O impacto da mudança climática e as novas tecnologias (como a possibilidade de verificar o preço dos vinhos pelo smartphone) estão no meu radar vinícola para 2016. Os espumantes, especialmente o prosecco, continuam com tudo, mas a "onda premium" vem aí. Idem para o rosé.
O futuro parece próspero para o vinho, apesar de a cerveja e a cidra artesanais estarem chamando muito a atenção. Mesmo assim, nunca tantas pessoas (especialmente nos EUA e no Reino Unido) optaram por garrafas tão caras - mas você também consegue se virar maravilhosamente bem com menos de US$ 50. O fato de que "vinho tinto" seja a nova cor da moda para os sapatos também ajuda.
Eis as previsões da minha taça de cristal para o ano que vem.
Espumantes ingleses vão deslanchar
A conscientização mundial quanto à qualidade do espumante inglês recebeu um enorme impulso quando a fabricante francesa de champanhe Taittinger anunciou no início de dezembro que comprou terrenos de vinhedo em Kent e pretende produzir vinhos espumantes de alta qualidade com a marca Domaine Evremond. Minha previsão é de que outras fabricantes de champanhe farão o mesmo.
Vinhos "naturais" serão tendência dominante
Antes adotados apenas por um minúsculo grupo purista, o vinho "natural" deve atrair um público muito maior, especialmente em restaurantes pequenos da moda (e também de alto nível) com sommeliers curiosos. Nova York, por exemplo, ganhou três novos bares de vinho natural em 2015, como o preferido do setor, Wildair, e The Four Horsemen, o projeto de James Murphy, da banda LCD Soundsystem, no Brooklyn, classificado com duas estrelas.
A uva de 2016 será... cabernet franc
Dezenas de variedades exóticas e obscuras com nomes impronunciáveis vão dar o que falar, mas o cabernet franc está seriamente maduro para ter seu momento de glória. A uva tinta mais importante do Vale do Loire (que também está dando o que falar), na França, o cabernet franc é uma estrela em ascensão no Chile, na Argentina, na África do Sul e nos EUA. Por quê? Trata-se de uma variedade extremamente versátil que produz vinhos aromáticos e elegantes, com notas terrosas, picantes e de ervas, e com uma acidez pululante que combina com os alimentos.
A Itália será a próxima Borgonha
A Borgonha continua com tudo e vem atraindo muito dinheiro nos leilões. Mas, como o comércio dos vinhos de alto nível de Bordeaux está caindo no mercado internacional de vinho Liv-ex e os vinhos da Borgonha parecem aptos apenas para bilionários, os tintos italianos como Ornellaia, Sassicaia e o Brunello di Montalcinos 2010 parecem bagatelas. Mas acho que Piemonte será o próximo território colecionável para os amantes dos vinhos caros da Borgonha. Barolo e Barbaresco oferecem uma enorme quantidade do que há de melhor na Borgonha: vinhos tintos complexos de vinhedos únicos, de terroir, boa harmonização com os alimentos e aromas maravilhosos.
Visitas a vinícolas extremamente luxuosas
Como os vinhos de alta gama estão sendo vendidos a valores absurdos, quem se surpreenderia se as visitas a vinícolas seguissem pelo mesmo caminho? Castello di Amorosa, no Vale de Napa, uma recriação de um castelo toscano do século 13 com 107 quartos, salas de fermentação e uma adega de barris, deu o pontapé inicial das visitas caras e exclusivas a vinícolas. Os pacotes VIP custam de US$ 1.000 a US$ 20.000, o que poderia incluir um barril marcado com seu nome, um álbum com capa de couro para suas fotos tiradas por um fotógrafo profissional durante o dia de visita, 288 garrafas de cabernet sauvignon de seu próprio barril, com etiquetas personalizadas, e até uma caixa com 15 charutos Montecristo da coleção Platinum.
Vinhos por taça estarão de volta no futuro
Uma série de tendências convergentes vai resultar em vinhos melhores - e em muito mais quantidade - vendidos por taça em restaurantes de todos os lugares. Consumidores curiosos estão querendo expandir o paladar; o aumento do número de bistrôs informais voltados para os vinhos reflete o modo em que comemos e bebemos; e agora está disponível uma inovadora tecnologia de conservação de vinho.
Ascensão dos wine trucks
Dada a popularidade dos food trucks, os comerciantes de vinho de Saint-Émilion decidiram lançar seu próprio wine truck - um antigo furgão Citroën vermelho reluzente de 1976, com a frase "Saint-Émilion Wine Trip" estampada na lateral. Essa sala de degustação sobre rodas fará de 15 a 20 paradas em festivais de jazz, feiras de vinho e mercados de antiguidades em quatro regiões da França - no sudoeste do país, em Pas de Calais, na Bretanha e na Alsácia - a partir de março de 2016. Um motorista e sommelier servirá os 16 vinhos ambulantes, junto com fabricantes de vinhos, que chegarão em cada parada.
Sem dúvida outras regiões vinícolas perceberão esse potencial. Napa, ligue seus motores.
A categoria "vinho de celebridades" vai crescer
Cada vez mais, os vinhos são etiquetados com o nome de programas de TV (Downton Abbey), times de beisebol, estrelas da NFL, atores como Diane Keaton, livros e filmes (Cinquenta tons de cinza).
Agora que as empresas de relações públicas consideram que vinhos brancos e tintos são um modo de ampliar a marca de praticamente qualquer coisa, inclusive restaurantes, tenho certeza de que muitos mais surgirão em 2016. (Apesar de não ter tanta certeza de que a estranha combinação com vinhos riesling da região de Finger Lakes acrescente alguma coisa à imagem dos New York Yankees).
Bloomberg - Elin McCoy
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quinta-feira, dezembro 31, 2015
terça-feira, dezembro 29, 2015
Hotel no Uruguai apresenta novidades
A 20 km ao nordeste de Punta del Este, Uruguai, a praia de José Ignácio – famosa pelo estilo relax, boêmio e cool – ganhou em dezembro de 2014 Bahia Vik, que contempla 11 bangalôs contemporâneos que se estendem por 4 hectares entre dunas e vegetação costeira, além de uma construção principal de pátio interno com outras 10 suítes em dois níveis, circundada de piscinas em formato de espelhos d’ água.
O projeto do Bahia Vik é assinado pelo arquiteto uruguaio Marcelo Daglio, em parceria com os proprietários, o casal Alexander (norueguês) e Carrie (americana) Vik, também responsáveis pela curadoria de arte dos espaços, que se tornou uma marca das propriedades Vik – o Playa Vik fica a aproximadamente quinhentos metros dali e o Estancia Vik, a 8 km para o interior. Sustentável, o design poupa energia elétrica priorizando a ventilação natural da praia, adota sistemas de geração de energia solar e coleta e trata água da chuva.
A gastronomia no Bahia Vik prioriza ingredientes locais e a cozinha uruguaia: os “asados” (churrasco uruguaio), pescados frescos, pães e patisserie artesanal e uma oferta interessante de vinhos que incluem o vinho VIK, produzido na Viña Vik, vinícola-hotel da grife estabelecida no Vale de Millahue, Chile. Bem ao lado à beira-mar dele está o também novo La Susana, que já está entre os “paradores” de praia mais badalados da temporada no Atlântico Sul.
Finíssimo - Brasília
O projeto do Bahia Vik é assinado pelo arquiteto uruguaio Marcelo Daglio, em parceria com os proprietários, o casal Alexander (norueguês) e Carrie (americana) Vik, também responsáveis pela curadoria de arte dos espaços, que se tornou uma marca das propriedades Vik – o Playa Vik fica a aproximadamente quinhentos metros dali e o Estancia Vik, a 8 km para o interior. Sustentável, o design poupa energia elétrica priorizando a ventilação natural da praia, adota sistemas de geração de energia solar e coleta e trata água da chuva.
A gastronomia no Bahia Vik prioriza ingredientes locais e a cozinha uruguaia: os “asados” (churrasco uruguaio), pescados frescos, pães e patisserie artesanal e uma oferta interessante de vinhos que incluem o vinho VIK, produzido na Viña Vik, vinícola-hotel da grife estabelecida no Vale de Millahue, Chile. Bem ao lado à beira-mar dele está o também novo La Susana, que já está entre os “paradores” de praia mais badalados da temporada no Atlântico Sul.
Finíssimo - Brasília
sexta-feira, novembro 27, 2015
Vinhos espanhóis querem fortalecer presença no Brasil
Com vinhos do tipo tinto, branco, rosé e espumante, representantes de 12 vinícolas apresentaram nesta quarta-feira em São Paulo rótulos espanhóis que estão no Brasil há cerca de dois anos com a intenção de divulgar o sabor ibérico entre os brasileiros através da Campanha de Vinhos Espanhóis no Brasil.
"Em cifras não é viável identificar o impacto numérico, mas julgando pelo público é possível, é uma maneira de configurar uma imagem do vinho espanhol no Brasil", disse à Agência Efe Antonio Correas, chefe de promoção do Escritório Comercial da Espanha em São Paulo.
De acordo com Correas, nos últimos dez anos, o vinho espanhol teve um crescimento de 30% no Brasil e o país ibérico é o sexto fornecedor de vinho para os brasileiros, um dos dados que mostra "o fortalecimento da marca"
A maior parte das vinícolas presentes era da região de Rioja, uma das mais conhecidas na Espanha pela cultura de vinhos e pioneira no turismo enológico.
Entre as marcas expostas estavam Franco Españolas, Matarromera, Arzuaga Navarro, Finca Valdeguinea e Freixenet, entre outras.
Outra característica que chama a atenção de brasileiros, segundo Correas, é a vantagem do "custo-benefício" que os vinhos espanhóis apresentam, isto é, carregam qualidade e peculiaridades das uvas próprias por um preço que cabe no bolso do brasileiro.
Para Leandro Moraes, importador da marca Sonsierra, uma das degustadas da noite, o vinho espanhol está sendo inserido no gosto do brasileiro especialmente pelos rótulos mais jovens.
"O chamado Crianza, que é um vinho embarricado por 12 meses, é um dos mais consumidos no Brasil atualmente, porque, por estar em barril, o sabor forte da tradicional uva espanhola 'tempranillo' é amaciada, ficando mais fácil agradar todos os públicos", explicou à Efe.
Vinhos encorpados, potentes, de reconhecimento mundial provenientes de bodegas centenárias com conceito agroecológico também estão ganhando espaço no mercado de bebidas importadas brasileiras, como destaca o importador da marca Vega Tolasa, Leonardo da Fonseca.
"Os vinhos espanhóis são bem equilibrados, a acidez é bem equilibrada e por isso temos vinhos que se adaptam muito bem a qualquer paladar, sendo vinhos que você pode consumir no dia a dia ou em ocasiões especiais", destacou Fonseca.
O evento foi realizado no Consulado da Espanha em São Paulo e foi organizado por órgãos de comércio e turismo da Espanha a fim de impulsionar a marca para o próximo ano.
Na ocasião também foi comemorado os dois anos de presença do jornal espanhol "El País" no Brasil, onde mantém uma versão digital.
Fonte : Terra
"Em cifras não é viável identificar o impacto numérico, mas julgando pelo público é possível, é uma maneira de configurar uma imagem do vinho espanhol no Brasil", disse à Agência Efe Antonio Correas, chefe de promoção do Escritório Comercial da Espanha em São Paulo.
De acordo com Correas, nos últimos dez anos, o vinho espanhol teve um crescimento de 30% no Brasil e o país ibérico é o sexto fornecedor de vinho para os brasileiros, um dos dados que mostra "o fortalecimento da marca"
A maior parte das vinícolas presentes era da região de Rioja, uma das mais conhecidas na Espanha pela cultura de vinhos e pioneira no turismo enológico.
Entre as marcas expostas estavam Franco Españolas, Matarromera, Arzuaga Navarro, Finca Valdeguinea e Freixenet, entre outras.
Outra característica que chama a atenção de brasileiros, segundo Correas, é a vantagem do "custo-benefício" que os vinhos espanhóis apresentam, isto é, carregam qualidade e peculiaridades das uvas próprias por um preço que cabe no bolso do brasileiro.
Para Leandro Moraes, importador da marca Sonsierra, uma das degustadas da noite, o vinho espanhol está sendo inserido no gosto do brasileiro especialmente pelos rótulos mais jovens.
"O chamado Crianza, que é um vinho embarricado por 12 meses, é um dos mais consumidos no Brasil atualmente, porque, por estar em barril, o sabor forte da tradicional uva espanhola 'tempranillo' é amaciada, ficando mais fácil agradar todos os públicos", explicou à Efe.
Vinhos encorpados, potentes, de reconhecimento mundial provenientes de bodegas centenárias com conceito agroecológico também estão ganhando espaço no mercado de bebidas importadas brasileiras, como destaca o importador da marca Vega Tolasa, Leonardo da Fonseca.
"Os vinhos espanhóis são bem equilibrados, a acidez é bem equilibrada e por isso temos vinhos que se adaptam muito bem a qualquer paladar, sendo vinhos que você pode consumir no dia a dia ou em ocasiões especiais", destacou Fonseca.
O evento foi realizado no Consulado da Espanha em São Paulo e foi organizado por órgãos de comércio e turismo da Espanha a fim de impulsionar a marca para o próximo ano.
Na ocasião também foi comemorado os dois anos de presença do jornal espanhol "El País" no Brasil, onde mantém uma versão digital.
Fonte : Terra
terça-feira, outubro 27, 2015
Setor vitivinícola estima queda de 30% na produção de uva em função dos vendavais no RS
A safra gaúcha de uva deve contabilizar prejuízos superiores a 30%, em função dos vendavais registrados nos últimos dias no Estado. Pelo menos 66 cidades gaúchas tiveram decreto de emergência homologado pelo governo federal em decorrência de danos causados pelas enchentes e chuvas de granizo, inclusive municípios da Serra, principal região produtora da fruta. Em 2015, a safra de uva foi estimada em 702 milhões de quilos.
No entanto, devido às adversidades climáticas, a produção de uva colhida entre janeiro e março do ano que vem, deve girar em torno de 491 milhões de quilos. Em entrevista ao programa Correio Rural, da Rádio Guaíba deste sábado, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, advertiu que o volume de chuva registro neste mês impactou diretamente nos parrareis gaúchos. “Como as geadas, granizo e as fortes chuvas impedem a floração das videiras, diminuindo volume de cachos, algumas lideranças sindicais já estimam perdas de 30% a 40%”, diz.
Entre as variedades de uva cultivadas no Rio Grande do Sul estão: Isabel, Bordô e Niágara para fabricação de sucos e vinhos de mesa. Já a produção de Chardonnay, Merlot, Moscato e Cabernet são direcionadas para vinhos finos e espumantes.
Carlos Paviani garantiu, porém que o revês da produção gaúcha não vai resultar na alta de preços de produtos como vinhos e sucos, uma vez, que as vinícolas e demais fábricas dispõem de grandes estoques.
Ibravin comemora novo projeto que altera ICMS
O diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, também ressaltou a importância do projeto protocolado na Assembleia, que retira vinhos e derivados de uva da lista de produtos que terão aumento de 2% da aliquata de ICMS a partir de janeiro de 2016. O autor do texto, deputado Elton Weber (PSB) visa corrigir um equivoco do Executivo, para revisar a lei a fim de suspender o aumento de ICMS, que pode resultar na queda de arrecadação, em função da alta competitividade com produtos vindos do Mercosul. (Lucas Rivas/Rádio Guaíba)
Por Equipe do site - Felipe Vieira
No entanto, devido às adversidades climáticas, a produção de uva colhida entre janeiro e março do ano que vem, deve girar em torno de 491 milhões de quilos. Em entrevista ao programa Correio Rural, da Rádio Guaíba deste sábado, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, advertiu que o volume de chuva registro neste mês impactou diretamente nos parrareis gaúchos. “Como as geadas, granizo e as fortes chuvas impedem a floração das videiras, diminuindo volume de cachos, algumas lideranças sindicais já estimam perdas de 30% a 40%”, diz.
Entre as variedades de uva cultivadas no Rio Grande do Sul estão: Isabel, Bordô e Niágara para fabricação de sucos e vinhos de mesa. Já a produção de Chardonnay, Merlot, Moscato e Cabernet são direcionadas para vinhos finos e espumantes.
Carlos Paviani garantiu, porém que o revês da produção gaúcha não vai resultar na alta de preços de produtos como vinhos e sucos, uma vez, que as vinícolas e demais fábricas dispõem de grandes estoques.
Ibravin comemora novo projeto que altera ICMS
O diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, também ressaltou a importância do projeto protocolado na Assembleia, que retira vinhos e derivados de uva da lista de produtos que terão aumento de 2% da aliquata de ICMS a partir de janeiro de 2016. O autor do texto, deputado Elton Weber (PSB) visa corrigir um equivoco do Executivo, para revisar a lei a fim de suspender o aumento de ICMS, que pode resultar na queda de arrecadação, em função da alta competitividade com produtos vindos do Mercosul. (Lucas Rivas/Rádio Guaíba)
Por Equipe do site - Felipe Vieira
Vinho Madeira conquista norte-americanos
Vários dos mais influentes líderes de opinião norte-americanos marcaram presença nas provas anuais e master classes que o IVBAM – Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira promoveu na semana passada, nas cidades de Washington D.C., Filadéflia e Nova Iorque.
O circuito incluiu a realização de acções de sensibilização e formação sobre o Vinho Madeira nas mais conceituadas instituições de ensino vínico e hoteleiro das respetivas cidades visitadas: The Capital Wine School, Washington D.C.; Drexel University's Center for Hospitality and Sport Management, Filadélfia; e The International Culinary Center, Nova Iorque.
As sessões foram seguidas de provas com produtores de Vinho Madeira, em unidades hoteleiras conceituadas de cada uma das cidades, especialmente dirigidas a líderes de opinião, importadores, sommeliers e público convidado.
Incluídas na programação de cada prova decorreram master classes, que pormenorizaram as múltiplas características que tornam o Vinho da Madeira único no mundo. Sempre lotadas, as master classes registaram uma elevada participação de reputados especialistas, sobretudo Master of Wine e wine educators.
"Uma vez mais foi muito gratificante constatar o genuíno interesse que os especialistas norte-americanos demonstraram pelo Vinho da Madeira. Possuindo um conhecimento profundo de vinhos e realidades vínicas de várias partes do mundo, identificam e valorizam a realidade muito particular do Vinho da Madeira, comprovando o estatuto ímpar que esse vinho tem, muito especialmente no mercado norte-americano", realça a Presidente do IVBAM, Paula Cabaço.
No total, mais de 500 pessoas participaram neste conjunto de acções, protagonizadas por casas e produtores de Vinho da Madeira, pelo crítico de vinhos português Rui Falcão e pelos especialistas Andrew Bell, presidente da American Sommelier Association (Nova Iorque), Andrew Myers, Master Sommelier (Washington D.C.) e Justin Timsit, Advanced Sommelier (Filadélfia).
Nos EUA, um dos maiores mercados mundiais de vinho, os Madeira possuem um longo historial de prestígio, sendo encarados como uma tipologia de vinhos super premium. A exportação no ano transacto para os Estados Unidos representou um volume de 213.915,25 litros, equivalente a um valor de 1.902.982,67 euros.
Escrito por Rui Conceição
O circuito incluiu a realização de acções de sensibilização e formação sobre o Vinho Madeira nas mais conceituadas instituições de ensino vínico e hoteleiro das respetivas cidades visitadas: The Capital Wine School, Washington D.C.; Drexel University's Center for Hospitality and Sport Management, Filadélfia; e The International Culinary Center, Nova Iorque.
As sessões foram seguidas de provas com produtores de Vinho Madeira, em unidades hoteleiras conceituadas de cada uma das cidades, especialmente dirigidas a líderes de opinião, importadores, sommeliers e público convidado.
Incluídas na programação de cada prova decorreram master classes, que pormenorizaram as múltiplas características que tornam o Vinho da Madeira único no mundo. Sempre lotadas, as master classes registaram uma elevada participação de reputados especialistas, sobretudo Master of Wine e wine educators.
"Uma vez mais foi muito gratificante constatar o genuíno interesse que os especialistas norte-americanos demonstraram pelo Vinho da Madeira. Possuindo um conhecimento profundo de vinhos e realidades vínicas de várias partes do mundo, identificam e valorizam a realidade muito particular do Vinho da Madeira, comprovando o estatuto ímpar que esse vinho tem, muito especialmente no mercado norte-americano", realça a Presidente do IVBAM, Paula Cabaço.
No total, mais de 500 pessoas participaram neste conjunto de acções, protagonizadas por casas e produtores de Vinho da Madeira, pelo crítico de vinhos português Rui Falcão e pelos especialistas Andrew Bell, presidente da American Sommelier Association (Nova Iorque), Andrew Myers, Master Sommelier (Washington D.C.) e Justin Timsit, Advanced Sommelier (Filadélfia).
Nos EUA, um dos maiores mercados mundiais de vinho, os Madeira possuem um longo historial de prestígio, sendo encarados como uma tipologia de vinhos super premium. A exportação no ano transacto para os Estados Unidos representou um volume de 213.915,25 litros, equivalente a um valor de 1.902.982,67 euros.
Escrito por Rui Conceição
segunda-feira, outubro 19, 2015
Vinhos delicados não servem a 36 mil pés de altitude
Na última primavera do hemisfério norte, Joost Heymeijer chegou a Bordeaux com a equipe especializada em vinhos da empresa aérea Emirates para uma maratona de quatro dias de degustação de amostras diretamente dos barris.
Eles acabaram comprando quase 1 milhão de garrafas a futuro, enfocando em 60 famosos crus classés, como o Château Cheval Blanc.
Quando os vinhos estiverem prontos para o consumo, serão disponibilizados gratuitamente na primeira classe e na classe executiva da Emirates
“Uma viagem longa fica muito melhor com uma taça de Bordeaux ou champanhe fino”, diz Heymeijer, que comanda o serviço de bordo da empresa aérea. “É por isso que gastamos meio bilhão de dólares no programa de vinhos durante a última década”.
Dois milhões de garrafas estão envelhecendo em um depósito na Borgonha; o restante está armazenado em Dubai.
A Emirates é uma das várias empresas aéreas que estão acrescentando vinhos de elite à lista de regalias de luxo, como camas massageadoras e serviço culinário com estrelas Michelin.
Trata-se de uma estratégia de longo prazo para conquistar a fidelidade dos viajantes ricos.
As empresas aéreas escolhem a maior parte dos vinhos por meio de testes cegos usando especialistas como James Cluer, que criou o programa da Qatar Airways há uma década.
A equipe da Singapore Airways, formada por três pessoas, inclui dois Mestres do Vinho; sommeliers da australiana Rockpool Restaurant Group fazem as escolhas da Qantas Airways.
As seleções variam bastante entre as empresas aéreas e os voos, mas os champanhes de primeira linha são uma constante.
Nas listas, há uma preferência pelos vinhos ricos e frutados, em detrimento dos complexos e delicados, porque a pressão da cabine e a baixa umidade diminuem os sentidos do olfato e do paladar. (Nem todas as escolhas são qualificadas como garrafas de luxo; o sauvignon blanc da suíte de três quartos da Etihad Airways custa modestos US$ 15 no varejo).
As empresas aéreas estão investindo pesadamente em serviços.
A Etihad utiliza taças de cristal criadas especialmente para a companhia, assim como a Singapore. E a Qatar ofereceu treinamentos sobre vinhos para todos os seus 9.000 comissários de bordo.
O que vem a seguir? Eu prevejo sommeliers a bordo realizando degustações privadas de vinhos no ar.
Fonte : Exame.com
Eles acabaram comprando quase 1 milhão de garrafas a futuro, enfocando em 60 famosos crus classés, como o Château Cheval Blanc.
Quando os vinhos estiverem prontos para o consumo, serão disponibilizados gratuitamente na primeira classe e na classe executiva da Emirates
“Uma viagem longa fica muito melhor com uma taça de Bordeaux ou champanhe fino”, diz Heymeijer, que comanda o serviço de bordo da empresa aérea. “É por isso que gastamos meio bilhão de dólares no programa de vinhos durante a última década”.
Dois milhões de garrafas estão envelhecendo em um depósito na Borgonha; o restante está armazenado em Dubai.
A Emirates é uma das várias empresas aéreas que estão acrescentando vinhos de elite à lista de regalias de luxo, como camas massageadoras e serviço culinário com estrelas Michelin.
Trata-se de uma estratégia de longo prazo para conquistar a fidelidade dos viajantes ricos.
As empresas aéreas escolhem a maior parte dos vinhos por meio de testes cegos usando especialistas como James Cluer, que criou o programa da Qatar Airways há uma década.
A equipe da Singapore Airways, formada por três pessoas, inclui dois Mestres do Vinho; sommeliers da australiana Rockpool Restaurant Group fazem as escolhas da Qantas Airways.
As seleções variam bastante entre as empresas aéreas e os voos, mas os champanhes de primeira linha são uma constante.
Nas listas, há uma preferência pelos vinhos ricos e frutados, em detrimento dos complexos e delicados, porque a pressão da cabine e a baixa umidade diminuem os sentidos do olfato e do paladar. (Nem todas as escolhas são qualificadas como garrafas de luxo; o sauvignon blanc da suíte de três quartos da Etihad Airways custa modestos US$ 15 no varejo).
As empresas aéreas estão investindo pesadamente em serviços.
A Etihad utiliza taças de cristal criadas especialmente para a companhia, assim como a Singapore. E a Qatar ofereceu treinamentos sobre vinhos para todos os seus 9.000 comissários de bordo.
O que vem a seguir? Eu prevejo sommeliers a bordo realizando degustações privadas de vinhos no ar.
Fonte : Exame.com
Ana Amélia critica MP que aumenta IPI sobre a produção de vinhos
Na tribuna do Senado, a senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou alterações na MP 690/2015, que aumenta o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a produção de vinhos e espumantes brasileiros. A MP propõe cobrança de 10% sobre o valor do produto na saída da indústria.
Uma garrada de vinho de R$ 40, por exemplo, passará a ser taxada em R$ 4. Antes, era cobrado R$ 0,73 por garrafa. A parlamentar gaúcha pediu ao relator da MP, senador Humberto Costa (PT-PE), que altere o texto para evitar a elevação do tributo à produção nacional de vinhos e espumantes.
Ana Amélia teme que o aumento do preço ao consumidor aprofunde as dificuldades da vitivinicultura nacional. A senadora ressaltou a importância da produção do vinho para o estado do Rio Grande do Sul. Contou que há dez anos, 90% do espumante consumido no Brasil eram importados. Hoje, 95% têm origem no país.
Não podemos sacrificar esse setor, que é extremamente importante para a economia do Rio Grande do Sul e do país, com alto valor agregado. São milhares de famílias que trabalham e dependem dessa atividade — ressaltou.
A parlamentar destacou reunião que teve nesta terça-feira (13) com o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Helio Luiz Marchioro, o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Dirceu Scottá, e a presidente-executiva da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), Raquel de Almeida Salgado. Na ocasião, foi apresentado o quadro preocupante do setor, caso o aumento na tributação realmente entre em vigor a partir de 1º de dezembro.
Essa medida retira a competitividade do setor. Em vez de estimular a cadeia produtiva nacional, a MP vai na mão contrária — declarou Ana Amélia.
Fonte : RPI
Uma garrada de vinho de R$ 40, por exemplo, passará a ser taxada em R$ 4. Antes, era cobrado R$ 0,73 por garrafa. A parlamentar gaúcha pediu ao relator da MP, senador Humberto Costa (PT-PE), que altere o texto para evitar a elevação do tributo à produção nacional de vinhos e espumantes.
Ana Amélia teme que o aumento do preço ao consumidor aprofunde as dificuldades da vitivinicultura nacional. A senadora ressaltou a importância da produção do vinho para o estado do Rio Grande do Sul. Contou que há dez anos, 90% do espumante consumido no Brasil eram importados. Hoje, 95% têm origem no país.
Não podemos sacrificar esse setor, que é extremamente importante para a economia do Rio Grande do Sul e do país, com alto valor agregado. São milhares de famílias que trabalham e dependem dessa atividade — ressaltou.
A parlamentar destacou reunião que teve nesta terça-feira (13) com o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), Helio Luiz Marchioro, o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Dirceu Scottá, e a presidente-executiva da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba), Raquel de Almeida Salgado. Na ocasião, foi apresentado o quadro preocupante do setor, caso o aumento na tributação realmente entre em vigor a partir de 1º de dezembro.
Essa medida retira a competitividade do setor. Em vez de estimular a cadeia produtiva nacional, a MP vai na mão contrária — declarou Ana Amélia.
Fonte : RPI
quarta-feira, outubro 14, 2015
Terroir feminino: presidente da Villa Francioni, Daniela de Freitas comemora os 10 anos da vinícola
Daniela
Está cada vez mais distante a associação exclusiva do vinho com o universo masculino. E Daniela Borges de Freitas, presidente da Vinícola Villa Francioni há sete anos, ajuda a comprovar que transitar com propriedade e sucesso nesse encantador universo independe de gênero. Premiada em pelos menos 10 distinções brasileiras, a vinícola boutique de São Joaquim que, sob a batuta de Daniela se tornou referência entre os vinhos finos nacionais, está prestes a completar 10 anos de produção – um tempo curto considerando o segmento da vitivinicultura. Mas nem sempre foi fácil. Logo que assumiu a presidência da vinícola, em 2008, ela enfrentou a surpresa de um cliente quando, ao receber sua visita, afirmou que vinho era, sim, negócio de homem.
- Eu não acreditei que estava escutando aquilo. Acho que está na hora de fazer uma outra visita para ele – diz, no tom doce mas firme que caracteriza sua maneira de gerir o negócio idealizado pelo pai, Dilor, falecido logo depois da audaciosa construção.
Mesmo com o sucesso comprovado, a combinação mulheres e vinho ainda não é comum: entre as 35 vinícolas associadas à Vinho de Altitude – Produtores e Associados, apenas três delas (Villa Francioni, Monte Agudo e Santo Emilio) têm mulheres à frente. Mas que a doçura de Daniela não engane. A filha número 3 de Dilor e Therezinha Freitas é determinada, dinâmica e dedicada aos estudos: depois da graduação em Direito na Universidade Mackenzie, em São Paulo, seguiu para uma série invejável de pós-graduações: Economia na USP, Direito Empresarial na Mackenzie, Direito Econômico e Empresarial na FGV, e Direito Comparado em Harvard. A mudança de rumo dos escritórios e conselhos administrativos das outras empresas da família (que vão do segmento cerâmico ao imobiliário) para o mundo do vinho agradou: diferente do que se pode imaginar, ela não toca a vinícola apenas em nome do pai, mas tomou gosto pelo mundo dos vinhos.
- Eu aprecio vinho. Mas o que mais me atrai é o negócio em si, a administração, o envolvimento social que isso traz e o que a vinícola representa aqui para a região. Desde a época do pai, ele queria que a Villa fosse um referencial para o desenvolvimento de um polo de vitivinicultura de alta qualidade. Nosso foco hoje não é o crescimento da produção em si, mas o aprimoramento do vinho e do caráter turístico da vinícola – destaca a empresária de 51 anos.
É pensando justamente no turismo e em receber ainda melhor o visitante que Daniela contou à coluna que em breve inaugura três novas operações dentro dos domínios da Francioni: um wine bar, um restaurante e uma pousada.
Parece que quando Dilor batizou a vinícola em homenagem a mãe, a imigrante italiana Agripina Francioni, já intuia o destino do negócio, fadado a florescer sob o comando feminino.
Foto: Fabricio Flores Nunes, divulgação
Postado por Laura Coutinho, What's Up
Está cada vez mais distante a associação exclusiva do vinho com o universo masculino. E Daniela Borges de Freitas, presidente da Vinícola Villa Francioni há sete anos, ajuda a comprovar que transitar com propriedade e sucesso nesse encantador universo independe de gênero. Premiada em pelos menos 10 distinções brasileiras, a vinícola boutique de São Joaquim que, sob a batuta de Daniela se tornou referência entre os vinhos finos nacionais, está prestes a completar 10 anos de produção – um tempo curto considerando o segmento da vitivinicultura. Mas nem sempre foi fácil. Logo que assumiu a presidência da vinícola, em 2008, ela enfrentou a surpresa de um cliente quando, ao receber sua visita, afirmou que vinho era, sim, negócio de homem.
- Eu não acreditei que estava escutando aquilo. Acho que está na hora de fazer uma outra visita para ele – diz, no tom doce mas firme que caracteriza sua maneira de gerir o negócio idealizado pelo pai, Dilor, falecido logo depois da audaciosa construção.
Mesmo com o sucesso comprovado, a combinação mulheres e vinho ainda não é comum: entre as 35 vinícolas associadas à Vinho de Altitude – Produtores e Associados, apenas três delas (Villa Francioni, Monte Agudo e Santo Emilio) têm mulheres à frente. Mas que a doçura de Daniela não engane. A filha número 3 de Dilor e Therezinha Freitas é determinada, dinâmica e dedicada aos estudos: depois da graduação em Direito na Universidade Mackenzie, em São Paulo, seguiu para uma série invejável de pós-graduações: Economia na USP, Direito Empresarial na Mackenzie, Direito Econômico e Empresarial na FGV, e Direito Comparado em Harvard. A mudança de rumo dos escritórios e conselhos administrativos das outras empresas da família (que vão do segmento cerâmico ao imobiliário) para o mundo do vinho agradou: diferente do que se pode imaginar, ela não toca a vinícola apenas em nome do pai, mas tomou gosto pelo mundo dos vinhos.
- Eu aprecio vinho. Mas o que mais me atrai é o negócio em si, a administração, o envolvimento social que isso traz e o que a vinícola representa aqui para a região. Desde a época do pai, ele queria que a Villa fosse um referencial para o desenvolvimento de um polo de vitivinicultura de alta qualidade. Nosso foco hoje não é o crescimento da produção em si, mas o aprimoramento do vinho e do caráter turístico da vinícola – destaca a empresária de 51 anos.
É pensando justamente no turismo e em receber ainda melhor o visitante que Daniela contou à coluna que em breve inaugura três novas operações dentro dos domínios da Francioni: um wine bar, um restaurante e uma pousada.
Parece que quando Dilor batizou a vinícola em homenagem a mãe, a imigrante italiana Agripina Francioni, já intuia o destino do negócio, fadado a florescer sob o comando feminino.
Foto: Fabricio Flores Nunes, divulgação
Postado por Laura Coutinho, What's Up
Brasileiro muda jeito de consumir vinho, diz Ibravin
Para os vinhos finos nacionais, a estimativa é de uma expansão de 7% a 8% nas vendas
O repasse da alta do dólar ainda não chegou ao preço dos vinhos importados, mas tem deixado os consumidores brasileiros em alerta. Com a moeda cotada acima de R$ 4, nas últimas semanas, a escolha por rótulos estrangeiros mais baratos já começou. A notícia é boa para o mercado interno, que ganha mais possibilidades de competitividade no novo cenário.
Em entrevista, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, afirmou que o impacto mais forte nos preços dos importados deve ocorrer perto do fim do ano e no início de 2016, em função dos estoques dos importadores e grandes redes de supermercados, que giram em torno de seis meses. Mesmo assim, o executivo acredita que a importação deve estagnar este ano, após ter crescido 13% em 2014, para 76,9 milhões de litros.
Para os vinhos finos nacionais, a estimativa é de uma expansão de 7% a 8% nas vendas, ante os 19,3 milhões de litros do ano passado, o que significaria uma boa recuperação depois da queda de 4% frente a 2013. Se confirmada, a alta ainda puxará um crescimento de 1,3% a 1,6% no mercado total e elevará a fatia dos rótulos brasileiros de 20% para até 21,3%.
Fonte : Paraíba Total
O repasse da alta do dólar ainda não chegou ao preço dos vinhos importados, mas tem deixado os consumidores brasileiros em alerta. Com a moeda cotada acima de R$ 4, nas últimas semanas, a escolha por rótulos estrangeiros mais baratos já começou. A notícia é boa para o mercado interno, que ganha mais possibilidades de competitividade no novo cenário.
Em entrevista, o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, afirmou que o impacto mais forte nos preços dos importados deve ocorrer perto do fim do ano e no início de 2016, em função dos estoques dos importadores e grandes redes de supermercados, que giram em torno de seis meses. Mesmo assim, o executivo acredita que a importação deve estagnar este ano, após ter crescido 13% em 2014, para 76,9 milhões de litros.
Para os vinhos finos nacionais, a estimativa é de uma expansão de 7% a 8% nas vendas, ante os 19,3 milhões de litros do ano passado, o que significaria uma boa recuperação depois da queda de 4% frente a 2013. Se confirmada, a alta ainda puxará um crescimento de 1,3% a 1,6% no mercado total e elevará a fatia dos rótulos brasileiros de 20% para até 21,3%.
Fonte : Paraíba Total
quarta-feira, outubro 07, 2015
Complexo Narbona - Uruguai
A convite da Gerente de Exportações Fabiana Bracco, estive dias atrás visitando o "Wine Lodge" Narbona, na cidade de Carmelo, no Uruguai. O complexo é formado por vinícola, pousada, restaurante, produção de azeite de oliva, queijos finos, massas e compotas.
Fabiana no evento Tannat Tasting Rio de Janeiro
Vinhedos prórios
Recepcionado pela jovem e simpática enóloga Valeria Chiola, tive a oportunidade de conhecer a vinícola e todo o processo de produção dos seus vinhos, além de degustar vários deles.
A enóloga Valeria Chiola
Antiga Cave
Nova Adega
A adega tem uma extensão de 50ha e está localizada em uma fazenda de 1909. Em 1998 começou a plantação dos vinhedos e em 2010 a construção de uma nova adega para produção de vinhos exclusivos. Hoje possuem aproximadamente 15 hectares exclusivos de Tannat, mas também Pinot Noir, Petit Verdot, Viognier e Syrah.
Nova Cave
A colheita se faz manualmente e a vendimia começa ao inicio de fevereiro e vai até metade de março. A uva é transportada da adega em caixas de 16 kgs e se realiza uma primeira seleção manual na cinta de seleção onde se escolhem aqueles cachos que estão em ótimas condições de sanidade e maturidade. Uma segunda seleção desta vez dos grãos é realizada na cinta que vibra para ter certeza da qualidade máxima procurada.
Finalizado este processo os grãos são depositados nos tanques de aço inoxidável ou barris de carvalho francês, com camisa de refrigeração para controlar a temperatura do mosto que vai fermentar durante 10 a 15 dias.
Tonéis de carvalho francês
Depois da fermentação alcoólica, separa-se as partes sólidas (bagaço) e se depositam diretamente nos barris para amadurecer, mínimo 18 meses, para depois engarrafar (o tempo em barris se decide através de degustação e análises do vinho).
Restaurante onde se come maravilhosamente bem
Queijos finos de produção própria
Azeite 0.2 de acidez
Alguns vinhos degustados :
Puerto Carmelo Sauvignon Blanc 2015
Leve, fresco e frutado, com toques ligeiramente herbáceos. Ótima acidez e final limpo.
Puerto Carmelo Tannat 2013
Sem passagem por madeira, apresenta um belo aroma de frutas vermelhas maduras e uvas passas. Médio corpo, taninos macios e boa acidez.
Narbona Tannat Rosé2014
Cor vermelho cereja brilhante. Aromas de frutas vermelhas e ligeiro toque de baunilha, uma vez que passou por quatro meses em barricas de carvalho francês novas. Médio corpo, boa acidez, equilibrado e persistente.
Narbona Pinot Noir 2013
Com 8 meses em barricas de carvalho americano e francês, apresenta aromas frescos de frutas de bosque e toques de baunilha e cedro. Bom corpo, taninos macios, ótima acidez e boa persistência.
Narnona Tannat Roble 2012
Com 12 meses em barris novos de carvalho francês, apresenta aromas intensos de chocolate, uvas verdes e passas, um toque picante, com bom corpo e estrutura.
Narbona Blend 001 2103
Com 10 meses em barrica de roble francês, apresenta aromas de frutas, especiarias e ligeira baunilha. Bom corpo, macio e equilibrado.
Narbona Luz de Luña Tannat 2011
Com envelhecimento de 5 meses em barricas de carvalho francês de tosta média, apresenta aromas complexos de frutas maduras, especiarias e carvalho. Encorpado e macio, com ótima persistência e final longo.
Os vinhos da Narbona são trazidos para o Brasil pela Importadora DeVinum ( www.devinum.com.br ) - tel. 11 2532-7201 e Rio de Janeiro 21 97825-4595
Fabiana no evento Tannat Tasting Rio de Janeiro
Vinhedos prórios
Recepcionado pela jovem e simpática enóloga Valeria Chiola, tive a oportunidade de conhecer a vinícola e todo o processo de produção dos seus vinhos, além de degustar vários deles.
A enóloga Valeria Chiola
Antiga Cave
Nova Adega
A adega tem uma extensão de 50ha e está localizada em uma fazenda de 1909. Em 1998 começou a plantação dos vinhedos e em 2010 a construção de uma nova adega para produção de vinhos exclusivos. Hoje possuem aproximadamente 15 hectares exclusivos de Tannat, mas também Pinot Noir, Petit Verdot, Viognier e Syrah.
Nova Cave
A colheita se faz manualmente e a vendimia começa ao inicio de fevereiro e vai até metade de março. A uva é transportada da adega em caixas de 16 kgs e se realiza uma primeira seleção manual na cinta de seleção onde se escolhem aqueles cachos que estão em ótimas condições de sanidade e maturidade. Uma segunda seleção desta vez dos grãos é realizada na cinta que vibra para ter certeza da qualidade máxima procurada.
Finalizado este processo os grãos são depositados nos tanques de aço inoxidável ou barris de carvalho francês, com camisa de refrigeração para controlar a temperatura do mosto que vai fermentar durante 10 a 15 dias.
Tonéis de carvalho francês
Depois da fermentação alcoólica, separa-se as partes sólidas (bagaço) e se depositam diretamente nos barris para amadurecer, mínimo 18 meses, para depois engarrafar (o tempo em barris se decide através de degustação e análises do vinho).
Restaurante onde se come maravilhosamente bem
Queijos finos de produção própria
Azeite 0.2 de acidez
Alguns vinhos degustados :
Puerto Carmelo Sauvignon Blanc 2015
Leve, fresco e frutado, com toques ligeiramente herbáceos. Ótima acidez e final limpo.
Puerto Carmelo Tannat 2013
Sem passagem por madeira, apresenta um belo aroma de frutas vermelhas maduras e uvas passas. Médio corpo, taninos macios e boa acidez.
Narbona Tannat Rosé2014
Cor vermelho cereja brilhante. Aromas de frutas vermelhas e ligeiro toque de baunilha, uma vez que passou por quatro meses em barricas de carvalho francês novas. Médio corpo, boa acidez, equilibrado e persistente.
Narbona Pinot Noir 2013
Com 8 meses em barricas de carvalho americano e francês, apresenta aromas frescos de frutas de bosque e toques de baunilha e cedro. Bom corpo, taninos macios, ótima acidez e boa persistência.
Narnona Tannat Roble 2012
Com 12 meses em barris novos de carvalho francês, apresenta aromas intensos de chocolate, uvas verdes e passas, um toque picante, com bom corpo e estrutura.
Narbona Blend 001 2103
Com 10 meses em barrica de roble francês, apresenta aromas de frutas, especiarias e ligeira baunilha. Bom corpo, macio e equilibrado.
Narbona Luz de Luña Tannat 2011
Com envelhecimento de 5 meses em barricas de carvalho francês de tosta média, apresenta aromas complexos de frutas maduras, especiarias e carvalho. Encorpado e macio, com ótima persistência e final longo.
Os vinhos da Narbona são trazidos para o Brasil pela Importadora DeVinum ( www.devinum.com.br ) - tel. 11 2532-7201 e Rio de Janeiro 21 97825-4595
Salton completa 105 anos com dois novos produtos no mercado
Vinícola se consolidou como uma das mais importantes do país ao aliar novas tecnologias com a busca constante pela excelência de seus produtos
25 de agosto marca o aniversário da Vinícola Salton, de Bento Gonçalves, que comemora 105 anos neste ano. Durante esse tempo, a empresa se consolidou como uma das mais importantes no ramo de vinhos e espumantes no país, além de conquistar espaço no exterior.
Em 1910, a empresa “Paulo Salton e Irmãos” foi fundada e logo destacou-se na elaboração de bebidas. Com o passar dos anos, essa atividade se tornou o foco principal da Vinícola Salton, que se tornou uma das grandes vinícolas do país. Após a abertura de mercado e o acesso às novas tecnologias, a busca pela qualidade e a profissionalização tornaram-se foco da empresa, elaborando produtos de maior valor agregado, passando a fazer parte do competitivo mercado mundial de vinhos. Já é possível encontrar seus produtos nos Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Alemanha, China e Japão, entre outros.
Recentemente, com uma gestão estratégica buscando resultados à longo prazo, considerando sempre a qualidade de seus produtos, com desempenhos cada vez mais competitivos, passou a investir em projetos especiais. Uma nova unidade em Santana do Livramento (RS), aposta no potencial produtivo da região da Campanha Gaúcha, cujas uvas são propícias na elaboração de vinhos e espumantes. Em Jarinu (SP), desde 2014, trabalha com uma planta piloto que oportuniza o desenvolvimento de novos itens e aplicação de novas tecnologias em hard e soft drinks.
Novos produtos
Para comemorar os 105 anos, a Salton presenteia os consumidores com dois novos produtos: os vinhos Antônio “Nini” Salton e o Paradoxo Pinot Noir.
O Antônio “Nini” Salton, é o quarto a integrar o projeto de edições limitadas Salton Gerações. Numeradas e de produção limitada em 13 mil garrafas, o vinho, amadurecido durante 12 meses em barricas de carvalho, é um assemblage elaborado com as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec e Cabernet Franc.
Já o tinto Paradoxo Pinot Noir, produzido com uvas cultivadas na Campanha gaúcha, tem coloração roxo claro com aromas de especiarias, tostado, framboesa, morango, amoras, nozes, café e chocolate.
25 de agosto marca o aniversário da Vinícola Salton, de Bento Gonçalves, que comemora 105 anos neste ano. Durante esse tempo, a empresa se consolidou como uma das mais importantes no ramo de vinhos e espumantes no país, além de conquistar espaço no exterior.
Em 1910, a empresa “Paulo Salton e Irmãos” foi fundada e logo destacou-se na elaboração de bebidas. Com o passar dos anos, essa atividade se tornou o foco principal da Vinícola Salton, que se tornou uma das grandes vinícolas do país. Após a abertura de mercado e o acesso às novas tecnologias, a busca pela qualidade e a profissionalização tornaram-se foco da empresa, elaborando produtos de maior valor agregado, passando a fazer parte do competitivo mercado mundial de vinhos. Já é possível encontrar seus produtos nos Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Alemanha, China e Japão, entre outros.
Recentemente, com uma gestão estratégica buscando resultados à longo prazo, considerando sempre a qualidade de seus produtos, com desempenhos cada vez mais competitivos, passou a investir em projetos especiais. Uma nova unidade em Santana do Livramento (RS), aposta no potencial produtivo da região da Campanha Gaúcha, cujas uvas são propícias na elaboração de vinhos e espumantes. Em Jarinu (SP), desde 2014, trabalha com uma planta piloto que oportuniza o desenvolvimento de novos itens e aplicação de novas tecnologias em hard e soft drinks.
Novos produtos
Para comemorar os 105 anos, a Salton presenteia os consumidores com dois novos produtos: os vinhos Antônio “Nini” Salton e o Paradoxo Pinot Noir.
O Antônio “Nini” Salton, é o quarto a integrar o projeto de edições limitadas Salton Gerações. Numeradas e de produção limitada em 13 mil garrafas, o vinho, amadurecido durante 12 meses em barricas de carvalho, é um assemblage elaborado com as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec e Cabernet Franc.
Já o tinto Paradoxo Pinot Noir, produzido com uvas cultivadas na Campanha gaúcha, tem coloração roxo claro com aromas de especiarias, tostado, framboesa, morango, amoras, nozes, café e chocolate.
segunda-feira, outubro 05, 2015
França elege 'Mestre do vinho do Porto' esta segunda-feira
A França elege esta segunda-feira o "Master of Port" ("Mestre do vinho do Porto"), num concurso apresentado como "o único evento que premeia a excelência dos escanções especialistas no vinho do Porto".
A França elege esta segunda-feira o ‘Master of Port’ (‘Mestre do vinho do Porto’), num concurso apresentado como "o único evento que premeia a excelência dos escanções especialistas no vinho do Porto".
A 16.ª edição do ‘Master of Port’ é promovida pela Union de La Sommellerie Française e pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, pretendendo consolidar a presença dos vinhos do Porto no mercado francês.
"A França é o maior mercado para o vinho do Porto no mundo. Os escanções são os especialistas naturais dos vinhos do Porto de qualidade porque em França conhecemos este vinho, mas nem sempre conhecemos todas as suas qualidades. Os escanções parecem-nos os melhores embaixadores para recomendar o vinho do Porto", disse à Lusa Jean-Jacques Vereecken, diretor da Fédération Française des Vins d'Apéritif.
Jean-Jacques Vereecken apontou ainda que o ‘sommelier’ (escanção) vencedor vê aberto "o caminho para os títulos de Melhor Escanção da Europa e Melhor Escanção do Mundo porque muitos ‘Master of Port’ foram consagrados com esses galardões.
Entre os onze finalistas que concorrem ao título de ‘Mestre do Vinho do Porto’, há um nome português. Trata-se de Micaël Morais, nascido em Paris, mas cuja paixão pelo vinho vem de São Pedro da Silva, no concelho português de Miranda do Douro, onde em criança vindimava com os pais e os avós.
"Este concurso também é uma homenagem à minha família. Meti toda a minha energia e paixão para ganhar. Há seis meses que estou no concurso e seria um sonho ganhar", disse à Lusa, em português, o escanção de 29 anos, que trabalha em um restaurante com uma estrela Michelin num hotel de luxo do 16° bairro de Paris.
Micaël Morais conseguiu dar nas vistas entre os 55 candidatos que participaram nas seleções regionais de Paris e Lyon. Para conquistar o seu sonho tem de conseguir destacar-se na meia-final que se realiza hoje e dar o seu melhor na final desta segunda-feira. A entrega dos prémios acontece, ao fim do dia de segunda, na Embaixada de Portugal em Paris.
Na sexta edição do concurso, em 1993, o vencedor foi o português Octávio Ferreira - 4º Melhor Escanção do Mundo em 1986 e 1989 e galardoado com o ‘Prix au Sommelier 2015’ pela Académie Internationale de la Gastronomie
Fonte : Notícias ao Minuto
A França elege esta segunda-feira o ‘Master of Port’ (‘Mestre do vinho do Porto’), num concurso apresentado como "o único evento que premeia a excelência dos escanções especialistas no vinho do Porto".
A 16.ª edição do ‘Master of Port’ é promovida pela Union de La Sommellerie Française e pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, pretendendo consolidar a presença dos vinhos do Porto no mercado francês.
"A França é o maior mercado para o vinho do Porto no mundo. Os escanções são os especialistas naturais dos vinhos do Porto de qualidade porque em França conhecemos este vinho, mas nem sempre conhecemos todas as suas qualidades. Os escanções parecem-nos os melhores embaixadores para recomendar o vinho do Porto", disse à Lusa Jean-Jacques Vereecken, diretor da Fédération Française des Vins d'Apéritif.
Jean-Jacques Vereecken apontou ainda que o ‘sommelier’ (escanção) vencedor vê aberto "o caminho para os títulos de Melhor Escanção da Europa e Melhor Escanção do Mundo porque muitos ‘Master of Port’ foram consagrados com esses galardões.
Entre os onze finalistas que concorrem ao título de ‘Mestre do Vinho do Porto’, há um nome português. Trata-se de Micaël Morais, nascido em Paris, mas cuja paixão pelo vinho vem de São Pedro da Silva, no concelho português de Miranda do Douro, onde em criança vindimava com os pais e os avós.
"Este concurso também é uma homenagem à minha família. Meti toda a minha energia e paixão para ganhar. Há seis meses que estou no concurso e seria um sonho ganhar", disse à Lusa, em português, o escanção de 29 anos, que trabalha em um restaurante com uma estrela Michelin num hotel de luxo do 16° bairro de Paris.
Micaël Morais conseguiu dar nas vistas entre os 55 candidatos que participaram nas seleções regionais de Paris e Lyon. Para conquistar o seu sonho tem de conseguir destacar-se na meia-final que se realiza hoje e dar o seu melhor na final desta segunda-feira. A entrega dos prémios acontece, ao fim do dia de segunda, na Embaixada de Portugal em Paris.
Na sexta edição do concurso, em 1993, o vencedor foi o português Octávio Ferreira - 4º Melhor Escanção do Mundo em 1986 e 1989 e galardoado com o ‘Prix au Sommelier 2015’ pela Académie Internationale de la Gastronomie
Fonte : Notícias ao Minuto
Avaliação Nacional de Vinhos consagra pluralidade de tintos e brancos brasileiros
BENTO GONÇALVES (RS) – Realizada no penúltimo sábado, no coração friozinho da Serra Gaúcha, a 23ª Avaliação Nacional de Vinhos diz muito sobre o paladar culturalmente ampliado do consumidor brasileiro. Num passado nada distante, ainda marcado pelo vinho de garrafão feito com as uvas de mesa trazidas pelos imigrante italianos, nós, blindados pela justificada inocência dos ignorantes, acreditávamos na divisão entre o seco e o suave como forma de distinguir os infantilmente docinhos dos terrivelmente adstringentes.
Agora, sabemos que um bom tinto vai bem além da outrora onipresente cabernet sauvignon. Dos 16 vinhos mais bem cotados pelo exército de avaliadores deste ano, nenhum, isso mesmo, nenhum tinto era feito com a uva símbolo da região francesa de Bordeaux e que deu segurança relativa à expansão da vinicultura pelos países do chamado Novo Mundo há mais de uma década.
Dos tintos destacados, havia amostras de vinhos feitos com as uvas ancelotta (Vinícola Garibaldi), teroldego (Vinícola Monte Rosário), tannat (Vinícola Aurora e outro da Dunamis) e cabernet franc (Vinícola Valmarino), além, claro, de três merlots (Salton, Perini e Miolo), a uva mais consagrada da Serra Gaúcha. Ou seja, o Brasil começa a consolidar um panorama produtivo além dos maniqueísmos mais fáceis do mercado.
“De certa forma, estamos refazendo a tradição de nossos ancestrais, dos nossos avôs imigrantes, experimentando, por exemplo, uvas italianas bem clássicas”, diz o jovem enólogo André Larentis, produtor na vinícola que leva o nome da família nesta parte do Brasil que se comporta como uma versão transatlântica da Borgonha, onde vinho é também questão de sobrenome e pertencimento nas pequenas propriedades familiares.
Esses vinhos desfilaram exuberância e caráter na última Avaliação Nacional de Vinhos, um evento criado em 1993 com o claro objetivo de emular os rituais de consagração típicos na Europa onde, mais que bebida, vinho é questão civilizatória. Aqui, o vinho já tem também seu grande teatro social.
De manhã, centenas de degustadores começavam a chegar, uns com seus melhores ternos, outros cuidadosamente desleixados como a sugerir que vinho precisa de informalidade, ao Pavilhão de Eventos de Bento Gonçalves, a capital não oficial da Serra Gaúcha, onde o Vale dos Vinhedos figura coma primeira região com Denominação de Origem do Brasil – a única, aliás, reconhecida pela União Europeia fora da Europa. À porta, as rainha e princesas do vinho, eleitas a cada vindima, numa festa que serve como espécie de carimbo de renovação para membro da sociedade local.
Para justificar o Instituto Nacional do Vinho e da Associação Nacional de Enologia ao afirmar que temos, ali, a maior degustação do mundo, nada menos que 850 degustadores estavam lá. Jornalistas, produtores e afins, para o ritual de mais de quatro horas de observa a cor + inala os aromas + degusta (e, sim, ninguém deve ficar de pileque antes do fim de uma degustação) e cuspa tudo o que provar para preencher as fichas. Num púlpito na frente do salão, 14 renomados degustadores tecem seus comentários para a audiência. E nem precisa se sentir inferior se não perceber notas aromáticas de “couro de cavalo molhado” num determinando tinto de guarda.
Imperceptível para a maioria, a paleta aromática dos vinhos se baseia, claro, em cheiros concretos, mas também em convenções olfativas do mundinho. Ao lado dos experts, havia também Caio Paduan, um ator iniciante que presta serviços a uma novela ambientada no Rio Grande do Sul dos primeiros vinhedos. Ainda que perceba pouco a diferença entre um tannat e um merlot, uma celebridade midiática sempre lembrará que o vinho também é pop.
Os merlots seguem exuberantes. São, afinal, a cepa que deram ao Vale dos Vinhedos sua D.O., ao lado dos chardonnays para os brancos. Na avaliação, ácidos e frescos, os vinhos base para espumantes comprovam porque o Brasil é pátria de boas borbulhas.
Dos brancos, além dos chardonnay frutados e elegantemente cremosos, aromáticos como os rieslings. Sem esconder a autoridade de quem faz parte de uma civilização com mais de mil anos de vinicultura, o professor da Universidade de Pádova, na Itália, gritava: “Tenham muito orgulho do seu vinho!”. Só faltava o resto do Brasil ouvir. “Agora é menos, mas até uns dois anos atrás, os lojistas nos expulasvam quando chegávamos para oferecer nosso vinho”, diz o vinhateiro José Venturinni, cuja vinícola batizada com seu sobrenome produz um tannat e um chardonnay capazes de refazer os conceitos de qualquer um.
Para driblar as barreiras e impostos, a maior parte dos vinicultores gaúchos encontrou o atalho. “Aceitamos encomendas pelos sites com o mesmo preço com que vendemos aqui”, diz o enólogo Andre Larentis. O frete, se cobrado, costuma sair mais barato que a substitutição tributária capaz de deixar os brasileiros menos acessíveis que os portugueses e chilenos de todo dia.
Fonte: Jornal do Comércio www.jconline.com.br
segunda-feira, setembro 21, 2015
Ucrânia processa Berlusconi e Putin após degustação de vinho de 1775 na Crimeia
KIEV - Uma visita do ex-premier italiano, Silvio Berlusconi, à Crimeia causou mais dor de cabeça nas relações entre Ucrânia e Rússia. Após visitar junto ao presidente russo, Vladimir Putin, uma das maiores coleção de vinhos do mundo, ele tomou um vinho de 1775. A medida rendeu a ele a proibição de entrar no territorio ucraniano e um processo por roubo.
Na visita, Berlusconi e Putin degustaram um Jerez de la Frontera de 240 anos de idade. A garrafa faz parte de uma coleção trazida à época pelo conde Mikhail Vorontsov, durante o império de Catarina, a Grande. Em imagens divulgadas pela rede RT, Berlusconi também se surpreende ao ver uma garrafa de 1891 e pergunta se o vinho poderia ser bebifo.
A vinícola fazia parte do governo ucraniano, antes de a península ser anexada pela Rússia no ano passado. O país exige reparações por bens tomados pelos russos com a incorporação do território.
Após a divulgação da visita e da degustação de Berlusconi no local, a antiga procuradoria-geral da Crimeia, que atua no exílio desde a anexação, abriu um processo contra a diretora do local. Yanina Pavlenko foi indiciada por traição. De acordo com as autoridades de Kiev, houve roubo no valor equivalente a 60 mil libras pelo consumo, e Berlusconi e Putin também teriam a obrigação de ser questionados.
- A garrafa de 1775 é uma das que constituem não apenas a herança da Crimeia ou da vinícola, mas de todo o povo ucraniano - criticou o vice-procurador, Nazar Kholodnytsky, de Kiev.
Tecnicamente, a Ucrânia não tem como condenar as autoridades envolvidas no episódio, já que a Crimeia é território russo desde março de 2014. O Kremlin não comentou o caso criminal, enquanto Berlusconi preferiu se abster de discutir a degustação.
Por O Globo com agências internacionais
Na visita, Berlusconi e Putin degustaram um Jerez de la Frontera de 240 anos de idade. A garrafa faz parte de uma coleção trazida à época pelo conde Mikhail Vorontsov, durante o império de Catarina, a Grande. Em imagens divulgadas pela rede RT, Berlusconi também se surpreende ao ver uma garrafa de 1891 e pergunta se o vinho poderia ser bebifo.
A vinícola fazia parte do governo ucraniano, antes de a península ser anexada pela Rússia no ano passado. O país exige reparações por bens tomados pelos russos com a incorporação do território.
Após a divulgação da visita e da degustação de Berlusconi no local, a antiga procuradoria-geral da Crimeia, que atua no exílio desde a anexação, abriu um processo contra a diretora do local. Yanina Pavlenko foi indiciada por traição. De acordo com as autoridades de Kiev, houve roubo no valor equivalente a 60 mil libras pelo consumo, e Berlusconi e Putin também teriam a obrigação de ser questionados.
- A garrafa de 1775 é uma das que constituem não apenas a herança da Crimeia ou da vinícola, mas de todo o povo ucraniano - criticou o vice-procurador, Nazar Kholodnytsky, de Kiev.
Tecnicamente, a Ucrânia não tem como condenar as autoridades envolvidas no episódio, já que a Crimeia é território russo desde março de 2014. O Kremlin não comentou o caso criminal, enquanto Berlusconi preferiu se abster de discutir a degustação.
Por O Globo com agências internacionais
Qualidade e sofisticação na fabricação de vinhos australianos
Muito mais do que cangurus engraçados e coalas fofinhos: A Austrália também é lar de alguns dos vinhedos mais antigos do mundo. O país, que possui mais de 2.400 vinícolas, produz cerca de 3 milhões de hectolitros, por ano, e é o sexto no ranking dos maiores produtores. Um australiano bebe cerca de 19 litros por ano. A bebida produzida na região apresenta textura cremosa, sabor concentrado e pode ser encontrada em mercados ao redor do globo.
O território conta com uma variedade surpreendente de uvas. A mais comum nas áreas cultivadas é a Shiraz, espécie tinta de sabor adocicado responsável por safras de qualidade, como o Penfolds Grange e o Jacob’s Creek Shiraz. Uma lenda antiga diz que o vinho bebido por Jesus Cristo e os 12 apóstolos, durante a Santa Ceia, teria sido feito a partir da uva, já que a casta também é encontrada com facilidade em Jerusalém. Entre as variedades brancas, estão a Chardonnay e a Muscat Blanco, utilizadas, respectivamente, na produção do FishEye e do Barefoot.
As vinícolas australianas chamam atenção pela alta tecnologia empregada na plantação e no cultivo das uvas e na produção da bebida fermentada. As fábricas oferecem experiências sensoriais que vão muito além da simples degustação de vinhos. Durante as visitas, turistas têm a oportunidade de degustar pratos típicos, apreciar obras de arte, participar de eventos internos e conhecer o processo de fabricação do produto.
A melhoria constante da qualidade do vinho não é diretamente proporcional ao valor da garrafa. O dólar australiano esbarra na moeda americana e provoca a queda no preço da bebida. Exemplares de safras com produção reduzida, por exemplo, chegam a custar apenas 1 dólar australiano. (com informações de Álef Calado).
Conheça algumas das vinícolas da Austrália:
Leeuwin Estate (Margaret River) - www.leeuwinestate.com.au
Localizada no oeste do país, a Leeuwin Estate produz bebidas conhecidas no mundo inteiro. A vinícola é famosa por seus vinhos brancos de alta qualidade e pelas garrafas Art Series, ilustradas por alguns dos principais artistas da Austrália. Durante o tour, visitantes têm a oportunidade de conhecer as adegas, acompanhar o processo de fabricação e degustar algumas das garrafas. Além de oferecer pratos regionais no Leeuwin Restaurant e de contar com uma galeria repleta de obras de arte, a Leeuwin Estate promove palestras e cursos.
Jacob’s Creek (Barossa Valley) - www.jacobscreek.com/br
Localizada no Vale Barrosa, ao sul da Austrália, região da famosa terra vermelha e conhecida por suas vinícolas de qualidade, a Jacob’s Creek já recebeu o prêmio de melhor atração turística do país. Os vinhos da fábrica estão entre os mais apreciados pela população e lideram o mercado enológico de regiões ao redor do mundo. Ao visitar a vinícola, o turista aprende um pouco sobre o cultivo das vinhas e sobre a fabricação das bebidas fermentadas. Aproveite o Jacob’s Restaurant para provar o melhor da culinária australiana.
Voyager Estate (Margaret River) - www.voyagerestate.com.au
A vinícola, que mantém a maior adega subterrânea de barris da Austrália, possui como característica principal a produção de vinhos complexos e encorpados. O tour pela propriedade consiste em um passeio e degustação de exemplares de algumas safras, acompanhados de um guia especializado. A vinícola também possui restaurante, equipado com móveis antigos e louças personalizadas.
Fonte: Correio Braziliense
O território conta com uma variedade surpreendente de uvas. A mais comum nas áreas cultivadas é a Shiraz, espécie tinta de sabor adocicado responsável por safras de qualidade, como o Penfolds Grange e o Jacob’s Creek Shiraz. Uma lenda antiga diz que o vinho bebido por Jesus Cristo e os 12 apóstolos, durante a Santa Ceia, teria sido feito a partir da uva, já que a casta também é encontrada com facilidade em Jerusalém. Entre as variedades brancas, estão a Chardonnay e a Muscat Blanco, utilizadas, respectivamente, na produção do FishEye e do Barefoot.
As vinícolas australianas chamam atenção pela alta tecnologia empregada na plantação e no cultivo das uvas e na produção da bebida fermentada. As fábricas oferecem experiências sensoriais que vão muito além da simples degustação de vinhos. Durante as visitas, turistas têm a oportunidade de degustar pratos típicos, apreciar obras de arte, participar de eventos internos e conhecer o processo de fabricação do produto.
A melhoria constante da qualidade do vinho não é diretamente proporcional ao valor da garrafa. O dólar australiano esbarra na moeda americana e provoca a queda no preço da bebida. Exemplares de safras com produção reduzida, por exemplo, chegam a custar apenas 1 dólar australiano. (com informações de Álef Calado).
Conheça algumas das vinícolas da Austrália:
Leeuwin Estate (Margaret River) - www.leeuwinestate.com.au
Localizada no oeste do país, a Leeuwin Estate produz bebidas conhecidas no mundo inteiro. A vinícola é famosa por seus vinhos brancos de alta qualidade e pelas garrafas Art Series, ilustradas por alguns dos principais artistas da Austrália. Durante o tour, visitantes têm a oportunidade de conhecer as adegas, acompanhar o processo de fabricação e degustar algumas das garrafas. Além de oferecer pratos regionais no Leeuwin Restaurant e de contar com uma galeria repleta de obras de arte, a Leeuwin Estate promove palestras e cursos.
Jacob’s Creek (Barossa Valley) - www.jacobscreek.com/br
Localizada no Vale Barrosa, ao sul da Austrália, região da famosa terra vermelha e conhecida por suas vinícolas de qualidade, a Jacob’s Creek já recebeu o prêmio de melhor atração turística do país. Os vinhos da fábrica estão entre os mais apreciados pela população e lideram o mercado enológico de regiões ao redor do mundo. Ao visitar a vinícola, o turista aprende um pouco sobre o cultivo das vinhas e sobre a fabricação das bebidas fermentadas. Aproveite o Jacob’s Restaurant para provar o melhor da culinária australiana.
Voyager Estate (Margaret River) - www.voyagerestate.com.au
A vinícola, que mantém a maior adega subterrânea de barris da Austrália, possui como característica principal a produção de vinhos complexos e encorpados. O tour pela propriedade consiste em um passeio e degustação de exemplares de algumas safras, acompanhados de um guia especializado. A vinícola também possui restaurante, equipado com móveis antigos e louças personalizadas.
Fonte: Correio Braziliense
sexta-feira, setembro 18, 2015
Philippe de Nicolay Rothschild completa cinco anos no Brasil e aumenta a atuação da PNR Import
Apenas 400.000 Champagne Barons de Rothschild são produzidos anualmente
A França é um país com terroirs privilegiados. De lá, saem os vinhos mais conceituados e premiados do mundo, assim como a autêntica bebida de elegante perlage: o champagne. E é da conhecida “Cidade Luz” que aterrissou no Brasil um dos maiores conhecedores de vinhos do mundo, Philippe de Nicolay Rothschild. O Brasil tem a fama de receber de braços abertos os estrangeiros, mas, com certeza, acolheu para sempre este autêntico barão que não gosta de ser chamado como tal, já que está em um país em que o título da nobreza não predomina.
O parisiense abriu a PNR Import, em São Paulo, e passou a distribuir por aqui os elegantes Champagne Barons de Rothschild (Brut, Extra Brut, Blanc de Blancs, Rosé) e alguns dos melhores Bordeaux do grupo Lafite-Rothschild com os Carruades de Lafite - segundo vinho do famoso Château Lafite - disponível em breve no país diretamente das adegas do Castelo. O Château de Duhart-Milon em Pauillac, o Château L'évangile em Pomerol e também o Château d'Aussière, da nova propriedade da família localizada no Languedoc-Roussillon, também estão nos planos da rota do Brasil. Vários vinhos, mais acessíveis, ainda completam um portfólio, que tem como foco oferecer vinhos autênticos e prontos para beber, com safras mais antigas.
A respeitada revista “Wine Spectator” não poupou elogios aos Champagnes Barons de Rothschild, além de ganhar pontuação de 90 para mais, do crítico de renome internacional, Robert Parker. Tais pontos caracterizam a bebida como, de excepcional qualidade e caráter, em que a uva Chardonnay é seu principal elemento.
“No Brasil, as vendas de Champagne são maiores de outubro a março. Esperamos provocar nos brasileiros o desejo de tomar essa bebida dos Deuses por todo o ano. Para isso, trouxemos o Champagne Barons de Rothschild, um produto de qualidade superior aos encontrados no mercado, pois é produzido com as melhores uvas da safra. O fato de produzirmos apenas 400.000 garrafas ao ano é uma das garantias de excelência deste Champagne”, afirma Philippe de Nicolay Rothschild.
Com toda a tradição e respeito que o mundo da enologia tem pela família multissecular, incorporada pela expertise de Philippe de Nicolay Rothschild, há dúvida de que seus produtos ainda perpetuarão por muitos e muitos séculos?
Fonte : Segs
A França é um país com terroirs privilegiados. De lá, saem os vinhos mais conceituados e premiados do mundo, assim como a autêntica bebida de elegante perlage: o champagne. E é da conhecida “Cidade Luz” que aterrissou no Brasil um dos maiores conhecedores de vinhos do mundo, Philippe de Nicolay Rothschild. O Brasil tem a fama de receber de braços abertos os estrangeiros, mas, com certeza, acolheu para sempre este autêntico barão que não gosta de ser chamado como tal, já que está em um país em que o título da nobreza não predomina.
O parisiense abriu a PNR Import, em São Paulo, e passou a distribuir por aqui os elegantes Champagne Barons de Rothschild (Brut, Extra Brut, Blanc de Blancs, Rosé) e alguns dos melhores Bordeaux do grupo Lafite-Rothschild com os Carruades de Lafite - segundo vinho do famoso Château Lafite - disponível em breve no país diretamente das adegas do Castelo. O Château de Duhart-Milon em Pauillac, o Château L'évangile em Pomerol e também o Château d'Aussière, da nova propriedade da família localizada no Languedoc-Roussillon, também estão nos planos da rota do Brasil. Vários vinhos, mais acessíveis, ainda completam um portfólio, que tem como foco oferecer vinhos autênticos e prontos para beber, com safras mais antigas.
A respeitada revista “Wine Spectator” não poupou elogios aos Champagnes Barons de Rothschild, além de ganhar pontuação de 90 para mais, do crítico de renome internacional, Robert Parker. Tais pontos caracterizam a bebida como, de excepcional qualidade e caráter, em que a uva Chardonnay é seu principal elemento.
“No Brasil, as vendas de Champagne são maiores de outubro a março. Esperamos provocar nos brasileiros o desejo de tomar essa bebida dos Deuses por todo o ano. Para isso, trouxemos o Champagne Barons de Rothschild, um produto de qualidade superior aos encontrados no mercado, pois é produzido com as melhores uvas da safra. O fato de produzirmos apenas 400.000 garrafas ao ano é uma das garantias de excelência deste Champagne”, afirma Philippe de Nicolay Rothschild.
Com toda a tradição e respeito que o mundo da enologia tem pela família multissecular, incorporada pela expertise de Philippe de Nicolay Rothschild, há dúvida de que seus produtos ainda perpetuarão por muitos e muitos séculos?
Fonte : Segs
Cabernet Sauvignon
Quem trabalha com vinhos costuma dizer que muitos consumidores compram um cabernet sauvignon como “marca” e não como “uva”. E o que isso significa? Que é uma variedade tão popular que muitos compram suas garrafas sem se preocupar com outros detalhes do rótulo, como o produtor, a região ou mesmo a safra.
Em se tratando do Novo Mundo do vinho (países fora da Europa) arrisco a dizer que apenas uma minoria de vinícolas não tem um cabernet sauvignon em seu portfólio. Mas, por que essa uva é tão popular?
Originária da França, é uma uva muito importante para os vinhos da região de Bordeaux. Sozinha ou acompanhada pela merlot, cabernet franc ou petit verdot, resulta em vinhos que podem aparecer em muitas listas de melhores do mundo.
Mas não é só em seu berço que a cabernet sauvignon faz sucesso. Todo o mundo vitivinícola planta essa variedade por uma razão muito simples: é uma uva resistente, que se adapta aos mais variados terrenos e condições climáticas. Evidentemente, um cabernet sauvignon da Nova Zelândia não vai ter características idênticas a um vinho do Brasil ou dos Estados Unidos, porque tudo isso depende de uma série de fatores.
Porém, de uma maneira geral, esses vinhos são marcantes, potentes, de grande estrutura e possuem grande capacidade de guarda. Seus aromas mais comuns lembram chocolate amargo, pimenta e quando passam um tempo em barricas de carvalho ganham complexidade de aromas e sabores.
Aliás, para que exista algum ganho de qualidade com a passagem por madeira é necessário que o vinho tenha boa estrutura e os cabernet sauvignon possuem taninos marcantes e boa potência alcoólica.
Um ótimo exercício que você pode fazer com os amigos ou em sua confraria é a degustação de vários cabernet sauvignon das mais variadas regiões do mundo. Um vinho da Califórnia, nos Estados Unidos, que costuma passar bastante tempo em barricas de carvalho será totalmente diferente de um vinho da França, que normalmente tem um perfil mais elegante do que potente.
Aqui na América do Sul, você precisa experimentar alguns vinhos interessantes como os argentinos, porque nem só de malbec vive o mercado do nosso vizinho. O “Guia Descorchados”, em sua última edição, elegeu os melhores vinhos com essa uva na Argentina, muitos deles em faixa de preços alta, mas vale a pena saber alguns dos produtores que faturaram essas maiores notas: Cararena, Catena Zapata, Terraza de Los Andes, Hubert Weber, Lagarde, Trapiche, Zuccardi, Sophenia, Atamisque e Weinert. Então, se encontrar vinhos desses produtores em faixa de preços adequada ao que você pretende gastar, saiba que são compras seguras.
No Chile, Uruguai e Brasil também há muitos vinhos interessantes para provar com a cabernet sauvignon. Mas esse é um assunto para a próxima coluna.
Tim-tim!
Correio de Uberlândia - por Érika Mesquita
Em se tratando do Novo Mundo do vinho (países fora da Europa) arrisco a dizer que apenas uma minoria de vinícolas não tem um cabernet sauvignon em seu portfólio. Mas, por que essa uva é tão popular?
Originária da França, é uma uva muito importante para os vinhos da região de Bordeaux. Sozinha ou acompanhada pela merlot, cabernet franc ou petit verdot, resulta em vinhos que podem aparecer em muitas listas de melhores do mundo.
Mas não é só em seu berço que a cabernet sauvignon faz sucesso. Todo o mundo vitivinícola planta essa variedade por uma razão muito simples: é uma uva resistente, que se adapta aos mais variados terrenos e condições climáticas. Evidentemente, um cabernet sauvignon da Nova Zelândia não vai ter características idênticas a um vinho do Brasil ou dos Estados Unidos, porque tudo isso depende de uma série de fatores.
Porém, de uma maneira geral, esses vinhos são marcantes, potentes, de grande estrutura e possuem grande capacidade de guarda. Seus aromas mais comuns lembram chocolate amargo, pimenta e quando passam um tempo em barricas de carvalho ganham complexidade de aromas e sabores.
Aliás, para que exista algum ganho de qualidade com a passagem por madeira é necessário que o vinho tenha boa estrutura e os cabernet sauvignon possuem taninos marcantes e boa potência alcoólica.
Um ótimo exercício que você pode fazer com os amigos ou em sua confraria é a degustação de vários cabernet sauvignon das mais variadas regiões do mundo. Um vinho da Califórnia, nos Estados Unidos, que costuma passar bastante tempo em barricas de carvalho será totalmente diferente de um vinho da França, que normalmente tem um perfil mais elegante do que potente.
Aqui na América do Sul, você precisa experimentar alguns vinhos interessantes como os argentinos, porque nem só de malbec vive o mercado do nosso vizinho. O “Guia Descorchados”, em sua última edição, elegeu os melhores vinhos com essa uva na Argentina, muitos deles em faixa de preços alta, mas vale a pena saber alguns dos produtores que faturaram essas maiores notas: Cararena, Catena Zapata, Terraza de Los Andes, Hubert Weber, Lagarde, Trapiche, Zuccardi, Sophenia, Atamisque e Weinert. Então, se encontrar vinhos desses produtores em faixa de preços adequada ao que você pretende gastar, saiba que são compras seguras.
No Chile, Uruguai e Brasil também há muitos vinhos interessantes para provar com a cabernet sauvignon. Mas esse é um assunto para a próxima coluna.
Tim-tim!
Correio de Uberlândia - por Érika Mesquita
sexta-feira, setembro 11, 2015
Sabor de história: os antigos e doces vinhos da África do Sul
Há exatos 361 anos, portugueses expulsavam as últimas colônias holandesas do Brasil; indianos terminavam a construção do Taj Mahal, um dos monumentos mais conhecidos do mundo; e o Tratado de Westminster colocava um fim à Primeira Guerra Anglo-Holandesa, que matou cerca de 5 mil pessoas. O ano de 1654 também marcou a história da África do Sul: foi quando o médico holandês Jan van Riebeeck levou as primeiras videiras para a Cidade do Cabo, dando início à produção de vinhos sul-africanos.
A África do Sul é um dos poucos países do continente a produzir vinhos em larga escala. A primeira garrafa da bebida foi fabricada em 1659 e marcava pelo gosto forte e encorpado. Quase meio século depois, o surgimento do Vin de Constance — uma bebida de sobremesa, com aroma adocicado de pêssegos —, deu visibilidade internacional ao país nessa área. O vinho era um dos preferidos de personalidades europeias, como o rei Luís Felipe, da França, e o líder político Napoleão Bonaparte.
Apesar do início promissor, a vitivinicultura da África do Sul quase teve um fim. A expansão desordenada de vinhedos culminou na produção de vinhos sem qualidade e pouco atrativos. Para sanar este problema, alguns produtores se juntaram e fundaram a Kooperatiwe Winjnbouwers Vereniging (KWV), uma associação que regularia toda a fabricação e exportação da bebida no país. O regime de apartheid também prejudicou os vinhos sul-africanos, que se tornaram produtos de consumo interno.
Com o fim do apartheid, em 1994, as vinícolas do país tiveram que se adaptar ao mercado internacional e foram praticamente obrigadas a passar por um processo de aperfeiçoamento. Segundo informação da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a África do Sul é a oitava maior produtora do mundo e conta com mais de 100 mil hectares de vinhedos plantados e cerca de 350 vinícolas. (Com informações de Álef Calado)
Vergelegen Estate (Cidade do Cabo) - vergelegen.co.za
Fundada em 1700, por Willem Adriaan Var der Stel, governador da Cidade do Cabo na época, a vinícola é famosa por produzir alguns dos vinhos artesanais mais finos da África do Sul. Três vezes vencedora da Great Wine Capitals Global, concurso que elege o melhor do turismo enológico ao redor do mundo, a Vergelegen oferece ao visitante a oportunidade de conhecer os 17 jardins e as adegas da vinícola.
Groot Constantia (Cidade do Cabo) - grootconstantia.co.za
A vinícola mais antiga da África do Sul, a Groot Constantia é reconhecida internacionalmente pela produção de tintos de alta qualidade e vinhos de sobremesa. Uvas francesas, como a Shiraz, a Merlot e a Pinotage, são as mais encontradas nos 750 hectares de vinhas. Durante o passeio pela vinícola, considerada patrimônio da Província Ocidental do Cabo, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o processo de fabricação e experimentar algumas das melhores garrafas.
La Motte (Franschhoek) - la-motte.com
Localizada no belo vale de Franschhoek, uma das melhores regiões para a produção de vinhos da Áfica do Sul, a vinícola é lar de garrafas finas, reconhecidas pela qualidade superior e pela peculiaridade. Durante o tour pela fábrica, visitantes são agraciados com uma experiência única de degustação de vinhos harmonizados com pratos da culinária local. É possível, ainda, conhecer algumas das adegas e apreciar as exposições do Museum La Motte.
Fonte: Correio Braziliense
A África do Sul é um dos poucos países do continente a produzir vinhos em larga escala. A primeira garrafa da bebida foi fabricada em 1659 e marcava pelo gosto forte e encorpado. Quase meio século depois, o surgimento do Vin de Constance — uma bebida de sobremesa, com aroma adocicado de pêssegos —, deu visibilidade internacional ao país nessa área. O vinho era um dos preferidos de personalidades europeias, como o rei Luís Felipe, da França, e o líder político Napoleão Bonaparte.
Apesar do início promissor, a vitivinicultura da África do Sul quase teve um fim. A expansão desordenada de vinhedos culminou na produção de vinhos sem qualidade e pouco atrativos. Para sanar este problema, alguns produtores se juntaram e fundaram a Kooperatiwe Winjnbouwers Vereniging (KWV), uma associação que regularia toda a fabricação e exportação da bebida no país. O regime de apartheid também prejudicou os vinhos sul-africanos, que se tornaram produtos de consumo interno.
Com o fim do apartheid, em 1994, as vinícolas do país tiveram que se adaptar ao mercado internacional e foram praticamente obrigadas a passar por um processo de aperfeiçoamento. Segundo informação da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a África do Sul é a oitava maior produtora do mundo e conta com mais de 100 mil hectares de vinhedos plantados e cerca de 350 vinícolas. (Com informações de Álef Calado)
Vergelegen Estate (Cidade do Cabo) - vergelegen.co.za
Fundada em 1700, por Willem Adriaan Var der Stel, governador da Cidade do Cabo na época, a vinícola é famosa por produzir alguns dos vinhos artesanais mais finos da África do Sul. Três vezes vencedora da Great Wine Capitals Global, concurso que elege o melhor do turismo enológico ao redor do mundo, a Vergelegen oferece ao visitante a oportunidade de conhecer os 17 jardins e as adegas da vinícola.
Groot Constantia (Cidade do Cabo) - grootconstantia.co.za
A vinícola mais antiga da África do Sul, a Groot Constantia é reconhecida internacionalmente pela produção de tintos de alta qualidade e vinhos de sobremesa. Uvas francesas, como a Shiraz, a Merlot e a Pinotage, são as mais encontradas nos 750 hectares de vinhas. Durante o passeio pela vinícola, considerada patrimônio da Província Ocidental do Cabo, os visitantes têm a oportunidade de conhecer o processo de fabricação e experimentar algumas das melhores garrafas.
La Motte (Franschhoek) - la-motte.com
Localizada no belo vale de Franschhoek, uma das melhores regiões para a produção de vinhos da Áfica do Sul, a vinícola é lar de garrafas finas, reconhecidas pela qualidade superior e pela peculiaridade. Durante o tour pela fábrica, visitantes são agraciados com uma experiência única de degustação de vinhos harmonizados com pratos da culinária local. É possível, ainda, conhecer algumas das adegas e apreciar as exposições do Museum La Motte.
Fonte: Correio Braziliense
Vinhos : A volta ao mundo em cinco rótulos
O turismo gastronômico tem se tornado um dos principais prazeres turísticos de qualquer viagem. A degustação de vinhos faz parte desse tipo de diversão turística, e diferentemente do que muitos acham, não é preciso provar vinhos extremamente caros ou difíceis de achar para que se possa ter contato com sabores de outras terras.
Muitos acham que a enologia é algo preso a diversas regras de etiqueta, quando na verdade é um prazer que pode ser apreciado por muitos. Não é preciso ir atrás do preço de uma garrafa, mas sim saber o que se está tomando e com o que isso combina em sua refeição. Muitos bons vinhos podem ser comprados no Brasil entre R$ 30 e R$ 60 reais a garrafa - e a maioria deles vem de diversos lugares do mundo.
Faz parte do turismo gastronômico ter acesso a uma bebida de qualidade e, por isso, decidi unir esses dois conhecimentos e dar algumas dicas sobre o que tomar quanto colocado em frente a um tipo de prato diferente, aproveitando é claro receitas típicas locais de lugares diferentes do mundo. Abaixo, cinco vinhos que servem bem com refeições mais exótica, além de serem feitos com uvas da própria região onde a comida é servida, casando bem o sabor local.
1. África do Sul - Cape Elephant Shiraz: esse é um vinho mais forte, ideal para se tomar comendo uma comida com gosto mais apimentado ou carregada no tempero, como o chakalaka, um molho de acompanhamento típico da África do Sul, local de onde o próprio vinho vem, feito com uvas Shiraz, típicas de lá. Seu sabor mais forte consegue lidar bem com o gosto de comidas apimentadas.
2. Austrália - Lone Kangaroo Cabernet Shiraz: esse é um vinho típico de lá, feito com uvas Cabernet Sauvignon e Shiraz. Tinto e um pouco mais forte, é ideal para se comer com carnes temperadas, como a típica costela ao molho barbecue dos australianos.
3. França - Château Les Millaux Excellence: uvas Merlot e Cabernet Franc, típicas da França, são a base desse vinho tinto. Ele é ideal para se tomar com carnes como o entrecot, corte mal passado típico de restaurantes da região. Seu sabor é mais suave.
4. Espanha - Marco Real Tempranillo: a paella é uma comida típica muito famosa na Espanha. O misto de frutos do mar tem um gosto forte e característico, porém muito saboroso. Para acompanhar, recomendo esse vinho com uvas da região de Navarra, as Tempranillo, com um gosto que casa bem com esse tipo de carne branca.
5. Chile - Casa Marchigue Chardonnay: as uvas Chardonnay da região da Valle de Colchagua, fazem um casamento ideal com o peixe cogrio, uma receita típica do Chile que vai muito bem com um vinho branco.
Claro que essas sugestões podem servir a diversos outros tipos de alimento, porém essa é uma boa base do saber com que combinam esses determinados tipos de vinho. Espero que essas dicas te ajudem a fazer seu próprio turismo gastronômico, nem que seja em sua própria casa!
Samuel Carvalho é sócio da LeVino, empreendedor e estrategista de negócios. Acredita que o bom vinho pode atingir todos os paladares, e quer desmistificar o consumo no Brasil.
Sobre a LeVino - http://www.levino.com.br/ (11) 4119-1881
Disseminar a cultura do vinho. Essa é a grande proposta do LeVino, e-commerce de vinhos de criado em 2014. Com foco nessa proposta, o LeVino destaca-se por oferecer sugestões que vão muito além da harmonização dos pratos. No site, o cliente encontra os vinhos certos de acordo com o tipo de uva, de prato e até mesmo de ocasião, como um jantar de negócios, um jantar romântico, dias frios, dias quentes, para conhecedores de vinho e até para quem não costuma beber.
Por Samuel Carvalho
Muitos acham que a enologia é algo preso a diversas regras de etiqueta, quando na verdade é um prazer que pode ser apreciado por muitos. Não é preciso ir atrás do preço de uma garrafa, mas sim saber o que se está tomando e com o que isso combina em sua refeição. Muitos bons vinhos podem ser comprados no Brasil entre R$ 30 e R$ 60 reais a garrafa - e a maioria deles vem de diversos lugares do mundo.
Faz parte do turismo gastronômico ter acesso a uma bebida de qualidade e, por isso, decidi unir esses dois conhecimentos e dar algumas dicas sobre o que tomar quanto colocado em frente a um tipo de prato diferente, aproveitando é claro receitas típicas locais de lugares diferentes do mundo. Abaixo, cinco vinhos que servem bem com refeições mais exótica, além de serem feitos com uvas da própria região onde a comida é servida, casando bem o sabor local.
1. África do Sul - Cape Elephant Shiraz: esse é um vinho mais forte, ideal para se tomar comendo uma comida com gosto mais apimentado ou carregada no tempero, como o chakalaka, um molho de acompanhamento típico da África do Sul, local de onde o próprio vinho vem, feito com uvas Shiraz, típicas de lá. Seu sabor mais forte consegue lidar bem com o gosto de comidas apimentadas.
2. Austrália - Lone Kangaroo Cabernet Shiraz: esse é um vinho típico de lá, feito com uvas Cabernet Sauvignon e Shiraz. Tinto e um pouco mais forte, é ideal para se comer com carnes temperadas, como a típica costela ao molho barbecue dos australianos.
3. França - Château Les Millaux Excellence: uvas Merlot e Cabernet Franc, típicas da França, são a base desse vinho tinto. Ele é ideal para se tomar com carnes como o entrecot, corte mal passado típico de restaurantes da região. Seu sabor é mais suave.
4. Espanha - Marco Real Tempranillo: a paella é uma comida típica muito famosa na Espanha. O misto de frutos do mar tem um gosto forte e característico, porém muito saboroso. Para acompanhar, recomendo esse vinho com uvas da região de Navarra, as Tempranillo, com um gosto que casa bem com esse tipo de carne branca.
5. Chile - Casa Marchigue Chardonnay: as uvas Chardonnay da região da Valle de Colchagua, fazem um casamento ideal com o peixe cogrio, uma receita típica do Chile que vai muito bem com um vinho branco.
Claro que essas sugestões podem servir a diversos outros tipos de alimento, porém essa é uma boa base do saber com que combinam esses determinados tipos de vinho. Espero que essas dicas te ajudem a fazer seu próprio turismo gastronômico, nem que seja em sua própria casa!
Samuel Carvalho é sócio da LeVino, empreendedor e estrategista de negócios. Acredita que o bom vinho pode atingir todos os paladares, e quer desmistificar o consumo no Brasil.
Sobre a LeVino - http://www.levino.com.br/ (11) 4119-1881
Disseminar a cultura do vinho. Essa é a grande proposta do LeVino, e-commerce de vinhos de criado em 2014. Com foco nessa proposta, o LeVino destaca-se por oferecer sugestões que vão muito além da harmonização dos pratos. No site, o cliente encontra os vinhos certos de acordo com o tipo de uva, de prato e até mesmo de ocasião, como um jantar de negócios, um jantar romântico, dias frios, dias quentes, para conhecedores de vinho e até para quem não costuma beber.
Por Samuel Carvalho
terça-feira, setembro 08, 2015
Os superstars do vinho
“Born to Run”, o disco que levou Bruce Springsteen ao sucesso nacional, completou seu quadragésimo aniversário na semana passada.
Os fãs de Bruce adoram contar a história que está por trás do disco. O ‘Boss’ lançou dois discos em 1973. Embora os críticos tenham elogiado os dois, ambos fracassaram. Assim, “Born to Run” seria sua última oportunidade. Peter Ames Carlin, biógrafo de Springsteen, conta que a “Columbia [Records] forneceu para Bruce e banda somente os recursos necessários para gravar uma música. Desse jeito, ele poderia provar que era capaz de fazer um hit de sucesso e fazer valer a gravação de um possível disco seguinte. Eis porque [a banda] levou seis meses para gravar a música que acabou dando nome ao disco, ‘Born to Run’. Cada nota tinha de ser perfeita, senão eles corriam o risco de voltar de mãos vazias para Asbury Park.”
Quando os executivos da Columbia ouviram a gravação, resolveram contratar Bruce para mais um disco. Sabiam que aquele nativo do Garden State de 26 anos se tornaria um superstar.
Da mesma forma, muitos dos grandes vinhos da história quase não chegaram lá.
Vejamos os vinhos que saíram vitoriosos do “Julgamento de Paris”, uma disputa entre vinhos californianos e franceses realizada em 1976. Todo mundo pensou que a França ganharia, mas os vencedores – Chateau Montelena Chardonnay 1973 e o Cabernet Sauvignon 1973 da vinícola Stag’s Leap – vieram ambos da Califórnia. O feito revolucionou a indústria do vinho americana. Mesmo assim, os dois vinhos quase não aconteceram.
A história da vinícola Stag’s Leap começou em 1969. Naquele ano, Warren Winiarski, ex-produtor da Robert Mondavi, provou um Cabernet Sauvignon caseiro do vinhateiro Nathan Fay. O vinho funcionou como uma epifania para Winiarski; a bebida reunia tudo que ele amava no Napa Valley. Logo, ele comprou 44 acres de terras vizinhas às de Fay. Arrancou tudo que estava plantado e semeou uvas Cabernet Sauvignon e Merlot.
Se Winiarski não tivesse provado o vinho caseiro de Fay – e não tivesse os recursos para comprar as terras – o Château Mouton-Rothschild teria vencido o Julgamento de Paris.
Na Château Montelena, o produtor Mike Grgich temia pelo emprego depois de aprontar o seu Chardonnay 1972. Grgich expôs o vinho a tão pouca oxigenação durante a produção que uma enzima amarronzada resistiu por dois meses no vinho depois do engarrafamento. Se o vinho tivesse permanecido marrom – e Grgich perdido o emprego – ele não teria terminado seu Chardonnay 1973, e o Meursault-Charmes da Domaine Roulot teria vencido.
O mais famoso ‘cult’ Cabernet de Napa, o Screaming Eagle, tem origens numa lata de lixo.
Em 1976, a corretora de imóveis Jean Phillips comprou 57 acres em Oakville, ma Califórnia. A maior parte das terras cultivava variedades de branco. Mas um acre continha vinhas Cabernet Sauvignon, das quais ele fez um vinho numa lata de lixo de plástico. Curiosa a respeito das possibilidades de seu vinho caseiro, Phillips levou uma amostra aos especialistas da vinícola Robert Mondavi, que imediatamente recomendaram a sua produção comercial. Assim, em 1992 Phillips contratou Richard Peterson, um renomado consultor, e sua filha, Heidi Barrett. O novo vinho alcançou 99 pontos na escala de Robert Parker e vendeu-se imediatamente.
É difícil imaginar Bruce Sprinsteen esquecido para sempre, assim como não é fácil imaginar qualquer um desses vinhos longe dos enófilos apaixonados.
Nos vinhos, assim como nas artes, os sucessos acidentais são abundantes.
Por David White
Os fãs de Bruce adoram contar a história que está por trás do disco. O ‘Boss’ lançou dois discos em 1973. Embora os críticos tenham elogiado os dois, ambos fracassaram. Assim, “Born to Run” seria sua última oportunidade. Peter Ames Carlin, biógrafo de Springsteen, conta que a “Columbia [Records] forneceu para Bruce e banda somente os recursos necessários para gravar uma música. Desse jeito, ele poderia provar que era capaz de fazer um hit de sucesso e fazer valer a gravação de um possível disco seguinte. Eis porque [a banda] levou seis meses para gravar a música que acabou dando nome ao disco, ‘Born to Run’. Cada nota tinha de ser perfeita, senão eles corriam o risco de voltar de mãos vazias para Asbury Park.”
Quando os executivos da Columbia ouviram a gravação, resolveram contratar Bruce para mais um disco. Sabiam que aquele nativo do Garden State de 26 anos se tornaria um superstar.
Da mesma forma, muitos dos grandes vinhos da história quase não chegaram lá.
Vejamos os vinhos que saíram vitoriosos do “Julgamento de Paris”, uma disputa entre vinhos californianos e franceses realizada em 1976. Todo mundo pensou que a França ganharia, mas os vencedores – Chateau Montelena Chardonnay 1973 e o Cabernet Sauvignon 1973 da vinícola Stag’s Leap – vieram ambos da Califórnia. O feito revolucionou a indústria do vinho americana. Mesmo assim, os dois vinhos quase não aconteceram.
A história da vinícola Stag’s Leap começou em 1969. Naquele ano, Warren Winiarski, ex-produtor da Robert Mondavi, provou um Cabernet Sauvignon caseiro do vinhateiro Nathan Fay. O vinho funcionou como uma epifania para Winiarski; a bebida reunia tudo que ele amava no Napa Valley. Logo, ele comprou 44 acres de terras vizinhas às de Fay. Arrancou tudo que estava plantado e semeou uvas Cabernet Sauvignon e Merlot.
Se Winiarski não tivesse provado o vinho caseiro de Fay – e não tivesse os recursos para comprar as terras – o Château Mouton-Rothschild teria vencido o Julgamento de Paris.
Na Château Montelena, o produtor Mike Grgich temia pelo emprego depois de aprontar o seu Chardonnay 1972. Grgich expôs o vinho a tão pouca oxigenação durante a produção que uma enzima amarronzada resistiu por dois meses no vinho depois do engarrafamento. Se o vinho tivesse permanecido marrom – e Grgich perdido o emprego – ele não teria terminado seu Chardonnay 1973, e o Meursault-Charmes da Domaine Roulot teria vencido.
O mais famoso ‘cult’ Cabernet de Napa, o Screaming Eagle, tem origens numa lata de lixo.
Em 1976, a corretora de imóveis Jean Phillips comprou 57 acres em Oakville, ma Califórnia. A maior parte das terras cultivava variedades de branco. Mas um acre continha vinhas Cabernet Sauvignon, das quais ele fez um vinho numa lata de lixo de plástico. Curiosa a respeito das possibilidades de seu vinho caseiro, Phillips levou uma amostra aos especialistas da vinícola Robert Mondavi, que imediatamente recomendaram a sua produção comercial. Assim, em 1992 Phillips contratou Richard Peterson, um renomado consultor, e sua filha, Heidi Barrett. O novo vinho alcançou 99 pontos na escala de Robert Parker e vendeu-se imediatamente.
É difícil imaginar Bruce Sprinsteen esquecido para sempre, assim como não é fácil imaginar qualquer um desses vinhos longe dos enófilos apaixonados.
Nos vinhos, assim como nas artes, os sucessos acidentais são abundantes.
Por David White
sexta-feira, setembro 04, 2015
Conheça o primeiro vinho do Porto branco para ser bebido com gelo
O vinho Cambridge Ice "é fruto de uma parceria" entre a distribuidora de vinhos Lusovini e a Andresen, que é uma das raras casas de vinho do Porto que permanece totalmente em mãos portuguesas. Trata-se de "um Porto branco para ser bebido gelado ou sobre gelo", ganhando assim "a mesma sofisticação do champanhe", disse o presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, à agência Lusa.
O enólogo e administrador daquela empresa Carlos Moura disse que este novo néctar distingue-se dos vinhos do Porto branco clássicos, "essencialmente, pela sua doçura, que é um bocadinho maior". "É para beber bastante frio, com gelo, para que a doçura não se torne desagradável", completa.
Este novo Porto branco "começou a ser pensado há três anos" e o lote final demorou cerca de um ano a ser afinado, sendo composto por uvas oriundas, essencialmente, de Ervedosa do Douro, concelho de São João da Pesqueira. E tem cerca de três anos de madeira. "O Cambridge Ice é o nosso contributo para aquilo a que a crítica já chama a Revolução Branca", ou seja, o reconhecimento da extraordinária qualidade dos vinhos do Porto brancos e da sua enorme versatilidade", afirma Casimiro Gomes.
Carlos Moura completa frisando que "a sua acidez e a secura que envolve o doce do vinho fazem com que este Porto branco seja bom para acompanhar diferentes momentos de festa e de convívio, nomeadamente à mesa, e que nunca se torne cansativo".
"O nosso objetivo é captar novos mercados e novos consumidores" para os vinhos do Porto, salientou também. O enólogo informou ainda que vão ser lançadas "cerca de 10 mil garrafas" de meio litro, com um preço médio de dez euros.
03 Setembro 2015 • SÁBADO/Lusa
O enólogo e administrador daquela empresa Carlos Moura disse que este novo néctar distingue-se dos vinhos do Porto branco clássicos, "essencialmente, pela sua doçura, que é um bocadinho maior". "É para beber bastante frio, com gelo, para que a doçura não se torne desagradável", completa.
Este novo Porto branco "começou a ser pensado há três anos" e o lote final demorou cerca de um ano a ser afinado, sendo composto por uvas oriundas, essencialmente, de Ervedosa do Douro, concelho de São João da Pesqueira. E tem cerca de três anos de madeira. "O Cambridge Ice é o nosso contributo para aquilo a que a crítica já chama a Revolução Branca", ou seja, o reconhecimento da extraordinária qualidade dos vinhos do Porto brancos e da sua enorme versatilidade", afirma Casimiro Gomes.
Carlos Moura completa frisando que "a sua acidez e a secura que envolve o doce do vinho fazem com que este Porto branco seja bom para acompanhar diferentes momentos de festa e de convívio, nomeadamente à mesa, e que nunca se torne cansativo".
"O nosso objetivo é captar novos mercados e novos consumidores" para os vinhos do Porto, salientou também. O enólogo informou ainda que vão ser lançadas "cerca de 10 mil garrafas" de meio litro, com um preço médio de dez euros.
03 Setembro 2015 • SÁBADO/Lusa
sexta-feira, agosto 07, 2015
Novos vinhos com a assinatura de Paulo Laureano para o Verão
Paulo Laureano acaba de apresentar seis novas propostas que prometem refrescar o Verão de forma marcante. O enólogo lançou no mercado novas colheitas dos seus vinhos brancos e um rosé «provocador».
O enólogo promete a plena harmonia com os pratos característicos de Verão. Para tal, preparou seis novas sugestões que prometem frescura, intensidade e personalidade.
«Com a clara certeza que o vinho precisa de um local de eleição para ser produzido e que as castas portuguesas são a base exclusiva do desenho dos meus vinhos. Continuo a acreditar nos vales calcários de Bucelas e nas delicadas colinas, xistosas da Vidigueira, como locais de excelência para a produção dos meus vinhos. Nesta perspectiva, e para celebrar o Verão, surgem estas novas colheitas, frescas e ideais para um brinde ao Verão», explica o enólogo Paulo Laureano.
Os brancos Paulo Laureano DOC Bucelas Branco 2014, Paulo Laureano Premium Vinhas Velhas Branco 2014, Paulo Laureano Reserve Branco 2014, Dolium Escolha Branco 2013 by Paulo Laureano, Paulo Laureano Genus Generationes Maria Teresa Laureano Verdelho 2014 e, a grande novidade, Paulo Laureano Genus Generationes Teresa Laureano Rosé 2014 são as seis novas sugestões do enólogo já disponíveis por preços entre os 5,49 euros e 12 euros.
Diário Digital
O enólogo promete a plena harmonia com os pratos característicos de Verão. Para tal, preparou seis novas sugestões que prometem frescura, intensidade e personalidade.
«Com a clara certeza que o vinho precisa de um local de eleição para ser produzido e que as castas portuguesas são a base exclusiva do desenho dos meus vinhos. Continuo a acreditar nos vales calcários de Bucelas e nas delicadas colinas, xistosas da Vidigueira, como locais de excelência para a produção dos meus vinhos. Nesta perspectiva, e para celebrar o Verão, surgem estas novas colheitas, frescas e ideais para um brinde ao Verão», explica o enólogo Paulo Laureano.
Os brancos Paulo Laureano DOC Bucelas Branco 2014, Paulo Laureano Premium Vinhas Velhas Branco 2014, Paulo Laureano Reserve Branco 2014, Dolium Escolha Branco 2013 by Paulo Laureano, Paulo Laureano Genus Generationes Maria Teresa Laureano Verdelho 2014 e, a grande novidade, Paulo Laureano Genus Generationes Teresa Laureano Rosé 2014 são as seis novas sugestões do enólogo já disponíveis por preços entre os 5,49 euros e 12 euros.
Diário Digital
segunda-feira, agosto 03, 2015
Cultivo de oliveiras aumenta, e azeite nacional ganha mercado
Plantio de oliveiras em Barra do Ribeiro: produção gaúcha tende a ganhar força
Um mercado consumidor em expansão, dominado quase que inteiramente por produtos importados, e a expectativa de ganhos até 15 vezes superiores aos obtidos com a soja estão provocando uma febre de cultivo de oliveiras para produção de azeite no Rio Grande do Sul.
Os primeiros pomares, de apenas 6 hectares, começaram a ser plantados em 2002 em Caçapava do Sul, a 260 quilômetros de Porto Alegre, mas nesta safra a área total no Estado já somou 1,4 mil hectares, distribuídos por 35 municípios. Para a Secretaria da Agricultura do Estado, é "razoável" considerar que a área alcançará cerca de 10 mil hectares em cinco anos.
De acordo com o engenheiro agrônomo Tailor Garcia, da Emater-RS, o consumo per capita de azeite no Brasil avançou de 200 mililitros para 400 mililitros por ano desde 2005, enquanto em países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia passa de 10 litros. Menos de 1% da demanda brasileira é suprida pela produção nacional, e o Rio Grande do Sul tem cerca de 70% da área plantada no país, afirma. Os outros dois polos de produção ficam em São Paulo e Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira.
Todo o azeite produzido no Rio Grande do Sul é da categoria extravirgem, que admite acidez máxima de 0,8%, afirma Garcia. A maior parte não passa de 0,5% e há produtores como o peruano Fernando Rotondo, dono da Olivopampa, de Santana do Livramento, que chegam a 0,2% ou até 0,1%. Segundo ele, na média os produtos importados são de qualidade inferior aos nacionais e, quando os padrões são equivalentes, o custo dos estrangeiros é mais elevado por conta do frete, dos impostos e do câmbio. Neste momento, a redução da produção em países como Itália e Espanha também colabora para inflar os preços no mercado global.
Um exemplo é o azeite espanhol Oro Bailen, com 0,17% de acidez, importado pelo próprio Rotondo e vendido em lojas especializadas por quase R$ 300 o litro. Segundo o empresário, um produto similar da empresa, da marca Ouro de Santana, chega ao consumidor por R$ 100. Na média, os produtores do Estado falam em preços de R$ 60 e 100 por litro tanto nas vendas diretas quanto no varejo, a maior parte no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Os preços quase dobraram em relação ao ano passado em alguns casos, por conta da quebra da safra.
A metade sul do Rio Grande do Sul é a melhor região do país para a cultura apontada no zoneamento climático da Embrapa devido à intensidade do frio no inverno e ao verão quente e ensolarado, diz Garcia, da Emater-RS. Os pomares são perenes, a floração acontece entre o inverno e a primavera e a colheita ocorre em fevereiro e março. A área potencial de plantio no Estado, segundo a Embrapa, é de 1 milhão de hectares, mas 60 mil seriam suficientes para abastecer todo o mercado interno, calcula o agrônomo.
Neste ano, a safra de azeitonas caiu para 100 toneladas, ante 300,6 em 2014, porque o excesso de umidade no inverno e na primavera passadas prejudicou as raízes e a polinização das plantas. Com praticamente toda a colheita destinada à produção de azeite, Garcia calcula que a produção deve cair de 30 mil para 15 mil litros, considerando a média de rendimento de 15% da massa dos frutos em óleo, embora no ano passado o índice tenha ficado em 10%.
A área plantada subiu de 1,3 mil para 1,4 mil hectares de uma colheita para outra, mas as oliveiras só começam a produzir a partir do terceiro ou quarto ano de vida, e o volume aumenta ao longo do tempo. Com clima favorável e na média recomendada de 300 plantas por hectare, o rendimento médio chega a 6 toneladas de azeitona por hectare no sexto e no sétimo ano e alcança nove toneladas a partir do décimo ano, calcula o agrônomo.
Conforme Daniel Aued, sócio da empresa Olivas do Sul, de Cachoeira do Sul, um hectare de oliveiras produzindo a pleno vapor pode render até R$ 35 mil líquidos por safra para quem também extrai o azeite e R$ 9 mil para quem vende a produção à indústria, descontados apenas os custos variáveis. O valor chega a ser 15 vezes maior que o ganho líquido de R$ 2,3 mil por hectare estimado neste ciclo para os sojicultores pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro).
Garcia faz uma projeção mais modesta, de até R$ 15 mil por hectare, abatidas as despesas variáveis, levando em conta uma média de seis toneladas de azeitonas por hectare e um ganho de R$ 20 por litro de azeite vendido. "O preço [do óleo] tende a cair com o aumento da produção", entende. De acordo com ele, a implantação dos pomares custa em média R$ 10,7 mil por hectare e as despesas posteriores com manejo e manutenção variam entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil por hectare por ano.
Na semana passada, o governo estadual lançou um programa de estímulo à cultura, que prevê desde reforço na assistência técnica até linhas de crédito de R$ 10 milhões para o segmento por meio do Banrisul e do Badesul, ambos controlados pelo Estado. Acordos semelhantes devem ser firmados com o Banco do Brasil, BRDE e Sicredi. Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, desde os primeiros plantios os investimentos dos produtores no segmento já somam cerca de R$ 30 milhões.
Por Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre
Um mercado consumidor em expansão, dominado quase que inteiramente por produtos importados, e a expectativa de ganhos até 15 vezes superiores aos obtidos com a soja estão provocando uma febre de cultivo de oliveiras para produção de azeite no Rio Grande do Sul.
Os primeiros pomares, de apenas 6 hectares, começaram a ser plantados em 2002 em Caçapava do Sul, a 260 quilômetros de Porto Alegre, mas nesta safra a área total no Estado já somou 1,4 mil hectares, distribuídos por 35 municípios. Para a Secretaria da Agricultura do Estado, é "razoável" considerar que a área alcançará cerca de 10 mil hectares em cinco anos.
De acordo com o engenheiro agrônomo Tailor Garcia, da Emater-RS, o consumo per capita de azeite no Brasil avançou de 200 mililitros para 400 mililitros por ano desde 2005, enquanto em países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia passa de 10 litros. Menos de 1% da demanda brasileira é suprida pela produção nacional, e o Rio Grande do Sul tem cerca de 70% da área plantada no país, afirma. Os outros dois polos de produção ficam em São Paulo e Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira.
Todo o azeite produzido no Rio Grande do Sul é da categoria extravirgem, que admite acidez máxima de 0,8%, afirma Garcia. A maior parte não passa de 0,5% e há produtores como o peruano Fernando Rotondo, dono da Olivopampa, de Santana do Livramento, que chegam a 0,2% ou até 0,1%. Segundo ele, na média os produtos importados são de qualidade inferior aos nacionais e, quando os padrões são equivalentes, o custo dos estrangeiros é mais elevado por conta do frete, dos impostos e do câmbio. Neste momento, a redução da produção em países como Itália e Espanha também colabora para inflar os preços no mercado global.
Um exemplo é o azeite espanhol Oro Bailen, com 0,17% de acidez, importado pelo próprio Rotondo e vendido em lojas especializadas por quase R$ 300 o litro. Segundo o empresário, um produto similar da empresa, da marca Ouro de Santana, chega ao consumidor por R$ 100. Na média, os produtores do Estado falam em preços de R$ 60 e 100 por litro tanto nas vendas diretas quanto no varejo, a maior parte no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Os preços quase dobraram em relação ao ano passado em alguns casos, por conta da quebra da safra.
A metade sul do Rio Grande do Sul é a melhor região do país para a cultura apontada no zoneamento climático da Embrapa devido à intensidade do frio no inverno e ao verão quente e ensolarado, diz Garcia, da Emater-RS. Os pomares são perenes, a floração acontece entre o inverno e a primavera e a colheita ocorre em fevereiro e março. A área potencial de plantio no Estado, segundo a Embrapa, é de 1 milhão de hectares, mas 60 mil seriam suficientes para abastecer todo o mercado interno, calcula o agrônomo.
Neste ano, a safra de azeitonas caiu para 100 toneladas, ante 300,6 em 2014, porque o excesso de umidade no inverno e na primavera passadas prejudicou as raízes e a polinização das plantas. Com praticamente toda a colheita destinada à produção de azeite, Garcia calcula que a produção deve cair de 30 mil para 15 mil litros, considerando a média de rendimento de 15% da massa dos frutos em óleo, embora no ano passado o índice tenha ficado em 10%.
A área plantada subiu de 1,3 mil para 1,4 mil hectares de uma colheita para outra, mas as oliveiras só começam a produzir a partir do terceiro ou quarto ano de vida, e o volume aumenta ao longo do tempo. Com clima favorável e na média recomendada de 300 plantas por hectare, o rendimento médio chega a 6 toneladas de azeitona por hectare no sexto e no sétimo ano e alcança nove toneladas a partir do décimo ano, calcula o agrônomo.
Conforme Daniel Aued, sócio da empresa Olivas do Sul, de Cachoeira do Sul, um hectare de oliveiras produzindo a pleno vapor pode render até R$ 35 mil líquidos por safra para quem também extrai o azeite e R$ 9 mil para quem vende a produção à indústria, descontados apenas os custos variáveis. O valor chega a ser 15 vezes maior que o ganho líquido de R$ 2,3 mil por hectare estimado neste ciclo para os sojicultores pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro).
Garcia faz uma projeção mais modesta, de até R$ 15 mil por hectare, abatidas as despesas variáveis, levando em conta uma média de seis toneladas de azeitonas por hectare e um ganho de R$ 20 por litro de azeite vendido. "O preço [do óleo] tende a cair com o aumento da produção", entende. De acordo com ele, a implantação dos pomares custa em média R$ 10,7 mil por hectare e as despesas posteriores com manejo e manutenção variam entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil por hectare por ano.
Na semana passada, o governo estadual lançou um programa de estímulo à cultura, que prevê desde reforço na assistência técnica até linhas de crédito de R$ 10 milhões para o segmento por meio do Banrisul e do Badesul, ambos controlados pelo Estado. Acordos semelhantes devem ser firmados com o Banco do Brasil, BRDE e Sicredi. Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto, desde os primeiros plantios os investimentos dos produtores no segmento já somam cerca de R$ 30 milhões.
Por Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre
domingo, agosto 02, 2015
O Chile dos vinhedos: conheça um dos países que mais produzem a bebida
Se você já foi ao Chile, certamente, visitou alguns dos vinhedos do país. Considerado o território da América Latina que apresenta as melhores vinícolas, o quinto maior exportador de vinhos tintos e brancos do mundo, atrás apenas de países como Estados Unidos, França, Itália e Espanha, possui mais de 117 mil hectares de áreas de vinhas.
As primeiras mudas de uva chegaram ao Chile no século 15, época do descobrimento da América. Levadas por um monge jesuíta que acompanhava Cristóvão Colombo em uma das viagens, as vinhas foram plantadas em Santiago. Produzido, inicialmente, em pequenas quantidades, o vinho chileno só ganhou espaço no mercado internacional nos anos 1990, quando produtores investiram na modernização dos vinhedos.
Características como clima variado e localização privilegiada fizeram com que o país contasse com uma diversidade no plantio de uvas europeias, como a cabernet-sauvignon, utilizada na confecção de vinhos tintos de alta qualidade. Protegidas pelo Oceano Pacífico e pela Cordilheira dos Andes, as vinhas chilenas foram as únicas que não sofreram com a praga Phylloxera vastratrix, que destruiu plantações no mundo inteiro, no fim da década de 1850.
Uma das peculiaridades mais marcantes do país é a de suas vinícolas serem as únicas a contarem com variedades da uva francesa carmenère, que foi dizimada em outros locais pela Phylloxera. Levada por engano aos vales chilenos, a planta se adaptou ao clima e ao solo do território, chegando a ser considerada uma das espécies mais importantes do Chile, graças à sua qualidade e ao sabor.
O povo chileno faz parte dos maiores consumidores de vinho do mundo. Dados do Anuário do Vinho revelam que o consumo beira os 20 litros, por pessoa, por ano. Apesar de o consumo brasileiro ser bem inferior, apenas dois litros por pessoa, estudos do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) mostram que os vinhos do país são os mais vendidos no Brasil, representando 40% do mercado nacional. (Com informações de Álef Calado)
Undurraga (Maipo)- undurraga.cl
Fundada em 1885 por Don Francisco Undurraga Vicuña, um dos pioneiros na produção de vinho no Chile, a vinícola é uma das mais antigas do país e conta com duas adegas de elaboração de vinhos com capacidade total de 23 milhões de litros. Produzidos no coração do Valle del Maipo, os vinhos da Undurraga têm qualidade reconhecida internacionalmente e estão entre os mais consumidos.
Colchagua Valley/Divulgação
Montes (Colchagua)- monteswines.com
Nomeada, inicialmente, de Discover Wine, a Montes foi fundada em 1988 por quatro conhecedores da bebida. Atualmente, a vinícola exporta seus vinhos para mais de 100 países ao redor do mundo. Entre os passeios disponibilizados pelo Montes estão tours, almoços e degustações.
Santa Rita/Divulgação
Santa Rita (Maipo)- santarita.com
A 60km de Santiago, a vinícola Santa Rita foi fundada em 1880 por Don Domingo Fernández, que plantou uvas francesas no local. Durante o tour, além de visitar as plantações e os espaços da vinícola, os visitantes podem almoçar no restaurante Doña Paula, tomar um cafezinho no Café La Pañaderia e apreciar as obras de arte do Museu Andino.
Braitner Moreira/CB/D.A Press
Concha y Toro (Pirque)- conchaytoro.com
Maior e mais famosa vinícola do Chile, a Concha y Toro foi fundada em 1883 e exporta vinhos para cerca de 110 países. Durante o tour, visitantes conhecem a casa da família Concha y Toro, os vinhedos e as adegas. O vinho mais conhecido da vinícola é o Casillero del Diablo, encontrado em centenas de países.
Fonte: Correio Braziliense
As primeiras mudas de uva chegaram ao Chile no século 15, época do descobrimento da América. Levadas por um monge jesuíta que acompanhava Cristóvão Colombo em uma das viagens, as vinhas foram plantadas em Santiago. Produzido, inicialmente, em pequenas quantidades, o vinho chileno só ganhou espaço no mercado internacional nos anos 1990, quando produtores investiram na modernização dos vinhedos.
Características como clima variado e localização privilegiada fizeram com que o país contasse com uma diversidade no plantio de uvas europeias, como a cabernet-sauvignon, utilizada na confecção de vinhos tintos de alta qualidade. Protegidas pelo Oceano Pacífico e pela Cordilheira dos Andes, as vinhas chilenas foram as únicas que não sofreram com a praga Phylloxera vastratrix, que destruiu plantações no mundo inteiro, no fim da década de 1850.
Uma das peculiaridades mais marcantes do país é a de suas vinícolas serem as únicas a contarem com variedades da uva francesa carmenère, que foi dizimada em outros locais pela Phylloxera. Levada por engano aos vales chilenos, a planta se adaptou ao clima e ao solo do território, chegando a ser considerada uma das espécies mais importantes do Chile, graças à sua qualidade e ao sabor.
O povo chileno faz parte dos maiores consumidores de vinho do mundo. Dados do Anuário do Vinho revelam que o consumo beira os 20 litros, por pessoa, por ano. Apesar de o consumo brasileiro ser bem inferior, apenas dois litros por pessoa, estudos do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) mostram que os vinhos do país são os mais vendidos no Brasil, representando 40% do mercado nacional. (Com informações de Álef Calado)
Undurraga (Maipo)- undurraga.cl
Fundada em 1885 por Don Francisco Undurraga Vicuña, um dos pioneiros na produção de vinho no Chile, a vinícola é uma das mais antigas do país e conta com duas adegas de elaboração de vinhos com capacidade total de 23 milhões de litros. Produzidos no coração do Valle del Maipo, os vinhos da Undurraga têm qualidade reconhecida internacionalmente e estão entre os mais consumidos.
Colchagua Valley/Divulgação
Montes (Colchagua)- monteswines.com
Nomeada, inicialmente, de Discover Wine, a Montes foi fundada em 1988 por quatro conhecedores da bebida. Atualmente, a vinícola exporta seus vinhos para mais de 100 países ao redor do mundo. Entre os passeios disponibilizados pelo Montes estão tours, almoços e degustações.
Santa Rita/Divulgação
Santa Rita (Maipo)- santarita.com
A 60km de Santiago, a vinícola Santa Rita foi fundada em 1880 por Don Domingo Fernández, que plantou uvas francesas no local. Durante o tour, além de visitar as plantações e os espaços da vinícola, os visitantes podem almoçar no restaurante Doña Paula, tomar um cafezinho no Café La Pañaderia e apreciar as obras de arte do Museu Andino.
Braitner Moreira/CB/D.A Press
Concha y Toro (Pirque)- conchaytoro.com
Maior e mais famosa vinícola do Chile, a Concha y Toro foi fundada em 1883 e exporta vinhos para cerca de 110 países. Durante o tour, visitantes conhecem a casa da família Concha y Toro, os vinhedos e as adegas. O vinho mais conhecido da vinícola é o Casillero del Diablo, encontrado em centenas de países.
Fonte: Correio Braziliense
Apesar da crise, brasileiros estão consumindo mais vinho
São Paulo - O consumo de vinho no Brasil aumentou 4,6% no primeiro semestre do ano se comparado ao mesmo período de 2014, um crescimento que acontece em um momento em que a economia do país dá sinais de fraqueza e que as famílias reduziram suas compras em 0,9% no primeiro trimestre, informou neste sábado o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
De acordo com a organização, os vinhos, sucos, espumantes e demais produtos derivados da uva registraram um crescimento de consumo, no qual se destaca o vinho tinto, com um aumento de 4,6%, que chegou aos 9,1 milhões de litros.
No caso do suco de uva, o consumo subiu 24,8% e o dos espumantes aumentou 22,7%, até os 4,9 milhões de litros.
"O próprio consumidor está sabendo apreciar o vinho, tanto nacional quanto importado, mas o volume consumido ainda é pequeno e nos dá espaço para crescer nos próximos anos", declarou à Agência Efe Oscar Lo, presidente da Federação de Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).
Segundo ele, por mais que o país enfrente uma "retração econômica", nos últimos anos as famílias aumentaram seu poder de aquisição e incorporam o vinho ao hábito.
A forte desvalorização do real frente ao dólar encareceu as importações e incidiu na queda de 1,9% dos vinhos importados no Brasil no semestre.
No entanto, o chefe de promoção vinícola da embaixada da Espanha no Brasil, Antonio Correas, disse à Agência Efe que a "suave redução" não é tão alarmante.
"O consumo de vinho não compartilha do mesmo pessimismo existente em outros setores. Ele contínua vigoroso, apesar de certa queda do consumo em restaurantes", comentou.
Para ele, o fortalecimento do produto nacional é positivo e contribui para construir nos brasileiros a cultura do vinho. Apesar dos problemas na economia, o Brasil continua sendo um mercado atrativo para os vinhos internacionais e a "tendência geral é de um mercado em crescimento", diferente do espanhol e de outros grandes consumidores da Europa que enfrentam uma redução há vários anos.
Já para Lo, no começo do ano havia receios de que a retração econômica pudesse prejudicar o setor.
"Mas agora estamos comemorando os números porque completamos o primeiro semestre com crescimento em todas as categorias", concluiu.
Exame.com
De acordo com a organização, os vinhos, sucos, espumantes e demais produtos derivados da uva registraram um crescimento de consumo, no qual se destaca o vinho tinto, com um aumento de 4,6%, que chegou aos 9,1 milhões de litros.
No caso do suco de uva, o consumo subiu 24,8% e o dos espumantes aumentou 22,7%, até os 4,9 milhões de litros.
"O próprio consumidor está sabendo apreciar o vinho, tanto nacional quanto importado, mas o volume consumido ainda é pequeno e nos dá espaço para crescer nos próximos anos", declarou à Agência Efe Oscar Lo, presidente da Federação de Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).
Segundo ele, por mais que o país enfrente uma "retração econômica", nos últimos anos as famílias aumentaram seu poder de aquisição e incorporam o vinho ao hábito.
A forte desvalorização do real frente ao dólar encareceu as importações e incidiu na queda de 1,9% dos vinhos importados no Brasil no semestre.
No entanto, o chefe de promoção vinícola da embaixada da Espanha no Brasil, Antonio Correas, disse à Agência Efe que a "suave redução" não é tão alarmante.
"O consumo de vinho não compartilha do mesmo pessimismo existente em outros setores. Ele contínua vigoroso, apesar de certa queda do consumo em restaurantes", comentou.
Para ele, o fortalecimento do produto nacional é positivo e contribui para construir nos brasileiros a cultura do vinho. Apesar dos problemas na economia, o Brasil continua sendo um mercado atrativo para os vinhos internacionais e a "tendência geral é de um mercado em crescimento", diferente do espanhol e de outros grandes consumidores da Europa que enfrentam uma redução há vários anos.
Já para Lo, no começo do ano havia receios de que a retração econômica pudesse prejudicar o setor.
"Mas agora estamos comemorando os números porque completamos o primeiro semestre com crescimento em todas as categorias", concluiu.
Exame.com
domingo, julho 26, 2015
Popularidade do Vinho Verde ultrapassa oferta
Todos os anos, assim que o emigrante do Alto Minho regressa ao país para passar as férias do verão, uma das primeiras preocupações a ter em conta prende-se com a compra de vinho verde, uma companhia tão desejada para as refeições da época estival. Começou por ser um símbolo distintivo da região, mas atualmente já é visto como um dos produtos mais emblemáticos da gastronomia portuguesa, um embaixador fora de portas. Não é para menos.
As exportações de vinho verde têm crescido nos últimos anos e a tendência é para aumentar. Tanto o é que os produtores começam a notar problemas de stock, apesar dos cerca de 22 000 viticultores e 600 engarrafadores que produzem aproximadamente 75 milhões de litros de vinho verde por ano. Destes, perto de 3/4 são vinho branco, com as produções de vinho rosé, espumante e aguardente a terem menor expressão.
A provar a escassez para tanta procura estão declarações recentes do presidente da CVRVV (Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes), Manuel Pinheiro, ao Diário Económico: “A região precisa de incentivar o plantio de mais vinha, pois a parte comercial avançou mais depressa que a produção. Não temos vinho suficiente em reserva para as encomendas que precisamos”, revelou.
Mas afinal o que o torna cada vez mais procurado pelos consumidores? Em primeiro lugar é um vinho fácil de beber e extremamente fresco, a escolha perfeita para refeições informais, leves, saudáveis e pouco calóricas, como o verão sugere. Intensamente frutado, com baixo teor alcoólico e com uma acidez equilibrada, também é particularmente popular como aperitivo.
Estas características tornam-no numa bebida que combina muito bem com peixes, mariscos, carnes brancas, pratos vegetarianos, saladas, queijos, tapas, paellas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais. Resumidamente, assentam que nem uma luva a qualquer ementa de verão.
Em segundo lugar, e não menos importante, é vendido a preços bastante apelativos para o consumidor final, principalmente para aqueles que o adquirem em solo nacional. Tanto o é que há responsáveis que falam na necessidade de se aumentar o valor das vendas, mais do que aumentar a quantidade das mesmas. Para que tal aconteça, a solução pode passar por uma maior aposta na plantação de castas alvarinho e loureiro, as que são mais valorizadas pelos apreciadores de vinho verde.
Em terceiro lugar, com bem menos importância do que os anteriores pontos, também se pode falar na curiosidade que a própria denominação desperta junto dos consumidores. Ao contrário do que os menos conhecedores possam pensar, o vinho verde não tem cor verde nem é produzido com uvas verdes.
A origem do batismo está relacionada com as características da região de produção, que se estende por todo o noroeste do país (na zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro–e-Minho) e está predominantemente coberta de vegetação. Remete ainda para o próprio perfil do vinho, que pela sua frescura e leveza se diz verde, em alusão à sua juventude, e por oposição a outros vinhos mais complexos e pesados.
Mais força para o famoso Alvarinho
Diferentes solos, climas e modos de cultura produzem vinhos distintos entre si, que levaram à divisão da Região dos Vinhos Verdes em nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Para cada uma destas sub-regiões existem castas recomendadas à produção de vinhos, espumantes e aguardentes.
A tão apreciada casta alvarinho é cultivada particularmente na sub-região de Monção e Melgaço. Apesar de produzir mostos muito ricos em açúcares, apresenta um razoável teor em ácidos orgânicos. A fama é tanta, que a utilização do nome alvarinho na rotulagem dos vinhos gerou durante anos uma controvérsia que só recentemente foi resolvida.
O acordo pôs fim a um diferendo entre os produtores da sub-região de Monção e Melgaço, que detinham o exclusivo da rotulagem DOC Alvarinho, e os da restante região, que reclamaram o fim desse uso exclusivo. A partir do início do próximo mês, um lote terá que ter pelo menos 30% de alvarinho para que esta casta possa ser mencionada no rótulo.
As novas determinações preveem ainda que dentro de seis anos passe a ser possível produzir fora de Monção e Melgaço, o que poderá dar músculo comercial ao alvarinho português, que em termos de presença nos mercados internacionais vive na sombra do congénere galego.
Leia a notícia completa na edição de julho da Revista PORT.COM.
As exportações de vinho verde têm crescido nos últimos anos e a tendência é para aumentar. Tanto o é que os produtores começam a notar problemas de stock, apesar dos cerca de 22 000 viticultores e 600 engarrafadores que produzem aproximadamente 75 milhões de litros de vinho verde por ano. Destes, perto de 3/4 são vinho branco, com as produções de vinho rosé, espumante e aguardente a terem menor expressão.
A provar a escassez para tanta procura estão declarações recentes do presidente da CVRVV (Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes), Manuel Pinheiro, ao Diário Económico: “A região precisa de incentivar o plantio de mais vinha, pois a parte comercial avançou mais depressa que a produção. Não temos vinho suficiente em reserva para as encomendas que precisamos”, revelou.
Mas afinal o que o torna cada vez mais procurado pelos consumidores? Em primeiro lugar é um vinho fácil de beber e extremamente fresco, a escolha perfeita para refeições informais, leves, saudáveis e pouco calóricas, como o verão sugere. Intensamente frutado, com baixo teor alcoólico e com uma acidez equilibrada, também é particularmente popular como aperitivo.
Estas características tornam-no numa bebida que combina muito bem com peixes, mariscos, carnes brancas, pratos vegetarianos, saladas, queijos, tapas, paellas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais. Resumidamente, assentam que nem uma luva a qualquer ementa de verão.
Em segundo lugar, e não menos importante, é vendido a preços bastante apelativos para o consumidor final, principalmente para aqueles que o adquirem em solo nacional. Tanto o é que há responsáveis que falam na necessidade de se aumentar o valor das vendas, mais do que aumentar a quantidade das mesmas. Para que tal aconteça, a solução pode passar por uma maior aposta na plantação de castas alvarinho e loureiro, as que são mais valorizadas pelos apreciadores de vinho verde.
Em terceiro lugar, com bem menos importância do que os anteriores pontos, também se pode falar na curiosidade que a própria denominação desperta junto dos consumidores. Ao contrário do que os menos conhecedores possam pensar, o vinho verde não tem cor verde nem é produzido com uvas verdes.
A origem do batismo está relacionada com as características da região de produção, que se estende por todo o noroeste do país (na zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro–e-Minho) e está predominantemente coberta de vegetação. Remete ainda para o próprio perfil do vinho, que pela sua frescura e leveza se diz verde, em alusão à sua juventude, e por oposição a outros vinhos mais complexos e pesados.
Mais força para o famoso Alvarinho
Diferentes solos, climas e modos de cultura produzem vinhos distintos entre si, que levaram à divisão da Região dos Vinhos Verdes em nove sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Para cada uma destas sub-regiões existem castas recomendadas à produção de vinhos, espumantes e aguardentes.
A tão apreciada casta alvarinho é cultivada particularmente na sub-região de Monção e Melgaço. Apesar de produzir mostos muito ricos em açúcares, apresenta um razoável teor em ácidos orgânicos. A fama é tanta, que a utilização do nome alvarinho na rotulagem dos vinhos gerou durante anos uma controvérsia que só recentemente foi resolvida.
O acordo pôs fim a um diferendo entre os produtores da sub-região de Monção e Melgaço, que detinham o exclusivo da rotulagem DOC Alvarinho, e os da restante região, que reclamaram o fim desse uso exclusivo. A partir do início do próximo mês, um lote terá que ter pelo menos 30% de alvarinho para que esta casta possa ser mencionada no rótulo.
As novas determinações preveem ainda que dentro de seis anos passe a ser possível produzir fora de Monção e Melgaço, o que poderá dar músculo comercial ao alvarinho português, que em termos de presença nos mercados internacionais vive na sombra do congénere galego.
Leia a notícia completa na edição de julho da Revista PORT.COM.
quinta-feira, julho 23, 2015
Espanhol Pablo Paredes é o o novo embaixador dos vinhos brasileiros nos Estados Unidos
Bento Gonçalves – Os vinhos e espumantes brasileiros têm um novo embaixador nos Estados Unidos desde o início de julho. A tarefa é do espanhol Pablo Paredes (foto), cuja missão é promover a imagem da bebida nacional no mercado norte-americano, um dos cinco prioritários do projeto Wines of Brasil, desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Na última semana, Paredes esteve no Brasil, onde foi apresentado à equipe do instituto, em Bento Gonçalves (RS), e visitou vinícolas na Serra Gaúcha e em Santa Catarina.“A impressão foi muito positiva, melhor do que eu esperava. A Serra Gaúcha tem uma geografia perfeita para o cultivo de vinhedos. As vinícolas estão muito qualificadas, com tecnologia igual a de outras regiões produtoras do mundo e muito preparadas para o mercado dos Estados Unidos”, avaliou Paredes, antes de partir para conhecer as empresas catarinenses.
Graduado em Administração de Empresas e em Engenharia Técnica e mestre em Comércio Internacional, o novo brand ambassador tem desde pequeno uma relação com o mundo do vinho. A família dele possui pequenos vinhedos e elabora vinhos na província de Valladolid, no norte da Espanha, na região de Ribera del Duero. Em Miami desde 2012, já trabalhou nos Estados Unidos para vinícolas espanholas de Ribera e de Rioja.
“O consumidor americano tem um nível de educação alto, poder aquisitivo de médio a alto e é interessado em conhecer e aprender sobre novos produtos. Por isso é muito comum o consumo de vinhos by the glass (em taça). Isso é uma ótima oportunidade para os vinhos brasileiros. A cultura do vinho é crescente e o consumo médio per capita é de aproximadamente 15 litros por ano”, explica, acrescentando que as variedades tintas Merlot e Cabernet Sauvignon e a branca Chardonnay são as mais apreciadas.
Os Estados Unidos são o único país entre os cinco prioritários do Wines of Brasil que conta com um profissional dedicado a trabalhar na promoção dos vinhos e espumantes brasileiros. Os outros mercados alvo são Alemanha, Países Baixos (Holanda), China e Reino Unido. A função foi criada em 2013.
Sobre o Wines of Brasil
O Wines of Brasil é desenvolvido desde 2004 pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Atualmente, 30 vinícolas participam do projeto, cujo objetivo é promover a imagem dos vinhos do Brasil no mercado externo. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.winesofbrasil.com e www.ibravin.org.br.
Fonte: Apex-Brasil
Na última semana, Paredes esteve no Brasil, onde foi apresentado à equipe do instituto, em Bento Gonçalves (RS), e visitou vinícolas na Serra Gaúcha e em Santa Catarina.“A impressão foi muito positiva, melhor do que eu esperava. A Serra Gaúcha tem uma geografia perfeita para o cultivo de vinhedos. As vinícolas estão muito qualificadas, com tecnologia igual a de outras regiões produtoras do mundo e muito preparadas para o mercado dos Estados Unidos”, avaliou Paredes, antes de partir para conhecer as empresas catarinenses.
Graduado em Administração de Empresas e em Engenharia Técnica e mestre em Comércio Internacional, o novo brand ambassador tem desde pequeno uma relação com o mundo do vinho. A família dele possui pequenos vinhedos e elabora vinhos na província de Valladolid, no norte da Espanha, na região de Ribera del Duero. Em Miami desde 2012, já trabalhou nos Estados Unidos para vinícolas espanholas de Ribera e de Rioja.
“O consumidor americano tem um nível de educação alto, poder aquisitivo de médio a alto e é interessado em conhecer e aprender sobre novos produtos. Por isso é muito comum o consumo de vinhos by the glass (em taça). Isso é uma ótima oportunidade para os vinhos brasileiros. A cultura do vinho é crescente e o consumo médio per capita é de aproximadamente 15 litros por ano”, explica, acrescentando que as variedades tintas Merlot e Cabernet Sauvignon e a branca Chardonnay são as mais apreciadas.
Os Estados Unidos são o único país entre os cinco prioritários do Wines of Brasil que conta com um profissional dedicado a trabalhar na promoção dos vinhos e espumantes brasileiros. Os outros mercados alvo são Alemanha, Países Baixos (Holanda), China e Reino Unido. A função foi criada em 2013.
Sobre o Wines of Brasil
O Wines of Brasil é desenvolvido desde 2004 pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Atualmente, 30 vinícolas participam do projeto, cujo objetivo é promover a imagem dos vinhos do Brasil no mercado externo. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.winesofbrasil.com e www.ibravin.org.br.
Fonte: Apex-Brasil
terça-feira, julho 21, 2015
Vinhos finos da região de Farroupilha agora tem Indicação Geográfica
Registro foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial
Os vinhos finos moscatéis produzidos no município de Farroupilha (RS) receberam esta semana a concessão do registro de Indicação Geográfica (IG), publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O pedido de reconhecimento do vinho produzido na região da Serra Gaúcha foi protocolado há cerca de um ano pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Embrapa Uva e Vinho, coordenou o projeto que resultou na obtenção de Indicação Geográfica.
A solicitação formal do reconhecimento exigiu um detalhado dossiê com a delimitação geográfica, a caracterização da vitivinicultura (vinhedos e vinícolas), os processos de produção e as características de qualidade química e sensorial dos vinhos, incluindo a comprovação do renome da região como produtora de vinhos moscatéis finos.
Para poder colocar no mercado vinhos com a IG Farroupilha, além de estar na área delimitada, os produtores deverão atender aos criteriosos processos de produção e de elaboração dos vinhos, segundo o estabelecido no Regulamento de Uso desenvolvido especialmente para os vinhos da IG Farroupilha.
O registro de Indicação Geográfica é atribuído a produtos ou serviços que são característicos de um determinado local de origem. São produtos que apresentam uma qualidade única devido a recursos naturais como solo, vegetação, clima e recursos humanos, como o conhecimento para produzi-lo (saber fazer ou know-how).
Afavin
As atividades para busca da indicação geográfica começaram em 2005, com a criação da Afavin. Na sequência, diversas ações foram desenvolvidas, mas a iniciativa ganhou força em 2009, com a aprovação de projeto de Desenvolvimento e Estruturação da Indicação Geográfica, sob a coordenação da Embrapa Uva e Vinho, tendo como instituições parceiras a Embrapa Clima Temperado, a Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em trabalho conjunto com os produtores associados da Afavin.
O projeto também conta com o apoio do Mapa e da Prefeitura Municipal de Farroupilha. O Ministério da Agricultura é uma das instituições de fomento das atividades e ações para Indicação Geográfica de produtos agropecuários.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, a concessão de indicação geográfica traz inúmeros benefícios aos produtores e consumidores: “Por meio da IG, teremos no mercado vinhos moscatéis espumantes e frisantes que expressam a originalidade da produção da região, proporcionando ao consumidor um produto diferenciado.”
Com a IP Farroupilha, o Brasil passa a ter cinco Indicações Geográficas de Vinhos Finos: IP Vale dos Vinhedos (2002) – DO em 2012, IP Pinto Bandeira (2010), IP Altos Montes (2012), IP Monte Belo (2013) e IP Farroupilha (2015). Todas receberam apoio técnico-científico da Embrapa Uva e Vinho para a sua estruturação.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Os vinhos finos moscatéis produzidos no município de Farroupilha (RS) receberam esta semana a concessão do registro de Indicação Geográfica (IG), publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O pedido de reconhecimento do vinho produzido na região da Serra Gaúcha foi protocolado há cerca de um ano pela Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Embrapa Uva e Vinho, coordenou o projeto que resultou na obtenção de Indicação Geográfica.
A solicitação formal do reconhecimento exigiu um detalhado dossiê com a delimitação geográfica, a caracterização da vitivinicultura (vinhedos e vinícolas), os processos de produção e as características de qualidade química e sensorial dos vinhos, incluindo a comprovação do renome da região como produtora de vinhos moscatéis finos.
Para poder colocar no mercado vinhos com a IG Farroupilha, além de estar na área delimitada, os produtores deverão atender aos criteriosos processos de produção e de elaboração dos vinhos, segundo o estabelecido no Regulamento de Uso desenvolvido especialmente para os vinhos da IG Farroupilha.
O registro de Indicação Geográfica é atribuído a produtos ou serviços que são característicos de um determinado local de origem. São produtos que apresentam uma qualidade única devido a recursos naturais como solo, vegetação, clima e recursos humanos, como o conhecimento para produzi-lo (saber fazer ou know-how).
Afavin
As atividades para busca da indicação geográfica começaram em 2005, com a criação da Afavin. Na sequência, diversas ações foram desenvolvidas, mas a iniciativa ganhou força em 2009, com a aprovação de projeto de Desenvolvimento e Estruturação da Indicação Geográfica, sob a coordenação da Embrapa Uva e Vinho, tendo como instituições parceiras a Embrapa Clima Temperado, a Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em trabalho conjunto com os produtores associados da Afavin.
O projeto também conta com o apoio do Mapa e da Prefeitura Municipal de Farroupilha. O Ministério da Agricultura é uma das instituições de fomento das atividades e ações para Indicação Geográfica de produtos agropecuários.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, a concessão de indicação geográfica traz inúmeros benefícios aos produtores e consumidores: “Por meio da IG, teremos no mercado vinhos moscatéis espumantes e frisantes que expressam a originalidade da produção da região, proporcionando ao consumidor um produto diferenciado.”
Com a IP Farroupilha, o Brasil passa a ter cinco Indicações Geográficas de Vinhos Finos: IP Vale dos Vinhedos (2002) – DO em 2012, IP Pinto Bandeira (2010), IP Altos Montes (2012), IP Monte Belo (2013) e IP Farroupilha (2015). Todas receberam apoio técnico-científico da Embrapa Uva e Vinho para a sua estruturação.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
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