gotas escuras no canto do prato.
Isto foi harmonizado com um espumante Franciacorta Cuvée Prestige Brut, da região da Lombardia.
Passamos às entradas de fato com dois pratos: Cappuccino de lagostins com letilhas francesas du Puy e um peixe Vermelho sobre legumes com limão confit, molho ao anis e compota de cebolas e azeitonas. O cappuccino, na verdade um creme bem aerado, me pegou de surpresa. Não sou uma apaixonada por frutos do mar - prefiro as carnes -, mas o lagostin, que "tomava sol em Copacabana, com as perninhas cruzadas", como Flávia descreveu meu prato, estava uma delícia. As lentilhas francesas, tenras, combinaram perfeitamente. E o Vermelho realmente me trouxe uma grande dúvida: teria sido ele o preferido da noite? Recém chegado dos barcos de Santos, o Vermelho macio, com um toque azedinho do limão confit e a combinação do legumes cozidos ficou tão suave e fresco que eu poderia comer um peixe inteiro.
Tudo isso foi combinado com um Rossj-Bass Langhe Chardonnay/Sauvignon Blanc 2008 Angelo Gaja, que Paulo descreveu como uma raridade, uma combinação fora de série no mundo. Segundo ele, "rossj bass" quer dizer algo como "terroir", "da terra", no dialeto de Langhe. Na minha opinião, vinhos brancos gelados são sempre divertidos. E a ousada mistura de uvas Chardonnay com Sauvignon, que os franceses avaliam como uma "heresia", virou uma festa só.
Os pratos principais começaram com um Agnolotti recheado de gorgonzola com ameixa preta e molho de vinho do Porto com especiarias. Por cima, uma "folha seca" de presunto de parma crocante, que Paulo me ensinou a fazer no microondas mesmo. Vou experimentar. "Dá para quebrar e jogar por cima do risoto", sugeriu ele, despertando todas as minhas ideias gordinhas. Um sabor muito intenso e original, o do agnolotti, que foi harmonizado com um vinho igualmente sério: o Barolo Dagromis 2003, também do afortunado Angelo Gaja, vindo do Piemonte. É um vinho de respeito, contou-me o sommelier, digno da cidade de Barolo e produzido com a uva Nebiolo, chamada assim por causa da nebia, neblina do lugar.
O segundo prato principal escolhido por Flávia foi um Stracotto de cordeiro com risotto de açafrão - carne de cordeiro cozida em um molho espesso até desfiar, de tão macia, sobre um risotto amarelo e saborosíssimo. Quase me esqueci de tirar a foto quando o prato chegou. Logo vi que aquilo mexia com meus instintos mais elementares, remontando às origens de cozinheiras gordas portuguesas, fazedoras de grandes assados e comida simples, temperada e colorida com ervas. "Não adianta", pensei. Adoro experimentar novidades, mas este meu lado é muito acentuado. Isto é comfort food em sua totalidade.
Tão simples e alegre quanto, o vinho acompanhante deste prato foi o Brunello de Montalcino 2003 - Caparzo, da Toscana - um sucesso italiano muitíssimo apropriado para o prato da mamma.
A sinfonia estava quase completa. Aí tivemos uma "prè-dessert", um "docinho para abrir o apetite para a sobremesa": Panna cotta com frutas secas ao molho de vinho Marsala e pignolis por cima. Delirei. Leve, doce, com um tipo de geléia de frutas e a cobertura de pinholes macios. Paulo ficou tão impressionado com a minha alegria pela Panna Cotta, que até me deu o copinho dele. Juro que tentei recusar, é claro que aquilo não era sinal da boa educação que minha mãe me deu.
Mas ele insistiu e disse que estava reservando espaço para a sobremesa de fato: Salame de chocolate com castanhas brasileiras e compota de cupuaçu.
Comi as duas Panna Cottas e provei do salame, uma sobremesa robusta, com sabor do puro chocolate e o atrevimento do cupuaçu, digna daquelas mesas de comensais glutões.
Os doces foram harmonizados com o Marsala Superiore Ambra Dolce - Lombardo, da região da Sicília. Suspeito que este tenha sido o favorito do Paulo. De fato, nada deixou a desejar para um bom vinho do Porto, o Marsala, que eu não conhecia. Virei fã também. Não sabia que aquela ilha de 5.000 anos de idade, além de ser o berço da máfia italiana e de belas paisagens, fazia um vinho fortificado tão saboroso.
Terminamos com um par de taças de Marsala - mais ou menos isso! - nossa noite. E me lembro de que debatemos a questão da familiaridade com a comida e a importância da harmonização - não apenas de bebidas, mas dos ingredientes certos, na sequência certa, na medida certa. "Quando alguém diz que não gosta de alguma coisa, quero saber em que contexto esta pessoa comeu aquilo. Os alimentos, se são alimentos, devem ser bons. O nosso paladar é que vai se encaixar neles", ponderou o sommelier, despertando algumas reflexões ébrias."
"Na última semana, por um destes tropeços deliciosos do destino - a que chamamos de sorte - tive a oportunidade de participar de um jantar inesquecível e de apurar um pouquinho mais meu paladar para comidas e vinhos italianos. É que, trabalhando em um evento em Campinas, acabei por sentar-me à mesa com o sommelier Paulo Nicolay e a chef Flávia Quaresma, para uma sinfonia de pratos harmonizados com garrafas italianas que não encontramos por aí todos os dias. Melhor dizendo: a chef, infelizmente, não conseguiu sentar-se assim, no sentido da palavra, e relaxar, ocupada que estava com a orquestragem de delícias que iam e vinham da cozinha. Ossos do ofício.
Paulo, por sua vez, sentou-se conosco e foi destilando boas histórias a cada encher de taças. Ele, descobri, é um dos corajosos que deixou a sisudez de uma profissão inicialmente escolhida para dar voz a um chamado do coração - assim passou de Engenheiro a sommelier, na década de 90, quando o termo sommelier sequer era conhecido.
O fato é que refastelei-me e fui dormir macia e alegre, depois de a alma flutuar por tantos aromas e sabores combinados e inesperados. Desculpem o excesso de poesia, mas uma boa comida não é quase isso? Descrevo aqui a sequência do que foi.
Começamos por um Amuse-bouche de foie gras com pera ao balsâmico e avelãs. O patê de foie, acompanhado de finas fatias de pera cozida e a acidez do balsâmico criaram uma combinação delicada e surpreendente, se nos arriscássemos a buscar um pouquinho das gotas escuras no canto do prato.
Isto foi harmonizado com um espumante Franciacorta Cuvée Prestige Brut, da região da Lombardia.
Passamos às entradas de fato com dois pratos: Cappuccino de lagostins com letilhas francesas du Puy e um peixe Vermelho sobre legumes com limão confit, molho ao anis e compota de cebolas e azeitonas. O cappuccino, na verdade um creme bem aerado, me pegou de surpresa. Não sou uma apaixonada por frutos do mar - prefiro as carnes -, mas o lagostin, que "tomava sol em Copacabana, com as perninhas cruzadas", como Flávia descreveu meu prato, estava uma delícia. As lentilhas francesas, tenras, combinaram perfeitamente. E o Vermelho realmente me trouxe uma grande dúvida: teria sido ele o preferido da noite? Recém chegado dos barcos de Santos, o Vermelho macio, com um toque azedinho do limão confit e a combinação do legumes cozidos ficou tão suave e fresco que eu poderia comer um peixe inteiro.
Tudo isso foi combinado com um Rossj-Bass Langhe Chardonnay/Sauvignon Blanc 2008 Angelo Gaja, que Paulo descreveu como uma raridade, uma combinação fora de série no mundo. Segundo ele, "rossj bass" quer dizer algo como "terroir", "da terra", no dialeto de Langhe. Na minha opinião, vinhos brancos gelados são sempre divertidos. E a ousada mistura de uvas Chardonnay com Sauvignon, que os franceses avaliam como uma "heresia", virou uma festa só.
Os pratos principais começaram com um Agnolotti recheado de gorgonzola com ameixa preta e molho de vinho do Porto com especiarias. Por cima, uma "folha seca" de presunto de parma crocante, que Paulo me ensinou a fazer no microondas mesmo. Vou experimentar. "Dá para quebrar e jogar por cima do risoto", sugeriu ele, despertando todas as minhas ideias gordinhas. Um sabor muito intenso e original, o do agnolotti, que foi harmonizado com um vinho igualmente sério: o Barolo Dagromis 2003, também do afortunado Angelo Gaja, vindo do Piemonte. É um vinho de respeito, contou-me o sommelier, digno da cidade de Barolo e produzido com a uva Nebiolo, chamada assim por causa da nebia, neblina do lugar.
O segundo prato principal escolhido por Flávia foi um Stracotto de cordeiro com risotto de açafrão - carne de cordeiro cozida em um molho espesso até desfiar, de tão macia, sobre um risotto amarelo e saborosíssimo. Quase me esqueci de tirar a foto quando o prato chegou. Logo vi que aquilo mexia com meus instintos mais elementares, remontando às origens de cozinheiras gordas portuguesas, fazedoras de grandes assados e comida simples, temperada e colorida com ervas. "Não adianta", pensei. Adoro experimentar novidades, mas este meu lado é muito acentuado. Isto é comfort food em sua totalidade.
Tão simples e alegre quanto, o vinho acompanhante deste prato foi o Brunello de Montalcino 2003 - Caparzo, da Toscana - um sucesso italiano muitíssimo apropriado para o prato da mamma.
A sinfonia estava quase completa. Aí tivemos uma "prè-dessert", um "docinho para abrir o apetite para a sobremesa": Panna cotta com frutas secas ao molho de vinho Marsala e pignolis por cima. Delirei. Leve, doce, com um tipo de geléia de frutas e a cobertura de pinholes macios. Paulo ficou tão impressionado com a minha alegria pela Panna Cotta, que até me deu o copinho dele. Juro que tentei recusar, é claro que aquilo não era sinal da boa educação que minha mãe me deu.
Mas ele insistiu e disse que estava reservando espaço para a sobremesa de fato: Salame de chocolate com castanhas brasileiras e compota de cupuaçu.
Comi as duas Panna Cottas e provei do salame, uma sobremesa robusta, com sabor do puro chocolate e o atrevimento do cupuaçu, digna daquelas mesas de comensais glutões.
Os doces foram harmonizados com o Marsala Superiore Ambra Dolce - Lombardo, da região da Sicília. Suspeito que este tenha sido o favorito do Paulo. De fato, nada deixou a desejar para um bom vinho do Porto, o Marsala, que eu não conhecia. Virei fã também. Não sabia que aquela ilha de 5.000 anos de idade, além de ser o berço da máfia italiana e de belas paisagens, fazia um vinho fortificado tão saboroso.
Terminamos com um par de taças de Marsala - mais ou menos isso! - nossa noite. E me lembro de que debatemos a questão da familiaridade com a comida e a importância da harmonização - não apenas de bebidas, mas dos ingredientes certos, na sequência certa, na medida certa. "Quando alguém diz que não gosta de alguma coisa, quero saber em que contexto esta pessoa comeu aquilo. Os alimentos, se são alimentos, devem ser bons. O nosso paladar é que vai se encaixar neles", ponderou o sommelier, despertando algumas reflexões ébrias."
sábado, novembro 13, 2010
Pinot Gris e Grigio: uma boa opção para o verão
Com a proximidade do verão, é interessante conhecer algumas opções de vinhos refrescantes que se adaptem muito bem como aperitivo e também para acompanhar pratos mais leves. Uma dessas alternativas é o Pinot Gris ou Pinot Grigio, como é conhecido na Itália.
Por ser um vinho leve e frutado, muito agradável, de custo acessível e muito fácil de beber, ele se tornou mania nos Estados Unidos nos últimos anos e está entre os vinhos mais importados daquele país.
Esta moda ainda não chegou ao Brasil, por isso, achei interessante dedicar uma coluna para falar um pouco sobre esse delicioso vinho.
Então, vamos conhecer um pouco sobre a uva e o vinho.
Acredita-se que a uva Pinot Gris, seja uma mutação da Pinot Noir, pois ela tem uma casca mais escura que o normal para uma uva branca.
A cor dos vinhos produzidos com Pinot Gris é geralmente mais carregada que a maioria dos vinhos bancos. Uma exceção acontece com a versão italiana, a Pinot Grigio, que faz vinhos bem mais claros.
Essa variedade de uva é cultivada na Itália, Alemanha – onde é conhecida por Ruländer or Grauburgunder - França, Nova Zelândia, Estados Unidos e em muitos outros países.
Na Itália, as melhores expressões da uva Pinot Grigio estão no nordeste, desde o Trentino, Alto-Adige, passando pelo Veneto, até Friuli.
Um bom Pinot Grigio deve ser leve e refrescante – característica que o está ajudando a se tornar muito conhecido nos últimos anos.
Os vinhos Pinot Gris/Pinot Grigio têm aroma delicado, levemente floral, com notas cítricas de limão. Dependendo do estado de maturação da uva e da técnica de vinificação, o vinho Pinot Gris pode ser de leve a muito rico, redondo e encorpado.
Quando é feito num estilo apropriado, pode até envelhecer bem, mas, no geral, é um vinho para se tomar ainda jovem.
Vale a pena ressaltar que, devido à alta produção de Pinot Grigio na Itália, sua qualidade pode variar bastante. Dessa forma dê preferência aos produtores renomados da região de Friuli e do Trentino, que dedicam uma atenção especial na sua vinificação.
Outras regiões que merecem destaque são:
• Alsácia, na França - onde se faz um Pinot Gris bem interessante, mais pesado e escuro que os exemplares italianos e que podem ser guardados entre cinco e oito anos, período em que adquirem uma riqueza defumada e condimentada.
• Nova Zelândia - onde se produz um vinho bem frutado e com um caráter mineral que o torna inconfundível. Seu sabor é mais fresco que o do Pinot Gris da Alsácia, apesar de terem a mesma textura viscosa.
Existem vinícolas nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, que estão dedicando esforços crescentes para produzir bons Pinot Gris. Muitas vinícolas do Oregon também tiveram resultados satisfatórios e estão aumentando a produção de Pinot Gris. Desta forma, podem-se esperar bons vinhos vindos dessas regiões nos próximos anos.
Em termos de harmonização enogastronômica, os vinhos Pinot Grigio italianos vão bem como aperitivo e para acompanhar pratos leves, principalmente à base de peixe.
O Pinot Gris da Nova Zelândia fica excelente tanto sozinho quanto com pratos leves, como uma massa com molho de tomate e manjericão. Também é uma boa alternativa ao saquê, para acompanhar sushi e sashimi.
O Pinot Gris da Alsácia, que é um pouco mais encorpado, combina com peixes, carnes brancas, pratos à base de trufas e com fígado de ganso.
Vinhos Indicados
Seguem algumas sugestões de vinhos:
• Mezzacorona Pinot Grigio Trentino Riserva DOC 2007 - Itália
• Moenchberg Pinot Gris Grand Cru "Le Moine" 2005 da Domaine Marc Kreydenweiss – França
• Isabel Estate Pinot Gris 2007 - Nova Zelândia
Vinhos e Muito Mais, por Adriana Grasso , Colunista ONNE
Por ser um vinho leve e frutado, muito agradável, de custo acessível e muito fácil de beber, ele se tornou mania nos Estados Unidos nos últimos anos e está entre os vinhos mais importados daquele país.
Esta moda ainda não chegou ao Brasil, por isso, achei interessante dedicar uma coluna para falar um pouco sobre esse delicioso vinho.
Então, vamos conhecer um pouco sobre a uva e o vinho.
Acredita-se que a uva Pinot Gris, seja uma mutação da Pinot Noir, pois ela tem uma casca mais escura que o normal para uma uva branca.
A cor dos vinhos produzidos com Pinot Gris é geralmente mais carregada que a maioria dos vinhos bancos. Uma exceção acontece com a versão italiana, a Pinot Grigio, que faz vinhos bem mais claros.
Essa variedade de uva é cultivada na Itália, Alemanha – onde é conhecida por Ruländer or Grauburgunder - França, Nova Zelândia, Estados Unidos e em muitos outros países.
Na Itália, as melhores expressões da uva Pinot Grigio estão no nordeste, desde o Trentino, Alto-Adige, passando pelo Veneto, até Friuli.
Um bom Pinot Grigio deve ser leve e refrescante – característica que o está ajudando a se tornar muito conhecido nos últimos anos.
Os vinhos Pinot Gris/Pinot Grigio têm aroma delicado, levemente floral, com notas cítricas de limão. Dependendo do estado de maturação da uva e da técnica de vinificação, o vinho Pinot Gris pode ser de leve a muito rico, redondo e encorpado.
Quando é feito num estilo apropriado, pode até envelhecer bem, mas, no geral, é um vinho para se tomar ainda jovem.
Vale a pena ressaltar que, devido à alta produção de Pinot Grigio na Itália, sua qualidade pode variar bastante. Dessa forma dê preferência aos produtores renomados da região de Friuli e do Trentino, que dedicam uma atenção especial na sua vinificação.
Outras regiões que merecem destaque são:
• Alsácia, na França - onde se faz um Pinot Gris bem interessante, mais pesado e escuro que os exemplares italianos e que podem ser guardados entre cinco e oito anos, período em que adquirem uma riqueza defumada e condimentada.
• Nova Zelândia - onde se produz um vinho bem frutado e com um caráter mineral que o torna inconfundível. Seu sabor é mais fresco que o do Pinot Gris da Alsácia, apesar de terem a mesma textura viscosa.
Existem vinícolas nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, que estão dedicando esforços crescentes para produzir bons Pinot Gris. Muitas vinícolas do Oregon também tiveram resultados satisfatórios e estão aumentando a produção de Pinot Gris. Desta forma, podem-se esperar bons vinhos vindos dessas regiões nos próximos anos.
Em termos de harmonização enogastronômica, os vinhos Pinot Grigio italianos vão bem como aperitivo e para acompanhar pratos leves, principalmente à base de peixe.
O Pinot Gris da Nova Zelândia fica excelente tanto sozinho quanto com pratos leves, como uma massa com molho de tomate e manjericão. Também é uma boa alternativa ao saquê, para acompanhar sushi e sashimi.
O Pinot Gris da Alsácia, que é um pouco mais encorpado, combina com peixes, carnes brancas, pratos à base de trufas e com fígado de ganso.
Vinhos Indicados
Seguem algumas sugestões de vinhos:
• Mezzacorona Pinot Grigio Trentino Riserva DOC 2007 - Itália
• Moenchberg Pinot Gris Grand Cru "Le Moine" 2005 da Domaine Marc Kreydenweiss – França
• Isabel Estate Pinot Gris 2007 - Nova Zelândia
Vinhos e Muito Mais, por Adriana Grasso , Colunista ONNE
França deve continuar sendo maior produtora de vinhos do mundo
Segundo previsão da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a França deverá conservar sua atual posição de maior produtora de vinhos do mundo em 2010.
A produção francesa deverá atingir cerca de 45 milhões de hectolitros, ficando à frente da Itália com seus 42,58 milhões de hectolitros e dos 35,14 milhões de hectolitros espanhóis.
A OIV reportou ainda uma queda de 4% na produção mundial de vinhos, com 260 milhões de hectolitros produzidos no total, uma redução de 10,7 milhões de hectolitros em relação a 2009. "É como se a África do Sul ou a Alemanha não tivessem produzido nada, é uma redução sensível", explicou o diretor da organização, Federico Castellucci.
Fonte - Revista ADEGA
A produção francesa deverá atingir cerca de 45 milhões de hectolitros, ficando à frente da Itália com seus 42,58 milhões de hectolitros e dos 35,14 milhões de hectolitros espanhóis.
A OIV reportou ainda uma queda de 4% na produção mundial de vinhos, com 260 milhões de hectolitros produzidos no total, uma redução de 10,7 milhões de hectolitros em relação a 2009. "É como se a África do Sul ou a Alemanha não tivessem produzido nada, é uma redução sensível", explicou o diretor da organização, Federico Castellucci.
Fonte - Revista ADEGA
segunda-feira, novembro 08, 2010
Vinho Maravilha!
Não é de hoje que a uva e o vinho são usados na beleza. Na Antiguidade, as mulheres já preparavam uma máscara facial com as frutas amassadas. De lá para cá, a ciência evoluiu e hoje a bebida é usada em vários tratamentos estéticos, como esfoliação, banho de imersão e massagem. Todo o corpo pode se beneficiar da vinhoterapia. O segredo do sucesso está na casca e na semente da fruta, que é rica em polifenóis, substância utilizada em cremes e óleos, e em banhos de imersão. "O polifenol mais importante do vinho é o resveratrol, cujo poder antioxidante é cem vezes superior ao da vitamina E. Ele neutraliza a ação dos radicais livres - as indesejáveis moléculas que destróem as células- e, por isso, é eficiente para prevenir o envelhecimento precoce.
AÇÃO DA VINHOTERAPIA:
ROSTO: protege as fibras de colágeno e elastina, aumentando a firmeza cutânea. Hidrata profundamente.
CABELO: Recupera a fibra capilar, restaura o brilho e a cor, e impede o envelhecimento precoce dos fios.
CORPO: aumenta a resistência dos vasos sanguíneos e ativa a circulação, melhorando a celulite e a gordura localizada. também ajuda a clarear manchas escuras e estrias.
Sem falar nos benefícios do vinho quando incluídos na alimentação. Sob o aspecto médico, o grande diferencial do vinho, está ligado à moderação do consumo, pois o teor alcoólico da bebida é menor do que o presente em destilados. Trata-se de uma bebida raramente associada ao alcoolismo.
Como o consumo do vinho por si só já é responsável pela elevação das lipoproteínas de alta densidade (HDL) no sangue, o que na linguagem popular significa o "bom colesterol", além de diminuir a agregação das plaquetas, associados aos dois efeitos do produto o resultado será sempre benéfico à proteção do aparelho cardiovascular. Está provado que ao ser consumido moderadamente, o vinho diminui os riscos de doenças coronarianas (infartos), além de prevenir a ação de tromboses, derrames e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos.
Da uva associada ao álcool decorrente da fermentação do mosto, tem-se então o sagrado vinho, cujas propriedades medicinais hoje são consideradas inclusive por cardiologistas, que têm recomendado a bebida com freqüência, principalmente para as pessoas com idade acima da faixa etária de 30 anos quando, segundo contata-se, aumenta o risco de acidentes cardiovasculares. A uva contribui com substâncias de efeito antioxidante, comprovadamente favoráveis à saúde humana.
O vinho possui dois íons (silício e cromo), que também têm ação benéfica na limpeza das paredes das artérias. Como estas duas substâncias permanecem na corrente sangüínea apenas por 24 horas, para que elas possam ter efeito protetor é necessário consumir vinho diariamente. Aí reside o "segredo da bebida" se consumirmos o equivalente a duas, três taças por dia. No caso dos idosos, por exemplo, além da melhora de qualidade de vida, o vinho também proporciona melhores digestão e sono, além de bom humor.
Não bastassem as propriedades já ressaltadas, o vinho também está associado à longevidade, sendo mais recomendado para tanto o vinho tinto.
BACO, deus do vinho, ficaria orgulhoso de tanta versatilidade!
Dra. Pâmela Rosa Pereira - Postado por Clínica Due
terça-feira, novembro 02, 2010
Luis Fernando Veríssimo: Sobre a dificuldade de descrever as sensações proporcionadas pela degustação do vinho.
" Já disse mais bobagem sobre vinhos do que sobre qualquer assunto, com a possível exceção do orgasmo feminino e da vida eterna. Isto porque é impossível transformar em palavras as qualidades ou defeitos de um vinho, ou as sensações que ele provoca, assim como é impossível, por exemplo, descrever um cheiro e um gosto. Tente descrever o sabor de uma amora. Além de amplas e vagas categorias, como "doce", "amargo", "ácido", etc., não existem palavras para interpretar as impressões do paladar. Estamos condenados á imprecisão ou ao perigoso terreno das metáforas. Tudo é literatura. "
Fonte: Mundos Vinus
Fonte: Mundos Vinus
Vinho Tannat brasileiro vence uruguaios em degustação na Alemanha
Não é só o Merlot brasileiro que ganha degustações e destaque em nível internacional. Os vinhos Tannat elaborados no Brasil acabam de ser indicados pela Weinwelt, principal revista de vinhos para consumidores na Alemanha. A degustação foi conduzida por Ilka Lindemman, editora da revista, que esteve em setembro de 2009 no Brasil convidada pelo projeto Wines of Brasil (Wof), realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Dos 12 vinhos Tannat indicados pela revista alemã, a metade é do Brasil, apesar dos rótulos desta variedade de uva ser o símbolo do Uruguai. Os dois primeiros vinhos mais pontuados, inclusive, são verde-amarelos: o Lidio Carraro Tannat Grande Vindima, safra 2005, com 88 pontos, e o Piagentini Tannat Grand Reserva, também de 2005, com 87 pontos, empatado com o Medanos Tannat Reserva 2008, do país vizinho. Em seguida, entre os uruguaios, com 85 pontos, aparecem três vinhos brasileiros (Fortaleza do Seival, da Miolo; Salton Classic, da Salton; e o Pizzatto Tannat, da Pizzato). O Tannat da Don Giovanni ganhou 83 pontos, completando o time brasileiro entre os indicados da Weinwelt.
“Fiquei impressionada com o resultado dos Tannats brasileiros. Ter seis vinhos selecionados entre 12 Tannats é uma vitória, ainda mais por ser a uva representativa do Uruguai”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.
Na matéria, intitulada “Variedades líderes da América do Sul: Malbec – Carmenère – Tannat”, Ilka Lindemman comenta que “já há muito tempo as prateleiras do comércio não são mais pensadas sem eles, os vinhos sulamericanos, que com sua farta fruta, temperos finos e corpo exuberante já trouxeram tantos bon vivants para o vinho”. E continua: “No entanto, nossa degustação de variedades líderes sulamericanas nos mostrou que os vinhos do Chile, Argentina, Brasil e Uruguai são muito mais do que apenas vinhos de entrada.”
Sobre o Tannat, a editora da revista alemã de vinhos opina: “No Brasil e Uruguai, essa variedade proveniente do sudoeste da França, encontrou uma segunda casa e aqui, ao contrário da França, é quase sempre mencionado no rótulo.”
Na degustação da variedade Malbec, ícone da Argentina, temos um intruso brasileiro: o Malbec Séries, da Salton, safra 2007, que ganhou 85 pontos.
Blog Saca-Rolhas
Dos 12 vinhos Tannat indicados pela revista alemã, a metade é do Brasil, apesar dos rótulos desta variedade de uva ser o símbolo do Uruguai. Os dois primeiros vinhos mais pontuados, inclusive, são verde-amarelos: o Lidio Carraro Tannat Grande Vindima, safra 2005, com 88 pontos, e o Piagentini Tannat Grand Reserva, também de 2005, com 87 pontos, empatado com o Medanos Tannat Reserva 2008, do país vizinho. Em seguida, entre os uruguaios, com 85 pontos, aparecem três vinhos brasileiros (Fortaleza do Seival, da Miolo; Salton Classic, da Salton; e o Pizzatto Tannat, da Pizzato). O Tannat da Don Giovanni ganhou 83 pontos, completando o time brasileiro entre os indicados da Weinwelt.
“Fiquei impressionada com o resultado dos Tannats brasileiros. Ter seis vinhos selecionados entre 12 Tannats é uma vitória, ainda mais por ser a uva representativa do Uruguai”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.
Na matéria, intitulada “Variedades líderes da América do Sul: Malbec – Carmenère – Tannat”, Ilka Lindemman comenta que “já há muito tempo as prateleiras do comércio não são mais pensadas sem eles, os vinhos sulamericanos, que com sua farta fruta, temperos finos e corpo exuberante já trouxeram tantos bon vivants para o vinho”. E continua: “No entanto, nossa degustação de variedades líderes sulamericanas nos mostrou que os vinhos do Chile, Argentina, Brasil e Uruguai são muito mais do que apenas vinhos de entrada.”
Sobre o Tannat, a editora da revista alemã de vinhos opina: “No Brasil e Uruguai, essa variedade proveniente do sudoeste da França, encontrou uma segunda casa e aqui, ao contrário da França, é quase sempre mencionado no rótulo.”
Na degustação da variedade Malbec, ícone da Argentina, temos um intruso brasileiro: o Malbec Séries, da Salton, safra 2007, que ganhou 85 pontos.
Blog Saca-Rolhas
domingo, outubro 31, 2010
Espanha aposta em estabilidade do mercado brasileiro de vinhos
Segundo um relatório elaborado pelo International Wine and Spirits (IWSR) a pedido do Observatório Espanhol do Mercado do Vinho (OeMv), o Brasil está entre os países com maior possibilidade de crescimento do consumo de vinhos espanhóis.
Apresentada na quinta-feira passada (21), em Madrid, a pesquisa mostrou que os mercados das nações pertencentes ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são os que possuem as maiores tendências de aumento no comércio de vinhos, graças ao crescimento da demanda e do poder aquisitivo de suas populações.
Apesar das bebidas espanholas representarem apenas 0,4% do mercado brasileiro, a estabilidade chama investimentos. Da mesma maneira, o desenvolvimento de uma cultura gastronômica e a alta demanda por vinhos com preços entre 10 e 18 dólares (o equivalente a 17 e 30 reais), valor médio das bebidas ibéricas, são fatores a se levar em conta.
Na Rússia, o estudo mostrou que desde 2005 os vinhos espanhóis têm tido um crescimento contínuo de 37% no consumo, principalmente por seus preços. Já a Índia se mostrou como um mercado mais complexo, onde os planos de exportação devem ser feitos em longo prazo. A crise econômica mundial interrompeu o crescimento das importações, além disso, outros fatores, como as diferentes legislações em cada um dos 31 estados indianos, os altos impostos e a proibição de publicidade direta desse produto exigem estratégias muito mais cuidadosas.
Quanto à China, o estudo da IWSR concluiu que a história e herança das vinícolas, assim como os benefícios que o vinho pode trazer à saúde, são os fatores mais levados em conta pelos consumidores chineses. Prêmios e pontuações são igualmente importantes.
ADEGA - 28/Outubro/2010
Apresentada na quinta-feira passada (21), em Madrid, a pesquisa mostrou que os mercados das nações pertencentes ao BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) são os que possuem as maiores tendências de aumento no comércio de vinhos, graças ao crescimento da demanda e do poder aquisitivo de suas populações.
Apesar das bebidas espanholas representarem apenas 0,4% do mercado brasileiro, a estabilidade chama investimentos. Da mesma maneira, o desenvolvimento de uma cultura gastronômica e a alta demanda por vinhos com preços entre 10 e 18 dólares (o equivalente a 17 e 30 reais), valor médio das bebidas ibéricas, são fatores a se levar em conta.
Na Rússia, o estudo mostrou que desde 2005 os vinhos espanhóis têm tido um crescimento contínuo de 37% no consumo, principalmente por seus preços. Já a Índia se mostrou como um mercado mais complexo, onde os planos de exportação devem ser feitos em longo prazo. A crise econômica mundial interrompeu o crescimento das importações, além disso, outros fatores, como as diferentes legislações em cada um dos 31 estados indianos, os altos impostos e a proibição de publicidade direta desse produto exigem estratégias muito mais cuidadosas.
Quanto à China, o estudo da IWSR concluiu que a história e herança das vinícolas, assim como os benefícios que o vinho pode trazer à saúde, são os fatores mais levados em conta pelos consumidores chineses. Prêmios e pontuações são igualmente importantes.
ADEGA - 28/Outubro/2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Mais Vinhos da Campanha Gaucha
Mais uma vinícola da região da Campanha gaúcha apresentará seus vinhos em Porto Alegre. A Vinhobles Routhier & Darricarrère, de Rosário do Sul, apresentará ao mercado o vinho Província de São Pedro, dia 28, no restaurante Chez Philippe.
Fonte : Danilo Ucha - Jornal do Comércio
Fonte : Danilo Ucha - Jornal do Comércio
segunda-feira, outubro 18, 2010
Editor da revista americana Wine Enthusiastic aprova e elogia os vinhos da Vinícola Aurora
Rosana Pasini, Supervisora de Exportação da Vinícola Aurora, serve espumante Aurora 100% Pinot Noir para Adam Strum,editor da Wine Enthusiastic, em degustação para importadores nos Estados Unidos, no fim de setembro
O jornalista e crítico de vinhos Adam Strum, editor da revista norte-americana Wine Enthusiastic - uma das mais importantes publicações de vinhos do mundo - visitou a Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, e aprovou os vinhos da maior e mais premiada vinícola do Brasil. Strum encantou-se com os espumantes, entre eles o Aurora Brut 100% Pinot Noir vinificado em branco, que ele teve uma nova oportunidade de provar, quase um mês após ter vindo ao Brasil, em uma degustação para importadores e distribuidores nos Estados Unidos, na Churrascaria Plataforma, em Nova York (foto). Nas duas oportunidades, Strum afirmou ter ficado muito bem impressionado também com os tintos da Aurora, como revela em seu artigo publicado (veja anexo). Entre eles, o Aurora Reserva Cabernet Sauvignon e o Aurora Pequenas Partilhas Cabernet Franc.
A visita à Aurora (dia 4 de setembro) fez parte do programa Wines from Brazil, promovido pela Apex e pelo Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho. Nessa visita, o editor norte-americano pode conhecer a Serra Gaúcha e algumas das principais vinícolas, realizando uma avaliação muito criteriosa dos vinhos brasileiros.
Fonte: ECO de Informação - assessoria e projetos em comunicação
sábado, setembro 18, 2010
É a uva que dita o vinho
Por mais talentoso e competente que seja o enólogo, e por mais moderna que seja a tecnologia empregada na vinificação, ainda assim, é a variedade da uva (a casta), que vai determinar, majoritariamente, o caráter e a qualidade do vinho. Constata-se com isso que não há vinho excelente sem que antes a uva tenha resultado excepcional no vinhedo. Como também não há vinho espetacular, em que o homem (enólogo), tenha usado de artifícios químicos reparadores (maquiagem), para sugerir qualidade.
Aliás, nos melhores vinhos, o homem (mero coadjuvante) e suas intervenções sutis, ocorrem tão somente para conduzir o processo e extrair o melhor da matéria prima (uva), sem ofuscar-lhe o papel de destaque (protagonista), que tempos depois irá interpretar na taça toda atmosfera e esplendor do seu terroir. E sendo o vinho reflexo da uva, a maior parte da atenção dos produtores atualmente está voltada para o vinhedo e tudo que o compreende: solo, clima, posição, manejo, irrigação, variedade e interação humana.
No final, um grande vinho é o resultado de uma feliz parceria entre o homem e a natureza, sendo a natureza a sócia majoritária e benevolente dessa joint venture. Daí porque o vinho reúne em si um misto de sagrado e profano.
Tribuna do Norte
Aliás, nos melhores vinhos, o homem (mero coadjuvante) e suas intervenções sutis, ocorrem tão somente para conduzir o processo e extrair o melhor da matéria prima (uva), sem ofuscar-lhe o papel de destaque (protagonista), que tempos depois irá interpretar na taça toda atmosfera e esplendor do seu terroir. E sendo o vinho reflexo da uva, a maior parte da atenção dos produtores atualmente está voltada para o vinhedo e tudo que o compreende: solo, clima, posição, manejo, irrigação, variedade e interação humana.
No final, um grande vinho é o resultado de uma feliz parceria entre o homem e a natureza, sendo a natureza a sócia majoritária e benevolente dessa joint venture. Daí porque o vinho reúne em si um misto de sagrado e profano.
Tribuna do Norte
sexta-feira, setembro 17, 2010
Máquina de refil de vinho começa a invadir supermercados da França
Invento foi criado em 2008 por francesa que queria unir sua paixão por vinho com sustentabilidade
A francesa Astrid Terzian resolveu juntar uma de suas paixões com sua preocupação com o ambiente para criar o conceito da máquina de refil de vinhos. Ela deu início a essa ideia em 2008, quando desistiu de seu sonho de comprar uma vinícola para partir para as vendas do produto.
Sua primeira máquina foi instalada em junho de 2009, na cidade de Dunquerque, na França. Agora, diversos supermercados franceses já possuem o equipamento. Basta trazer sua garrafa – seja ela de vidro, plástico ou até um cantil – e encher. Sem necessitar de embalagem, o produto fica mais barato: o preço para o consumidor final é de 1,45 euros por litro. Sem falar que o meio ambiente agradece o reaproveitamento dos recipientes. Os vinhos disponibilizados nas máquinas têm procedência variada.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios
quinta-feira, setembro 16, 2010
Com Afeto...O Rei Petrvs
Não existe classificação oficial dos vinhos do Pomerol, uma das mais notáveis sub-regiões de Bordeaux, no sudoeste francês. Ainda assim, no topo de qualquer lista dos melhores tintos da comuna certamente estaria o lendário Pétrus. Aliás, em qualquer relação dos grandes tintos do planeta este vinho elaborado com a casta Merlot tem lugar assegurado, tal a sua qualidade. O domaine, comandado por Christian Moueix, tem apenas 11,5 hectares, de onde saem não mais que 50 mil garrafas por ano. Um tinto raro e caro, mas sua fama é merecida, pela classe, aromas potentes, bom corpo e notável concentração de sabor.
O Pomerol, quase um subúrbio da cidade de Libourne, tem apenas 750 hectares de vinhedos e é a menor das apelações de Bordeaux - pequenina mesmo, perto da vizinha Saint-Émilion, que possui 2.300 hectares plantados. Ao contrário do Médoc (outra grande área bordalesa), onde predomina a Cabernet Sauvignon, ali é o reino da Merlot. Esta uva tinta proporciona vinhos redondos, não muito agressivos na juventude e que não precisam envelhecer muito para dar prazer. Neste universo, o Pétrus tem identidade própria. Apresenta o aveludado típico da casta, mas tem vocação para guarda. Normalmente precisa de dez anos para chegar ao ponto ideal de consumo e tem estrutura para durar décadas.
Na preparação dos vinhos do Pomerol, a receita consagrada é 70 de Merlot e 30% de Cabernet Franc. No Pétrus a proporção é outra, 5% de Cabernet Franc e 95% de Merlot. Ele traduz esta uva ao máximo de sua expressão - na verdade, é o que todo Merlot gostaria de ser. O segredo está no solo e nos cuidados com que o vinho é cercado na propriedade. O terreno é argiloso, com boa capacidade de drenagem, e debaixo dele há um sub-solo com forte presença de óxido de ferro, que confere ao vinho sua especificidade.
O preço traduz todos esses cuidados: uma garrafa de Petrus da safra de 1995 custa no mercado brasileiro US$2.800, 00 chegando a US$5.200,00 para a safra de 1982.
Hoje a família Moueix é dona ou administra perto de 20 propriedades vinícolas em Bordeaux, entre elas estrelas como os Châteaux Trotanoy e La Fleur-Pétrus, no Pomerol, Château Magdelaine, em Saint-Émilion, e o Château Dauphine, em Fronsac. Mas nesta constelação, nenhuma tem o brilho ou o charme do tinto que, por sua nobreza, é chamado respeitosamente por muitos enófilos de o Rei Pétrus.
Postado por Com açucar, ou com Afeto.
O Pomerol, quase um subúrbio da cidade de Libourne, tem apenas 750 hectares de vinhedos e é a menor das apelações de Bordeaux - pequenina mesmo, perto da vizinha Saint-Émilion, que possui 2.300 hectares plantados. Ao contrário do Médoc (outra grande área bordalesa), onde predomina a Cabernet Sauvignon, ali é o reino da Merlot. Esta uva tinta proporciona vinhos redondos, não muito agressivos na juventude e que não precisam envelhecer muito para dar prazer. Neste universo, o Pétrus tem identidade própria. Apresenta o aveludado típico da casta, mas tem vocação para guarda. Normalmente precisa de dez anos para chegar ao ponto ideal de consumo e tem estrutura para durar décadas.
Na preparação dos vinhos do Pomerol, a receita consagrada é 70 de Merlot e 30% de Cabernet Franc. No Pétrus a proporção é outra, 5% de Cabernet Franc e 95% de Merlot. Ele traduz esta uva ao máximo de sua expressão - na verdade, é o que todo Merlot gostaria de ser. O segredo está no solo e nos cuidados com que o vinho é cercado na propriedade. O terreno é argiloso, com boa capacidade de drenagem, e debaixo dele há um sub-solo com forte presença de óxido de ferro, que confere ao vinho sua especificidade.
O preço traduz todos esses cuidados: uma garrafa de Petrus da safra de 1995 custa no mercado brasileiro US$2.800, 00 chegando a US$5.200,00 para a safra de 1982.
Hoje a família Moueix é dona ou administra perto de 20 propriedades vinícolas em Bordeaux, entre elas estrelas como os Châteaux Trotanoy e La Fleur-Pétrus, no Pomerol, Château Magdelaine, em Saint-Émilion, e o Château Dauphine, em Fronsac. Mas nesta constelação, nenhuma tem o brilho ou o charme do tinto que, por sua nobreza, é chamado respeitosamente por muitos enófilos de o Rei Pétrus.
Postado por Com açucar, ou com Afeto.
quarta-feira, setembro 08, 2010
Cabernet Franc, o anti-herói do Loire
Apelações territoriais do Loire podem confundir o consumidor comum
Para aqueles mais interessados em tomar vinhos do que em colecionar ou investir neles, os preços insanos de algumas garrafas podem ser um mistério. Para tentar explicar essa lógica, é bom explicar: na vitivinicultura, o grosso do dinheiro está em pequenas, porém selecionadíssimas, propriedades famosas.
“Você pensa: o mundo enlouqueceu?”, diz Sam Harrop. “Estamos gastando milhares em caixas de Bordeaux em primeur quando, poucas centenas de milhas estrada acima, há uma região produzind tintos que mostram melhor terroir e mais vibrantes por uma fração do preço”.
Ele está falando Loire. Especificamente, sobre o Cabernet Franc produzido lá. Harrop é um neo-zeolandês Master of Wine que acabou de passar quatro anos aconselhando os produtores do Loire sobre como eles podem desenvolver seus vinhos para o paladar britânico. Ou seja, ele não é imparcial. Mesmo assim, ele tem um forte argumento. O Cabernet Franc é subestimado, não apenas entre essas propriedades top de linha, e sim desde a mais simples prateleira de supermercado.
“É incrivelmente difícil levar as pessoas a comprá-lo”, repetem os importadores. Parcialmente, isso ocorre porque sua terra natal é o Loire, cujas apelações de procedência despistam os consumidores comuns. Também porque no passado os tintos do Loire geralmente traziam extração exagerada, junto com aromas e sabores herbáceos - algo que o projeto de Harrop em torno do Cabernet Franc está tentando remediar. Além disso, a variedade não é bastante conhecida porque as grandes marcas nunca investiram nela.
“Digamos que se a Penfolds, por exemplo, tivesse plantado cabernet franc em vez de Merlot, a história seria totalmente diferente”.
A frustração é que, apesar de todo esse apoio de marketing, muitos produtores do Loire simplesmente não parecem interessados em vender, o que dificulta a missão dos amantes dessa uva. Então, se alguma vez você chegar ao Loire, procure pelo fresco e revigorante Cuvee Domaine 2009 produzido por Charles Pain. Se preferir um vinho mais esperto, com especiarias e ideal para ser harmonizado com cordeiro grelhado, tente o Les Nivieres Saumur 2009 ou o Cuvee de Printemps Saumur 2008, elaborados na Domaine de la Paleine. Para algo mais sério, com carvalho, estrutura de claret e imensa riqueza equilibrada, encontre o Chateau de la Grille e seu Baudry-Dutour Chinon 2005.
Postado por Maurício Roloff.
Sonoma, simples na medida certa
Rústico não é o adjetivo mais adequado para uma região que leva tão a sério os vinhos e a gastronomia. A saída, então, passa pela inevitável comparação: Sonoma é menos requintada que a vizinha Napa. Mas isso tem lá suas vantagens, acredite. Se por um lado você não vai encontrar ali cobiçadas garrafinhas de molho de vinho e chocolate, por outro estará distante de algumas armadilhas turísticas de Napa. Caso das vinícolas que parecem existir apenas para entrar no roteiro das excursões de um dia que partem de São Francisco.
Em Sonoma, as vinícolas tendem a ser mais novas, menores e familiares. A Scribe Winery, por exemplo, é uma das caçulas: fundada em 2007, só mostrará ao mundo seus pinot noirs e chardonnays no ano que vem. Quem tiver a oportunidade de fazer uma visita provavelmente será recebido pelo dono, Andrew Mariani, de 28 anos, e poderá provar em primeira mão os rótulos.
Tratamento semelhante será dado nas mais de 300 vinícolas da região. A maioria aceita visitantes com hora marcada e dificilmente você verá um megaesquema como o montado pela Domaine Chandon, em Napa, onde levas de turistas se revezam entre vinhedos e sala de degustação. Os contatos das vinícolas estão disponíveis no site www.sonomacounty.com. Na dúvida sobre quais escolher? Lancaster Estate, A. Rafanelli e Peay Vineyards são bons pontos de partida.
Antes, depois e no intervalo entre as degustações, dedique-se a conhecer o melhor da produção de queijos da Redwood Hill Farm, especializada em produtos feitos com leite de cabra. Na rota gastronômica dos turistas devem estar, ainda, os sorvetes da La Michoacana (experimente os de caramelo e manga).
Sim, depois de tanto provar, talvez o almoço fique comprometido. Mas tente jantar em grande estilo. Pode ser no Santé, dentro do Sonoma Mission Inn and Spa, que no ano passado recebeu sua primeira estrela Michelin. Entre as melhores pedidas, uma versão adulta do tradicional macarrão com queijo (leva também lagosta e trufas negras) e o peito de pato com arroz de cogumelos e foie gras.
O Rustic, na vinícola de Coppola, e o Estate, de Sondra Bernstein, são outras opções certeiras. A primeira casa da restaurateur, o Girl and the Fig, já é uma instituição. E o Estate, sua mais nova investida, tem tudo para seguir o caminho. Pratos da culinária italiana, como carne de porco com polenta, são destaques do menu.
A vocação artística também está presente. Healdsburg, uma das maiores cidades da região de Sonoma, tem razoável coleção de arte moderna. Nas paredes do Healdsburg Center for the Arts, se revezam artistas locais. Enquanto o Hawley Tasting Room and Gallery exibe paisagens pintadas por Dana Hawley, mulher do vinicultor John Hawley.
Outro produto típico da região, a mostarda, entra com o vinho e o mel no cardápio de terapias dos spa de Sonoma. No Simple Touch, os banhos são com espumante e mostarda. Já no spa do Hotel Healdsburg, com vinho tinto e mel. Rústico de fato não é um bom adjetivo para falar da região.
Saiba mais
Passagem aérea:
O trecho SP-São Francisco- SP custa a partir de R$ 2.540,07 na American
Airlines (aa.com.br); R$ 2.660,42 na United (united.com.br); R$ 2.694,45 na Continental (continental.com) e R$ 2.717,95 na TAM (tam.com.br)
Aluguel de carro:
No Aeroporto de São Francisco, a diária de um carro modelo econômico custa a partir de US$ 40,44 na Alamo (alamo.com); US$ 51,75 na Hertz (hertz.com)
e US$ 74,40 na Avis (avis.com).
Kabir Chibber, NYT - O Estado de S.Paulo
Em Sonoma, as vinícolas tendem a ser mais novas, menores e familiares. A Scribe Winery, por exemplo, é uma das caçulas: fundada em 2007, só mostrará ao mundo seus pinot noirs e chardonnays no ano que vem. Quem tiver a oportunidade de fazer uma visita provavelmente será recebido pelo dono, Andrew Mariani, de 28 anos, e poderá provar em primeira mão os rótulos.
Tratamento semelhante será dado nas mais de 300 vinícolas da região. A maioria aceita visitantes com hora marcada e dificilmente você verá um megaesquema como o montado pela Domaine Chandon, em Napa, onde levas de turistas se revezam entre vinhedos e sala de degustação. Os contatos das vinícolas estão disponíveis no site www.sonomacounty.com. Na dúvida sobre quais escolher? Lancaster Estate, A. Rafanelli e Peay Vineyards são bons pontos de partida.
Antes, depois e no intervalo entre as degustações, dedique-se a conhecer o melhor da produção de queijos da Redwood Hill Farm, especializada em produtos feitos com leite de cabra. Na rota gastronômica dos turistas devem estar, ainda, os sorvetes da La Michoacana (experimente os de caramelo e manga).
Sim, depois de tanto provar, talvez o almoço fique comprometido. Mas tente jantar em grande estilo. Pode ser no Santé, dentro do Sonoma Mission Inn and Spa, que no ano passado recebeu sua primeira estrela Michelin. Entre as melhores pedidas, uma versão adulta do tradicional macarrão com queijo (leva também lagosta e trufas negras) e o peito de pato com arroz de cogumelos e foie gras.
O Rustic, na vinícola de Coppola, e o Estate, de Sondra Bernstein, são outras opções certeiras. A primeira casa da restaurateur, o Girl and the Fig, já é uma instituição. E o Estate, sua mais nova investida, tem tudo para seguir o caminho. Pratos da culinária italiana, como carne de porco com polenta, são destaques do menu.
A vocação artística também está presente. Healdsburg, uma das maiores cidades da região de Sonoma, tem razoável coleção de arte moderna. Nas paredes do Healdsburg Center for the Arts, se revezam artistas locais. Enquanto o Hawley Tasting Room and Gallery exibe paisagens pintadas por Dana Hawley, mulher do vinicultor John Hawley.
Outro produto típico da região, a mostarda, entra com o vinho e o mel no cardápio de terapias dos spa de Sonoma. No Simple Touch, os banhos são com espumante e mostarda. Já no spa do Hotel Healdsburg, com vinho tinto e mel. Rústico de fato não é um bom adjetivo para falar da região.
Saiba mais
Passagem aérea:
O trecho SP-São Francisco- SP custa a partir de R$ 2.540,07 na American
Airlines (aa.com.br); R$ 2.660,42 na United (united.com.br); R$ 2.694,45 na Continental (continental.com) e R$ 2.717,95 na TAM (tam.com.br)
Aluguel de carro:
No Aeroporto de São Francisco, a diária de um carro modelo econômico custa a partir de US$ 40,44 na Alamo (alamo.com); US$ 51,75 na Hertz (hertz.com)
e US$ 74,40 na Avis (avis.com).
Kabir Chibber, NYT - O Estado de S.Paulo
segunda-feira, setembro 06, 2010
Um pouco sobre o vinho no Brasil
No Rio Grande do Sul concentra-se mais de 90% da produção vinícola do país e lá estão as melhores vinícolas brasileiras. A maior parte destas vinícolas está localizada na Serra Gaúcha região de montanha ao norte no estado, destacando-se as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul, seguidas de Flores da Cunha, Farroupilha e Canela, e o restante em Erechin, no noroeste do estado; Jaguari, no sudoeste; Viamão e São Jerônimo, no centro-leste; Bagé, Don Pedrito, Pinheiro Machado e Santana do Livramento, no extremo sul.
Uma pequena parte restante dos vinhos brasileiros é proveniente de diminutas regiões vitivinícolas situadas nos estados de Minas Gerais (municípios de Andradas, Caldas, Poços de Caldas e Santa Rita de Caldas), Paraná, Pernambuco (Santa Maria da Boa Vista e Santo Antão), Santa Catarina (Urussanga) e São Paulo (Jundiaí e São Roque). No entanto, essas regiões cultivam quase que exclusivamente uvas americanas (Isabel, Niágara, etc.) que originam apenas vinhos de categoria inferior. Algumas vinícolas começaram a produzir vinhos elaborados com uvas européias, mas até agora não convenceram. Esperamos que, com seriedade, trabalho e tecnologia essas regiões possam, pelo menos em longo prazo, oferecer vinhos de boa qualidade.
No quadro vinícola descrito para as regiões fora do Rio Grande do Sul, existe uma feliz exceção situada no Nordeste brasileiro. É o promissor Vale do rio São Francisco, especialmente na cidade de Santa Maria da Boa Vista, próxima de Petrolina e Juazeiro, na fronteira de Pernambuco e Bahia.
A vitivinicultura brasileira evoluiu de maneira extraordinária nas duas últimas décadas, e o Brasil produz hoje vinhos de boa qualidade. O atual panorama vinícola brasileiro é animador e, complementando esse salto qualitativo, a partir de setembro de 1995 o Brasil passou a ser membro da OIV (Office International de la Vigne e du Vin ou, simplesmente, Organização Internacional do Vinho), organismo que regula as normas internacionais de produção do vinho, cujo cumprimento resulta, obrigatoriamente, em elevação do padrão de nossos vinhos. Uma das normas que em breve será implantada é a criação e implementação das Denominações de Origem Controladas, como as existentes nos países europeus.
Estamos produzindo bons vinhos varietais (elaborados com um tipo predominante de uva) brancos (das uvas Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, etc.) e tintos (das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, etc.) e muitos deles têm recebido prêmios em concursos internacionais sérios, a maioria deles supervisionados pela OIV.
É preciso, no entanto, que o consumidor brasileiro deixe de comparar os nossos vinhos com os estrangeiros. Sem dúvida, os melhores vinhos do mundo se originam da França, Itália, Espanha, Portugal, Chile e outros países. Entretanto, a rigor não se pode comparar vinhos de regiões diferentes, uvas diferentes e tipos de vinificação diferentes, que lhes conferem estilos diferentes. Do mesmo modo, o vinho brasileiro de qualidade tem o seu estilo. Os brancos são adequados ao nosso clima - frutados, refrescantes, para serem consumidos jovens - e já alcançaram um nível de qualidade que ultrapassa muitos vinhos brancos de países de tradição vinícola. Os tintos já atingiram o nível de muitos vinhos europeus jovens.
Alguns da safra de 1991, a melhor da história da vitivinicultura brasileira, atingiram um surpreendente grau de qualidade e estão melhorando com o envelhecimento na garrafa por mais de sete anos, um tempo antes inimaginável para os vinhos nacionais.
Existem, ainda, dois problemas cruciais que dificultam um maior desenvolvimento da vitivinicultura brasileira. O primeiro é sem dúvida o pequeno consumo (cerca de apenas 2 litros per capita por ano), resultante da falta de tradição vinícola e do baixo poder aquisitivo do brasileiro. O segundo é o preço do vinho nacional, que é relativamente caro, em conseqüência da alta taxação de impostos e de encargos sociais, e não tem conseguido enfrentar os baixos preços de muitos importados.
Infelizmente, a maior parte dos consumidores brasileiros não tem conhecimento desses fatos e continua tomando vinhos importados de qualidade inferior, escolhido pelo pomposo nome de difícil pronúncia ou pelo questionável charme da cor da garrafa.
Os Níveis de Qualidade dos Vinhos Brasileiros
Os vinhos brasileiros estão classificados em dois níveis de qualidade:
1. Vinho de Mesa - vinho inferior, elaborado a partir de variedades de uvas comuns (Concord, Herbemont, Isabel, Seyve Willard, Niágara, etc.) de espécies americanas (Vitis labrusca, Vitis rupestris, etc.).
2. Vinho Fino de Mesa - vinho de mesa diferenciado, elaborado a partir de variedades de uvas nobres (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Pinot Noir, Merlot, Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, etc.) da espécie européia (Vitis vinifera).
Outras Denominações Utilizadas
1. Vinho Varietal - vinho feito com uma só variedade de uva ou com o mínimo de 60% da variedade de uva declarada no rótulo. As boas vinícolas utilizam 100% da variedade declarada.
2. Vinho de Corte (ou de Assemblage) - vinho elaborado a partir de diferentes uvas.
3. Vinho seco - vinho com teor de açúcar menor do que 5 gramas por litro.
4. Vinho demi-sec - vinho com teor de açúcar entre 5-20g/l.
5. Vinho suave - vinho com teor de açúcar maior do que 20g/l.
As Regiões
Com a implantação de um sistema de irrigação eficaz, essa região começou, há duas décadas, a produzir frutas de qualidade e uvas européias que, através controle da irrigação, podem dar até duas safras ao ano! Na década de oitenta, algumas vinícolas lá se instalaram e começaram a produzir vinhos honestos. No entanto, há muito que melhorar, e essa região pode vir a produzir "caldos" realmente surpreendentes.
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul, além de ser o estado de melhor e maior produção vinícola também é sede da UVIBRA (União Brasileira de Vitivinicultura) e da ABE (Associação Brasileira de Enologia) entidades que lutam para a melhoria do vinho brasileiro.
Situada nas montanhas do nordeste do estado, a região da Serra Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se os municípios de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi pelo volume e pela qualidade dos vinhos que produzem, além de outros municípios com produções de qualidade.
Fora da região da Serra Gaúcha existem outras regiões vinícolas do estado, menores, como a região de Viamão e Campanha, sendo que essa última apresenta o maior destaque é a sub-região de Santana do Livramento, no extremo sul do estado.
Serra Gaúcha
A região da Serra está próxima das condições geo-climáticas dos melhores vinhedos do mundo (a faixa ao norte ao sul do planeta, com latitude entre os paralelos trinta e cinqüenta), mas as chuvas costumam ser excessivas, exatamente na época que antecede a colheita, período crucial à maturação das uvas.
Por essa razão, os viticultores da Serra Gaúcha são verdadeiros heróis: obstinados, enfrentam os percalços da natureza, extraem da terra o que de melhor ela pode lhes dar e conseguem, com trabalho árduo e investimentos em tecnologia, produzir vinhos que surpreendem e melhoram em qualidade a cada dia.
Hoje, as melhores vinícolas da Serra Gaúcha utilizam cepas nobres e contam com a mais avançada tecnologia, idêntica à utilizada nos principais países vinícolas da Europa. A qualidade de seus vinhos certamente continuará a melhorar, pois em breve serão implantadas as primeiras Denominações de Origem Controladas do país, como conseqüência de estudos que vêm sendo desenvolvidos há muitos anos na região.
Além de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi, existem ainda cerca de trinta e cinco municípios da Serra, cuja produção vinícola é voltada mais para o vinho de mesa, os chamados vinhos coloniais.
Outros municípios da Serra Gaúcha, como Antônio Prado, Canela, Carlos Barbosa, Farroupilha, Flores da Cunha, Guaporé, São Marcos e Veranópolis produzem pequenas quantidades de vinhos finos.
Fora da região da Serra Gaúcha existem outras regiões vinícolas do estado, menores, como a região de Viamão e Campanha, sendo que essa última apresenta o maior destaque é a sub-região de Santana do Livramento, no extremo sul do estado.
Bento Gonçalves
Bento Gonçalves aloja grande parte das mais prestigiadas vinícolas do país. Percorrer as linhas (linhas de demarcação das terras dos primeiros colonos) nos arredores da cidade é uma experiência inesquecível. O Vale dos Vinhedos situado na parte sul do município é um festival de cores, aromas e sabores para seus visitantes, em seus vinhedos e cantinas vinícolas, muitas das quais investindo pesado no turismo enogastronômico.
A Casa Valduga, por exemplo, possui ótimo restaurante de cozinha italiana e uma bela pousada para os amantes do bem beber e comer. Também a vinícola Miolo possui a aconchegante Osteria Mamma Miolo, onde pode-se saborear desde pratos italianos até um javali assado.
Em Bento Gonçalves, a tradição vinícola artesanal, trazida pelos imigrantes italianos, foi seguida pela modernização, com adoção e aprimoramento da tecnologia. Lá também estão sediadas duas instituições públicas da maior importância na pesquisa e no ensino enológicos: a Embrapa, com um excelente centro de pesquisa, e a Escola Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek que vem formando gerações de técnicos em enologia e, a partir de 1995, passou a ter o Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia, o primeiro centro de formação de enólogos no país e um dos raros nas Américas.
Para qualquer enófilo indo ao Rio Grande, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha e, em particular, Bento Gonçalves.
Caxias do Sul
Caxias aloja algumas vinícolas de qualidade situadas nos arredores do município. Os destaques são a Remy-Lacave, pelo enorme castelo sede da vinícola (réplica de um castelo medieval europeu) e, especialmente, a Juan Carrau - Velho Museu, com o seu Atelier do Vinho, pequena e charmosa vinícola fonte de vinhos muito corretos. De menor porte, a vinícola Zanrosso (Granja do Vale) já apresenta vinhos de qualidade.
Garibaldi
Garibaldi, cidade bucólica e hospitaleira da Serra Gaúcha, é muito conhecida como a capital do champanha, o vinho espumante brasileiro, pois lá estão sediadas várias empresas especialistas na produção desses vinhos, alguns deles entre os melhores do país. No entanto, algumas vinícolas, como a De Lantier e a Chandon, produzem alguns dos melhores vinhos tranqüilos (não espumantes) do país.
Outras Regiões do Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul apresenta outros municípios vinícolas situados fora da Serra Gaúcha, a saber: Erechin, no noroeste do estado; Jaguari, no sudoeste; Viamão e São Jerônimo, no centro-leste; Bagé, Don Pedrito, Pinheiro Machado e Santana do Livramento, no extremo sul.
Desses municípios, merece destaque Santana do Livramento, quase na fronteira com o Uruguai, bem próxima do início da faixa considerada ideal para a vitivinicultura, entre os paralelos trinta e cinqüenta. Ali não existem os problemas climáticos da Serra Gaúcha e tem se avançado na produção de uvas européias e vinhos de qualidade. Com o bom clima local, o investimento em tecnologia e a vontade das empresas, a região certamente passará a uma posição de destaque no panorama vinícola nacional. O problema é que empresas vinícolas de grande porte lá instaladas há mais tempo (e que já chegaram a produzir bons vinhos!), hoje apostam em vinhos "docinhos”, muito vendáveis, mas longe de conquistar o consumidor mais exigente. Aliás, esses vinhos constituem um raro exemplo no mundo vinícola de vinhos demi-sec (adocicados), elaborados com uvas européi as nobres como a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Chardonnay e outras, configurando, sem dúvida, um desperdício de matéria prima nobre! Resta-nos como consolo, o fato do consumidor menos exigente e menos informado poder comprar seus vinhos "docinhos" nacionais, em vez dos importados que, infelizmente, invadem nosso mercado e não geram empregos, nem divisas para o país!
As Variedades
UVAS TINTAS
Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Petite Syrah, Pinot Noir, Gamay, Malbec, Merlot, Zinfandel
UVAS BRANCAS
Chenin Blanc, Moscato Canelli, Sauvignon Blanc, Sylvaner, Chardonnay, Gewürztraminer, Pinot Blanc, Malvasia, Moscato, Riesling Itálico, Riesling Renano, Semillon, Trebbiano (Saint Emilion ou Ugni Blanc)
Fonte: Academia do Vinho
Uma pequena parte restante dos vinhos brasileiros é proveniente de diminutas regiões vitivinícolas situadas nos estados de Minas Gerais (municípios de Andradas, Caldas, Poços de Caldas e Santa Rita de Caldas), Paraná, Pernambuco (Santa Maria da Boa Vista e Santo Antão), Santa Catarina (Urussanga) e São Paulo (Jundiaí e São Roque). No entanto, essas regiões cultivam quase que exclusivamente uvas americanas (Isabel, Niágara, etc.) que originam apenas vinhos de categoria inferior. Algumas vinícolas começaram a produzir vinhos elaborados com uvas européias, mas até agora não convenceram. Esperamos que, com seriedade, trabalho e tecnologia essas regiões possam, pelo menos em longo prazo, oferecer vinhos de boa qualidade.
No quadro vinícola descrito para as regiões fora do Rio Grande do Sul, existe uma feliz exceção situada no Nordeste brasileiro. É o promissor Vale do rio São Francisco, especialmente na cidade de Santa Maria da Boa Vista, próxima de Petrolina e Juazeiro, na fronteira de Pernambuco e Bahia.
A vitivinicultura brasileira evoluiu de maneira extraordinária nas duas últimas décadas, e o Brasil produz hoje vinhos de boa qualidade. O atual panorama vinícola brasileiro é animador e, complementando esse salto qualitativo, a partir de setembro de 1995 o Brasil passou a ser membro da OIV (Office International de la Vigne e du Vin ou, simplesmente, Organização Internacional do Vinho), organismo que regula as normas internacionais de produção do vinho, cujo cumprimento resulta, obrigatoriamente, em elevação do padrão de nossos vinhos. Uma das normas que em breve será implantada é a criação e implementação das Denominações de Origem Controladas, como as existentes nos países europeus.
Estamos produzindo bons vinhos varietais (elaborados com um tipo predominante de uva) brancos (das uvas Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, etc.) e tintos (das uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, etc.) e muitos deles têm recebido prêmios em concursos internacionais sérios, a maioria deles supervisionados pela OIV.
É preciso, no entanto, que o consumidor brasileiro deixe de comparar os nossos vinhos com os estrangeiros. Sem dúvida, os melhores vinhos do mundo se originam da França, Itália, Espanha, Portugal, Chile e outros países. Entretanto, a rigor não se pode comparar vinhos de regiões diferentes, uvas diferentes e tipos de vinificação diferentes, que lhes conferem estilos diferentes. Do mesmo modo, o vinho brasileiro de qualidade tem o seu estilo. Os brancos são adequados ao nosso clima - frutados, refrescantes, para serem consumidos jovens - e já alcançaram um nível de qualidade que ultrapassa muitos vinhos brancos de países de tradição vinícola. Os tintos já atingiram o nível de muitos vinhos europeus jovens.
Alguns da safra de 1991, a melhor da história da vitivinicultura brasileira, atingiram um surpreendente grau de qualidade e estão melhorando com o envelhecimento na garrafa por mais de sete anos, um tempo antes inimaginável para os vinhos nacionais.
Existem, ainda, dois problemas cruciais que dificultam um maior desenvolvimento da vitivinicultura brasileira. O primeiro é sem dúvida o pequeno consumo (cerca de apenas 2 litros per capita por ano), resultante da falta de tradição vinícola e do baixo poder aquisitivo do brasileiro. O segundo é o preço do vinho nacional, que é relativamente caro, em conseqüência da alta taxação de impostos e de encargos sociais, e não tem conseguido enfrentar os baixos preços de muitos importados.
Infelizmente, a maior parte dos consumidores brasileiros não tem conhecimento desses fatos e continua tomando vinhos importados de qualidade inferior, escolhido pelo pomposo nome de difícil pronúncia ou pelo questionável charme da cor da garrafa.
Os Níveis de Qualidade dos Vinhos Brasileiros
Os vinhos brasileiros estão classificados em dois níveis de qualidade:
1. Vinho de Mesa - vinho inferior, elaborado a partir de variedades de uvas comuns (Concord, Herbemont, Isabel, Seyve Willard, Niágara, etc.) de espécies americanas (Vitis labrusca, Vitis rupestris, etc.).
2. Vinho Fino de Mesa - vinho de mesa diferenciado, elaborado a partir de variedades de uvas nobres (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Pinot Noir, Merlot, Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, etc.) da espécie européia (Vitis vinifera).
Outras Denominações Utilizadas
1. Vinho Varietal - vinho feito com uma só variedade de uva ou com o mínimo de 60% da variedade de uva declarada no rótulo. As boas vinícolas utilizam 100% da variedade declarada.
2. Vinho de Corte (ou de Assemblage) - vinho elaborado a partir de diferentes uvas.
3. Vinho seco - vinho com teor de açúcar menor do que 5 gramas por litro.
4. Vinho demi-sec - vinho com teor de açúcar entre 5-20g/l.
5. Vinho suave - vinho com teor de açúcar maior do que 20g/l.
As Regiões
Com a implantação de um sistema de irrigação eficaz, essa região começou, há duas décadas, a produzir frutas de qualidade e uvas européias que, através controle da irrigação, podem dar até duas safras ao ano! Na década de oitenta, algumas vinícolas lá se instalaram e começaram a produzir vinhos honestos. No entanto, há muito que melhorar, e essa região pode vir a produzir "caldos" realmente surpreendentes.
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul, além de ser o estado de melhor e maior produção vinícola também é sede da UVIBRA (União Brasileira de Vitivinicultura) e da ABE (Associação Brasileira de Enologia) entidades que lutam para a melhoria do vinho brasileiro.
Situada nas montanhas do nordeste do estado, a região da Serra Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se os municípios de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi pelo volume e pela qualidade dos vinhos que produzem, além de outros municípios com produções de qualidade.
Fora da região da Serra Gaúcha existem outras regiões vinícolas do estado, menores, como a região de Viamão e Campanha, sendo que essa última apresenta o maior destaque é a sub-região de Santana do Livramento, no extremo sul do estado.
Serra Gaúcha
A região da Serra está próxima das condições geo-climáticas dos melhores vinhedos do mundo (a faixa ao norte ao sul do planeta, com latitude entre os paralelos trinta e cinqüenta), mas as chuvas costumam ser excessivas, exatamente na época que antecede a colheita, período crucial à maturação das uvas.
Por essa razão, os viticultores da Serra Gaúcha são verdadeiros heróis: obstinados, enfrentam os percalços da natureza, extraem da terra o que de melhor ela pode lhes dar e conseguem, com trabalho árduo e investimentos em tecnologia, produzir vinhos que surpreendem e melhoram em qualidade a cada dia.
Hoje, as melhores vinícolas da Serra Gaúcha utilizam cepas nobres e contam com a mais avançada tecnologia, idêntica à utilizada nos principais países vinícolas da Europa. A qualidade de seus vinhos certamente continuará a melhorar, pois em breve serão implantadas as primeiras Denominações de Origem Controladas do país, como conseqüência de estudos que vêm sendo desenvolvidos há muitos anos na região.
Além de Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi, existem ainda cerca de trinta e cinco municípios da Serra, cuja produção vinícola é voltada mais para o vinho de mesa, os chamados vinhos coloniais.
Outros municípios da Serra Gaúcha, como Antônio Prado, Canela, Carlos Barbosa, Farroupilha, Flores da Cunha, Guaporé, São Marcos e Veranópolis produzem pequenas quantidades de vinhos finos.
Fora da região da Serra Gaúcha existem outras regiões vinícolas do estado, menores, como a região de Viamão e Campanha, sendo que essa última apresenta o maior destaque é a sub-região de Santana do Livramento, no extremo sul do estado.
Bento Gonçalves
Bento Gonçalves aloja grande parte das mais prestigiadas vinícolas do país. Percorrer as linhas (linhas de demarcação das terras dos primeiros colonos) nos arredores da cidade é uma experiência inesquecível. O Vale dos Vinhedos situado na parte sul do município é um festival de cores, aromas e sabores para seus visitantes, em seus vinhedos e cantinas vinícolas, muitas das quais investindo pesado no turismo enogastronômico.
A Casa Valduga, por exemplo, possui ótimo restaurante de cozinha italiana e uma bela pousada para os amantes do bem beber e comer. Também a vinícola Miolo possui a aconchegante Osteria Mamma Miolo, onde pode-se saborear desde pratos italianos até um javali assado.
Em Bento Gonçalves, a tradição vinícola artesanal, trazida pelos imigrantes italianos, foi seguida pela modernização, com adoção e aprimoramento da tecnologia. Lá também estão sediadas duas instituições públicas da maior importância na pesquisa e no ensino enológicos: a Embrapa, com um excelente centro de pesquisa, e a Escola Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek que vem formando gerações de técnicos em enologia e, a partir de 1995, passou a ter o Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia, o primeiro centro de formação de enólogos no país e um dos raros nas Américas.
Para qualquer enófilo indo ao Rio Grande, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha e, em particular, Bento Gonçalves.
Caxias do Sul
Caxias aloja algumas vinícolas de qualidade situadas nos arredores do município. Os destaques são a Remy-Lacave, pelo enorme castelo sede da vinícola (réplica de um castelo medieval europeu) e, especialmente, a Juan Carrau - Velho Museu, com o seu Atelier do Vinho, pequena e charmosa vinícola fonte de vinhos muito corretos. De menor porte, a vinícola Zanrosso (Granja do Vale) já apresenta vinhos de qualidade.
Garibaldi
Garibaldi, cidade bucólica e hospitaleira da Serra Gaúcha, é muito conhecida como a capital do champanha, o vinho espumante brasileiro, pois lá estão sediadas várias empresas especialistas na produção desses vinhos, alguns deles entre os melhores do país. No entanto, algumas vinícolas, como a De Lantier e a Chandon, produzem alguns dos melhores vinhos tranqüilos (não espumantes) do país.
Outras Regiões do Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul apresenta outros municípios vinícolas situados fora da Serra Gaúcha, a saber: Erechin, no noroeste do estado; Jaguari, no sudoeste; Viamão e São Jerônimo, no centro-leste; Bagé, Don Pedrito, Pinheiro Machado e Santana do Livramento, no extremo sul.
Desses municípios, merece destaque Santana do Livramento, quase na fronteira com o Uruguai, bem próxima do início da faixa considerada ideal para a vitivinicultura, entre os paralelos trinta e cinqüenta. Ali não existem os problemas climáticos da Serra Gaúcha e tem se avançado na produção de uvas européias e vinhos de qualidade. Com o bom clima local, o investimento em tecnologia e a vontade das empresas, a região certamente passará a uma posição de destaque no panorama vinícola nacional. O problema é que empresas vinícolas de grande porte lá instaladas há mais tempo (e que já chegaram a produzir bons vinhos!), hoje apostam em vinhos "docinhos”, muito vendáveis, mas longe de conquistar o consumidor mais exigente. Aliás, esses vinhos constituem um raro exemplo no mundo vinícola de vinhos demi-sec (adocicados), elaborados com uvas européi as nobres como a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Chardonnay e outras, configurando, sem dúvida, um desperdício de matéria prima nobre! Resta-nos como consolo, o fato do consumidor menos exigente e menos informado poder comprar seus vinhos "docinhos" nacionais, em vez dos importados que, infelizmente, invadem nosso mercado e não geram empregos, nem divisas para o país!
As Variedades
UVAS TINTAS
Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Petite Syrah, Pinot Noir, Gamay, Malbec, Merlot, Zinfandel
UVAS BRANCAS
Chenin Blanc, Moscato Canelli, Sauvignon Blanc, Sylvaner, Chardonnay, Gewürztraminer, Pinot Blanc, Malvasia, Moscato, Riesling Itálico, Riesling Renano, Semillon, Trebbiano (Saint Emilion ou Ugni Blanc)
Fonte: Academia do Vinho
A Semântica da Degustação
Para quem gosta de conhecer o vinho saiu, finalmente, uma obra de leitura obrigatória: a tradução de “Le goût du vin”, de Émile Peynaud (O gosto do vinho, São Paulo, Martins Fontes, 2010).
Até o século XVIII, os livros sobre o vinho versavam sobre o plantio da vinha, sobre os usos medicinais do fermentado e sobre sua elaboração, raramente dedicando-se a apreciação da bebida. Apenas em 1793 o termo “provador” foi designado pelos lexicógrafos franceses (1) como “aquele cujo ofício é provar vinhos”, e a palavra “degustar” só surgiu nos textos franceses em 1813. Na literatura do século XIX houve um “quase-silêncio” intelectual sobre o vinho, onde ele figura sempre como um acompanhamento ou complemento do comer, tornando-o, assim, tributário da literatura gastronômica mais geral até que, por volta de 1970, com o surgimento da Revue dês Vins de France, os dois discursos se dissociam. Até o surgimento do livro de Peynaud, em 1980, o vinho estava subsumido nos estudos de alcoolização (2), sem “dignidade” como tema cultural. Mas Peynaud introduz, finalmente, a abordagem sensorial e abre a possibilidade da intelectualização que faz emergir o moderno discurso enológico francês: tradição, vínculo com o lugar, distinção, estética, autenticidade, artesanato e região.
Um dos capítulos mais interessantes é aquele sobre “As palavras do vinho”. Nele, analisa a linguagem dos degustadores e a semântica da degustação. “O cronista que fala de vinhos ‘engraçados, divertidos, elegantes, espirituosos, impactantes, maliciosos’ (e seria fácil aumentar insignificância e ele próprio merece alguns desses adjetivos” (3). É o capítulo que analisa o que incomoda não poucas pessoas: a verborragia. E como faz essa análise? A partir das técnicas de análise de texto, especialmente da lingüística de corpus, quando aparece o abuso de certos termos – como “frutas vermelhas e negras” – “Essas observações de especialistas da semântica podem surpreender, desamparar o degustador habitual; elas têm o grande mérito de sensibilizá-lo para o uso correto de um bom vocabulário, claro, útil e compreensível para todos”.
Para Peynaud, aquele que cria uma ficção no terreno da linguagem é um pseudo-poeta que constrói um vinho literário, que não existe. Para quem simplesmente quer se informar sobre escolhas a fazer, ele não ajuda, só atrapalha.
1 O primeiro livro a tentar analisar a ciência da degustação foi provavelmente “The History of Ancient and Modern Wines” escrito em 1824 pelo Dr. Alexander Henderson. A obra “Études sur le vin” de Louis Pasteur, publicada em 1866, foi de grande importância. Esta publicação científica, ao explicar a fermentação alcoólica e o papel do oxigênio na degradação dos vinhos, suscitou uma vontade maior de compreender a bebida.
2 “Bebida, abstinência e temperança - na história antiga e moderna” (São Paulo, editora SENAC, 2010) de Henrique Carneiro, professor da USP, faz uma análise da história moral da embriaguez, baseada em referências da tradição ocidental e atitudes sociais diante desse estado especial. O autor faz um percurso histórico sobre as formas culturais de ingestão, das práticas, dos atos e gestos diante do álcool.
3 Extraído do prefácio: “ Os bons vinhos incitam à sobriedade, sendo o alcoolismo a punição do mal beber. (…) Eu queria que este livro vos ensinasse também a falar do vinho. Beber vinho não é um prazer solitário, mas comunicativo. Se for bom, dizei-o da mesma maneira que mais vos apetecer. Há poucos prazeres capazes de tornar tão eloquentes como o de partilhar um copo. “
Até o século XVIII, os livros sobre o vinho versavam sobre o plantio da vinha, sobre os usos medicinais do fermentado e sobre sua elaboração, raramente dedicando-se a apreciação da bebida. Apenas em 1793 o termo “provador” foi designado pelos lexicógrafos franceses (1) como “aquele cujo ofício é provar vinhos”, e a palavra “degustar” só surgiu nos textos franceses em 1813. Na literatura do século XIX houve um “quase-silêncio” intelectual sobre o vinho, onde ele figura sempre como um acompanhamento ou complemento do comer, tornando-o, assim, tributário da literatura gastronômica mais geral até que, por volta de 1970, com o surgimento da Revue dês Vins de France, os dois discursos se dissociam. Até o surgimento do livro de Peynaud, em 1980, o vinho estava subsumido nos estudos de alcoolização (2), sem “dignidade” como tema cultural. Mas Peynaud introduz, finalmente, a abordagem sensorial e abre a possibilidade da intelectualização que faz emergir o moderno discurso enológico francês: tradição, vínculo com o lugar, distinção, estética, autenticidade, artesanato e região.
Um dos capítulos mais interessantes é aquele sobre “As palavras do vinho”. Nele, analisa a linguagem dos degustadores e a semântica da degustação. “O cronista que fala de vinhos ‘engraçados, divertidos, elegantes, espirituosos, impactantes, maliciosos’ (e seria fácil aumentar insignificância e ele próprio merece alguns desses adjetivos” (3). É o capítulo que analisa o que incomoda não poucas pessoas: a verborragia. E como faz essa análise? A partir das técnicas de análise de texto, especialmente da lingüística de corpus, quando aparece o abuso de certos termos – como “frutas vermelhas e negras” – “Essas observações de especialistas da semântica podem surpreender, desamparar o degustador habitual; elas têm o grande mérito de sensibilizá-lo para o uso correto de um bom vocabulário, claro, útil e compreensível para todos”.
Para Peynaud, aquele que cria uma ficção no terreno da linguagem é um pseudo-poeta que constrói um vinho literário, que não existe. Para quem simplesmente quer se informar sobre escolhas a fazer, ele não ajuda, só atrapalha.
1 O primeiro livro a tentar analisar a ciência da degustação foi provavelmente “The History of Ancient and Modern Wines” escrito em 1824 pelo Dr. Alexander Henderson. A obra “Études sur le vin” de Louis Pasteur, publicada em 1866, foi de grande importância. Esta publicação científica, ao explicar a fermentação alcoólica e o papel do oxigênio na degradação dos vinhos, suscitou uma vontade maior de compreender a bebida.
2 “Bebida, abstinência e temperança - na história antiga e moderna” (São Paulo, editora SENAC, 2010) de Henrique Carneiro, professor da USP, faz uma análise da história moral da embriaguez, baseada em referências da tradição ocidental e atitudes sociais diante desse estado especial. O autor faz um percurso histórico sobre as formas culturais de ingestão, das práticas, dos atos e gestos diante do álcool.
3 Extraído do prefácio: “ Os bons vinhos incitam à sobriedade, sendo o alcoolismo a punição do mal beber. (…) Eu queria que este livro vos ensinasse também a falar do vinho. Beber vinho não é um prazer solitário, mas comunicativo. Se for bom, dizei-o da mesma maneira que mais vos apetecer. Há poucos prazeres capazes de tornar tão eloquentes como o de partilhar um copo. “
sábado, setembro 04, 2010
Vinho Verde exporta mais
De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes aos primeiros cinco meses de 2010, o Vinho Verde exportou mais 1,2 milhões de euros (mais de 453 mil litros) do que em período homólogo de 2009. Se nos primeiros cinco meses de 2009 foram exportados cerca de 5,907 milhões de litros de Vinho Verde (mais de 13,476 milhões de euros), este ano, as vendas para os mercados externos ascenderam aos 6,361 milhões de litros (cerca de 14,680 milhões euros).
Entre os principais países importadores de Vinho Verde destacam-se os Estados Unidos da América, cujo consumo tem vindo a aumentar consideravelmente, evidenciando-se como líder do mercado internacional. 1,733 milhões de litros de Vinho Verde (equivalente a mais de 3,7 milhões de euros) foi a quantidade de Vinho Verde exportada para os EUA durante os cinco primeiros meses de 2010. São mais 415 mil e 642 litros de Vinho Verde comparativamente a período homólogo de 2009.
Os dados apresentados reafirmam França, Brasil e Reino Unido como alguns dos principais mercados externos. Em França, com o aumento de mais de 65 mil litros de vinho adquiridos este ano, os valores ultrapassaram os 712 mil litros. Para o Brasil, o crescimento foi de 121.160 litros de Vinho Verde, passando para cerca de 320 mil litros, em 2010. Relativamente ao Reino Unido, no ano passado, o consumo entre Janeiro e Maio rondava os 163.659 litros (cerca de 293.388 de euros). Com um aumento de quase 74 mil litros, o Reino Unido passou a consumir 237.363 litros de Vinho Verde, em igual período de 2010.
De referir que a Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) desenvolve, anualmente, um programa de promoção que compreende cerca de 100 acções, num investimento que ronda o milhão e meio de euros, direccionado especificamente para os mercados externos.
Em entrevista ao Jornal Hipersuper (ver edição 261, de 20 de Maio de 2010), Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, admitia que “o Vinho Verde de hoje nada tem a ver com os Verdes que se produziam há 15 anos” e que o sucesso se deve “a uma revolução silenciosa de renovação de vinhas, adegas, profissionalismo e enológica”.
Na altura, Manuel Pinheiro admitia, também, que teria de existir “um novo perfil de Vinho Verde porque o consumidor mudou”, deixando o recado de que “a pessoa mais importante na produção de vinho é o consumidor”.
Por Victor Jorge
Entre os principais países importadores de Vinho Verde destacam-se os Estados Unidos da América, cujo consumo tem vindo a aumentar consideravelmente, evidenciando-se como líder do mercado internacional. 1,733 milhões de litros de Vinho Verde (equivalente a mais de 3,7 milhões de euros) foi a quantidade de Vinho Verde exportada para os EUA durante os cinco primeiros meses de 2010. São mais 415 mil e 642 litros de Vinho Verde comparativamente a período homólogo de 2009.
Os dados apresentados reafirmam França, Brasil e Reino Unido como alguns dos principais mercados externos. Em França, com o aumento de mais de 65 mil litros de vinho adquiridos este ano, os valores ultrapassaram os 712 mil litros. Para o Brasil, o crescimento foi de 121.160 litros de Vinho Verde, passando para cerca de 320 mil litros, em 2010. Relativamente ao Reino Unido, no ano passado, o consumo entre Janeiro e Maio rondava os 163.659 litros (cerca de 293.388 de euros). Com um aumento de quase 74 mil litros, o Reino Unido passou a consumir 237.363 litros de Vinho Verde, em igual período de 2010.
De referir que a Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) desenvolve, anualmente, um programa de promoção que compreende cerca de 100 acções, num investimento que ronda o milhão e meio de euros, direccionado especificamente para os mercados externos.
Em entrevista ao Jornal Hipersuper (ver edição 261, de 20 de Maio de 2010), Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, admitia que “o Vinho Verde de hoje nada tem a ver com os Verdes que se produziam há 15 anos” e que o sucesso se deve “a uma revolução silenciosa de renovação de vinhas, adegas, profissionalismo e enológica”.
Na altura, Manuel Pinheiro admitia, também, que teria de existir “um novo perfil de Vinho Verde porque o consumidor mudou”, deixando o recado de que “a pessoa mais importante na produção de vinho é o consumidor”.
Por Victor Jorge
Vinho no caminho do bem
No começo da última semana chegou ao Brasil uma dupla que está rodando o mundo de vinícola em vinícola. Mais do que fazer enoturismo, Anja Cheriakova e Georges Janssens estão recolhendo garrafas por onde passam para, no ano que vem, promover um leilão que financiará projetos humanitários no Laos.
Batizado de World Wine Tour, o roteiro teve início na Holanda (onde os dois moram), saltou para a Ásia, retornou até a ponta da África, voou à Oceania e entrou nas Américas pelo norte. O Brasil é a primeira parada depois dos Estados Unidos. A previsão é que eles fiquem por aqui até 16 de setembro, quando partem para visitar nossos vizinhos andinos. Depois disso, é voltar para a Europa, totalizando cerca de 20 países e 300 vinícolas. Os rótulos serão arrematados em maio de 2011 em Hong Kong, com a meta de somar R$ 150 mil.
No trecho verde e amarelo da viagem, a programação inclui conhecer de 15 a 20 cantinas. A logística local tem o apoio do Wines of Brasil, projeto setorial de promoção dos vinhos brasileiros no Exterior. O diário de bordo desta aventura está um pouco desatualizado, mas quem quiser saber mais pode acessar www.worldwinetour2010.com
Postado por Maurício Roloff
Batizado de World Wine Tour, o roteiro teve início na Holanda (onde os dois moram), saltou para a Ásia, retornou até a ponta da África, voou à Oceania e entrou nas Américas pelo norte. O Brasil é a primeira parada depois dos Estados Unidos. A previsão é que eles fiquem por aqui até 16 de setembro, quando partem para visitar nossos vizinhos andinos. Depois disso, é voltar para a Europa, totalizando cerca de 20 países e 300 vinícolas. Os rótulos serão arrematados em maio de 2011 em Hong Kong, com a meta de somar R$ 150 mil.
No trecho verde e amarelo da viagem, a programação inclui conhecer de 15 a 20 cantinas. A logística local tem o apoio do Wines of Brasil, projeto setorial de promoção dos vinhos brasileiros no Exterior. O diário de bordo desta aventura está um pouco desatualizado, mas quem quiser saber mais pode acessar www.worldwinetour2010.com
Postado por Maurício Roloff
quinta-feira, setembro 02, 2010
O consumo de vinhos cresce aceleradamente no Brasil.
Sommelier do Antiquarios fala sobre o vinho no Brasil
O consumo de vinhos cresce aceleradamente no Brasil. Nunca se viu os brasileiros bebendo tanto vinho. Só no ano passado, o consumo foi de 13,4 milhões de litros a mais do que o ano passado. É praticamente um crescimento de 4,6 milhões de litros por ano.
De acordo com dados da União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), entre nacionais e importados, o consumo de vinhos saltou de 49 milhões de litros em 2002 para 59 em 2005 e em 2007 esse número passou para 78 milhões. Já o consumo de espumantes quase dobrou no período, passando de 6 milhões de litros para 10,5 milhões. Trata-se do melhor resultado da história do país. O interesse no vinho também pode ser medido pela procura por cursos, segundo a ABS-Associação Brasileira de Sommeliers- vem crescendo 30% ao ano desde 2003.
Mesmo assim, há uma sensação entre produtores e importados de que o vinho ainda não alcançou todo o potencial que poderia no Brasil. A algum tempo atrás os brasileiros não tinham o habito de beber um vinho durante as refeições, antes a cachaça e a cerveja predominavam, mas isso vem mudando o consumo foi crescendo pouco a pouco.
Segundo Vitório Sommelier do restaurante Antiquarius Grill (Barra da Tijuca) o clima do Brasil tem grande influencia sobre esses dados. “O clima quente pede mais um vinho rose bem leve.” Para Vitório o consumo tende realmente a aumentar, os restaurantes estão contratando mais sommeliers, “ As pessoas estão criando o habito de beber vinhos durante as refeições.”
A produção de vinhos no Brasil também vem mostrando um aumento considerável, o mercado de vinho no Brasil cresceu 20% em 2007, quando foram comercializados 78 milhões de litros da bebida. “O Brasil esta começando a produzir mais vinhos de qualidade como por exemplo, os vinhos do Vale São Francisco, fora isso temos também espumantes de excelente qualidade até melhor que alguns importados. Já existem inclusive, alguns vinhos Brasileiros entrando em concursos e sendo reconhecidos.” Afirma o Sommelier Vitório.
E ele realmente tem razão O espumante vem se mostrando a grande vocação do País. Segundo a ABE – Associação Brasileira de Enologia, em 2007, os vinhos brasileiros ganharam 109 prêmios internacionais, dos quais 60 foram para espumantes.
Por: Thais Aguiar
O consumo de vinhos cresce aceleradamente no Brasil. Nunca se viu os brasileiros bebendo tanto vinho. Só no ano passado, o consumo foi de 13,4 milhões de litros a mais do que o ano passado. É praticamente um crescimento de 4,6 milhões de litros por ano.
De acordo com dados da União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), entre nacionais e importados, o consumo de vinhos saltou de 49 milhões de litros em 2002 para 59 em 2005 e em 2007 esse número passou para 78 milhões. Já o consumo de espumantes quase dobrou no período, passando de 6 milhões de litros para 10,5 milhões. Trata-se do melhor resultado da história do país. O interesse no vinho também pode ser medido pela procura por cursos, segundo a ABS-Associação Brasileira de Sommeliers- vem crescendo 30% ao ano desde 2003.
Mesmo assim, há uma sensação entre produtores e importados de que o vinho ainda não alcançou todo o potencial que poderia no Brasil. A algum tempo atrás os brasileiros não tinham o habito de beber um vinho durante as refeições, antes a cachaça e a cerveja predominavam, mas isso vem mudando o consumo foi crescendo pouco a pouco.
Segundo Vitório Sommelier do restaurante Antiquarius Grill (Barra da Tijuca) o clima do Brasil tem grande influencia sobre esses dados. “O clima quente pede mais um vinho rose bem leve.” Para Vitório o consumo tende realmente a aumentar, os restaurantes estão contratando mais sommeliers, “ As pessoas estão criando o habito de beber vinhos durante as refeições.”
A produção de vinhos no Brasil também vem mostrando um aumento considerável, o mercado de vinho no Brasil cresceu 20% em 2007, quando foram comercializados 78 milhões de litros da bebida. “O Brasil esta começando a produzir mais vinhos de qualidade como por exemplo, os vinhos do Vale São Francisco, fora isso temos também espumantes de excelente qualidade até melhor que alguns importados. Já existem inclusive, alguns vinhos Brasileiros entrando em concursos e sendo reconhecidos.” Afirma o Sommelier Vitório.
E ele realmente tem razão O espumante vem se mostrando a grande vocação do País. Segundo a ABE – Associação Brasileira de Enologia, em 2007, os vinhos brasileiros ganharam 109 prêmios internacionais, dos quais 60 foram para espumantes.
Por: Thais Aguiar
sábado, agosto 07, 2010
Rota dos vinhos no Vale dos Vinhedos
Aproveite as vinícolas da Serra Gaúcha para fazer uma viagem pelos sabores dos tintos, brancos e espumantes brasileiros
Camila Sayuri, especial para o iG
Um dos destinos mais visitados do Brasil, a Serra Gaúcha atrai milhares de turistas não apenas pelas charmosas cidades de Gramado e Canela. Há quem procure no friozinho das montanhas o cheiro das uvas, a paisagem dos parrerais, o sotaque italiano dos moradores e os sabores dos bons vinhos.
Localizado a 120 quilômetros de Porto Alegre, o Vale dos Vinhedos fica entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. A região que recebeu os primeiros imigrantes italianos, em 1985, é a principal produtora de vinhos e espumantes do Brasil.
São mais de 30 vinícolas na região, que produzem bebidas de qualidade internacionalmente reconhecida. Assim como em Bordeaux e Napa Valley, os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos recebem o selo de Indicação de Procedência.
Várias das vinícolas da região têm visitas guiadas por enólogos, com degustação de vinhos e lojas de produtos. Algumas delas possuem ainda restaurantes e pousada em suas dependências. As visitas podem ser realizadas o ano todo. Entre dezembro e março, porém, ocorre a colheita e os parreirais estão cheios de uva.
A viagem pelo Vale dos Vinhedos pode ter início na cidade de Bento Gonçalves, conhecida como a capital brasileira do vinho. Lá, a bebida se faz presente até longe dos parreirais. A igreja São Bento e o pórtico da cidade têm o curioso formato de pipa (uma espécie de barril) de vinho. Tem até um spa do vinho da rede francesa Caudalie.
Garibaldi, por sua vez, é uma das principais produtoras de espumante do mundo, concentrando 80% da produção nacional. Lá, estão empresas famosas como a Chandon e a Pelegrino.
Como as vinícolas são próximas umas das outras, é possível, de carro pelas estradinhas sinuosas, circular por várias delas num único dia. Uma opção para quem não quiser pegar no volante, principalmente depois de ter degustado goles e goles de vinho, é contratar um passeio com as agências de turismo local. Elas oferecem pacotes que combinam diferentes vinícolas, restaurantes e lojas. Para os mais aventureiros, é uma boa pedida conhecer a região de bicicleta.
Selecionamos algumas vinícolas imperdiveís no Vale dos Vinhedos
EM BENTO GONÇALVES...
Casa Valduga - Linha Leopoldina, s/nº
A Casa Valduga oferece, além das visitas guiadas, degustação e venda de produtos, a opção de hospedagem em suas quatro pousadas. O local possui ainda uma osteria e uma cantina italiana. É também proprietária da Casa da Madeira, que produz geléias, doces, suco de uva e vinagre. Para quem ainda sim quiser saber mais sobre vinhos, são ministrados cursos rápidos de degustação. Tel. (54) 2105-3154.
Horário da visita: De segunda a sábado, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, com intervalos de uma hora. Aos domingos e feriados até 15h30.
Preço: Com a aquisição de um vale de R$20, o visitante recebe uma taça com o logotipo da casa e pode visitar a vinícola, os vinhedos e degustar seus vinhos.
Aurora - Rua Olavo Bilac, 500
A cooperativa vinícola Aurora possui alguns vinhos premiados internacionalmente. A visita guiada leva o visitante por corredores até pipas, tanques de inox e barris de carvalho, mostrando os processos de fabricação do vinho. Na Cave di Bacco, são feitas as degustações de alguns dos vinhos da empresa. Tel. (54) 3455-2000.
Horário: De segunda a sábado, das 8h15min às 17h15min, domingos das 8h30min às 11h30min.
Preço: Visita e degustação gratuitas.
Miolo - RS-444, km 21
Na vinícola Miolo, uma das maiores do País, são realizadas visitas guiadas por enólogos e degustação. Em frente aos seus parreirais está o Hotel & Spa do Vinho Caudalie, do qual a empresa é sócia. A Miolo possui também uma Escola do Vinho, que oferece cursos de degustação. Para comer, há o restaurante Osteria Mamma. Tel. (54) 2102-1500/1233.
Horário da visita: De segunda a sábado, das 8h30 às 17h, com intervalos de meia hora. Aos domingos até as 16h.
Preço: São três tipos de degustação, de R$5, R$10 e R$20. O valor pode ser reembolsado na compra de vinhos.
Don Laurindo - Estrada do Vinho - 8 da Graciema
A vinícola Don Laurindo, com belas caves de pedra, produz vinhos, espumantes, grappa, vinho licoroso e vinagre. Os visitantes que passam por lá são recebidos pelos familiares do fundador da vinícola, Laurindo Brandelli. Oferece visitação, degustação e vendas na loja. Tel. (54) 3459-1600.
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
Preço: O vale custa R$15, mas pode ser revertido em compras.
Vinícola Cordelier - RS-470 p/ Porto Alegre, km 219,5
A vinícola Cordelier oferece visitação e degustação. No segundo piso está o restaurante Don Ziero, cuja especialidade é o cordeiro. A empresa, que produz vinhos e espumantes Cordelier e Granja União, está localizada logo na entrada do Vale dos Vinhedos. Tel. (54) 2102-2333.
Horário: As visitas são das 9h30 às 11h e das 13h às 16h, com intervalos de meia hora.
Preço: São dois tipos de visitas guiadas com degustação. O vale de R$5 dá direito à degustação dos vinhos Granja União e um moscatel. Já o vale de R$10 permite provar todos os vinhos Reserva e os espumantes. Este valor pode ser revertido em compras.
Vinícola Salton - Rua Mário Salton, 300, em Bento Gonçalves
Completando 100 anos de existência, a Salton é uma das marcas mais conhecidas no País. Ela fica em Bento Gonçalves, mas não pertence ao Vale dos Vinhedos. No entanto, suas instalações merecem uma visita. Na entrada, um belo relógio solar recebe os turistas. Com 30 mil metros quatros de área construída, possui tanques de inox gigantes, onde pode-se conhecer mais sobre o processo de fabricação. A cave dos espumantes fica a oito metros abaixo do nível da rua e mantém milhares de garrafas de cabeça para baixo Tel. (54) 2105-1000.
Horário de visitação: De segunda à sexta, das 8h30 às 16h30. Sábados, domingos e feriados das 9h30 às 17h30. As visitas ocorrem em intervalos de meia hora.
Preço: A degustação tradicional é gratuita. Um segundo tipo de degustação pode ser feito, na qual são provados quase todos os vinhos da casa, ao custo de R$15.
Marco Luigi - Linha 6 da Leopoldina, Vale dos Vinhedos, s/nº
Localizada em um dos pontos mais altos do Vale dos Vinhedos, a vinícola Marco Luigi foi fundada em 1946 por imigrantes italianos. Ela oferece uma visita completa às instalações, onde o turista conhecerá todo o processo de elaboração das bebidas e as caves. Tel. (54) 3453-2695.
Horário das visitas: Diariamente, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30
Preço: A visita guiada, com direito à degustação, é gratuita.
Vinícola Geisse (Cave de Amadeu) - Linha Jansen, s/nº, distrito de Pinto Bandeira
A vinícola Geisse, antiga Cave de Amadeu, não fica no Vale dos Vinhedos, mas na microrregião vizinha dos Vinhos de Montanha. Por estar pertinho das demais empresas, vale a pena fazer uma visita. Ela produz um dos melhores espumantes do Brasil, o Cave Geisse Brut. Tem visita guiada e degustação e compras no varejo. Tel. (54) 3455-7461/62/63
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 9h às 11h30 e das 13h às 17h. Sábados e domingos das 10h15 às 16h15.
Preço: A visita guiada, com direito à degustação, é gratuita.
EM GARIBALDI...
Chandon - RS-470 para Bento Gonçalves, km 224
A Chandon do Brasil, líder em vinhos espumantes de luxo, instalou-se na Serra Gaúcha em 1973. É uma das quatro subsidiárias do grupo francês LVMH (Möet Hennessy Louis Vuitton), que controla empresas produtoras e Champanhe, como Moët et Chandon e Veuve Clicquot. Oferece visita guiada e degustação. Tel: (54) 3455-7461.
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 8h15 às 11h30 e das 13h às 16h45. Aos sábados das 9h30 às 14h30
Preço: a confirmar
Peterlongo - Rua Manoel Peterlongo, 216
A vinícola Peterlongo, pioneira na produção de espumante no Brasil, ganhou legalmente o direito de usar o termo “champagne” em seus produtos. Durante a visitação pode-se aprender as diferenças entre os três métodos de elaboração da bebida (Charmat, Champenoise e Asti) e conferir como eram as primeiras máquinas utilizadas na fabricação. Tel. (54) 3462-1355.
Horário: Às visitas são realizadas das 9h30 às 16h, com intervalos de meia hora. O agendamento pode ser feito pelo telefone (54) 3462.1356.
Preço: A visita é gratuita para grupos acompanhados por uma agente de turismo. Para particulares, é cobrado um vale de R$10, que pode ser revertido na compra de produtos.
Camila Sayuri, especial para o iG
Um dos destinos mais visitados do Brasil, a Serra Gaúcha atrai milhares de turistas não apenas pelas charmosas cidades de Gramado e Canela. Há quem procure no friozinho das montanhas o cheiro das uvas, a paisagem dos parrerais, o sotaque italiano dos moradores e os sabores dos bons vinhos.
Localizado a 120 quilômetros de Porto Alegre, o Vale dos Vinhedos fica entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. A região que recebeu os primeiros imigrantes italianos, em 1985, é a principal produtora de vinhos e espumantes do Brasil.
São mais de 30 vinícolas na região, que produzem bebidas de qualidade internacionalmente reconhecida. Assim como em Bordeaux e Napa Valley, os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos recebem o selo de Indicação de Procedência.
Várias das vinícolas da região têm visitas guiadas por enólogos, com degustação de vinhos e lojas de produtos. Algumas delas possuem ainda restaurantes e pousada em suas dependências. As visitas podem ser realizadas o ano todo. Entre dezembro e março, porém, ocorre a colheita e os parreirais estão cheios de uva.
A viagem pelo Vale dos Vinhedos pode ter início na cidade de Bento Gonçalves, conhecida como a capital brasileira do vinho. Lá, a bebida se faz presente até longe dos parreirais. A igreja São Bento e o pórtico da cidade têm o curioso formato de pipa (uma espécie de barril) de vinho. Tem até um spa do vinho da rede francesa Caudalie.
Garibaldi, por sua vez, é uma das principais produtoras de espumante do mundo, concentrando 80% da produção nacional. Lá, estão empresas famosas como a Chandon e a Pelegrino.
Como as vinícolas são próximas umas das outras, é possível, de carro pelas estradinhas sinuosas, circular por várias delas num único dia. Uma opção para quem não quiser pegar no volante, principalmente depois de ter degustado goles e goles de vinho, é contratar um passeio com as agências de turismo local. Elas oferecem pacotes que combinam diferentes vinícolas, restaurantes e lojas. Para os mais aventureiros, é uma boa pedida conhecer a região de bicicleta.
Selecionamos algumas vinícolas imperdiveís no Vale dos Vinhedos
EM BENTO GONÇALVES...
Casa Valduga - Linha Leopoldina, s/nº
A Casa Valduga oferece, além das visitas guiadas, degustação e venda de produtos, a opção de hospedagem em suas quatro pousadas. O local possui ainda uma osteria e uma cantina italiana. É também proprietária da Casa da Madeira, que produz geléias, doces, suco de uva e vinagre. Para quem ainda sim quiser saber mais sobre vinhos, são ministrados cursos rápidos de degustação. Tel. (54) 2105-3154.
Horário da visita: De segunda a sábado, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, com intervalos de uma hora. Aos domingos e feriados até 15h30.
Preço: Com a aquisição de um vale de R$20, o visitante recebe uma taça com o logotipo da casa e pode visitar a vinícola, os vinhedos e degustar seus vinhos.
Aurora - Rua Olavo Bilac, 500
A cooperativa vinícola Aurora possui alguns vinhos premiados internacionalmente. A visita guiada leva o visitante por corredores até pipas, tanques de inox e barris de carvalho, mostrando os processos de fabricação do vinho. Na Cave di Bacco, são feitas as degustações de alguns dos vinhos da empresa. Tel. (54) 3455-2000.
Horário: De segunda a sábado, das 8h15min às 17h15min, domingos das 8h30min às 11h30min.
Preço: Visita e degustação gratuitas.
Miolo - RS-444, km 21
Na vinícola Miolo, uma das maiores do País, são realizadas visitas guiadas por enólogos e degustação. Em frente aos seus parreirais está o Hotel & Spa do Vinho Caudalie, do qual a empresa é sócia. A Miolo possui também uma Escola do Vinho, que oferece cursos de degustação. Para comer, há o restaurante Osteria Mamma. Tel. (54) 2102-1500/1233.
Horário da visita: De segunda a sábado, das 8h30 às 17h, com intervalos de meia hora. Aos domingos até as 16h.
Preço: São três tipos de degustação, de R$5, R$10 e R$20. O valor pode ser reembolsado na compra de vinhos.
Don Laurindo - Estrada do Vinho - 8 da Graciema
A vinícola Don Laurindo, com belas caves de pedra, produz vinhos, espumantes, grappa, vinho licoroso e vinagre. Os visitantes que passam por lá são recebidos pelos familiares do fundador da vinícola, Laurindo Brandelli. Oferece visitação, degustação e vendas na loja. Tel. (54) 3459-1600.
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 12h e das 14h às 17h.
Preço: O vale custa R$15, mas pode ser revertido em compras.
Vinícola Cordelier - RS-470 p/ Porto Alegre, km 219,5
A vinícola Cordelier oferece visitação e degustação. No segundo piso está o restaurante Don Ziero, cuja especialidade é o cordeiro. A empresa, que produz vinhos e espumantes Cordelier e Granja União, está localizada logo na entrada do Vale dos Vinhedos. Tel. (54) 2102-2333.
Horário: As visitas são das 9h30 às 11h e das 13h às 16h, com intervalos de meia hora.
Preço: São dois tipos de visitas guiadas com degustação. O vale de R$5 dá direito à degustação dos vinhos Granja União e um moscatel. Já o vale de R$10 permite provar todos os vinhos Reserva e os espumantes. Este valor pode ser revertido em compras.
Vinícola Salton - Rua Mário Salton, 300, em Bento Gonçalves
Completando 100 anos de existência, a Salton é uma das marcas mais conhecidas no País. Ela fica em Bento Gonçalves, mas não pertence ao Vale dos Vinhedos. No entanto, suas instalações merecem uma visita. Na entrada, um belo relógio solar recebe os turistas. Com 30 mil metros quatros de área construída, possui tanques de inox gigantes, onde pode-se conhecer mais sobre o processo de fabricação. A cave dos espumantes fica a oito metros abaixo do nível da rua e mantém milhares de garrafas de cabeça para baixo Tel. (54) 2105-1000.
Horário de visitação: De segunda à sexta, das 8h30 às 16h30. Sábados, domingos e feriados das 9h30 às 17h30. As visitas ocorrem em intervalos de meia hora.
Preço: A degustação tradicional é gratuita. Um segundo tipo de degustação pode ser feito, na qual são provados quase todos os vinhos da casa, ao custo de R$15.
Marco Luigi - Linha 6 da Leopoldina, Vale dos Vinhedos, s/nº
Localizada em um dos pontos mais altos do Vale dos Vinhedos, a vinícola Marco Luigi foi fundada em 1946 por imigrantes italianos. Ela oferece uma visita completa às instalações, onde o turista conhecerá todo o processo de elaboração das bebidas e as caves. Tel. (54) 3453-2695.
Horário das visitas: Diariamente, das 9h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30
Preço: A visita guiada, com direito à degustação, é gratuita.
Vinícola Geisse (Cave de Amadeu) - Linha Jansen, s/nº, distrito de Pinto Bandeira
A vinícola Geisse, antiga Cave de Amadeu, não fica no Vale dos Vinhedos, mas na microrregião vizinha dos Vinhos de Montanha. Por estar pertinho das demais empresas, vale a pena fazer uma visita. Ela produz um dos melhores espumantes do Brasil, o Cave Geisse Brut. Tem visita guiada e degustação e compras no varejo. Tel. (54) 3455-7461/62/63
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 9h às 11h30 e das 13h às 17h. Sábados e domingos das 10h15 às 16h15.
Preço: A visita guiada, com direito à degustação, é gratuita.
EM GARIBALDI...
Chandon - RS-470 para Bento Gonçalves, km 224
A Chandon do Brasil, líder em vinhos espumantes de luxo, instalou-se na Serra Gaúcha em 1973. É uma das quatro subsidiárias do grupo francês LVMH (Möet Hennessy Louis Vuitton), que controla empresas produtoras e Champanhe, como Moët et Chandon e Veuve Clicquot. Oferece visita guiada e degustação. Tel: (54) 3455-7461.
Horário das visitas: De segunda à sexta, das 8h15 às 11h30 e das 13h às 16h45. Aos sábados das 9h30 às 14h30
Preço: a confirmar
Peterlongo - Rua Manoel Peterlongo, 216
A vinícola Peterlongo, pioneira na produção de espumante no Brasil, ganhou legalmente o direito de usar o termo “champagne” em seus produtos. Durante a visitação pode-se aprender as diferenças entre os três métodos de elaboração da bebida (Charmat, Champenoise e Asti) e conferir como eram as primeiras máquinas utilizadas na fabricação. Tel. (54) 3462-1355.
Horário: Às visitas são realizadas das 9h30 às 16h, com intervalos de meia hora. O agendamento pode ser feito pelo telefone (54) 3462.1356.
Preço: A visita é gratuita para grupos acompanhados por uma agente de turismo. Para particulares, é cobrado um vale de R$10, que pode ser revertido na compra de produtos.
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